Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS INSTITUTO DE CIENCAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMACIA KETLEN SANTOS OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FARMACÊUTICO II NA ÁREA DE ALIMENTOS MANAUS-AM 2017 KETLEN SANTOS OLIVEIRA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO FARMACÊUTICO II NA ÁREA DE ALIMENTOS Relatório de estágio curricular da disciplina Estágio Supervisionado farmacêutico II, apresentado como requisito parcial de avaliação para a obtenção de nota. Local de estágio: Laboratório CQLAB – Consultoria e Controle de Qualidade Supervisora: Profa. Sabrine da Costa Cordeiro Coordenador Prof. Dr. Aluízio Gonçalves Brasil Júnior MANAUS - AM FEV/ 2017 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Logomarca da empresa CQLAB................................................................................ 9 Figura 2 - Caixa térmica de diversas capacidades e cambão Fonte: Próprio autor .................. 17 Figura 3 - Gelox em caixa térmica média ................................................................................ 18 Figura 4 - EPI’s e equipamentos para coleta ............................................................................ 18 Figura 5 - Análise de pH .......................................................................................................... 22 Figura 6 - Equipamento para análise de cloro livre/total ......................................................... 23 Figura 7 - Reação para gás sulfídrico – Prova Éber ................................................................. 24 Figura 8 - Iscas das amostras com reagente de Éber ................................................................ 26 Figura 9 - Aferição do pH sobre o equipamento agitador mecânico ........................................ 27 Figura 10 - Unidade de membrana Filtrante, pré-esterilizadas e montadas ............................. 33 Figura 11 - Processo de diluição em tubos e plaqueamento ..................................................... 35 Figura 12 - Figura: Técnica dos tubos múltiplos ...................................................................... 37 Figura 13 - Colônias de coliformes termotolerantes ................................................................ 37 Figura 14 - Placa de coliformes totais sobre a luz UV Fonte: KITLABOR, 2007 ................... 39 Figura 15 - Indicador Biológico - Clean-Test .......................................................................... 42 Figura 16 - Aparelho para leitura do Indicador Biológico ....................................................... 42 Figura 17 - Termômetro usado durante a autoclavagem .......................................................... 43 Figura 18 - Integrador químico para vapor ............................................................................... 44 Figura 19 - Solução azul de bromotimol 0,04% ....................................................................... 45 Figura 20 - Teste de avaliação de limpeza insatisfatória .......................................................... 46 Figura 21 - Teste de avaliação de limpeza contendo detergente .............................................. 46 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Acessórios e equipamentos do setor de coleta ........................................................ 11 Tabela 2 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Físico química .......... 12 Tabela 3 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Meio de cultura ......... 13 Tabela 4 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Microbiologia ........... 14 Tabela 5 - Principais equipamentos do setor da lavagem e esterilização ................................. 15 Tabela 6 - Análise de gás amônio em carne de peixe ............................................................... 26 Tabela 7 - Análise de pH em amostras de carne de peixes ....................................................... 28 Tabela 8 - Análise de sensorial em amostras de carne de peixes ............................................. 29 Sumário 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 6 2 HISTÓRICO E ATUAÇÃO DA EMPRESA CQLAB – CONSULTORIA E CONTROLE DE QUALIDADE LTDA. .......................................................................................................... 8 2.1 Missão ........................................................................................................................... 8 2.2 Gestão de qualidade ...................................................................................................... 8 2.3 Visão ............................................................................................................................. 9 2.4 Política de Qualidade .................................................................................................... 9 2.5 Logomarca da empresa ................................................................................................. 9 3 OBJETIVO .............................................................................................................................. 9 4 LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................................... 9 5 DESCRIÇÕES DO LOCAL DE ESTÁGIO, EQUIPAMENTOS E OUTROS MATERIAIS .................................................................................................................................................. 10 5.1 Recepção, atendimento e dispensação ........................................................................ 10 5.2 Setor da Coleta ............................................................................................................ 10 5.3 Setor da Físico Química .............................................................................................. 11 5.4 Setor Meio de Cultura ................................................................................................. 12 5.5 Setor da Microbiologia ............................................................................................... 13 5.6 Lavagem, limpeza e higienização ............................................................................... 14 6 PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .............................................................. 15 6.1 Setor da Coleta ............................................................................................................ 15 6.1.1 Procedimentos gerais de coleta ........................................................................ 16 6.1.2 Procedimento de coleta para análise microbiológica de efluentes ................... 18 6.1.3 Procedimento de coleta para análise microbiológica (água de rede de distribuição). ..................................................................................................................... 19 6.1.4 Procedimento de coleta para analise microbiológica e físico química para água de piscina (recreação). ...................................................................................................... 20 6.1.5 Realização da Medição do pH em campo ........................................................ 20 6.1.6 Medição do cloro livre e total .......................................................................... 22 6.2 Setor de físico química ............................................................................................... 23 6.2.1 Reação para gás sulfídrico – Prova Éber ......................................................... 23 6.2.2 Reação para amônio – Prova Éber ................................................................... 25 6.2.3 Determinação do pH ........................................................................................26 6.2.4 Análise sensorial .............................................................................................. 28 6.3 SETOR MEIO DE CULTURA .................................................................................. 29 6.3.1 Verificação e ajuste do pH antes da esterilização ............................................ 