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Infecções de pele na infância

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PIODERMITES
· Infecções bacterianas da pele e dos seus anexos pus + pele. 
· Causadas por cocos Gram-positivos (estafilococos ou estreptococos).
· Primárias: infecção ocorre na pele previamente saudável. Secundárias: ocorrem em lesões preexistentes, colonizadas tanto por comensais como por germes oportunistas.
· Características clínicas diversas necessidade da integridade da barreira epidérmica, presença de secreção sebácea e estado nutricional adequado como fatores de proteção.
· Fatores predisponentes: macerações e lesões cutâneas prévias, obesidade, corticosteroides/quimioterápicos, disfunções leucocitárias, diabete, desnutrição e imunodeficiências congênitas ou adquiridas.
· Impetigo
· Apresenta duas formas clínicas: crostoso e bolhoso;
· Ambas as formas têm como etiologia predominante o S. aureus, podendo a forma crostosa também ser causada pela associação com o S. pyogenes.
· Impetigo crostoso
Raramente ocorre em crianças < 2 anos de idade;
Staphylococcus aureus sozinho ou em combinação com o estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EBHA).
Inicia-se como vesícula ou pústula sobre base eritematosa, que se rompe com facilidade e cujo ressecamento origina uma crosta aderente e amarelada “melicérica”.
As lesões medem 1-2 cm de diâmetro e crescem de forma centrífuga, podendo coalescer.
Lesões predominam nas áreas expostas, especialmente face e ao redor do nariz/boca.
Linfadenopatia regional indica presença de Streptococcus, pode surgir febre se houver complicação.
· Impetigo bolhoso
S. aureus é o principal agente etiológico toxina epidermolítica forma localizada de síndrome da pele escaldada.
Inicia-se com vesículas que se transformam em bolhas flácidas de paredes finas, com conteúdo inicialmente claro que, depois, torna-se turvo.
Bolhas rompem-se facilmente, permanecendo erosão rasa rodeada por restos da bolha (colarete) figuras policíclicas (confluência). 
Face é o local mais afetado, embora qualquer região da pele possa ser atingida.
Não é comum linfadenomegalia regional.
Período neonatal ocorre em geral após a 2ª semana de vida; ao nascimento RPMO. Comum entre crianças de 2-5 anos de idade.
Tratamento do impetigo
· Medidas gerais
· Limpeza constante das mãos, corte das unhas e higiene evita autoinoculação.
· Lavar com água corrente e sabão, não sendo recomendados antissépticos diariamente.
· Crostas aderidas compressas úmidas com água morna.
· Tópico
· Utilizado quando existe um pequeno número de lesões ou apenas uma região topográfica está acometida.
· Mupirocina (3 vezes/dia, por 7 dias) e a retapamulina (2 vezes/dia, por 5 dias);
· Neomicina associada com bacitratina demonstrou ser menos eficiente (alergias);
· Ácido fusídico uso por um período curto (aumento de resistência).
· Sistêmico
· Utilizado quando ocorre número maior de lesões ou o acometimento de 2 ou mais regiões topográficas;
· Cefalexina ou a amoxicilina associadas ao acido clavulânico.
· Macrolídeos como azitromicina, claritromicina e eritromicina podem ser uma boa opção terapêutica dependendo da sensibilidade bacteriana local a essas drogas.
· Não se deve usar rifampicina em associação ou isolado surgimento de cepas resistentes na comunidade.
 MICOSES SUPERFICIAIS
· As infecções fúngicas que afetam os humanos podem ser superficiais, profundas ou sistêmicas. 
· Na população pediátrica, as superficiais são as mais frequentes.
· Pitiríase versicolor
Causada pelas formas fermentadoras do fungo dimorfo Malassezia furfur Pityrosporum orbiculare e Pityrosporum ovale. 
O microrganismo faz parte da flora normal da pele e, sob condições apropriadas, transforma-se em hifa invasiva.
A maioria dos casos acontece em adolescentes natureza lipofílica do fungo áreas afetadas ricas em lipídios.
Altas temperaturas e umidade predispõem à infecção, além de hiperidrose, aumento da produção sebácea, etc.
Diagnóstico é clínico manchas e placas com descamação furfurácea distribuídas no tronco, na face e no pescoço.
“Versicolor” lesões hipopigmentadas, eritematosas até acastanhadas ou marrons.
Tratamento da pitiríase versicolor
· Shampoos
· Xampu de sulfeto de selênio 2,5% ou cetoconazol a 2% aplica-se fina camada sobre lesões por 10 minutos antes de enxaguar, 1-2 semanas, com aplicações intermitentes para manutenção.
· Tópicos
· Azólicos, terbinafina, sob forma de loção cremosa ou spray.
