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Herbicidas - Toxicologia Veterinária

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@RebecaWoset 
 
 
Medicina Veterinária Toxicologia Veterinária Rebeca Meneses 
 
São classificados em 4 classes conforme a DL50 
por VO ou dérmica, e também em 4 classes de 
acordo com a classificação ambiental. 
Classificação toxicológica: 
• Classe 1: extremamente tóxico 
• Classe 2: altamente tóxico 
• Classe 3: moderadamente tóxico 
• Classe 4: pouco tóxico 
Classificação ambiental: 
• Classe 1: produto altamente perigoso 
• Classe 2: produto muito perigoso 
• Classe 3: produto perigoso 
• Classe 4: produto pouco perigoso 
GRUPO DE HERBICIDAS 
DIPIRIDILO (PARAQUATE, DIQUATE) 
São herbicidas de contato não seletivo. O 
paraquate (Gramoone 200) é de classe 
toxicológica 1 (extremamente tóxico) e classe 
ambiental 2 (produto muito perigoso). O diquate 
(Reglone) é classe toxicológica 3 e ambiental 2. 
Menos de 20% da dose ingerida é absorvida e 
menos de 10% na exposição dermal. Concentra-se 
nos pulmões dez vezes mais que em outros 
tecidos. 
TOXICODINÂMICA 
São produzidos radicais livres de oxigênio, como 
superóxido, peróxido de hidrogênio e radical 
hidroxila, que reagem com ácidos graxos 
provocando lesões de membrana, degeneração 
celular e necrose. Radicais lipídicos livres se 
formam e reagem com lipídeos das membranas 
formando mais radicais livres lipídicos. 
O dano tecidual dos pulmões ocorre por necrose 
dos pneumócitos do tipo 1 e por congestão, 
edema e hemorragias pulmonares. 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Paraquate 
Toxicidade aguda 
• Vômitos 
• Diarreia com fezes fétidas 
• Dores abdominais 
• Depressão ataxia 
• Dispneia 
• Convulsões 
• Pode haver sintomas dermatológicos 
• Sinais respiratórios acontecem 2 a 7 dias 
após a ingestão (taquipneia, dispneia, 
estertor úmido e cianose). Depois de 8 dias 
pode surgir hipóxia, cianose e morte 
Toxicidade crônica 
• Fibrose pulmonar progressiva 
• Aumento da dificuldade respiratória (em 
torno de 21 dias) 
Diquate 
Toxicidade aguda 
• Corrosivo a pele em soluções 
concentradas, podendo provocar 
dermatite e úlcera de pele 
Toxicidade crônica 
• Não causa fibrose pulmonar 
• Acarreta perda de líquidos 
gastrointestinais 
• Insuficiência renal 
• Lesões hemorrágicas no SNC. 
DIAGNÓSTICO 
• Anamnese e sinais clínicos 
• O paraquete pode ser identificado na urina 
nas primeiras 24h pós intoxicação por meio 
do teste de ditionito de sódio a 1% (a 
amostra muda para azul quando tem mais 
de 0,5ml/L dele na urina) 
• Cromatografia 
• Necropsia: congestão, hemorragia, edema 
e áreas de fibrose pulmonar 
TRATAMENTO 
• Não existe antídoto, mas pode-se usar 
orgoteína, acetilcisteína, niacina, 
riboflavina e ácido ascórbico 
• No caso de Gramoxine (paraquate) 
administrar Terra de Fuller 30% 
@RebecaWoset 
 
 
Medicina Veterinária Toxicologia Veterinária Rebeca Meneses 
 
• Em paraquate dexametasona (100mg/kg, 
intraperitonealmente), silicilato de sódio 
(200 mg/kg, IP) e acetilsalicitado de lisina 
(125 mg/kg, VO) 
• Eméticos 
• Lavagem gástrica com bentonita ou carvão 
ativado 
• Fluidoterapia 
• De suporte 
DERIVADOS DA GLICINA (GLIFOSFATO) 
É um herbicida sistêmico de amplo espectro, não 
seletivo. Em humanos a absorção pelo TGI em 
torno de 30 a 36%, pela pele cerca de 5,5% ou 
menos. Possui meia vida de 7 dias. Nos tecidos a 
concentração mais elevada é nos ossos. 
Eliminação fecal é de 62 a 69%, sem absorção e de 
14 a 29% pela urina. 
TOXICODINÂMICA 
Provoca desacoplamento da fosforilação oxidativa 
mitocondrial. Alguns estudos que o glifosfato 
reduz a produção de progesterona em mamíferos 
e afeta mortalidade de células placentárias. 
AÇÕES FARMACOLÓGICAS 
Exposição aguda (sinais inespecíficos): 
• Náuseas 
• Vômito 
• Diarreia 
• Irritação oral 
• Anorexia 
• Hipertermia 
• Fraqueza muscular 
• Letargia 
• Irritação da pele e ocular 
• Duração pode ser de 2 a 24h 
Intoxicações mais graves: convulsões, coma, 
choque e morte. 
TRATAMENTO 
• Sintomático e de suporte. 
REFERÊNCIA 
Manual de Toxicologia Veterinária