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Motivação Uma das principais preocupações no contexto organizacional é investigar e analisar os motivos que fazem com que algumas pessoas desempenhem seu máximo e, outras, em situações similares, não ofereçam resultados satisfatórios. O que a organização pode fazer para elevar o resultado de alguns (hoje em um nível deficiente) e descobrir a razão do alto desempenho de outros? Para Robbins (2005), motivação é o resultado da interação do indivíduo com a situação; é o processo responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta. A qualidade do esforço e sua intensidade devem ser direcionadas aos objetivos organizacionais, trazendo resultados mútuos para o indivíduo e para a empresa. Dentre as várias teorias sobre o assunto, vamos focar naquelas de três grandes áreas: Teoria de Conteúdo Estático (o que traz energia ao comportamento humano), de Processo (o que direciona as ações) e de Ambiente (o que sustenta e mantém o comportamento), segundo a visão de Bowditch e Buono (2015, p. 39). TEORIAS DE CONTEÚDO ESTÁTICO Essas teorias tratam do que realmente motiva as pessoas. Sua principal crítica é de que elas só contemplam um ponto de cada vez, porém, nos dão uma visão básica daquilo que energiza o indivíduo. São elas: • Teoria das Hierarquias de Maslow; • Teoria ERC de Alderfer; • Necessidades socialmente adquiridas de McClelland; • Teoria da Motivação-Higiene de Herzberg. HIERARQUIAS DE MASLOW É uma das teorias mais conhecidas sobre motivação. Sugere que temos cinco níveis hierárquicos de necessidades: Maslow (1943) propunha que a necessidade do nível mais baixo deve ser satisfeita para que a do nível mais acima possa surgir: eu preciso matar minha fome e sede para que perceba a necessidade de segurança; uma vez seguro, passo a querer contato social, e assim por diante. Trata-se de um modelo simples, porém, há ressalvas: várias necessidades podem ser motivadoras ao mesmo tempo; ou, até uma vez satisfeita, a necessidade deixa de ser fonte de motivação. Entretanto, ela fornece um modelo prático aos líderes desde que eles saibam em que nível está o colaborador para poder suprir sua necessidade. Pessoas são diferentes e têm necessidades diferentes também. O desafio será identificar o que motiva cada um para adaptar o incentivo e, assim, obter o melhor desempenho do colaborador. TEORIA ERC DE ALDERFER C. P. Alderfer (1973) propôs um modelo simplificado de Maslow: ele reduziu de cinco para três níveis as categorias de necessidades: existência ou sobrevivência, relacionamento e crescimento. Neste modelo, não existe uma hierarquização dos níveis: eles podem interagir ao mesmo tempo. Para chegar ao crescimento, não preciso, necessariamente, satisfazer os dois níveis anteriores, por exemplo. O indivíduo pode se preocupar com seu crescimento profissional sem que seus relacionamentos estejam em um nível satisfatório, ou pode atuar nos três níveis simultaneamente. Quando não consegue atingir um nível superior (frustração), o indivíduo retorna aos anteriores (regressão), pois o desejo de atendê-los aumentará. Alderfer chama esse fenômeno de frustração/regressão. O fato de não conseguir atender ao desejo de relacionamento pessoal pode levar o indivíduo a se esforçar mais no trabalho, levando a um crescimento profissional. Robbins (2005) acredita que o nível educacional, o ambiente cultural e os antecedentes familiares podem influenciar a importância que cada nível exerce nos indivíduos. NECESSIDADES SOCIALMENTE ADQUIRIDAS DE MCCLELLAND McClelland identificou três necessidades básicas: realização, poder e afiliação. Ele propõe que todos nós somos influenciados por esses três fatores e que sua força depende da situação que acontecerá: com base em nossas experiências sociais e de vida, uma delas será preponderante. Alguns de nós se motivam pelo atingimento de metas (poder), enquanto outros são impulsionados pelo desejo de interação social (afiliação). Indivíduos com alta necessidade de realização buscam tarefas com responsabilidade e desafios; enquanto outros, mais voltados à afiliação, tendem a ser mais produtivos em áreas de relacionamento com clientes internos e externos. MOTIVAÇÃO-HIGIENE DE HERZBERG Esta teoria divide as condições motivadoras em duas dimensões que não se relacionam: aspectos do trabalho que impedem a insatisfação (higiene) – porém não a motivam – e fatores que realmente são motivadores (motivação). Ele coloca que o contrário de insatisfação não é satisfação: eliminar o fator que deixa o colaborador insatisfeito não o motiva, apenas o tranquiliza. Para motivá-lo, devemos utilizar os fatores relacionados aos resultados diretos do trabalho: crescimento, realização, responsabilidade e reconhecimento. Estes são os reais motivadores, segundo Herzsberg. Melhorar as condições de trabalho ou o salário diminuiria a insatisfação do colaborador, mas não seria suficiente para motivá-lo a melhorar sua produtividade. Prover tarefas com mais responsabilidade, que o levariam a uma promoção e reconhecimento de seus resultados, são os reais motivadores, que impulsionariam seu melhor desempenho. As principais críticas a esta teoria se devem ao fato de que, hoje em dia, tanto salário e segurança quanto reconhecimento e realização são considerados fatores motivadores – ainda que a teoria de Herzberg os diferencie. Participação nos lucros e remuneração por resultados são práticas comuns e comprovadamente relacionadas à motivação de colaboradores; um ambiente de trabalho agradável é uma força de atração para o RH na busca de candidatos. HIERARQUIAS DE MASLOW
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