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Cirrose hepática e suas complicações Hipertensão portal Anatomia do sistema porta • Veia porta • V. mesentérica superior • V. esplênica • V. mesentérica inferior • Vv. Gástricas Esquerda e direita • Vv. Gástricas curtas • V. Gastroepiploica • Vv. Retais (plexos superior e médio) • V. Umbilical Consequências • Formação de colaterais Varizes esófago-gástricas Circulação colateral na parede abdominal Varizes renais Cabeça de medusa (varizes cutâneas) Sinal de Criveiilhier-Baumgarten: presença de sopro na cabeça de medusa • Esplenomegalia • Encefalopatia • Ascite → é preciso que haja hipertensão sinusoidal Classificação Pré-hepática • Trombose de veia porta Hipercoagulabilidade Crianças: infecção de cateter umbilical • Trombose de veia esplênica Hipertensão porta segmentar: Pancreatite crônica • Compressão tumoral • Hipoplasia congênita Hepática • Pré-sinusoidal: Esquistossomose Desordem vascular porto-sinusoidal (hipertensão portal não cirrótica, idiopática, hiperplasia nodular re- generativa) • Sinusoidal: Cirrose (causa mais comum de hipertensão portal) • Pós-sinusoidal: Doença veno-oclusiva − Doença enxerto-hospedeiro − Doença do Chá da Jamaica Pós-hepática: • Doenças cardíacas: ICC, Pericardite constrictiva • Trombose de veias hepáticas Síndrome de Budd-Chiari: qualquer obstrução de sa- ída do trato hepático • Obstrução de veia cava: Trombose, neoplasia (rim, fígado) Apresentação clínica • Pré-sinusoidal (pré-hepáticas e hepática) Apresentação mais frequente → grandes esplenome- galias e HDA • Sinusoidal e pós-sinusoidal (hepáticas e pós-hepáticas) Apresentação mais frequente com ascite Diagnóstico • USG com Doppler ↑ calibre de porta (n = 12 mm) e esplênica (n = 9 mm) Fluxo hepato fugal • Elastografia Verifica a dureza do fígado (≥ 15 – 21 kPa) • Gradiente pressórico entre porta e veia cava inferior ≥ 6 → hipertensão porta ≥ 10 → varizes ≥ 12 → aumento do risco de ascite e de ruptura de varizes Abordagem das varizes Paciente que nunca sangrou 1. Profilaxia primária: 1. Rastrear varizes de alto risco a) Calibre médio ≥ 5 mm / grosso > 20 mm b) Cherry-red spots c) Child B e C 2. Se varizes de alto risco PRESENTE →indicar profilaxia: d) Beta-bloqueador não seletivo VO (propranolol ou carvedilol) e) Ligadura elástica por EDA Paciente que está sangrando 1. Estabilizar a hemodinâmica a) Cristaloides (reposição volêmica) b) “Prazol” c) Terlipressina ou Octreotide (vasoconstrictores esplâni- cos) d) Ceftriaxone para profilaxia de PBE e) Reposição de hemácia e/ou plaquetas f) Reposição de Complexo protrombínico ou plasma 2. Descobrir a fonte e tratar a) Endoscopia Ligadura elástica (escolha) → Varizes esofágicas Cianoacrilato → varizes gástricas b) Balão (Sengstaken-Blakemore) Sangramento incontrolável por EDA + drogas c) TIPS Shunt Portossistêmico Intra-hepático Transjugular Hemorragia refratária Vantagem “Ponte” para transplante Desvantagem Encefalopatia (~30% dos casos) Contraindica- ção IC direita grave Doença cística d) Cirurgias (urgência) Shunts não seletivos Paciente que já sangrou 1. Profilaxia secundária 1. Beta-bloqueador + ligadura elástica 2. Se refratário: TIPS ou Shunt Esplenorrenal distal (seletivo) Indicação para transfusão de hemácias: • Hb < 7, desde que o paciente não seja coronariopata • Plaquetas < 50.000 • INR > 1.7
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