· Sistêmico
· Indicado nas formas extensas
· Cetoconazol, VO, 10 dias
· Itraconazol, VO, 5 dias
· Fluconazol, VO, doses semanais (2-4).
A hipocromia residual é comum e demora a aparecer, devendo ser feito “sinal de Zileri” em caso de dúvida com recidiva.
· Dermatofitoses (tinhas)
· Tinea capitis 
Acomete o couro cabeludo e caracteriza-se por alopecia descamativa distribuída em placas bem delimitadas e com cabelos “quebrados”, após a emergência do folículo piloso, facilmente destacáveis.
O fungo zoofílico mais envolvido é o Microsporum canis. 
O fungo antropofílico Trychophyton tonsurans determina quadros descamativos e “pontos pretos”.
Período de incubação curto (1-3 semanas) e acometem mais meninos que meninas.
Transmissão por humanos e animais e via fômites (escova de cabelos, pentes, bonés e instrumentos contaminados).
Uma ou várias áreas de alopecia podem estar presentes, além de pústulas.
Quérion: apresentação inflamatória com placas infiltradas, alopecia, pústulas e drenagem de secreção purulenta, geralmente associada ao M. canis. Pode evoluir com alopecia cicatricial. 
É muito comum linfadenopatia, especialmente cervical ou suboccipital.
Diagnóstico cultura para fungos é o padrão ouro. Exame microscópico direto pode ser útil.
Tratamento da Tinea capitis
· Requer tratamento sistêmico (para a medicação penetrar no folículo piloso);
· Griseofulvina, VO, 20-25 mg/kg/dose, 1v/dia (após refeição gordurosa para aumentar absorção), por 6-8 semanas.
· Tratamento concomitante com xampu antifúngico: cetoconazol e sulfeto de selênio, 2 a 3 vezes/semana.
· Quérion terapia antifúngica prolongada, além de uso de corticosteroide oral (prednisona) 0,5-1 mg/kg/dia, por 1 semana.
· Tinea corporis
Locais de predilação tronco e extremidades. 
Tende a uma distribuição mais assimétrica: placas anulares descamativas, circunscritas, centro claro e limites descamativos, vesiculares, papulares ou pustulares. 
Diagnóstico clínico.
Micológico direto e cultura para fungos podem ser realizados.
Corticosteroides tópicos podem dificultar o diagnóstico ou alterar as características clínicas da apresentação inicial enquanto a infecção progride.
Tratamento da Tinea corporis
· Terapia tópica é efetiva para os casos superficiais ou localizado.
· Ciclopirox, clotrimazol, cetoconazol, miconazol, oxiconazol, fenticonazol
· 1 a 2 vezes por dia.
· Candidíase
· Infecção aguda ou crônica da pele, membranas mucosas e órgãos internos (raro).
· Candida albicans causa mais frequente.
· O fungo torna-se patógeno quando há alterações na defesa do hospedeiro, sejam localizadas ou generalizadas, permitindo a infecção invasiva.
· Candidíase oral
Infecção da língua, palatos duro e mole, mucosas oral e gengival, podendo ser dolorosa ou não.
Adquirida durante passagem pelo canal do parto infectado ou esterilização inadequada de mamadeiras.
Diagnóstico remoção cuidadosa das placas semelhantes a “leite coalhado” que, ao contrário do leite materno ou fórmula, aderem-se à mucosa oral.
Abordagem: 1 mL de nistatina em suspensão oral, nos cantos da boca, 4 v/dia, por 14 dias. 
· Candidíase da área de fraldas
Consequência de terapia antibiótica sistêmica.
Considerada em qualquer dermatite das fraldas que se desenvolva durante ou após administrar o antibiótico.
Eritema intenso em nádegas, abdome inferior e porções internas da coxa.
As fezes contaminadas são a principal fonte para as erupções por Candida na área das fraldas.
Abordagem: antifúngico tópico (nistatina, clotrimazol, miconazol, etc) por 14 dias. 
· Intertrigo candidiásico
Intenso eritema em dobras, incluindo a região axilar, face anterior do pescoço e região inguinal.
Abordagem: antifúngico tópico (clotrimazol, miconazol,cetoconazol, etc), 2 a 3 vezes por dia. Antibiótico VO apenas em infecção bacteriana secundária.
· Está contraindicado tanto no intertrigo como na candidíase perineal o uso de corticosteroides de média ou alta potência e antibióticos que podem ser absorvidos. 
DERMATOSES PARASITÁRIAS
· Escabiose
Causada pelo Sarcoptes scabiei variedade hominis e transmitida pelo contato direto pele a pele com pessoas infectadas.
Fêmeas penetram na epiderme túnel depositam ovos 2-4 semanas surgem os parasitas adultos.
Prurido reação de hipersensibilidade do parasita e suas fezes.
