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Oclusão normal na dentição permanente

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DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
Oclusão normal na dentição permanente 
A oclusão do ser humano foi mudando ao longo dos anos e essa questão do homo sapiens ficar 
ereto (em pé), contribuiu não para a melhora da oclusão, mas para a piora da oclusão, pois 
acabou gerando problemas oclusais. 
 
➢ Miscigenação: o brasileiro é bastante miscigenado, mas a mistura fez com que o 
brasileiro herdasse o osso pequeno do europeu e o dente grande do africano, e aí o 
dente grande não cabe na arcada dentária, o que leva a ter problema de espaço e de 
maloclusão. No casamento entre europeu e indígena também tem uma discrepância 
entre dente e osso, levando o individuo a ter uma maloclusão. 
➢ É bastante comum ter pacientes com maloclusão, ao contrário, encontramos pouco 
indivíduos tendo uma oclusão normal 
 
 Desenvolvimento do conceito de oclusão: 
• Período fictício (antes de 1900) – ele se limitava a contar o numero de dentes, ver 
cúspides, fossas dentarias 
• Período hipotético (1900 a 1930) – com o Dr. Angle começou a pensar no conceito de 
oclusão, ainda que de modo muito primitivo, a relação dos planos inclinados, onde 
cada vertente de um dente toca com a vertente do lado oposto tanto do lado vestibular 
como do lado lingual 
• Período verídico (a partir de 1930) – Cefalometria, realmente é possível visualizar a 
oclusão na face, a partir da radiografia lateral da face, foi possível ver a inclinação dos 
incisivos a partir de uma radiografia. Hoje em dia, é possível ver tudo a partir de uma 
tomografia, ver o músculo inserido nessa oclusão por meio de uma eletromiografia 
 
 Conceito de oclusão normal: 
• A oclusão dentária normal pode ser definida como um complexo estrutural, 
caracterizados por uma relação normal dos chamados planos inclinados oclusais dos 
dentes que se encontram situados individual e coletivamente em harmonia 
arquitetônica com seus ossos basais e com a anatomia craniana, apresentando pontos 
de contato proximais e posições axiais corretas e, tendo associado a eles, crescimento 
e desenvolvimento, posição e correlação normais de todos os tecidos e estruturas 
adjacentes. 
 
A oclusão é composta pelo dente e tudo que compõe o dente – a polpa, cemento, esmalte, 
dentina faz parte da oclusão – se tiver qualquer problema na estrutura começa a ter pontos 
falhos na oclusão normal. Se pensar numa oclusão correta vemos que cada pedaço de um 
dente superior vai ocluir corretamente com o dente inferior – cada dente superior, a partir do 
canino, tem oclusão com dois dentes inferiores. Além de se avaliar a estrutura do dente, avalia-
se os contatos oclusais que são por vestibular e lingual. 
O trabalho do ortodontista, em sua conclusão de tratamento, é devolver uma oclusão tão boa 
por vestibular como por lingual. 
Cada dente tem sua inclinação correta na arcada dentária. Todos os dentes superiores tem 
uma leve inclinação de coroa para mesial e todos os dentes inferiores tem uma condição 
vertical na mandíbula. Para que uma oclusão normal se estabeleça essas características 
precisam ser respeitadas. 
Esses dentes precisam ter pontos de contato, ou seja, cada dente deve ter contato com seu 
vizinho, exceto o último dente da boca na sua superfície distal. O ponto de contato correto 
evita o caso de impacção alimentar – toda vez que o paciente for mastigar/triturar o alimento 
na região posterior, ao invés do alimento tocar nas cristas marginais ele vai direto no tecido 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
gengival, pressionando-o que ao longo dos anos de impacto pode levar a uma perda óssea da 
região. 
Inseridos na face, a face deve ser adequada, equilibrada, com selamento labial passivo, com 
proporcionalidade dos terços faciais. Portanto, a face deve estar equilibrada para a perfeita 
junção da oclusão com a face. 
 
Oclusão normal X Oclusão ideal 
Oclusão ideal → significa que ela é hipotética, significa que ela é perfeita; muito difícil de ser 
encontrada 
Oclusão normal → tem certos limites de variação (por exemplo o overjet com variação de 1 a 3 
mm, se fosse ideal não teria variação, deveria ser 1) 
A busca do ortodontista durante o tratamento é por uma oclusão normal 
 
 Características da oclusão normal: 
 
A maloclusão que mais acomete os indivíduos é a Classe I, e dentro da classe I o apinhamento, 
a falta de espaço é o problema que mais acomete os indivíduos. 
 
