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ASMA: Perguntas direcionadas a asma • Você tem crise de asma direto? • Já foi internada com asma? • Você já precisou ficar entubada? • Tem febre? Tosse? • Qual seu trabalho? Definição • Doença inflamatória crônica de vias áreas inferiores • Com alta responsividade de VAI • Com obstrução do fluxo aéreo • Obstrução de forma recorrente e reversível Fisiopatologia • Agente externo (pólen, ácaro, poeira, fumaça) • Inflamação de VAI (brônquios terminais) – múltiplas células inflamatórias o Mediada por IgE, interleucinas o Mastócitos (histaminas, heparina, pro- inflamatórios, leucotrieno) o Eosinófilos (leucotrienos o Linfócitos T helper A longo prazo, ocorre o remodelamento brônquico e permanência da obstrução. Caracterizada pela interação entre fatores genéticos e ambientais, a exposição a antigenos leva a uma cascata inflamatória complexa com ativação linfocítica, podendo ser via resposta Th2 (mais prevalente) ou Th1. Gera: broncoconstrição, espessamento de parede brônquica, aumento de muco Infamação crônica → persiste mesmo quando os sintomas são episódicos Gatilho: fumaça, cigarro, poeira, esforço físico, medicações (AINE, BBloq não seletivo) Quadro clinico: O diagnóstico da asma é feito antes dos 7 anos de idade em 75% dos casos; destes, grande parte entrará em remissão durante a puberdade. Logo, muitos pacientes adultos com sintomas de asma têm história semelhante na infância. Embora menos frequentemente, a asma pode desenvolver-se em todas outras faixas etárias. História de exacerbações: • Sinais e sintomas paroxísticos; • Frequência de crises e sazonalidade (mudança do clima); • Associação a exposição ambiental (cheiros fortes, produtos de limpeza, pelos de animais, mofo); • História de uso de medicamentos como betabloqueadores ou Ácido acetilsalicílico; • Broncospasmo após atividade física ou crise de riso; • Necessidade de visitas ao serviço de emergência e hospitalizações; • Alívio dos sintomas com uso de broncodilatador. História social: • Características da residência, escola ou local de trabalho; • Tabagismo; • Profissão (asma ocupacional); • Uso de drogas ilícitas. Fatores sugestivos de asma: • Sazonalidade; • Crises desencadeadas por infecções virais, alérgenos, poluentes ou pelo exercício físico; • História pessoal de atopia; • Exacerbações mais comuns durante a noite; • Resposta à medicação broncodilatadora; A S M A E D P O C • Exacerbações desencadeadas por Ácido acetilsalicílico ou betabloqueadores. Fatores de risco: • Histórico familiar de asma; • Gênero masculino durante a infância; • Gênero feminino após 40 anos de idade; • Dermatite atópica; • Rinite alérgica; • Poluição e exposição ambiental a alérgenos como ácaros, pólen, alérgenos de barata, pelos de animais; • Tabagismo ativo; • Tabagismo passivo durante infância; • Obesidade. Sinais cardinais – crise asmática • Dispneia • Chiado (sibilo) • Aperto no peito, desconforto torácico • Histórico prévio de asma Gravidade: • FC > 120 • FR > 30 • SPO2 < 90% • Uso de musculatura acessória, batimento de asa do nariz, retração de fúrcula • Monossilábico Tratamento Definindo o step e o tratamento inicial: • Steps 1 e 2: Sintomas menos de 4-5x/por semana; • Step 3: Sintomas quase que diários com despertar noturno pelo menos 1x/semana; • Step 4: Sintomas diários com despertar noturno no mínimo 1x/semana, além de função pulmonar reduzida; • Step 5: Sintomas diários com despertar noturno no mínimo 1x/semana apesar de medicação otimizada em alta dose de corticoide inalatório (CI). SABAS – bronco dilatadores beta 2 agonistas de curta duração Manejo da crise: casos graves 1º passo: Monitorizar sinais vitais e garantir acesso venoso periférico. 2º passo: Terapia broncodilatadora de curta duração: • Beta-2-agonista de curta duração: o Salbutamol (100 microgramas); o Fenoterol (5 mg/10 mL); o Fenoterol (100 microgramas); • Anticolinérgico de curta duração: o Brometo de ipratrópio (0,25 mg/mL); o Brometo de ipratrópio (20 microgramas); 3º passo: Oxigenoterapia para paciente com SatO2 < 92% em baixo fluxo (1-3 L/minuto; manter SpO2 entre 93-95%). 