Buscar

DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO 
 Suspeita de problemas em caso de mudança de 
 comportamento no momento de urinar; e quando 
 há alteração da qualidade e volume urinário; 
 Postura característica para urinar: 
 Fêmeas: membros anteriores ligeiramente para frente e 
 posteriores separados, dorso arqueado e causa levantada; 
 Machos: urinam sem parar o movimento; urina vai fluindo 
 pela bainha prepucial de forma passiva; 
 NEFROSE: lesões degenerativas e inflamatórias que 
 acometem primariamente os túbulos renais; há 
 também a possibilidade de nefrose por toxinas 
 (não é comum); 
 Relacionado a processos que causam isquemia renal, desde 
 a redução do fluxo sanguíneo (falência circulatória), 
 hipotensão (agentes vasopressores que causam isquemia); 
 pode acontecer de forma aguda ou crônica; 
 Aguda: causada por emergência circulatória; choque, 
 desidratação, anemia hemorragia aguda; insuficiência 
 cardíaca; 
 Crônica: insuficiência circulatória crônica; 
 Tratamento: direcionado para a correção da causa 
 primária; correção de fluido, eletrólitos e 
 ácido-básico; 
 NEFRITE EMBÓLICA/ABSCESSO RENAL: ocorrem após 
 septicemia ou bacteremia (bactérias se instalam 
 no tecido renal); pode ter ocorrência devido a 
 endocardites, lesões supurativas (útero, mama, 
 umbigo, cavidade peritoneal) ou infecções 
 sistêmicas (septicemia); 
 Patogênese: bactérias se instalam no tecido renal, dando 
 origem às lesões supurativas; estas lesões podem bloquear 
 os vasos sanguíneos, causando a isquemia (infarto do rim); 
 algumas características deste processo são a proteinúria, 
 cilindros e hematúria (sem sinais de doença renal); 
 Tratamento: correção do desequilíbrio eletrolítico 
 e utilização de antibióticos (penicilinas (não há 
 comprometimento do tecido renal) em até 14 dias; 
 PIELONEFRITE: infecção ascendente do trato 
 urinário inferior (uretra-bexiga-ureteres-rins); 
 caracterizada por cistite, uretrite, nefrite e piúria 
 (pus na urina); dor e febre; uremia (acometimento 
 bilateral); 
 Com frequência relacionada ao parto de fêmeas 
 multíparas, estresse do parto, pico de lactação e dieta alta 
 em proteínas (pH urinário aumentado); 
 Diagnóstico: possibilidade de parto recente; pela 
 palpação do rim esquerdo (estará aumentado), 
 perda das lobulações e dor; sangue e pus no final 
 da micção; a palpação dos ureteres só é possível 
 quando há alteração patológica; 
 Alterações clínicas: hematúria, piúria, debris celulares; 
 urinálise, com a presença de leucócitos e bactérias, 
 proteinúria, pH maior que 8,5 e densidade entre 1.008 a 
 1.021; nesses casos, é possível realizar cultura urinária, 
 biópsia ou ultrassonografia; 
 Tratamento: urgência; considerar antibiograma; 
 correção do desequilíbrio hídrico e eletrolítico; 
 administração de: 
 Penicilina (22.000 UI/kg, IM 12h), por 3 a 6 semanas ( C. renale ); 
 Gentamicina (2,2 mg/kg, IM, 12h) por 4 semanas ( Escherichia coli ); 
 Os pacientes devem ser isolados do resto do 
 rebanho para evitar a disseminação da 
 enfermidade; 
 CISTITE: inflamação da bexiga (infecção 
 bacteriana); caracterizada pela micção frequente e 
 dolorosa com presença de sangue, pus e células 
 inflamatórias; forte odor de amônia (bactérias na 
 urina) e volume normalmente pequeno; 
 Causas: trauma na bexiga ou estagnação de urina; aprto 