• Dentes, arcos, base óssea, face – devem ser levados em consideração para uma 
característica de oclusão normal 
 
Número, formato e tamanho dos dentes: 
➢ 32 dentes (para uma oclusão normal desconsidera o 3° molar) 
➢ Diferentes tamanhos: tamanho maxilares(tamanho presente) X tamanho 
dentes(tamanho requerido) 
 
Forma dos arcos dentários: (cada individuo tem um tipo morfológico facial que influencia 
diretamente no formato dos arcos dentários) – a medida cefalométrica que nos dão essa 
classificação é o eixo facial. 
 
➢ Mesocefálico (87° - 93° de eixo facial ) – é mais ou menos equilibrado, então nesse 
individuo o que se espera encontrar é um arco parabólico 
➢ Braquicefálico (acima de 93° de eixo facial) – indivíduo que tem a largura da face maior 
que a altura, o padrão de exemplo é o cowboy americano, que apresenta uma 
musculatura forte, masseter desenvolvido, terço inferior diminuído; de modo geral 
apresenta um formato de arco um pouco mais quadrado ou também chamado de arco 
trapezoidal (parece um trapézio com base posterior) 
➢ Dolicocefálico (abaixo de 87° de eixo facial) – indivíduo com cabeça mais longa, menor 
largura; apresenta um formato de arco um pouco mais achatado, pois copia as 
características da face, portanto o formato do arco é mais triangular 
 
O tipo morfológico é uma característica facial, não um defeito. Teremos um problema de 
oclusão dentro desse contexto se, por exemplo, tivermos um dolicofacial de mordida aberta, 
significa que a altura da face dele está tão grande que não apresenta um trespasse vertical 
anterior adequado, então pode-se tentar redirecionar o crescimento para que ocorra o 
fechamento, mas não o transformar de dólico para mésio. 
 
Contorno dos arcos dentários: (**PROVA) 
Cada arco dentário tem um contorno especifico, ou melhor, cada dente dentro do arco 
dentário tem um contorno especifico e esses contornos são chamados de reentrância 
(inset) ou saliência (offset). 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
A reentrância e a saliência permitem um certo alinhamento lingual, principalmente até os 
molares, a língua precisa reconhecer a arcada por dentro num determinado alinhamento. 
Para que isso aconteça deve ter reentrâncias e saliências. 
O ICS é mais largo no sentido V – L que o ILS, então se colocar os dois num mesmo 
alinhamento vestibular passa a ter um degrau por palatina e não é isso que é preconizado, 
precisa que a língua reconheça o alinhamento, então o ILS deve se posicionar um 
pouquinho mais para lingual, para que a superfície dele fique no mesmo alinhamento que o 
ICS. Assim, numa oclusão normal, num tratamento ortodôntico, o ILS deve receber uma 
reentrância (inset), ele vai ficar numa visão vestibular um pouco mais para palatina, para 
que por “dentro” ele fique num mesmo alinhamento. 
O CS é mais largo que o ILS no sentindo V – L, para se ter um alinhamento entre canino e 
incisivo lateral por palatina, o canino deve ficar mais posicionado para vestibular, então no 
CS temos o chamado offset (saliência). 
Os pré molares tem o mesmo tamanho e estão no mesmo plano V – L, então na região de 
pré molares o arco ortodôntico, que simboliza o alinhamento dos dentes, segue o mesmo 
plano na mesma linha. 
Então, chegando no primeiro molar, que obviamente é muito mais largo no sentido V – L 
que os pré molares, então temos de novo em offset (saliência). 
Os pesquisadores, observando a oclusão, notaram que indivíduos com a oclusão normal o 
segundo molar superior possui um achatamento em direção palatina, que chamamos isso 
de toe in. Sendo assim, no arco superior temos um insetno lateral, offset no canino, offset 
no primeiro molar e um toe in que nada mais é que um achatamento no segundo molar. 
No arco inferior temos uma única diferença em relação às reentrâncias e saliências, os 
incisivos centrais inferiores e os incisivos laterais inferiores têm o mesmo diâmetro 
vestibulolingual, então não temos inset no lateral inferior, mas temos offset no canino e 
offset no primeiro molar e toe in no segundo molar. 
Isso, para que a língua reconheça dentro do contexto de oclusão normal, que a função faz 
parte, de um alinhamento anterior. 
Isso não só melhora a estética, mas quando se tem os dois incisivos superiores diferentes 
no sentido vestíbulo – lingual em relação aos incisivos laterais, facilita a protrusiva, toca 
mais rápido no incisivo central desoclui. Não adianta ter uma oclusão normal se o indivíduo 
não tiver uma desoclusão satisfatória. 
 