30 6.4 Setor de microbiologia: análise de efluentes .............................................................. 32 6.4.1 Técnica de membranas filtrantes ..................................................................... 33 6.4.2 Procedimento analítico ..................................................................................... 34 6.4.3 Filtração das amostras e incubação .................................................................. 35 6.4.4 CONTAGEM DE COLONIAS: ...................................................................... 36 6.4.5 RESULTADO: CONFIRMAÇÃO DAS COLONIAS .................................... 36 6.4.6 Calculo para efluentes ...................................................................................... 37 6.5 Setor de lavagem, limpeza e higienização: ................................................................. 39 6.5.1 Material para descarte: Descontaminação e esterilização de material contaminado ..................................................................................................................... 40 6.5.2 Lavagem e secagem de material descontaminado ........................................... 40 6.5.3 Indicador Biológico para Esterilização a vapor - Clean-Test .......................... 41 6.5.4 Procedimento para o uso da autoclave: ............................................................ 43 6.5.5 Teste de avaliação de limpeza: ........................................................................ 44 6.5.6 Interpretação do resultado para o este de avaliação de limpeza ...................... 45 7 AVALIAÇÃO E CONCLUSÃO .......................................................................................... 47 8 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 48 1 INTRODUÇÃO O Controle de qualidade é uma medida adotada por organizações de diferentes segmentos em todo mundo para definir padrões em procedimentos, políticas e ações, de maneira uniforme. É um sistema que considera o grau de satisfação do consumidor, acionistas, funcionários, fornecedores e sociedade, como um todo. As propriedades de produtos, serviços, atendimentos ou ações são testadas, para a certificação de um padrão de qualidade de tal corporação, mas o processo tem longa história (CASTRO, 2017). A Revolução Industrial é um grande marco na história da humanidade, seus desdobramentos afetaram todo mundo. Foi um acontecimento extremamente importante para a humanidade, pois mudou o processo produtivo, ou seja, os produtos deixaram de ser manufaturados e passaram a ser maquino faturados, o permitiu uma produção em massa, permitindo assim colocar mais e mais produtos no mercado e a preços muito mais atrativos. Com isso a população ganhou ao longo do tempo maior poder de compra e melhoria na sua qualidade de vida (CAVALCANTE & SILVA, 2011). A qualidade como conhecemos hoje surgiu por causa da segunda guerra mundial. Naquela época já existia uma certa preocupação com a qualidade dos produtos, o que significava garantir que todos os produtos fabricados teriam as mesmas características e não apresentariam defeitos, na medida do possível. A necessidade de um profissional que supervisione todo o processo produtivo surgiu após a Revolução Industrial, no começo do século XX, as fábricas começaram a adotar capatazes para fiscalizar o trabalho dos operários para isso, foram criados os inspetores de qualidade, responsáveis por inspecionar produto por produto (FARIA, 2017). O método não muito tão eficiente por isso foi logo substituído pelas “técnicas estatísticas de controle da qualidade”, criadas por Walter Andrew Shewhart que, então, trabalhava na Western Eletric, por volta de 1920. Por ocasião da II Guerra, os EUA incentivaram a utilização dos métodos estatísticos de Shewhart pelos seus fornecedores ajudando a disseminar os novos métodos de controle de qualidade no mundo (FARIA, 2017). O histórico do controle de qualidade tem exemplos de fácil visualização. Os produtos japoneses dos pós-guerra tinham baixa qualidade. A evolução aconteceu por causa da presença americana em solo japonês, que forçou a elevação dos padrões. Hoje, o Japão é conhecido por sua excelência em processos industriais. A China também enfrentou problemas parecidos no período da expansão econômica. Durante décadas, os produtos chineses foram taxados como frágeis e de qualidade inferior, mas graças às políticas de controle de qualidade, hoje há produtos da China com características equivalentes aos fabricados em outros países. E por causa dos baixos custos de produção e mão de obra barata, grandes marcas têm se instalado no país e exportado de lá para todo o mundo (CASTRO, 2017). O próximo grande passo da história da qualidade pode ser chamado de “normalização”. A partir de 1987, com a criação da ISO9000, o que houve foi nem tanto uma mudança de conceitos ou abordagem (embora tenha havido), mas uma popularização impressionante em meio às indústrias das certificações dos “sistemas de garantia da qualidade” segundo padrões adotados internacionalmente (FARIA, 2017). A Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (Cgcre) é o organismo de acreditação de organismos de avaliação da conformidade reconhecido pelo Governo Brasileiro. O Decreto nº 7938, publicado em 19 de fevereiro de 2013, alterou o Decreto nº 6275, de 28 de novembro de 2007 e aprovou a nova Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Instituto de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro. Este decreto é que estabelece a competência da Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) do Inmetro para atuar como organismo de acreditação de organismos de avaliação da conformidade (INMETRO, 2005). A acreditação de laboratórios, segundo os requisitos estabelecidos na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005, é aplicável a laboratórios de calibração e de ensaio. A Cgcre estabelece documentos normativos (NIE-CGCRE, NIT-DICLA), que também constituem requisitos para a acreditação, sendo a conformidade do laboratório a estes requisitos avaliada em todas as etapas da acreditação. A Cgcre publica, também, documentos orientativos (DOQ- CGCRE), que têm finalidade de fornecer informações aos laboratórios que os auxiliem na implementação dos requisitos de acreditação. Embora estes documentos não tenham caráter compulsório, os laboratórios que seguem as orientações neles contidas atendem aos requisitos da acreditação (INMETRO, 2005). 2 HISTÓRICO E ATUAÇÃO DA EMPRESA CQLAB – CONSULTORIA E CONTROLE DE QUALIDADE LTDA. O CQLAB é um laboratório comprometido com a qualidade, segurança e confiabilidade de seus serviços. Possui uma equipe composta por doutores, mestres e especialistas com larga experiência no controle de qualidade em águas, ar climatizado, alimentos, cosméticos e saneantes; também realiza implantações do sistema de gestão da qualidade como: Sistema de Boas Práticas de Fabricação – BPF; Análise dos Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC; PGRSS - Plano de Gerenciamento de resíduos da Saúde e Controle Estatístico de Processos – CEP. Tem como objetivo ser reconhecido como sinônimo de qualidade em serviços. Fundado em 12 de Março de 2002, por doutores e mestres em microbiologia e através do apoio do Programa de Novos Empreendedores do SEBRAE/AM e Banco do Brasil S.A. Localizado dentro do Distrito Industrial, no CIDE - Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial, o CQLAB- Consultoria e Controle de Qualidade Ltda., atende com bastante versatilidade e competência as empresas instaladas no PIM - Polo Industrial de Manaus e outras em toda a região Norte. 2.1 Missão Ser o líder de mercado entre os laboratórios de controle da qualidade no norte do país. O maior, melhor e mais bem aparelhado, com os melhores profissionais, com a tecnologia mais atual, com a maior carteira de clientes satisfeitos e uma política de preços adequados e serviços classe mundial, atendendo as demandas das indústrias do polo Industrial de Manaus –PIM e região. 