 difícil; cateterização contaminada; paralisia da bexiga 
 (urina parada); intoxicação por samambaia; 
 Diagnóstico: dor e demonstra vontade de urinar; 
 posição de micção após o fluxo ter cessado; 
 aumento da espessura da bexiga (palpação/US); em 
 casos agudos, há a presença de dor abdominal, 
 coices na barriga e balanço de cauda; 
 Tratamento: utilização de antimicrobianos (de 7 a 
 14 dias); cultura de urina, avaliando o sucesso do 
 tratamento, devido ao risco de recidiva; 
 UROLITÍASE: doença comum devido ao manejo 
 alimentar rico em grãos ou pastagens específicas, 
 e ao rápido crescimento dos animais; 
 Excesso de concentrado na dieta (desbalanço mineral), 
 com valores > 1,5% de PV (bovinos) e > 2,5% (ovinos); 
 excesso de fósforo (urina com pH elevado, onde favorece a 
 precipitação na forma de cristais de fosfato (cálculos); 
 Ovinos e machos castrados (obstrução da uretra); em 
 sistema de engorda (concentrado), e pastos ricos em 
 oxalato e sílica; 
 Formação do cálculo 
 Núcleo: há a descamação das células epiteliais da bexiga 
 (seja pela renovação ou processo necrótico), onde o tecido 
 descamado irá ser o núcleo do urólito, e envolta irão se 
 fixar os solutos precipitados; outras causas são a 
 deficiência de Vit A e aplicação de estrogênio; 
 Precipitação de soluto: urina naturalmente rica em soluto; 
 ou devido ao pH alcalino (precipita sais de fosfato), 
 pastagem (maior quantidade de sílica e fosfato), dietas 
 ricas em fosfato e magnésio, ingestão de plantas com 
 ácido oxálico, ou grãos em grandes quantidades; 
 Os solutos irão se agregar ao núcleo, e formar o urólito; os 
 mucopolissacarídeos irão cimentar e favorecer a formação 
 de cálculo; 
 A obstrução por cálculos normalmente ocorrem em locais 
 estreitos, como a flexura sigmóide (novilhos e carneiros), 
 apêndice vermiforme (pequenos ruminantes); 
 Os cálculos podem ser de origem do carbonato de cálcio, sílica, 
 carbonato de amônio, carbonato de magnésio, estruvita e 
 fosfato de amônio; 
 Sinais clínicos: dificuldade de urinar, dor abdominal,, 
 balançar de causa, grunhido, ranger de dentes; na palpação 
 o ureter e bexiga se encontram distendidos; de 2-3 dias de 
 ocorrência da doença, há a ruptura de uretra e bexiga; 
 Diagnóstico: por meio da urinálise (fase inicial), 
 presença de cristais, células epiteliais e 
 eritrócitos; bioquímica sérica, onde a uréia e 
 creatinina estão aumentadas antes da ruptura; e 
 pela abdominocentese, com a detecção de 
 uroperitônio (aparência, odor e bioquímica); 
 ultrassonografia, avaliando a presença de cálculo; 
 Tratamento: lavagem retrógrada (proporção de 
 1:3:1:4 de lidocaína, solução salina, vinagre e água 
 esterilizada), colocando uma sonda na uretra do 
 animal e realizando pressão, para que o cálculo 
 que está obstruindo retorne para a bexiga (com 
 cuidado); utilização de analgesicos e 
 antiinflamatórios; amputação do apendice 
 vermiforme (ovino); 
 Impossibilitada a sondagem, realiza-se a uretrostomia ou 
 cistotomia, para aliviar a pressão da bexiga e remoção do 
 cálculo; 
 Prevenção: uma proporção adequada entre Ca:P 
 (2:1); água à vontade; utilização de cloreto de 
 amônio (acidificando a urina, diminuindo a 
 possibilidade de formação de cálculos); adição de 
 cloreto de sódio de 2 a %%, associado ao aumento 
 do consumo de água;

Outros materiais