➢ Diferenças no volume dentario V – L 
➔ Reentrâncias: INSET 
➔ Saliências: OFFSET 
 
Alinhamento dos arcos dentários: 
➢ Linha de oclusão: são guias para avaliar se há alinhamento 
➔ Para saber se houve um bom alinhamento da arcada superior, traça-se uma linha 
que deve passar pelo sulco central dos dentes posteriores e cíngulo dos dentes 
anteriores. Se a curva acompanhar exatamente esses posicionamentos, temos um 
bom alinhamento no arco superior 
➔ No arco inferior, a linha será mudada devido a inclinação lingual dos dentes 
inferiores, então a linha curva de passar pelas cúspides vestibulares dos dentes 
posteriores inferiores e pelas bordas incisais dos dentes anteriores inferiores, 
então essa linha curva passar exatamente nesses posicionamentos, teremos um 
bom alinhamento do arco inferior dentro de um conceito de oclusão normal dos 
dentes permanentes 
 
 
 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
Relação vertical dentária: 
Relacionamento vertical entre os dentes do arco superior e arco inferior. A borda incisal do 
incisivo central fica mais para baixo que a borda incisal do incisivo lateral, e a ponta de 
cúspide do canino do arco superior, fica mais baixa que a borda incisal do lateral e a borda 
incisal do central (0,5mm em relação ao central). Então faz uma curvatura separada por 
hemi-arco (vem no central, sobe e depois desce no canino). Se avançarmos para a região 
posterior a altura da borda incisal do incisivo central estará mais ou menos na mesma 
altura que a cúspide vestibular dos pré-molares e molares. Resumindo, central mais baixo 
que lateral, canino mais baixo que central e pré-molares na mesma altura que central. 
No arco inferior, a mesma diferença vista na questão do alinhamento se repete no arco 
inferior, porém agora no sentindo vertical. Como os incisivos inferiores apresentam uma 
anatomia semelhante, a altura de central e lateral é a mesma. Os caninos inferiores tem a 
ponta de cúspide um pouco mais alta que os centrais (0,25mm), e as cúspides dos pré 
molares tem a mesma altura que incisivos centrais. 
O canino encontra-se mais alto no arco inferior pois deve-se fazer lateralidade desse canino, 
é a função. 
Isso é esteticamente agradável. 
Terminar o tratamento ortodôntico com uma boa oclusão é ter uma excelente desoclusão. 
 
Relações entre os arcos dentários: 
Conceito de “tampa e panela”, maxila age como a tampa e mandíbula a panela, ou seja, a 
maxila deve ser maior, aproximadamente 2mm, que a mandíbula. Se ela for menor, temos 
mordida cruzada, se for maior pode ter uma mordida cruzada posterior, não lingual, mas 
vestibular. 
➢ Transversal (sobreposição entre arco inferior e superior) 
 
Contatos oclusais: (**PROVA) 
Na oclusão existe na visão vestibular e na vista lingual, mas os contatos oclusais linguais 
são mais complexos, mas eles são existentes na oclusão. 
Oclusão funciona mais ou menos como uma engrenagem, mas que são dividas em 
segmentos que devem ser nomeados, por exemplo segmento posterior – vertente mesial 
da cúspide do canino superior. Precisamos saber cada toque. 
 
