Buscar

Exame Físico do Sistema Digestório - inspeção, ausculta, percussão e palpação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Habilidades e atitudes médicas – ham 
Sistema Digestório 
Funções do sistema digestório: 
• Ingestão 
• Mistura e movimentação 
• Digestão 
• Absorção 
• Defecação 
Referências para “estudar a projeção na parede 
abdominal dos órgãos intra-abdominais” – Porto & Porto. 
8 ed. Cap. 17 
 
 
• Pode ser dividido em sistema digestório alto 
(parte de cima do estômago) e baixo (porção 
abaixo do estômago) 
• Há presença de órgãos anexos ao sistema 
digestório, que auxiliam o processo ➜ 
exemplo: dentes, glândulas salivares, fígado, 
pâncreas vesícula biliar 
• É necessário saber: a localidade (quadrante), 
principais características e qual o tamanho (até 
onde ele vai) dos órgãos no abdômen para 
facilitar o exame físico (inspeção, ausculta, 
percussão e palpação) 
 
 
Sintomas comuns / preocupantes – 
anamnese 
• Dor abdominal aguda ou crônica (dor 
epigástrica, periumbilical, hipogástrica, 
suprapúbica, QSD. . .) ➜ investigar a dor 
(aguda, crônica...) 
• Indigestão, náuseas, vômitos, hematêmese, 
perda de apetite, saciedade precoce ➜ 
características do vômito (quantidade, 
frequência, composição) 
• Disfagia ➜ dor ao deglutir 
• Alterações dos hábitos intestinais 
• Diarreia, constipação intestinal 
• Icterícia 
 
• Se apresente e peça para o paciente se 
apresentar 
• Higienização das mãos 
• Avalie os EPIs necessários 
• Orientação ➜ sobre o que o médico irá fazer (ex.: 
suspender a blusa, manobras...) 
• Verifique que o paciente está com a bexiga vazia 
➜ a parede abdominal deve estar relaxada 
• Paciente confortável, dec. Dorsal 
• Iluminação ➜ se possível, a luz natural é melhor 
• Travesseiro sob a cabeça e se necessário outro 
sob o joelho ➜ ajuda a relaxar o abdômen 
• Se dor, solicite que o paciente informe no inicio 
➜ investigar a dor ➜ sempre começar a examinar o 
que é distal e depois vai para o proximal da dor, até 
ver onde realmente começa – provocando pela 
palpação 
 
 
Pontos de referência anatômicos 
➜ Onde começa e onde termina o abdômen 
• Limite superior: linha circular que passa 
pela junção xifoesternal e pela apófise 
espinhosa da 7ª vértebra dorsal 
• Limite inferior: linha circular que passa 
pela apófise espinhosa da 4ª vértebra 
lombar, cristas ilíacas, espinhas ilíacas 
anteriores, ligamentos inguinais e sínfise 
púbica 
 
Divisão do abdômen 
➜
• Traçar uma linha imaginária na linha médio 
esternal, passando por cima da cicatriz 
umbilical e traçar outra linha perpendicular 
horizontal 
As abreviações podem ser com as iniciais ➜ Ex.: QSD = 
quadrante superior direito (...) 
 
➜
• Traçar uma linha imaginária na linha 
hemiclavicular direita e na linha 
hemiclavicular esquerda. Traçar outra linha 
imaginaria na horizontal (abaixo do rebordo 
costal) e depois outra linha próxima/sob a 
cicatriz umbilical 
Quando necessário inspecionar (estimar, identificar, detalhar) 
uma região maior ➜ usarei quadrantes 
uma região menor ➜ usarei regiões 
 
 
Exame Físico 
➔ Propedêuticas: 
 1º. Inspeção 
 2º. Ausculta 
 3º. Percussão 
 4º. Palpação 
 
Obs.: é necessário seguir essa ordem!! → pois os ruídos hidro 
aéreos (auscultação) podem modificar após a percussão e 
palpação 
 
Inspeção Estática e Dinâmica 
Estática = parado ➜ forma, simetria, 
abaulamento, depressões, cicatrizes, retrações, 
hernias, distribuição de pelos... 
Dinâmica = com movimentos ➜ observar 
movimentos peristálticos, pulsação de alguma 
artéria abdominal 
 
• Forma 
• Simetria 
• Abaulamentos 
• Depressões 
• Cicatrizes 
• Pele 
• Retrações 
• Hernia 
• Circulação colateral 
• Ascite (...) 
 