2.2 Gestão de qualidade ALLIMS: Sistema para gerenciamento de Laboratório de análises físicas, químicas e biológicas – LIMS (Laboratory Information Management System) que organiza com segurança e eficiência as rotinas diárias do laboratório. Todo o gerenciamento de amostras, automação dos processos, distribuição de tarefas e controle das atividades do laboratório são realizados através do software, que está definido e parametrizado atendendo ás exigências da Norma IS 17.025. 2.3 Visão Continuar sendo uma referência na qualidade, buscando um desenvolvimento contínuo da região em que atuamos. 2.4 Política de Qualidade O CQLAB é acreditado pelo INMETRO. Possui o aval de qualidade fornecido pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE), para a realização de atividades laboratoriais, garantindo a qualidade, a credibilidade e a validade do serviço perante os órgãos de controle. A empresa CQLAB - Consultoria e Controle de Qualidade Ltda, em 23/09/2016 recebeu o Escopo da Acreditação – ABNT. NBR ISO/IEC 17025 – ENSAIO/ FOR-CGCRE-003 – Rev. 11 – Apr. MAR/13 – Pg. 01/06 - Pg. 06/06. Onde pode ser vista através do site da empresa, todos os ensaios seguem a ISSO/IEC 17025. 2.5 Logomarca da empresa Figura 1 - Logomarca da empresa CQLAB Fonte: http://www.cqlab.com.br/2017/cms/CRL1155-ESCOPO.pdf 3 OBJETIVO Proporcionar conhecimentos práticos aos alunos na complementação dos assuntos teóricos abordados em sala de aula durante o curso de graduação em Farmácia; Afim de tornar o acadêmico apto aos procedimentos básicos exigidos na execução de sua profissão. 4 LOCALIZAÇÃO DA EMPRESA A empresa CQLAB fica localizada na Av. Rodrigo Otávio, 1910 CIDE – Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial. CEP 69073 177 – Manaus- AM 5 DESCRIÇÕES DO LOCAL DE ESTÁGIO, EQUIPAMENTOS E OUTROS MATERIAIS 5.1 Recepção, atendimento e dispensação Possui um espaço destinado a recepção e atendimento dos clientes, neste local existe um balcão com um computador e alguns acessórios de escritório, uma pequena área para armazenar as pastas do controle de presença dos funcionários e estagiários, dispõe de bebedouro e um local onde os funcionários batem o seu ponto, neste ambiente são recepcionados clientes da empresa que levam suas próprias amostras a serem analisadas, sendo realizado o checklist, as conferencias das principais analises que são solicitadas pelo próprio cliente. Em uma área mais extensa da recepção estão as salas distintas há a área da administração onde ocorre as atividades do conselho geral da empresa, responsável pela área administrativa, laboratorial e qualidade, após as análises dos resultados são emitidos os laudos e dispensados aos clientes. 5.2 Setor da Coleta A área do corredor tem grande utilidade para os trabalhadores, pois é um setor de alta demanda, responsável por todas as amostras que serão analisadas no laboratório, pois é o ponto de partida onde são registradas as entradas das amostras e toda sua característica, pois baseada nelas são designados todos os materiais necessários para o campo de coleta. Este setor é dotado de bancadas laterais, essas com gaveteiros contendo bastante embalagens e outros acessórios para a realização de tal tarefa, abaixo das bancadas ficam armazenadas geleiras de diversos tamanhos, ainda nesta área estão os refrigeradores, onde são armazenados os meios de culturas e diluentes, e o freezer contendo gelox para manter as amostras das coletas em temperatura ideal ao que é solicitado pela norma adotada pela empresa. Além disso possui terminais computadorizados com material de escritório, subdivididos de forma a proceder-se a liberação das fichas com os ensaios a serem realizados de forma racional e organizada. Contém um armário especialmente para guardar os jalecos dos funcionários, e bolsas com equipamentos (EPI’s) completos para a coleta. Neste setor trabalha a chefe de laboratório responsável de designar as tarefas do dia, mais três funcionários, sendo um responsável pela área referente ao sistema de software da empresa e dois encarregados de realizar as coletas propriamente ditas. ACESSÓRIOS EQUIPAMENTOS Formulário Gelox Medidor de pH Etiquetas de identificação Caixa térmica Oxímetro Pincel marcador Coletor de amostras de efluentes (cambão) Termômetro Prancheta Papel toalha absorvente Medidor de cloro Pisseta com álcool 70% Frascos coletores de diversas capacidades GPS Pisseta com água deionizada EPI’s completo Relógio Sacos plásticos para descarte de material Tabela 1 - Acessórios e equipamentos do setor de coleta Fonte: Próprio autor 5.3 Setor da Físico Química Este departamento é um dos maiores laboratórios comparados com dos demais, os equipamentos e acessórios são colocados sobre bancadas de mármore, dispõe de uma prateleira contendo todos os reagentes necessários para a preparação de solução, além do armário debaixo da bancada contendo um estoque dos mesmos para usos posteriores. Cada vidraria usada neste setor é armazenada em locais específicos e de fácil acesso, existe uma bancada onde os recipientes contendo as amostras a serem processadas são distribuídos e feito os respectivos testes. Este ambiente dispõe de pia para lavagem de recipientes usados na físico química, e desprezar amostras não contaminadas, além da cabine de fluxo laminar além de outros equipamentos listados na tabela abaixo (Tabela1). Neste laboratório realiza-se as seguintes analises: 1°) Água de poço e bebedouro, realizando-se basicamente os seguintes testes (amônio, aspecto, cloreto, condutividade, cor aparente, dureza, turbidez, gosto, odor); 2°) Alimentos: Gás sulfídrico, gás amoníaco, reação de nitrito, analise sensorial (organoléptica) e pH; 3°) Efluentes: Cor verdadeira, turbidez, DQO, fosforo, nitrito, materiais sedimentáveis, sulfato, sulfeto, Amônio, sólidos dissolvido, sólidos suspensos. Outras analises: nitrogênio, cloreto, alcalinidade e ferro. Tabela 2 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Físico química Fonte: Próprio autor 5.4 Setor Meio de Cultura É um setor de menor porte comparado com os demais, em sua estrutura dispões de bancadas e armários, nas bancadas estão os equipamentos utilizados na rotina como, pHmetro, balança, micro-ondas, pipetador automático dentre outros listados na tabela abaixo, além disso ainda nas bancadas todos os documentos necessários estão disponíveis, inclusive o POP, nos armários constam principalmente tubos e tampas de diversas capacidades, EPI’s e outros utensílios, utiliza-se de uma autoclave exclusiva para o preparo dos meios de cultura tendo os mesmos cuidados que as autoclave do setor de esterilização, com regulação de temperatura, indicador Biológico para Esterilização a vapor - Clean-Test, além do cuidado com a qualidade da água no preparo do meio de cultura e reagentes sendo ela deionizada assim que produzida diariamente. EQUIPAMENTOS VIDRARIAS ACESSÓRIOS Mufla Béquer vários volumes Embalagens plásticas Balança analítica Erlenmeyer X 60 Chapa aquecedora Balão volumétrico Lixeiras com pedal Sistema de exaustão Tubos Papeleira de lenço descartável pHmetro Proveta Água deionizada Deionizador Pipeta graduada Calculadora Espectrofotômetro Recipientes de vidro Cronômetro Bureta automatizadaCondensador Etiquetas em branco Micropipeta Cadinho Frascos spray com etanol 70% Medidor de cloro Dentre outros Dentre outros Dentre outros Tabela 3 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Meio de cultura Fonte: Próprio autor 5.5 Setor da Microbiologia Composta por dois ambiente chamado de área suja e área limpa, o qual a área suja é onde realiza-se todos os ensaios clínicos, as análises dos produtos alimentícios, águas e concentrados dentre outros, este ambiente dispõe de capela de fluxo laminar, banho maria para os meios de cultura, contador de colônias, micro-ondas, carrinho, refrigerador para o armazenamento de tubos e placas que são usados durante o processo, além de todo material necessário para a realização das analise microbiológicas. No ambiente chamado de limpo, dispõe de refrigerador, onde as amostras recém chegadas são armazenadas, bancada e gaveteiros