 O plano inclinado mesial da cúspide do canino permanente superior está ocluindo no 
plano inclinado distal da cúspide do canino permanente inferior. 
 O plano inclinado distal da cúspide vestibular do canino permanente superior está 
ocluindo no plano inclinado mesial da cúspide vestibular do primeiro pré molar 
permanente inferior 
 O plano inclinado distal da cúspide vestibular do primeiro pré molar permanente 
superior está ocluindo com o plano inclinado mesial da cúspide vestibular do segundo 
pré molar permanente inferior 
 O plano inclinado distal da cúspide vestibular do segundo pré molar permanente 
superior está ocluindo no plano inclinado mesial da cúspide mésio-vestibular do 
primeiro molar permanente inferior 
 O plano inclinado mesial da cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente 
superior está ocluindo no plano inclinado distal da cúspide mésio-vestibular do primeiro 
molar permanente inferior 
 O plano inclinado distal da cúspide disto-vestibular do primeiro molar permanente 
superior está ocluindo no plano inclinado mesial da cúspide mésio-vestibular do 
segundo molar permanente inferior 
Isso vai se repetindo, até a distal do segundo molar permanente superior. 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
 
➢ Chave de oclusão: centro da cúspide mésio-vestibular do primeiro molar permanente 
superior oclui no sulco vestibular do primeiro molar permanente inferior. Mas, 
somente esse conceito de chave de oclusão separadamente não caracteriza a oclusão 
normal, mas quando isso acontece, de um modo geral, temos a relação normal dos 
demais. Também chamado de classe I, mas lembre-se que classe I tem uma faixa de 
variação. 
 
Inclinações axiais: 
➢ Superiores 
Dentes V-L M-D 
IC 
IL 
C 
1°PM 
2°PM 
1°M 
2°M 
3°M 
(a coroa mais para 
vestibular do que a raiz – 
1.NA) 
 
Vestibular 
(no sentido M-D os dentes 
apresentam uma coroa no 
sentido mesial) 
 
Mesial 
 
➢ Inferiores 
Dentes V-L M-D 
IC 
IL 
C 
1°PM 
2°PM 
1°M 
2°M 
3°M 
Vertical 
Vertical 
Ligeiramente vestibular 
Lingual 
Lingual 
Acentuadamente lingual 
Acentuadamente lingual 
Acentuadamente lingual 
(estão perpendiculares em 
relação a sua base óssea) 
 
 
Vertical 
A partir do primeiro pré-molar todos os dentes, no sentido vestibulolingual, inclinam 
gradativamente no sentido lingual. No tratamento ortodôntico, para acertar isso, tem uma 
dobra no arco, chamada torque, progressivamente que vai inclinando gradativamente 
esses dentes. 
 
 Curva de Spee 
• Linha vertical no sentindo ântero-posterior das superfícies oclusais. Temos 3 tipos de 
curva de Spee: Reversa, Reta, Acentuada. 
➔ Reversa – temos incisivos inferiores mais intruídos e superiores mais estruídos, 
molares inferiores mais intruídos e superiores estruídos, e uma proximidade maior 
no terço médio da oclusão de pré-molares, ou seja, a curva reversa faz uma curva 
com a “barriga” para cima em relação ao solo 
➔ Acentuada – ao contrário da reversa, ela está em direção ao solo, ou seja, extrusão 
dos incisivos inferiores e intrusão dos superiores, extrusão dos molares inferiores e 
intrusão dos superiores, novamente com proximidade do terço médio, mas com a 
“barriga” em direção ao solo 
➔ Reta – paciente com oclusão normal espera-se encontrar uma curva de Spee reta; 
 
 Curva de Wilson 
Diferente da curva de Spee é uma curva no sentindo horizontal. Ela respeita as inclinações 
axiais no sentido vestíbulo – lingual, ela facilita a desoclusão. Quando o paciente faz uma 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
protrusiva ou uma lateralidade do lado do canino de trabalho direito ou esquerdo, tenha a 
desoclusão. O ortodontista deve trabalhar de modo a ter uma inclinação adequada em 
seus arcos. 
 