Inpeção → forma e volume 
• Abdome atípico ou normal 
• Abdome globoso ou protuberante 
• Abdome em ventre de batráquio 
• Abdome pendular ou ptótico 
• Abdome em avental 
• Abdome escavado (escafoide ou côncavo) 
Inspeção → cicatrizes 
• Flanco direito: colecistectomia 
• Flanco esquerdo: colectomia 
• Fossa ilíaca direita: apendicectomia, 
herniorrafia 
• Fossa ilíaca esquerda: herniorrafia 
• Hipogástrico: histerectomia 
• Linha media: laparotomia 
• Região lombar: nefrectomia 
• Linha vertebral: laminectomia 
Ausculta 
• Auscultar os 4 quadrantes para identificar 
os movimentos peristálticos 
• É necessário ser no sentido horário, 
iniciando-se no QID (quadrante inferior 
direito) 
• Ruídos Hidroaéreos (RHS) e Sopros 
Ruídos Hidroaéreos (RHS) 
o Ruídos hidroaéreos: 15 a 20 
segundos em cada quadrante ➜ o 
normal é encontrar de 5 a 34 
RHS/minuto 
o Para achar o numero de RHS em cada 
quadrante, preciso multiplicar os que 
achei em 15 segundos por 4 ➜ ai vai os 
RHS que achei em 1 minuto 
o Se obtiver suspeita de RHS ausente, 
é necessário avaliar por 1 minuto 
inteiro para confirmar 
o Resultado: “Ausentes” ou “Presentes” 
 
Como identificar os ruídos hidroaéreos? 
No intestino estão presentes: fezes, água e gases ➜ que 
possuem consistência desde liquida, semi-pastosa e 
pastosa. 
Quanto mais próximos da região do cego ou do ânus 
(quadrante inferior), mais absorvido o bolo fecal se 
encontra ➜ compondo uma textura mais pastosa 
Nesse caso, os ruídos hidro aéreos podem estar 
presentes (situação normal) ou ausentes (anormal); e 
podem ser classificados como hiperativos ou 
hipoativos 
• Para RHS presente no quadrante “X” = 
anota-se “RH+ no quadrante X” 
• Para RHS ausente no quadrante “Y” = 
anota-se “RH- no quadrante Y” 
 
Sopros 
o Aorta abdominal – epigástrica 
o Iremos auscultar a aorta abdominal, 
para examinar se há sopros 
o Se houver sopros = anormal; se 
não houver sopros = normal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Percussão 
• Sons: 
o Timpânico ➜ mais recorrente (ex.: 
intestino delgado) 
o Hipertimpanismo ➜ quando há o 
acúmulo de ar além do normal 
(aumento do som oco) 
o Submacicez ➜ quando há uma área 
de transição entre órgãos maciços e 
semi-oco (água, gases e fezes) 
o Macicez ➜ quando há órgãos no 
local 
• Percutir os 4 quadrantes para identificar os 
sons ➜ iniciando no QID, QSD, QSE e QIE 
 
Percussão de Órgãos 
➔ 
• Hipocôndrio direito e epigástrica 
• hepatomegalia (fígado aumentado) 
• Dimensão (hepatimetria): de cima para 
baixo e de baixo para cima 
• O fígado na maioria das vezes não é 
palpável, mas a percussão é possível 
• Traçar uma linha imaginária na linha hemi-
clavicular direita ➜ percutir o tórax, vai na 
região abdominal, do limite superior até o 
rebordo costal ➜ de 6 a 12 centímetros da 
linha hemi-clavicular direita 
• De acordo com o som podemos avaliar se 
o fígado está aumentado ou hepatomegalia 
 
 
 
 
➔ 
• Espaço de Traube ➜ 2 últimos espaços 
intercostais e linha axilar anterior E 
• Percutir durante a inspiração 
• Não pode ser som maciço, se for, se trata 
de uma esplenomegalia (aumento do baço) 
• Outro tipo de percussão que pode ser 
utilizado é o piparote (“peteleco”) 
 
 
➜ Para melhorar a percussão, vai pedir para o paciente 
colocar a mão bem no meio ali. Porque o tecido adiposo 
também faz vibrações. → Então, eu vou espalmar a 
minha mão de um lado da parede do abdômen e vou vir 
do outro lado e dar uns petelecos 
➜ E vou sentir se tiver liquido ali ele vai vibrar a palma 
da minha mão que está do outro lado na parede do 
abdômen 
• Se foi identificado (sentiu a vibração) = 
piparote positivo; Se não identificado = 
piparote negativo 
 