com todos EPI’s essenciais usados durante os ensaios, todos os POP’s disponíveis e fácil acesso, além de computador onde os comandos são realizados para a impressão dos formulários individuais das analise. Os equipamentos basicamente listados ou maioria deles estão relacionados ao procedimento de filtração a vácuo, o qual abordaremos mais adiante. EQUIPAMENTOS MEIO DE CULTURA SOLUÇÃO E REAGENTES MATERIAIS E INSUMOS Balança semi analítica Ácido clorídrico 1N Balão volumétrico – diversas capacidades * Banho maria 47±2°C Água deionizada Béquer– diversas capacidades Cabine de segurança Álcool 70% Carrinho Micro ondas Hidróxido de sódio 1N Erlenmeyer – diversas capacidades pHmetro Meios de Cultura desidratado EPI’s Pipetador automático Suplementos Placas de petri Refrigeradores Recipientes para autoclavação Tubos de ensaios – diversas capacidades Frasco com rosca – diversas capacidades Tabela 4 - Principais equipamentos, vidrarias e acessórios do setor de Microbiologia Fonte: Próprio autor 5.6 Lavagem, limpeza e higienização Este setor dispõe de armários e bancadas com pias acopladas e recipientes de grande portes para mergulhar as vidrarias e tubos que foram previamente descontaminados, além de duas autoclave sendo uma para descontaminação das vidrarias e utensílios e a outra para a esterilização, bandejas e um local específico para guardar e pendurar as vidrarias e recipientes plásticos, nos armários estão guardado o sabão neutro e alcalino, buretas de diversos tamanhos e álcool absoluto, ainda na banca um barrilete de água de deionizada para uso diário, duas estufas e materiais diversos para embalar as vidrarias e posteriormente submete-las ao procedimento de interesse (esterilização ou descontaminação). Realiza testes de controle visual e controle de qualidade para avaliação da eficiência da esterilidade dos materiais e vidrarias. MATERIAIS EQUIPAMENTOS ACESSÓRIOS Alças de Inoculação Contador de colônias Álcool 70% Frascos para água de diluição Capela de fluxo laminar X 60 Kitasato 500ml Bomba a vácuo Membrana 47mm diâmetro e 0,45 µm Banho maria Pinça para transferência da membrana Refrigerador Pipetas graduadas Computador Ponteiras de 100 ml estéreis Sacos de 580 3 120 ml Estante de tubos Tabela 5 - Principais equipamentos do setor da lavagem e esterilização Fonte: Próprio autor 6 PRINCIPAIS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 6.1 Setor da Coleta A técnica a ser adotada para coleta de amostras depende da matriz a ser amostrada (água de superficial, em profundidade, subterrânea, tratadas, residuária e outras), do tipo de amostragem (amostras simples, compostas ou integradas), dos ensaios solicitados (físico- química, microbiológica, biológicos) e são tomados os seguintes cuidados como: Verificação da limpeza dos frascos e dos demais equipamentos que serão utilizados para coleta; Empregar somente os frascos e as preservações recomendadas para cada tipo de determinação, verificando se os frascos e reagentes para preservação estão adequados e dentro do prazo de validade de uso, em caso de dúvida substituí-los; EQUIPAMENTOS MEIOS DE CULTURAS E SOLUÇÃO ACESSÓRIOS Autoclave vertical Solução azul de bromotimol 0,04% Algodão hidrófilo e hidrófobo Estufa Solução alcoólica 1N de NaOH Álcool a 95°GL Osmose reversa Solução clorada 1% Bioindicadores biológicos Solução de detergente alcalino 2% Caneta marcadora permanente - Gaze Barbante - Gaspilhão diversos - Tesoura - Fitas - EPI’s Certificar-se que a parte interna dos frascos, assim como as tampas e batoques, não seja tocada com as mãos ou fiquem expostos ao pó, fumaça, e outras impurezas, tais como gasolina, óleo e fumaça de exaustão de veículos que podem ser fontes potenciais de contaminação das amostras; Evitar que as amostras entre em contato com cinzas e fumaça de cigarro, pois estas podem ser contaminadas com metais pesados, fosfato, entre outras substâncias, sendo recomendável que os técnicos não fumem durante os trabalhos de coleta. Utilizar uniformes e EPI adequados para cada tipo de amostragem (avental, luvas de procedimento ou de borracha de látex, em coletas de efluentes luvas de manga longa, óculos de proteção, entre outros), sempre observando e obedecendo às orientações de cada local ou ambiente onde será realizada a amostragem; Fazer ambientação dos equipamentos de coleta de água no próprio local, se necessário; Garantir que as amostras coletadas devem estar isentas de partículas grandes, detritos, folhas, ou outro tipo do material estranho coletado acidentalmente Coletar um volume suficiente de amostra (proposto no plano de amostragem) para eventual necessidade de se repetir o ensaio no laboratório; No caso das determinações realizadas em campo, tais como pH, temperatura, oxigênio dissolvido, devem ser tomadas alíquotas separadas daquelas que serão enviadas ao laboratório para se evitar o risco de contaminação; Imediatamente após a coleta, as amostras deverão ser acondicionadas e mantidas ao abrigo da luz solar até a chegada ao laboratório; Acondicionar em caixas térmicas com gelo e/ou gelox as amostras que exigem refrigeração para sua preservação; Manter um registro de todas as informações de campo, preenchendo o formulário - Plano de Amostragem/Formulário de Coleta de Amostras – Amostragem de águas em matrizes ambientais. 6.1.1 Procedimentos gerais de coleta a) No setor de coleta realiza-se a separação do material conforma a ficha de registro de equipamentos e materiais utilizados na coleta em campo, bem como a quantidade usada. b) Em seguida solicita-se os equipamentos utilizados em campo no setor de físico química para estarem previamente calibrados. c) As geleiras e recipientes são separados conforme o material a ser coletado, bem como os equipamentos de proteção individual são separados em uma bolsa especifica para o uso em campo. d) Além disso as técnicas responsáveis por este setor separaram os documentos necessários durante a coleta para anotação do ponto de coleta, aferição do pH das amostras e medição do cloro residual e livre quando necessário. e) Ao chegar nas empresas deve-se apresentar e identificar-se com identidade e o crachá da empresa, e uma determinada pessoa faz o acompanhamento da coleta. f) Os analistas realizam-se a paramentação com todos os EPI’s necessários. g) No momento da coleta realiza-se a análise da temperatura, horário do início da coleta, através das informações do GPS anota-se as características do local e realiza-se a coleta. h) Em se tratando de amostras de efluentes, água de poço, agua para consumo, registra-se o pH em duplicata, quando a empresa solicita a leitura de cloro também realiza-se, principalmente em aguas de recreação. i) Vale a pena ressaltar que em coleta com swab em grandes empresas com equipamentos de grande porte e em funcionamento utiliza-se oprotetor auricular e botas. j) Após a coleta, desparamenta-se e a pessoa responsável pelo acompanhamento da coleta assina o documento. Figura 2 - Caixa térmica de diversas capacidades e cambão Fonte: Próprio autor Figura 3 - Gelox em caixa térmica média Fonte: Próprio autor Figura 4 - EPI’s e equipamentos para coleta Fonte: Próprio autor 6.1.2 Procedimento de coleta para análise microbiológica de efluentes A coleta é realizada manualmente para as amostras simples ou compostas. As coletas de amostras microbiológicas devem ser realizadas como descrito abaixo: a) Utilizar equipamentos coletor em estações que requeiram coleta em profundidade (cambão); b) Calçar luvas (látex de cano longo) c) Realizar inicialmente as coletas de sacos da microbiologia d) Utilizar recipientes estéril ou saco estéril para coleta das análises microbiológicas e) Encher o recipiente ou o saco de coleta com amostra aproximadamente ¾ (três quartos) do seu volume, para possibilitar sua homogeneização durante o ensaio no laboratório, identificar os recipientes ou frascos com dados da amostra. f) Após a coleta condicionar as amostras em caixas térmicas contendo gelo e/ou gelox, para manter as amostras durante o transporte a temperatura abaixo de 8°C. g) Para amostras cloradas realizar a inativação do cloro, acondicionando frasco 0,1mL de solução de Na2S2O3 a 10% em 120ml da amostra, a,4 ml para 480 ml da amostra. h) Quando as amostras não são analisadas no momento da chegada, estas são armazenadas por no máximo 8 horas após a coleta até o início das análises. 