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TBL - Gastroenterologia (Questões)

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DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS: TBL I 
CASO 1 
R.L.A., 55 anos, sexo feminino, comparece em Unidade de Pronto Atendimento com queixa de dor abdominal 
há 10 horas. Relata náuseas e vômitos. Refere desconforto abdominal leve no quadrante superior direito 
do abdome que progrediu com maior intensidade nas últimas 3 horas. Refere que a dor apresenta intensidade 
de 9 (Escala de 0 a 10). Ao exame físico apresenta temperatura de 38ºC; Pressão Arterial de 130 x 90 mmHg; 
regular estado geral; desidratada (+/4); anictérica; normocorada; ausculta cardiopulmonar sem alterações; ao 
exame abdominal apresenta abdome normotenso, dor difusa à palpação, mais intensa em hipocôndrio direito e 
interrupção dos movimentos respiratórios à palpação profunda do hipocôndrio direito (Sinal de Murphy 
presente). 
1) Qual o diagnóstico mais provável? 
a) Colangite.  Infeccioso agudo decorrente da obstrução da via biliar – é uma urgência e pode se manifestar 
como abdome agudo. Pct obrigatoriamente está ictérico, febre/calafrio e dor abdominal. Tríade de Charcot. 
b) Colecistite. (AGUDA, nesse caso);  Processo inflamatório da vesícula biliar; pode ser aguda ou crônica. 
c) Colecistolitíase.  Presença de cálculo na vesícula. 
d) Coledocolitíase.  Presença de cálculo na via biliar. 
e) Colelitíase.  Presença de cálculo na vesícula. 
2) Qual exame de imagem é o mais adequado para confirmar o diagnóstico? 
a) Colangiopancreatografia Endoscópica Retrograda.  Avaliar Coledocolitíase, tumor de via biliar (papila), 
ou colangite em alguns casos. 
b) Colangiorressonância.  Investigação de casos mais complicados. 
c) Colecistograma Oral.  Antigo. 
d) Tomografia Computadorizada de Abdome. 
e) Ultrassonografia Abdominal.  Qualquer exame para via biliar, usar outros exames para investigações mais 
complexas. 
3) A paciente foi encaminhada a internação, após a confirmação diagnóstica por meio de exame de imagem 
(conforme solicitado na questão anterior). Qual a conduta mais adequada imediata a partir de então? 
a) Colecistectomia imediata.  Chances de romper a vesícula durante a cirurgia; não deve ser feita 
imediatamente. 
b) Dieta hipogordurosa e antibioticoterapia, ambulatorialmente. 
c) Hidratação, analgesia e antibioticoterapia, durante internação hospitalar.  48-72h para estabilizar o pct para 
cirurgia. 
d) Observação ambulatorial após realizar Colangiografia endoscópica e papilotomia imediata.  De urgência 
na colangite e, pode ser feita na coledocolitíase. 
 Quando o cálculo é encontrado, a cirurgia é eletiva. Pcts diabéticos, imunossuprimidos, cardiopata etc, 
programar a cirurgia mais rapidamente que um paciente saudável. 
CASO 2 
T.I.M., 49 anos, masculino, branco, bancário, casado, natural e procedente de Barretos, SP. Relata sensação de 
queimação retroesternal há mais de 7 anos, acompanhada de regurgitação, eructações e empachamento 
pós-prandial, várias vezes por semana quando ingere muitos alimentos gordurosos. Tem se automedicado 
com hidróxido de alumínio, com melhora relativa e passageira. Há cerca de 3 meses refere melhora da azia, mas 
há 2 meses relata disfagia para alimentos sólidos. 
 Melhora da azia e depois disfagia – evoluiu para uma grave situação de inflamação crônica do esôfago que 
provocou estenose da porção inferior do esôfago, que simula um “esfíncter/válvula” e impede o ácido de 
retornar. Apenas para sólido, não piora para pastoso ou líquido como em casos de câncer. 