4º passo: Corticoide sistêmico de qualquer classe. O mais importante é fazer o mais rápido possível, pois o efeito demora, no mínimo, 30 minutos para ter ação. Corticoide sistêmico: • Prednisona 40-60 mg imediatamente VO; • Metilprednisolona 32-48 mg imediatamente EV. 5º passo: Solicitar exames complementares, como gasometria arterial, hemograma, bioquímica e proteína C reativa, além de radiografia de tórax. 6º passo: Considerar ventilação mecânica não invasiva. Embora de benefício muito bem documentado no DPOC, é uma estratégia ainda pouco estudada no tratamento da crise asmática. Ainda assim, é considerada benéfica quando bem indicada. 7º passo: Avaliar resposta ao tratamento e identificar sinais de alarme para insuficiência respiratória. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC Definição: síndrome clinica caracterizada por sintomas respiratórios, anormalidades estruturais pulmonares e perda de função pulmonar Espirometria: prova de função pulmonar Epidemiologia: • 10,1% da população • 15,8% dos adultos com mais de 40 anos de idade da cidade de São Paulo (LANCET, 2005) • Comum em pessoas com mais de 50 anos; • Associada principalmente a exposição a tabagismo, poluição, poeira e produtos químicos Etiologia: • Exposição ao tabagismo, poluição e gases Alterações estruturais: • Estreitamento de pequenas vias aéreas • Destruição parenquimatosa • Perda de pequenas vias aéreas • Disfunção mucociliar Manifestações Clínicas: • Dispneia • Tosse crônica com expectoração (bronquite crônica) • Infecções respiratórias de repetição • Bronquite crônica + enfisema pulmonar + Espirometria com BD: VEF1/CVF < 0,7 Gasometria arterial: • Hipoxemia PaO2 < 80 • Hipercapnia PaCO2 > 45 (por hipoventilação) Raio X de tórax: • Retificação das hemicúpulas diafragmáticas • Hiperinsuflação pulmonar • Aumento dos espaços intercostais • Diminui o diâmetro cardíaco (coração em gotas) • Perfil: aumento do espaço retroesternal (tórax em barril) e aumento do diâmetro antero posterior Tomografia de tórax: Não é indicada de rotina. Pode ser útil em pacientes com dúvidas no exame radiográfico simples do tórax ou na suspeita de complicações (derrame pleural, abscesso, cavitações e pneumotórax). Podem coexistir 3 tipos de enfisemas: • Para-septal: periferia, pneumotórax • Pan-acinar: bases, deficiência de alfa1antripsina • Centro-lobular: tabagismo Avaliação/estadiamento: • Grau de obstrução do fluxo aéreo • Impacto na saúde do paciente • Risco de eventos futuros (exacerbações, internação) Exacerbações: • Piora aguda de um ou mais dos sintomas respiratórios cardinais da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): dispneia, volume do escarro e/ou mudança do aspecto do escarro. Diagnóstico: • Espirometria com BD: VEF1/CVF < 0,7 • CLASSIFICAÇÃO ESPIROMÉTRICA: • ESCALA DE DISPNEIA: • EXACERBAÇÕES: Tratamento: - Cessar tabagismo • Sempre questionar sobre tabagismo; • Abordagem cognitivo-comportamental; • Terapia medicamentosa; - Vacinação • Vacina Influenza - Reduz o número de casos de doença grave e mortalidade • Vacina Pneumocóccica – PCV13 e PPSV23 - Recomendadas para todos os paciente com idade ≥ 65 anos - Oxigenoterapia Indicações: • PaO2 ≤ 55 ou SaO2 ≤ 88% • PaO2 55 – 59 com sinais de cor pulmonale ou Policitemia Reavaliar em 60-90 dias Tratamento Farmacológico • Analisar o uso do medicamento, capacidade cognitiva do paciente, destreza manual, fluxo inspiratório; • Não trocar o inaladorsem orientar o paciente; • Não misturar inaladores com técnicas diferentes; • Retreinar o paciente em todas as consultas; ASMA x DPOC ASMA DPOC Epidemiologia Criança/adulto/jovem Idoso /tabagista Sinais e sintomas Falta de ar Tosse Sibilo Falta de ar Tosse Sibilo/ronco Secreção Clínica ↑FC; ↓FR Saturação variável ↑FC; ↓FR; Saturação até 94% Tratamento de crise Corticoide + beta-agonista (salbutamol) Corticoide + atrovent/ipratrópio Causa da crise Fatores externos (poeira, frio) Não adesão ao tratamento Infecção* *avaliar antibiótico
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