6.1.3 Procedimento de coleta para análise microbiológica (água de rede de distribuição). A coleta da amostra para exame microbiológico é realizada sempre antes da coleta para qualquer outro tipo de análise, afim de evitar risco de contaminação do local de amostragem e deve ser realizada como descrito a seguir: a) Higienizou-se a torneira com álcool 70% no interior e exterior da mesma. b) Após a higienização, abriu-se a torneira com o objetivo de deixar escorrer o suficiente para eliminação de água estagnada na tubulação c) Em seguida reduziu-se o fluxo de água para que seja pequeno e não haja respingos. d) Posicionou-se as laterais do saco de coleta estéril, evitando tocar as paredes laterais do saco nas bordas da torneira e) Pressionou-se as laterais do saco de coleta para retirar o ar presente, girar posteriormente o saco sobre si mesmo, até que fique bem rígido, em geral de 3 a 5 voltas. f) Dobrou-se as pontas do saco, no sentido contrário ao qual o mesmo foi girado, fixando um ao outro para que fiquem bem fechado g) Fechou-se o saco de coleta com um nó bem firme, acondicionando-o em caixas térmicas contendo gelox, para manter as amostras em temperatura abaixo de 8°C. Nota: Para amostras cloradas realizar a inativação do cloro, acondicionando frasco 0,1mL de solução de Na2S2O3 a 10% em 120ml da amostra, ou coletar com sacos estéreis com pastilhas de tiossulfato. Quando as amostras não puderem ser analisadas no mesmo dia, estas são armazenadas por no máximo 24 horas em temperatura de 4 ± 2°C. 6.1.4 Procedimento de coleta para analise microbiológica e físico química para água de piscina (recreação). A quantidade de água em piscina é monitorada quanto as alterações nas características químicas e físicas que podem resultar em irritação da pele, olhos e mucosas do banhista ou podem afetar negativamente a desinfecção. Diariamente, deve ser realizado o cloro residual e pH, pelo menos, três vezes/dia. Deve ser recolhida amostras, pelo menos, de dois locais para estas determinações. A contagem em placa de heterotróficas é o principal indicador de desinfecção. Os indicadores de risco para saúde incluem a microbiota da pele que elimina bactérias, tais como Pseudomonas e Staphylococcus. Estes organismos são responsáveis por uma grande percentagem de doenças associadas, em circunstancia especiais Mycobacterium, Legionella, ou Candida albicans pode estar associado a riscos para a saúde relacionado com as águas de recreio. A amostragem é realizada como descrito a seguir: a) A coleta foi realizada em um local com maior frequência dos banhistas b) Removeu-se a tampa do frasco no momento da coleta a uma distância de aproximadamente 10 centímetros, para evitar a contaminação da parte interna da tampa ou queda de qualquer outro material no interior do frasco c) Com uma das mãos segurou-se o frasco pela base e encheu-se com a amostra até ¾ do seu volume, para possibilitar sua homogeneização durante o ensaio no laboratório. d) O frasco foi fechado imediatamente, fixando muito bem o papel alumínio protetor em volta da tampa, identificou-se a amostra e) Acondicionou-se as mesmas em caixas térmicas contendo gelox para mantê-las a temperatura abaixo de 8°C durante o transporte. 6.1.5 Realização da Medição do pH em campo Fundamento da técnica O termo pH representa a concentração de íons hidrogênio em uma solução. Na água, este fator é de excepcional importância, principalmente nos processos de tratamento. Na rotina dos laboratórios das estações de tratamento ele é medido e ajustado sempre que necessário para melhorar o processo de coagulação/floculação da água e também o controle da infecção. O valor do pH varia de 0 a 14. Abaixo de 7 a água é considerada ácida e acima de 7, alcalina. Água com pH 7 é considerada neutra. O método consiste na determinação pela medida da diferença de potencial entre dois eletrodos adequados, imersos na solução em exame. Um desses eletrodos é sensível aos íons hidrogênio e o outro é o eletrodo de referência de potencial constante. Os potenciômentros são providos de amplificadores eletrônicos de corrente com célula de vidro-calomelano ou vidro-prata/cloreto de prata. Estes são capazes de reproduzir valores correspondentes a 0,02 unidades de pH. A escala de pH é calibrada em unidades correspondentes de pH ou em milivolts. Uma vez que as medidas de atividades hidrogeniônica são sensíveis a variações de temperatura, todos os medidores de pH são equipados com ajuste eletrônico de temperatura. Realizar a leitura no local de coleta. Sempre reportar temperatura à qual o pH é medido. Para realizar a medição use preferencialmente frascos de polietileno, teflon ou equivalente. Realização da Medição no campo a) Após a amostragem realizou-se a medição da análise imediatamente; b) Lavou-se o eletrodo com água deionizada, secando com papel absorvente e macio sem esfregar na membrana c) Imergiu-se o eletrodo do pHmetro na amostra, aguardando a estabilização do mesmo, e mediu-se o pH da amostra no equipamento, registrando-o no formulário Registro de medição em campo (RMC) d) Após a leitura lavou-se o eletrodo com água deionizada novamente antes de realizar a próxima leitura secando com papel absorvente e sem esfregar a membrana. Realiza-se a segunda leitura e tira-se uma média dos pH registra-os no formulário. Figura 5 - Análise de pH Fonte: Próprio autor 6.1.6 Medição do cloro livre e total Fundamentação da técnica A cloração de água de abastecimento e águas poluídas serve primeiramente, para destruir ou desativar microrganismos patogênicos; um segundo benefício advindo ao uso do cloro, é a melhora de características físicas, químicas e organolépticas da água, devido à reação do cloro com amônia, ferro, manganês, sulfeto e outras substâncias orgânicas presentes. O cloro livre reage com amônia e certos compostos nitrogenados formando o chamado cloro combinado, constituído por monocloroaminas, dicloroaminas e tricloreto de nitrogênio; a presença e a concentração dessas espécies e função direta da condição de temperatura, pH do meio e da relação inicial de cloronitrogênio. Colorímetro portátil programado para determinação de cloro livre e cloro total (DPD). No estojo de transporte, completocom reagentes, cuvetes e instruções de funcionamento. a) Com o auxílio de um pacote contendo um pó cristalino, adicionou-se sobre uma pequena porção da amostra em analise b) Conforme a mudança de coloração de incolor para rosa, detecta a presença de cloro na água. c) Quanto mais forte a cor rosada for, mais concentrações de cloro são detectadas na amostra. d) Anotou-se os valores tanto da medição do cloro livre e cloro total realizados no momento da coleta, registrando-os na ficha do formulário. Figura 6 - Equipamento para análise de cloro livre/total Fonte: Próprio autor 6.2 Setor de físico química Neste setor foi desenvolvido a análise de alimentos (peixe), e principais ensaios realizados foram: gás sulfídrico, gás amoníaco, reação de nitrito, análise sensorial e pH, conforme descrito abaixo 6.2.1 Reação para gás sulfídrico – Prova Éber O estudo da conservação de certos produtos proteicos poderá ser avaliado também por meio desta reação onde se constata a presença de gás sulfídrico, proveniente de decomposições de aminoácidos. O H2S combinado com acetato de chumbo ou plumbito de sódio produz sulfeto de chumbo (PbS), revelando mancha espelhada em papel filtro. No caso de produtos embalados, estas reações deverão ser feitas ao abrir-se o recipiente. No de carnes, conserva de carnes, pescados etc., tão logo se inicie o exame de amostra. Material Balança semi analítica, banho-maria, espátula, elástico para papel, Erlenmeyer de 125ml, papel filtro de 9cm de diâmetro e pepita graduada de 1m. Reagentes - Solução de acetato de chumbo a 5% (m/v); - Ácido acético glacial; - Solução saturada de acetato de chumbo (alternativa); - Solução de hidróxido de sódio a 10% (m/v); Procedimentos: a) Transferiu-se cerca de 10g da amostra homogeneizada para um frasco béquer de 50ml. b) Sobre a boca do recipiente colocou-se o papel filtro com auxílio da liga (elástica) c) Com uma pipeta, embebedou-se a superfície de papel com a solução de acetato de chumbo. d) Em seguida colocou-se o frasco em banho-maria de modo que o fundo do frasco ficasse a 3cm acima do nível de água fervente. e) Aqueceu-se, por volta de 10mim; o aparecimento de mancha preta no papel filtro em contato com os vapores indica a presença de gás sulfídrico. Figura 7 - Reação para gás sulfídrico – Prova Éber Fonte: Próprio autor Obs.: considere um bom estado de conservação, reação negativa, as amostras que apresentarem uma reação de gás sulfídrico inferior à produzida por 0,1mg de Na2S. 9H2O em meio ácido, que corresponde a 0,014mg de H2S, nas condições do método adotado. Após o processo acima descrito, o papel filtro contendo acetado de chumbo Pb(CH3CO2)2 não apresentou nenhuma característica enegrecida, demonstrando assim a ausência de gás sulfídrico na amostra. 