4) Qual o diagnóstico mais provável? 
a) Doença por refluxo gastroesofagiano. 
b) Gastrite crônica. 
c) Úlcera péptica. 
d) Dispepsia funcional. 
e) Câncer de esôfago  Refluxo que evolui para disfagia – DD: DRGE ou câncer; se a disfagia não piora, é 
DRGE. 
5) Qual primeira avaliação diagnóstica neste momento? 
a) pHmetria.  Poderia ser feito com sintomas atípicos. 
b) Endoscopia digestiva.  Pois são sintomas típicos. 
c) Impedanciometria.  Poderia ser feito com sintomas atípicos. 
d) Radiografia contrastada esôfago-gástrica (RxEED). 
e) Cintilografia esôfago-gástrica. 
6) Como se explica o relato de que houve melhora da pirose? 
a) Os episódios de refluxo diminuíram em intensidade.  Por conta da estenose que age como uma válvula, 
impedindo o ácido de retornar. 
b) A mucosa agredida passou a ser menos sensibilizada.  (Devido a fibrose). 
c) Os dados da anamnese foram mal colhidos e não refletem a realidade. 
d) A modificação das características da pirose não é relevante. 
e) A mudança da dieta é que determina a alternância de sintomas. 
7) Para o tratamento do paciente foi um medicamento que bloqueia os receptores dopamínicos D2 na zona de 
gatilho quimiorreceptora do bulbo, resultando em forte ação antináusea e antiemética. Qual foi o medicamento? 
a) Alginatos. 
b) Domperidona.  Antiemético e melhora o peristaltismo; o uso de pró-cinético não é obrigatório de uso na 
DREG; utilizado em pcts com resposta terapêutica ruim. 
c) Lansoprazol. 
d) Loperamida. 
e) Ranitidina. 
8) Este paciente tem indicação de implementação de Prova Terapêutica? 
a) Sim. 
b) Não. 
 Prova terapêutica para DRGE: Pct <45anos, queixa típica e sem sinal de alarme. Dose plena de inibidor de 
bomba por 8 semanas e avalia o quadro clínico antes de completar 8 semanas, continuar; não precisaria de 
endoscopia. 
CASO 3 
S.M.A., 53 anos, feminino, branca, professora, divorciada, natural de São Paulo, procedente de Bebedouro. 
Refere que apresenta sensação de “aumento de volume” abdominal e relata há muitos anos dificuldade para 
evacuar (permanece até 4 dias sem evacuar). Nega outros sintomas ou outras doenças relevantes. Faz uso de 
medicamento homeopático (conhecido como “46”) para auxiliar a evacuação, começou usando 1 comprimido 
com boa evacuação, agora usa 3 comprimidos no mesmo dia, por conseguir evacuar. Ao exame apresenta-se 
bom estado geral, timpanismo à percussão abdominal, mais intenso em fossa ilíaca esquerda e discreta dor à 
palpação desta região. 
9) Qual a melhor abordagem diagnóstica? 
a) Colonoscopia. 
b) Endoscopia digestiva alta. 
c) Ressonância nuclear magnética de abdome. 
d) Tomografia computadorizada de abdome total. 
e) Ultrassonografia abdominal total. 
 Se o quadro doloroso for mais intenso (com sinal de irritação peritoneal) e com grande dificuldade de 
evacuar, pode iniciar pela TC; no entanto, para investigar uma doença do cólon, o mais adequado é a colono. 
10) Baseando-se nas queixas da paciente qual a melhor conduta medicamentosa nesse momento? 
a) Analgésicos e antiespasmódicos. 
b) Probióticos. 
c) Manter a medicação atual (“46”). 
d) Laxativos estimulantes. 
e) Laxativos osmóticos e também laxativos de massa. 
11) Considerando a dificuldade em evacuar, qual a possível complicação? 
a) Doença diverticular. 
b) Distúrbio intestinal funcional. 
c) Constipação intestinal.  É o diagnóstico. 
d) Disbiose. 
CASO 4 
L.G., 65 anos, feminino, professora aposentada, branca, viúva, natural e procedente de Ribeirão Preto. 
Apresenta-se em com queixa de dor em abdome à esquerda de moderada intensidade nos últimos 2 dias. 