• Desoclusão 
• Sentindo transverso – contacta as pontas das cúspides vestibulares e linguais dos 
molares 
• Resulta da inclinação axial lingual dos dentes posteriores inferiores e superiores 
 
 Sobremordida 
Overbite (sobremordida) 
➢ Normalidade: 1/3 (3mm) – aborda incisal do incisivo superior deve cobrir no máximo 
1/3 ou 30% da face vestibular do incisivo inferior. Se for maior que 30% ela está 
aumentada, mas a borda do incisivo superior não ultrapassar o terço médio da coroa do 
incisivo inferior trata-se de uma sobremordida moderada; se ela ultrapassar o terço 
médio da coroa do incisivo inferior e atingir o teço cervical, trata-se de uma 
sobremordida profunda. Se o paciente ocluir e atingir na mucosa palatina, causar 
ferimento trata-se de sobremordida exagerada 
É o trespasse vertical dos incisivos superiores sobre os incisivos inferiores quando as 
arcadas estão fechadas. 
 
Overjet (sobressaliência) 
➢ Normalidade: 1mm – é quanto o incisivo superior está a frente do incisivo inferior. 
Medida da borda incisal do incisivo superior até o ponto do incisivo mais vestibular da 
coroa. Numa oclusão normal o valor seria de 1mm, pode-se dizer que esse valor seria 
para uma oclusão ideal, aceita-se para uma overjet de até 3mm. Overjet de 8mm, por 
exemplo, não seria uma oclusão normal, o problema seria que a mandíbula não 
esticaria tanto para buscar uma protrusiva, o que levaria a dor, não conseguindo fazer 
uma desoclusão. No sentindo inverso, estar diante de um overjet diminuído, os incisivos 
estariam topo a topo. Sobressaliência aumentada normalmente está diante de uma 
classe II. 
É o trespasse horizontal dos incisivos superiores em relação aos incisivos inferiores. 
 
 Contatos oclusais: 
Contatos proximais: 
• Distribuição de cargas (distribuir as cargas mastigatórias) 
• Alimentação (facilitar a alimentação por meio da mastigação distribuindo o alimento 
para vestibular e lingual, e assim, evitando a impacção alimentar) 
• Estabilização dos arcos (ajudam a manter a estabilidade dos arcos dentários, 
mantendo os dentes em posição) 
 
• Sentido vestíbulo – lingual – tanto para o arco superior como o inferior, os pontos de 
contato, eles modificam da região posterior em relação a posição anterior. Na região 
anterior o ponto de contato se localiza no meio, nem para superfície vestibular e nem 
para lingual. Na região posterior não fica no meio, há um espaço maior no sentido V-L, 
então o ponto de contato se localiza mais para vestibular. 
• Sentido cervico-oclusal ou incisal – temos certas variações, a região posterior é a 
mesma nos dois arcos, mas na anterior não. Na arcada superior o ponto de contato se 
localiza entre a borda incisal e o terço médio da coroa dos incisivos. Nos incisivos 
inferiores o ponto de contato correto se localiza próximo a borda incisal e não no meio. 
DAIRA ESTER DE SOUSA – TURMA 93 – FORP / USP 
**A barra lingual deve ficar para sempre, pois ao envelhecer perde suporte ósseo e a 
barrinha consegue segurar para não ocorrer o apinhamento dos incisivos inferiores. 
Na região posterior todos os pontos de contato no sentido cervico-oclusal se localiza na 
altura da crista marginal, por isso a crista marginal deve terminar o tratamento 
ortodôntico nivelada. Se não ocorre isso, ao se alimentar e não ir metade para cada 
lado, o alimento vai para a gengiva e com o tempo causa a impacção. 
 
 Guias de oclusão dinâmica: 
• Correta desoclusão 
➢ Lateralidade direita e esquerda 
➢ Protrusiva 
• Ausência de interferência 
 
Não existe uma oclusão normal se não houver uma desoclusão correta. Ou seja, deve ter uma 
protrusiva e uma lateralidade correta, pois na hora em que ele projeta a mandíbula toca no 
mínimo os incisivos e a região posterior não tocam nada, quando faz o movimento de 
lateralidade vai tocar um dos caninos e do outro lado não toca nada. 
Tudo isso deve estar numa face harmônica, ou seja, numa distribuição equilibrada entre os 
terços da face. O terço médio (da glabela até o filtro do nariz) em harmonia com o terço 
inferior (do filtro do nariz até o ponto mais inferior do mento). O terço inferior ainda pode ser 
subdividido em 2 terços, em que um vai do filtro do nariz até o ponto de contato dos lábios e o 
outro terço é do ponto de contato dos lábios até o ponto inferior do mento. 
Então a oclusão normal deve estar inserida numa face equilibrada.

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