6.2.2 Reação para amônio – Prova Éber O estado de conservação de alimentos proteicos, podem ser avaliados por meio da reação de Éber para amônia. A amônia, ao reagir com o ácido clorídrico, forma cloreto de Amônia (NH4Cl) sob a forma de vapores brancos. Material - Proveta de 50 a 150ml, balão volumétrico de 250ml, tubos de ensaio de 15ml e arame de 20cm de comprimento com extremidade recurvada tipo anzol. Reagentes - Ácido clorídrico; - Éter; - Álcool. Preparo: Reagentes de éter, em balão volumétrico de 250ml, misture 50ml de ácido clorídrico e 150ml de álcool. Resfrie e complete o volume com éter. Procedimento: a) Transferiu-se 5ml do reagente de Éber para um tubo de ensaio de 25ml. b) Fixou-se um pedaço de amostra na extremidade do arame tipo anzol e introduziu-se no tubo do ensaio de modo que não se tocou nem nas paredes do tubo nem na superfície do reagente. c) O aparecimento de fumaças brancas e espessas indica que o produto está em início de decomposição. Obs.: Repita a prova com diferentes porções da amostra, em alguns casos, somente o conjunto deste e outras provas será decisório para avaliação do estado de conservação do produto. Figura 8 - Iscas das amostras com reagente de Éber Fonte: Próprio autor ANÁLISE DE GÁS AMÔNIO Nº de registro Tipo Análise 740 Surubim Ausência 741 Aruanã Ausência 742 Não identificado Presença 743 Pacú Presença Tabela 6 - Análise de gás amônio em carne de peixe Fonte: Próprio autor 6.2.3 Determinação do pH Os processos que avaliam o pH são colorimétricos ou eletrométricos. Os primeiros usam certos indicadores que produzem ou alteram sua coloração em determinadas concentrações de íons de hidrogênio. São processos de aplicação limitada, pois as medidas são aproximadas e não se aplicam às soluções intensamente coloridas ou turvas, bem como às soluções coloidais que podem resolver o indicador, falseando os resultados. Nos processos eletrométricos empregam-se aparelhos que são potenciômetro especialmente adaptados e permitem uma determinação direta, simples e precisa do pH. Material: - Béqueres de 50 e 150ml, proveta de 100ml, pHmetro, balança analítica, espátula de metal e agitador magnético. Reagentes: - Soluções de pH 4,7 e 10. Procedimento: a) Pesou-se cerca de 10g da amostra em um béquer, com auxílio de uma proveta mediu- se cerca de 100ml de água deionizada. b) Despejou-se a água sobre o conteúdo presente no béquer, agitou-se o conteúdo até que as partículas, caso haja, fiquem uniformemente suspensas. c) Determinou-se o pH, com o aparelho previamente calibrado, operando-o de acordo com as instruções do manual do fabricante. Figura 9 - Aferição do pH sobre o equipamento agitador mecânico Fonte: Próprio autor ANÁLISE DE PH Nº Registro Temperatura Leitura 1 Leitura 2 Resultado final 740 22ºC 6,81 6,81 6,80 741 22ºC 6,80 6,81 6,80 742 22ºC 6,92 6,89 6,90 743 22ºC 6,98 6,91 6,9 Tabela 7 - Análise de pH em amostras de carne de peixes Fonte: Próprio autor 6.2.4 Análise sensorial Método subjetivo utilizado para avaliar as características sensoriais de alimentos, bebidas e água. Este método considera as opiniões de indivíduos na interpretação de efeitos de estímulo sensorial, simples ou múltiplos, segundo as impressões percebidas pelos órgãos sensórios (visão, olfato, gosto, tato e audição) que irão gerar as interpretações e descrições das propriedades intrínsecas aos produtos, a forma de definir atributos sensoriais é descrever os componentes relativos às propriedades dos produtos, como: Aparência – Refere-se às propriedades visíveis. As retinas, presentes no olho humano, provocam impulsos elétricos que são conduzindo ao cérebro pelo nervo óptico, gerando a sensação visual que é, então, percebida e interpretada, possibilitando avaliações como o aspecto, cor, transparência, brilho, opacidade, forma, tamanho, consistência, espessura, grau de efervescência ou carbonatação e as características de superfície. Odor e aroma – O odor é perceptível pelo olfato, que possui milhares de receptores nervosos, e o bulbo olfativo está ligado ao cérebro, sendo capaz de armazenar esses odores. Assim, essa avaliação é feita quando certas substâncias voláteis, liberadas pelos alimentos, são aspiradas e o aroma é comparado com padrões de referência conhecidos, que serão identificados e descritos pelos seus odores ou aromas peculiares. Sabor e gosto – É considerada uma experiência mista por unir várias sensações como: a olfativa, comentada anteriormente; a tátil, que é toda sensibilidade cutânea, que permite a avaliação da textura, e principalmente, a gustativa, através da língua que possui papilas, onde se localizam as células gustativas. O sabor é percebido, principalmente, através dos sentidos do gosto e olfato, também influenciado pelos efeitos táteis e térmicos. ANÁLISE SENSORIAL Nº do Registro Consistência Cor Odor 740 Característico Característico Característico 741 CaracterísticoCaracterístico Característico 742 Característico Característico Característico 743 Característico Característico Característico Tabela 8 - Análise de sensorial em amostras de carne de peixes Fonte: Próprio autor 6.3 SETOR MEIO DE CULTURA Procedimentos Preparo de solução: Pseudomonas em água [ ] dupla/ Caldo asparagina a) Preencheu-se corretamente os formulários de produção de acordo com o meio produzido e o número de lote. b) Para os meios desidratados de forma comercial seguiu-se as instruções do fabricante e registrou-se todos os detalhes, como o código, número de lote, quantidade pesada, pH, data de preparo, condição de esterilização e operador. c) Calculou-se a quantidade de meio de cultua desidratado e complementos que deverão ser pesados. 6g______ 1000ml X_____ 100ml X= 0,6g de asparagina 2g_______1000ml X______100ml X= 0,2g de fosfato de potássio 1g _______10000ml X_______ 100 ml X= 0,1g de Sulfato de Magnésio d) Pesou-se cerca de 0,6 de asparagina desidratada e anotou-se os cálculos na ficha de produção. e) Adicionou-se 100 ml de água medido previamente na proveta, homogeneizando constantemente para evitar formação de grumos f) Lavou-se três vezes o béquer e transferiu-se o conteúdo para o recipiente adequado g) O pH foi ajustado para 7,0 antes de autoclavar para não precipitar. 