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10 - Hipertensão porta

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Cirrose hepática e suas complicações 
Hipertensão portal 
Anatomia do sistema porta 
• Veia porta 
• V. mesentérica superior 
• V. esplênica 
• V. mesentérica inferior 
• Vv. Gástricas Esquerda e direita 
• Vv. Gástricas curtas 
• V. Gastroepiploica 
• Vv. Retais (plexos superior e médio) 
• V. Umbilical 
 
Consequências 
• Formação de colaterais 
 Varizes esófago-gástricas 
 Circulação colateral na parede abdominal 
 Varizes renais 
 Cabeça de medusa (varizes cutâneas) 
 Sinal de Criveiilhier-Baumgarten: presença de sopro 
na cabeça de medusa 
• Esplenomegalia 
• Encefalopatia 
• Ascite → é preciso que haja hipertensão sinusoidal 
 
 
Classificação 
Pré-hepática 
• Trombose de veia porta 
 Hipercoagulabilidade 
 Crianças: infecção de cateter umbilical 
• Trombose de veia esplênica 
 Hipertensão porta segmentar: Pancreatite crônica 
• Compressão tumoral 
• Hipoplasia congênita 
Hepática 
• Pré-sinusoidal: 
 Esquistossomose 
 Desordem vascular porto-sinusoidal (hipertensão 
portal não cirrótica, idiopática, hiperplasia nodular re-
generativa) 
• Sinusoidal: 
 Cirrose (causa mais comum de hipertensão portal) 
• Pós-sinusoidal: 
 Doença veno-oclusiva 
− Doença enxerto-hospedeiro 
− Doença do Chá da Jamaica 
Pós-hepática: 
• Doenças cardíacas: ICC, Pericardite constrictiva 
• Trombose de veias hepáticas 
 Síndrome de Budd-Chiari: qualquer obstrução de sa-
ída do trato hepático 
• Obstrução de veia cava: 
 Trombose, neoplasia (rim, fígado) 
 
Apresentação clínica 
• Pré-sinusoidal (pré-hepáticas e hepática) 
 Apresentação mais frequente → grandes esplenome-
galias e HDA 
• Sinusoidal e pós-sinusoidal (hepáticas e pós-hepáticas) 
 Apresentação mais frequente com ascite 
Diagnóstico 
• USG com Doppler 
 ↑ calibre de porta (n = 12 mm) e esplênica (n = 9 mm) 
 Fluxo hepato fugal 
• Elastografia 
 Verifica a dureza do fígado (≥ 15 – 21 kPa) 
• Gradiente pressórico entre porta e veia cava inferior 
 ≥ 6 → hipertensão porta 
 ≥ 10 → varizes 
 ≥ 12 → aumento do risco de ascite e de ruptura de 
varizes 
Abordagem das varizes 
Paciente que nunca sangrou 
1. Profilaxia primária: 
1. Rastrear varizes de alto risco 
a) Calibre médio ≥ 5 mm / grosso > 20 mm 
b) Cherry-red spots 
c) Child B e C 
2. Se varizes de alto risco PRESENTE →indicar profilaxia: 
d) Beta-bloqueador não seletivo VO (propranolol ou 
carvedilol) 
e) Ligadura elástica por EDA 
Paciente que está sangrando 
1. Estabilizar a hemodinâmica 
a) Cristaloides (reposição volêmica) 
b) “Prazol” 
c) Terlipressina ou Octreotide (vasoconstrictores esplâni-
cos) 
d) Ceftriaxone para profilaxia de PBE 
e) Reposição de hemácia e/ou plaquetas 
f) Reposição de Complexo protrombínico ou plasma 
 
2. Descobrir a fonte e tratar 
a) Endoscopia 
 Ligadura elástica (escolha) → Varizes esofágicas 
 Cianoacrilato → varizes gástricas 
b) Balão (Sengstaken-Blakemore) 
 Sangramento incontrolável por EDA + drogas 
c) TIPS Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular 
 Hemorragia refratária 
Vantagem “Ponte” para transplante 
Desvantagem Encefalopatia (~30% dos casos) 
Contraindica-
ção 
IC direita grave 
Doença cística 
d) Cirurgias (urgência) 
 Shunts não seletivos 
Paciente que já sangrou 
1. Profilaxia secundária 
1. Beta-bloqueador + ligadura elástica 
2. Se refratário: TIPS ou Shunt Esplenorrenal distal (seletivo) 
Indicação para transfusão de hemácias: 
• Hb < 7, desde que o paciente não seja coronariopata 
• Plaquetas < 50.000 
• INR > 1.7

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