Em seus antecedentes relata hábito intestinal constipado, evacuando há cada 4 a 5 dias, fezes endurecidas e 
calibrosas, há décadas. Já fez uso de diferentes laxantes, sem melhora do quadro. Ao exame físico apresenta-se 
afebril, regular estado geral, massa palpável e dolorosa em fossa ilíaca esquerda, com sinais de reação peritoneal 
leve (descompressão brusca dolorosa), além de timpanismo em hipocôndrio esquerdo. 
12) Qual a hipótese diagnóstica mais provável? 
a) Apendicite aguda. 
b) Colite Isquêmica.  Alteração do hábito intestinal, sangramento ou evacuação com muco em grande 
quantidade; pct não chegaria em REG, chegaria em MEG. 
c) Diverticulite. 
d) Diverticulose. 
e) Neoplasia de cólon.  Poderia ser DD; lado direito, poderia haver sangramento; lado esquerdo, tendência de 
obstrução. Não é comum câncer de cólon evoluir com peritonite. 
13) Qual o método diagnósticomais adequado? 
a) Colonoscopia.  Proibido de realizar a colono em uma pct com HD de diverticulite; aumenta a chance de 
haver uma peritonite ou um abscesso peritoneal difuso. 
b) Endoscopia digestiva alta. 
c) Ressonância nuclear magnética. 
d) Tomografia computadorizada de abdome. 
e) Ultrassonografia abdominal total. 
14) Qual a abordagem terapêutica mais adequada na situação acima? 
a) Programar colectomia parcial. 
b) Controle dietético, antibioticoterapia e analgesia. 
c) Laparotomia com drenagem de abscesso.  Se houver um abscesso de grandes dimensões identificado na 
TC. 
15) Considerando a boa evolução da paciente após as medidas terapêuticas adotadas, qual a melhor conduta 
para o acompanhamento do caso a longo prazo (após a recuperação do quadro atual)? 
a) Colectomia total para controle de possíveis recidivas. 
b) Não há necessidade outras medidas. 
c) Medidas laxativas.  Obrigatória. 
d) Prescrição continuada de Probióticos.  Recomendado. 
e) Uso continuado de Mesalasina  (derivado da 5-ASA – indicada para colites; pode ser indicada para 
processos inflamatórios decorrentes da diverticulite, ou seja, utilizada para a dor crônica). 
 Seni – melanose do cólon (pode inflamar a parede da mucosa do cólon); osmóticos (carboidratos – evitar 
para pct diabéticos). 
CASO 5 
D.H.X., 31 anos, feminino, parda, comerciária, solteira, natural de Jaborandi, procedente de Barretos. Refere 
dor epigástrica há cerca de 5 semanas, de moderada intensidade, com sensação de plenitude pós-prandial. 
Refere que há 2 anos teve diagnóstico endoscópico de úlcera gástrica, com biópsia positiva para Helicobacter 
pylori. Foi medicada com inibidor de bomba de prótons, amoxicilina e claritromicina (que usou conforme a 
prescrição). Nega uso de analgésicos ou anti-inflamatórios. Evoluiu bem até a recorrência dos sintomas, por 
isso procura novamente assistência médica. 
16) Qual a hipótese diagnóstica mais provável? 
a) Úlcera gástrica.  Todo pct com diagnóstico prévio de ulcera, o diagnóstico é de recidiva da úlcera. 
b) Câncer gástrico. 
c) Úlcera duodenal. 
d) Gastrite crônica. 
e) Doença por refluxo gastroesofagiano. 
 Diagnóstico – biópsia pela endoscopia; Avaliar se o tto foi eficiente da HP – antígeno fecal, teste respiratório 
ou dosagem da sorologia pelo exame de sangue. 
17) Segundo o consenso atual, qual período de tratamento pelo esquema tríplice? 
a) 7 dias. 
b) 10 dias. 
c) 14 dias. 
d) 21 dias. Manter inibidor da bomba de prótons após os 14 dias; Amoxicilina (1g) 12/12h, claritromicina 
(500mg) 12/12h, IBP 2x ao dia.

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