6.3.1 Verificação e ajuste do pH antes da esterilização a) utilizou-se um pHmetro previamente calibrado com solução tampão à temperatura ambiente. b) introduziu-se o eletrodo do potenciômetro já calibrado no recipiente onde está no meio de cultura, esperou-se estabilizar e realizou-se a leitura. c) caso seja necessário o ajuste, procede-se da seguinte forma: pH acima do especificado: - Adicionar, cuidadosamente, com o auxílio de pipeta, o ácido clorídrico 1N gota a gota no frasco onde o meio de cultura está sendo preparado pH abaixo do especificado: - Adicionar, cuidadosamente com o auxílio de pepita o hidróxido de sódio a 1N gota a gota no frasco onde o meio de cultura está sendo preparado. - Após adicionar os reagentes homogeneizou-se e foi realizado novamente a leitura do pH. - O procedimento de ajuste de pH foi realizado até que o meio preparado atingisse o pH especificado para o mesmo. - Registrou-se a leitura do pH do meio de cultura em temperatura ambiente, aproximadamente 25ºC, no Registro de Produção de Meio de Cultura – RPMC. Distribuição dos meios - Tubos: os meios foram distribuídos em tubos e autoclavados com as tampas semiabertas para que a esterilização seja por igual em todo o conteúdo dos tubos, tampas fechadas não permitem a entrada do vapor. Esterilização Esterilização por calor úmido (autoclavação) - Esterilizou-se o material no máximo por 2 horas depois da preparação; - Cobriu-se as tampas dos frascos com papel crepado amarrado, para a proteção contra recontaminação e evaporação durante a estocagem posterior; - Afrouxou-se as tampas dos frascos e tubos com a tampa de roscas para permitir a entrada do vapor; - A autoclave foi fechada, foi ligada e deixou-se que o ciclo transcorra de acordo com o meio de cultura (seguir orientação do fabricante), no geral é utilizado 15 minutos a 121 ± 1ºC; - Após a autoclavação, a pressão foi reduzida gradualmente (em um tempo não menor que 15 minutos); - A autoclave só foi aberta quando a temperatura cair abaixo de 100ºC e a pressão estiver a zero; - Registrou-se no formulário (início e término do ciclo). Controle visual - Equipamentos: cabine de segurança biológica / refrigerador. - Meios de cultura e soluções: álcool a 70%. - Materiais: EPI’s, sacos plásticos, rótulos adesivos, caixa plástica com tampa. Tubos e Frascos: o técnico responsável por esta atividade deverá apertar as tampas prevendo a perda de umidade e possíveis contaminações. NOTA: As tampas não devem sair da boca dos frascos, deixando o produto exposto ao ambiente, e caso ocorra, descartar o produto e registrar. Deixar os meios esterilizados em quarentena por 12/18 horas, após a realização do controle de qualidade visual, os tubos devem ser acondicionados em recipientes cobertos com papel crepado amarrado com barbante. As embalagens secundárias devem ser identificadas com rótulo (nome do meio preparado, validade, número do lote, volume e temperatura de armazenamento), tudo bem nítido. Após este processo acondicionar por 3 meses sob refrigeração entre 2 a 8ºC. 6.4 Setor de microbiologia: análise de efluentes Título Enumeração de coliformes totais, termotolerantes e Echerichia coli pela técnica de membrana filtrante: Objetivo Tem por objetivo estabelecer a metodologia para determinar o número de unidades formadoras de colônias em 100ml (UFC/mL), de coliformes totais, termotolerantes e E. coli em amostras de corpo hídrico, efluentes e balneabilidade pelo método da membrana filtrante. Fundamentos A técnica da membrana filtrante para quantificação de coliformes baseia-se na filtração de volumes adequados de água, mediante a pressão negativa (vácuo), através de membrana filtrante com porosidade de 0,45µm. As bactérias apresentando dimensões maiores que o poro da membrana, ficarão retidas em superfície, a qual será então transferida para uma placa de petri, contendo o meio de cultura seletivo e diferencial para coliformes torais: m-Endo ou m- Endo ágar LES e para coliformes termotolerantes: m – FC e M- tec. Por capilaridade, o meio se difundirá para a membrana, entrando em contato com as bactérias e, após período de incubação se desenvolverão colônias de coliformes totais e termotolerantes nos respectivos meios. Para confirmação das colônias de coliformes totais, faz-se a transferência das mesmas para caldo laril triptose, com posterior confirmação em caldo verde brilhante e bile a 2%. Paralelamente à variação das colônias, pode-se obter a diferenciação para coliformes termotolerantes ou E. coli. Para confirmação das colônias de coliformes termotolerantes através do meio m-FC, faz-se transferência das mesmas para caldo EC-MUG. Os resultados são expressos em unidades formadoras de colônia para 100 mL Siglas LST- Lauril sulfato Triptose CL- Caldo lactose VB- Caldo verde brilhante EC- Caldo E. coli EC-MUG- Caldo E. coli com MUG MUG- 4 metilumbeliferil β-D glicuronídeo) Característica da amostra saco plástico estéril ou embalagem original do produto não violada, quantidade a ser recolhida: 120 ml. Transportes das amostras As amostras de (água residuária, água de recreação) devem ser transportadas preferencialmente a temperatura abaixo de 8°C, não excedendo o tempo máximo de 6h. Não congelar, anotar o tempo e a temperatura da coleta das amostras, em formulário especifico. Refrigerar (4± 2°C) as amostras após recebimento no laboratório e processar dentro de 2h. Outros tipos de água Temperatura abaixo de 8°C, não excedendo o tempo máximo de 24h, não congelar e anotar a temperatura de coleta das amostras em formulário específico. 6.4.1 Técnica de membranas filtrantes A técnica de membrana filtrante é um método rápido e preciso para isolamento e identificação de colônias de bactérias. Esta técnica é recomendada pelo Standart of Methods for the Examination of Water and Wasterwater, referência internacional em análises em águas. Figura 10 - Unidade de membrana Filtrante, pré-esterilizadas e montadas Fonte: Madigan et al., 2004, 2010. Microbiologia de Brock Antes de começar as análises, esterilize a capela com álcool 70% e ligue a lâmpada germicida por 10 minutos. Obs: Desligar a lâmpada germicida antes do início das análises. Se estiver ligada, a lâmpada germicida esterilizará sua amostra e poderá ocasionar danos à saúde se ficar exposto por longos períodos. Cuidados com a amostra a) Ao receber as amostras no laboratório, cadastrou-se em sistema informatizadoem seguida as amostras foram encaminhadas para o setor de microbiologia, não esquecendo de armazenar posteriormente sobre temperatura adequada. b) Desinfetar as bancadas com álcool 70% c) Antes de abrir a embalagem, deve-se desinfetar a área externa com álcool 70% a fim de remover os contaminantes presentes. Observar e anexar qualquer anormalidade nas embalagens, e outros. 6.4.2 Procedimento analítico a) Retirou-se a parte superior da porta filtro e com uma pinça estéril o qual foi colocado na base do suporte do filtro, uma membrana estéril, com a fase quadriculada voltada para cima; b) Homogeneizou-se cerca de 25 vezes inclinando o franco, de modo a formar um ângulo de aproximadamente 45°C entre o braço e antebraço. c) Mediu-se o volume da amostra numa proveta estéril, transferiu-se cuidadosamente no copo de conjunto de filtração, evitando respingo cerca de 100ml de diluição estéril no início de cada série de filtração e após a filtração de 10 amostras OBS.: No preparo das diluições, utilizar como diluente a água de diluição (Tampão Fosfato com cloreto de magnésio) e pipetas com capacidade de no máximo 10% dos volumes a serem transferidos. Preparação de amostras para decimais (diluição das amostras) a) Homogeneizou-se a amostra conforme descrito anteriormente (25 vezes a 45°C) entre braço e antebraço), com uma pipeta estéril de 10 ml, transferiu-se 10 ml da amostra para um recipiente ou saco plástico estéril, contendo 90 ± 1ml de água de diluição estéril, ou 1 ml da amostra pra um recipiente ou saco plástico estéril, contendo 90 ± 1ml de água de diluição estéril. b) Esta será a diluição 1:10 ou 10 -1, sendo que 1 ml da mesma corresponde ao volume de 0,1 ml da amostra. c) A partir da diluição anterior (10 -1) transferiu-se 1 ml para um tubo de ensaio contendo 9 ml 90 ± 1ml de água de diluição estéril. Esta será a diluição 1:100 ou 10 -2, sendo que 1 ml da mesma corresponde ao volume de 0,01 ml da amostra; proceder dessa maneira na sequência da diluições (10 -3, 10 -4... 