Palpação 
• Superficial – avaliar: 
o Sensibilidade 
o Consistência dos órgãos 
o Superfície dos órgãos 
o Resistência muscular 
• Se o paciente queixar de dor em 
determinado local, não posso fazer a 
palpação direto, preciso fazer a palpação 
do distal para o proximal da dor 
• Sempre iniciamos com a palpação 
superficial e depois iremos para a profunda 
• É necessário palpar os 4 quadrantes para 
identificar alterações e depois palpar as 
regiões → sempre palpar no sentido horário 
• OBS: pode ser doloroso, então é essencial 
que o médico converse com o paciente 
durante o exame 
• Profunda: 
o Visceromegalia 
o Massas 
o sensibilidadeObs.: o fígado não é palpável, mas em pessoas magras, altas, é 
possível palpar sim e sentir um fígado aumentado ou no 
estado natural → mas não é comum, é raro 
 
Palpação de Órgãos 
• É utilizada a palpação profunda 
 
➢ Fígado 
• Paciente inspirando 
➔ Técnica bimanual: mãos para dentro e 
para cima, para sentir a borda inferior do 
fígado 
o Paciente deitado em decúbito dorsal 
o Quadrante superior direito, no 
rebordo costal ➜ vou pedir para o 
paciente inspirar e vou aprofundar a 
mão por baixo da costela dele 
➔ Técnica Lemos-Torres: mesmo movimento 
com a mão superior e a outra mão 
empurrando o fígado para cima 
o Paciente em decúbito dorsal 
o No quadrante superior direito, no 
rebordo costal ➜ colocar uma mão 
na região dorsal do paciente (por 
baixo do mesmo local) e pedir pro 
paciente inspirar e vou introduzindo 
a outra mão para ir palpando o 
rebordo costal e identificar se está 
aumentado ou não 
➔ Tecnica Mathié/Garra/Gancho: com as 
mãos em concha, virado para os pés do 
paciente, afundar as mãos palpando o bordo 
inferior do fígado e deslizando as falanges 
o Quadrante superior direito, rebordo 
costal ➜ colocar a mão em garra e 
pedir para o paciente inspirar e vou 
palpando para identificar se há um 
aumento 
 
➢ Baço 
• Paciente em DLD (decúbito lateral direito) 
• Perna superior fletida 
• Normalmente não se sente nada – não é 
palpável 
• Vou palpar o lado esquerdo do paciente 
o Posso usar uma mão para fazer a 
contra resistência, e vou palpar, se 
eu sentir o órgão é porque o baço 
está aumentado (anormal) 
 
 
➢ Rins 
• Região flanco D ➜ um pouco mais abaixo 
do fígado 
• Decúbito dorsal ou sentado 
• Normalmente não se sente 
o Ao invés de focar só no rebordo 
costal, eu vou abaixo dele. Tanto na 
região anterior quanto na região 
posterior 
 
➢ Apêndice 
• Ponto de McBurney 
• Se houver sensibilidade de dor = Sinal de 
Blumberg + 
• Aumento da sensibilidade – apendicite 
• Ponto entre a cicatriz umbilical e a crista 
ilíaca 
• Importante realizar descompressão 
 
➜ Investigar uma suspeita de inflamação ou infecção do 
apêndice vermiforme 
➜faço uma linha imaginária da cicatriz umbilical até a 
crista ilíaca superior e dividir essa linha imaginária em 3 
porções iguais 
➜ a porção proximal, no terço proximal da crista iliaca = 
ponto de McBurney ➜ onde vou fazer uma compressão 
e descompressão nessa região ➜ e se doer = sinal de 
Blumberg ou Blumberg + (positivo) 
 
➢ Vesícula Biliar 
• Inspiração interrompida – Sinal Murphy 
• Ponto Cístico: é uma região de maior 
probabilidade de localização da vesícula biliar 
• Colecistite (inflamação) – colelitíase 
(acúmulo de pedras) 
• Compressão da região – dor 
➜ Traçar a linha imaginária hemi-clavicular direita, e no 
rebordo costal direito tem o ponto cístico ➜ vou fazer a 
compressão e a descompressão 
➜ se o paciente sentir dor = sinal de Murphy + 
 
o o ponto vermelho chama ponto 
cístico = região de maior 
probabilidade de localização da 
vesícula biliar 
 
• existe uma outra manobra também no mesmo 
local, que eu espalmo a minha mão e com o 
meu polegar no ponto cístico, eu peço para o 
paciente inspirar e vou introduzindo o polegar

Continue navegando