Lesões papulovesiculares eritematosas e pruriginosas, com prurido principalmente noturno. 
Pápulas eritematosas, vesículas, nódulos, túneis e prurido intenso, sinais de escoriações que alteram o aspecto da lesão, com impetiginização secundária (pústulas).
Em lactentes lesões mais disseminadas, além do acometimento peculiar palmo-plantar. A face e o couro cabeludo podem ser contaminados em virtude da mãe infectada.
Escolar e adolescente espaços interdigitais, axilas, punhos, regiões glútea e genital. 
Comprovação presença dos ovos e/ou das fezes do parasita no exame microscópico feito do raspado das escamas das lesões/dermatoscopia.
Escabiose crostosa: comum em crianças imunossuprimidas, prematuros, desnutridas, Down. 
Hiperqueratose acentuada nas palmas e plantas. Apresenta pior resposta ao tratamento, mesmo quando utilizada a ivermectina.
Tratamento da escabiose	
· Todas as pessoas que convivem com os doentes devem ser tratadas, inclusive os indivíduos assintomáticos.
· Enxofre precipitado a 10% em creme, loção cremosa ou vaselina sólida: 1 vez à noite, do pescoço para baixo, durante 3 noites consecutivas, com repetição do tratamento após 7 dias de intervalo sem utilizar a medicação.
· Permetrina em loção cremosa a 1 ou 5%, 1 vez, agir durante 8-12 horas, com reaplicação após 1 semana.
· Deltametrina loção a 20 mg/100mL. Aplicação 1 vez/dia durante 5 dias.
· Ivermectina: 200 mcg/kg em dose única, para crianças com peso maior de 15 kg.
obs: NÓDULO ESCABIÓTICO nódulos eritematosos intensamente pruriginosos, preferencialmente localizados pela genitália masculina e pelas axilas; resolução demorada. Anti-histamínicos e corticosteroide oclusivo, sem tratamento específico se este já tiver sido realizado.
· Pediculose
Causada pelo Pediculus humanus, var. capitis.
Frequentes nas crianças de 3-11 anos, comum nas meninas, que costumam ter cabelos longos, e transmitida pelo contato direto com pessoas e fômites.
O prurido antecede as lesões eritema, descamação e escoriação, localizadas principalmente na região occipital. Pode levar à infecção secundária.
Impetiginização e linfadenomegalia occipital e cervical são manifestações comuns na pediculose.
Diagnóstico presença da lêndea (aderida firme à haste do cabelo). 
A dificuldade na remoção delas diferencia a pediculose da dermatite seborreica e do molde pilar.
Tratamento da pediculose
· Permetrina: loção cremosa 1 ou 5%, deixando agir por 10 minutos, com enxague em seguida. Repetir 1 semana a 10 dias depois.
· Ivermectina: 200 mcg/kg em dose única, repetida 7 dias depois. Dose de 400 mcg/kg em casos de falha terapêutica. Reservada a casos refratários.
As lêndeas podem ser retiradas com água morna e vinagre ou a combinação em partes iguais de vinagre e condicionador.
DERMATITE DE CONTATO 
· Resposta inflamatória da pele a estímulos externos (com ou sem participação da luz).
· Quadro de eczema agudo, subagudo ou crônico.
· Origem em dano físico/químico ou imunomediado.
· Classificada em dermatite de contato por irritante primário (DCIP), de contato alérgica (DCA), de contato fototóxica e de contato fotoalérgica.
· Dermatite de contato por irritante primário
· Causada pelo dano direto do agente irritante. É restrita ao local do contato. Tipo mais prevalente (80% das DC).
· Influenciada pela concentração da substância, tempo de exposição, espessura da camada córnea e presença de dermatoses preexistentes.
· Dermatite das fraldas
No início, as lesões poupam as dobras e afeta mais as superfícies convexas, como glúteos, grandes lábios e coxas.
As lesões podem iniciar como eritema e progredir com maceração, escoriações, pápulas, erosões e ulcerações (dermatite papuloulcerativa de Jacquet). Imagem apresenta lesão com vesículas em W, característica.
Abordagem: limpeza suave, evitar lenços umedecidos e produtos perfumados, e o uso frequente de cremes de barreira podem minimizar a dermatite, assim como a troca frequente da fralda.
Os corticosteroides tópicos são a primeira linha de tratamento para a DC. Os corticosteroides de baixa potência (como a hidrocortisona) são recomendados para áreas de pele fina, particularmente, períneo e dobras, preferencialmente em aplicação única diária.
Inibidores da calcineurina, como o tacrolimo e o pimecrolimo, podem ser opções ao uso dos corticosteroides em > de 2 anos tratamento de lesões na face, dobras e genitais.
FONTE: TRATADO DE PEDIATRIA.