10 -7,...). d) Após o preparo das diluições e homogeneização das diluições selecionadas para filtração, retirou-se 1 ml de cada diluição com uma pipeta estéril e adicionou-se em um recipiente no saco plástico estéril contendo 90 ml de água de diluição estéril (este volume servirá apenas para suporte para as possíveis bactérias existentes na amostra se distribua uniformemente na superfície da membrana ao ser efetuada a filtração). Homogeneizou-se e realizou-se a filtração. Figura 11 - Processo de diluição em tubos e plaqueamento Fonte: Madigan et al., 2004, 2010. Microbiologia de Brock 6.4.3 Filtração das amostras e incubação a) Verteu-se cuidadosamente o volume da amostra a ser examinado na porta filtro, evitando que a água respingue sobre as bordas superiores do mesmo. b) O sistema bomba a vácuo foi ligado e procedeu-se com a filtração c) Após a filtração, enxaguar a porta filtro três vezes, com porções de 20 a 30 ml de água de diluição estéril, para recolher eventuais contaminantes aderidos. d) Desligou-se a válvula de controle e finalizou-se a operação. e) Com auxílio de uma pinça estéril retirou-se cuidadosamente a membrana para que a pinça toque apenas na parte periférica da mesma. Acoplar novamente a parte superior do porta-filtro à inferior. f) Obedecendo os cuidados da assepsia, colocou-se cuidadosamente a membrana, com superfície quadriculada voltada para cima, na superfície do meio de cultura contido na placa de petri, devidamente identificada com o número da amostra e volume filtrado. g) Ao transferir a membrana para superfície do meio de cultura, a membrana deve ficar completamente aderida no meio, tampou-se a placa de petri. h) Após a filtração das amostras, colocar as placas em posição invertida, incubar a 35° C *Coliformes totais/Coliformes termotolerantes incubar em banho maria com agitação a 44,5 ± 0,2°/ 24 ± 2h/ Coliformes termotolerantes E.coli como mesmo procedimento. 6.4.4 CONTAGEM DE COLONIAS: Coliformes totais Selecionar as placas que fornecem contagens de colônias típicas entre 20 a 80, e contagem de bactérias (típica e atípica) inferiores a 200. Coliformes termotolerantes Selecionar as placas que fornecem contagens de colônias típicas entre 20 a 60, e contagem de bactérias (típica e atípica) inferiores a 200. Escherichia coli Selecionar as placas que fornecem contagens de colônias típicas entre 20 a 80, e contagem de bactérias (típica e atípica) inferiores a 200. Confirmação 6.4.5 RESULTADO: CONFIRMAÇÃO DAS COLONIAS Coliformes totais 1°) Após o período determinado de incubação, efetuar primeira leitura, considerando resultado positivo para os tubos que crescimento com produção de gás nos tubos de durham invertido. Na ocorrência de tubos negativos, reincubar todos os tubos até completar 48 ≠ 3 horas. 2°) Efetuar a segunda leitura ( 48 ± 3 horas), separando os tubos com resultado positivo e desprezando os tubos com resultados negativos. 3°) Tomar todos os tubos de LST ou CL com produção de gás e turvação, agitar suavemente e transferir uma alçada bem carregada de cada cultura para tubos de Caldo verde brilhante (VB), devidamente identificados, com o número da amostra. Durante a transferência do inoculo, evitar a película que se forma na superfície do meio. 4°) Incubar os tubos a 35° C ± 0,5 ° C por 24 ± horas e observar se há crescimento com produção de gás. Em caso positivo, anotar os tubos positivos. Em caso negativo, reincubar os tubos até completar 48 ± 3 horas. Figura 12 - Figura: Técnica dos tubos múltiplos Fonte: https://image.slidesharecdn.com/microbiologiaaplicada-aula10gua-150717145704-lva1- app6892/95/microbiologia-aplicada-aula10-gua-26-638.jpg?cb=1437 6.4.6 Calculo para efluentes Figura 13 - Colônias de coliformes termotolerantes Fonte: Próprio autor Coliformes termotolerantes: UFC/100ml = n° colônias /volume x diluição x 100 = 26/1x104 x 100ml= 26x 104 x 100ml = 26x 10000 x 100 = 26000.000 ou 2,6 x 107 UFC/ 100ml de coliformes termotolerantes. Sendo considerada apenas as colônias azuis. E.coli / Coliformes totais As águas de abastecimento e águas minerais apresentam o risco de serem poluídas por águas residuárias e excretas de origem animal ou humana, podendo, desta forma, conter microorganismos patogênicos, tornando-se assim um veículo de transmissão de doenças. Por isso há a necessidade de análises rotineiras das mesmas, para determinar seu grau de segurança do ponto de vista bacteriológico. Para a avaliação das condições de potabilidade de uma água utilizam-se bactérias do grupo coliforme, que atuam como indicadores de poluição fecal, pois estão presentes no trato intestinal humano e de outros animais de sangue quente, sendo eliminadas em grande número pelas fezes. A presença de coliformes na água indica poluição, com o risco potencial da presença de microorganismos patogênicos e sua ausência é evidência em uma água bacteriologicamente potável, uma vez que são mais resistentes na água que as bactérias patogênicas de origem intestinal. A definição de coliformes fecais é a mesma do grupo de coliformes totais, restringindo- se aos membros capazes de fermentar a lactose com produção de gás em 24 horas à 42ºC. Esta definição, objetivou, em princípio, selecionar apenas coliformes do trato intestinal. Atualmente sabe-se, entretanto, que o grupo de coliformes fecais inclui 3 gêneros (Escherichia coli, Enterobacter e Klebsiella), dos quais os dois últimos incluem cepas de origem não fecal. Todos os sistemas analisados deverão apresentar resultados negativos, isto é, ausência em 100 mL. Entretanto, para facilitar as análises, a KITLABOR disponibiliza a placa E.coli/coliformes totais, onde pode-se obter os 2 grupos na mesma placa e na mesma temperatura. A composição em g/L do agar contendo o meio E.coli/coliformestotais é a seguinte: Peptona especial: 5,0 Cloreto de sódio: 5,0 Sorbitol: 1,0 Lauril sulfato de sódio: 0,10 Substrato cromogênico: 0,08 Substrato fluorogênico: 0,05 Agar: 15,0 A placa é incubada a 36ºC em 24 horas. Após esse período, faz-se então a leitura. Para coliformes totais, as colônias ficarão verdes à azul. Terminada a contagem das mesmas, levar a placa numa lâmpada UV negra. Se ocorrer brilho em alguma colônia, esta será E. coli (coliforme fecal). Aconselhamos que para facilitar a leitura destas colônias, deve-se fazer em local escuro. Figura 14 - Placa de coliformes totais sobre a luz UV Fonte: KITLABOR, 2007 Bactérias heterotróficas: Apesar de ser virtualmente impossível a determinação de todas as bactérias presentes em uma água, a determinação de bactérias heterotróficas é de fundamental importância, seja em água bruta ou tratada ou mineral. A determinação da quantidade de bactérias heterotróficas em águas é um importante instrumento auxiliar no controle bacteriológico para avaliação das condições higiênicas e de proteção dos poços e fontes. A presença de bactérias heterotróficas em quantidades elevadas pode impedir a detecção de coliformes, seja devido a produção de fatores de inibição, seja por um desenvolvimento mais intenso. Não há na legislação um valor máximo permitido para a quantidade de bactérias heterotróficas, mas é de extrema importância a determinação da densidade delas, pois assim podemos determinar possíveis causas de deterioração da qualidade da água. SD = Sem diluição 297 bactérias Diluição de 0,1 39 Bactérias UFC/ML= 297 + 39/ 1.1 = 305 305/1x± = 305 UFC/ml ou 3,1 x 102. Estes são especificados na ficha de laudos dessa forma, levando em consideração a quantidade de Unidade Formadora de colonas. 6.5 Setor de lavagem, limpeza e higienização: O processo de lavagem da vidraria e demais utensílios é uma etapa fundamental no preparo do material do laboratório, etapa fundamental no preparo do material do laboratório, principalmente quanto a escolha dos detergentes e aos métodos de enxague, para remover os resíduos desses agentes. Os detergentes mais usados aniônicos e os que contem composto alcalino, como silicatos, carbonatos ou fosfatos. Eventualmente, pode ser necessário a aplicação de um reagente mais forte e principalmente para limpeza de utensílios que não permitem a introdução de escovas, ou para remoção de resíduos mais resistentes a ação dos detergentes. O enxague deve ser feito de modo a garantir a completa remoção dos resíduos de detergentes, o enxague deve feito de forma a garantir a completa remoção dos resíduos de detergentes, os resíduos desses compostos podem interferir com os resultados das análises, tato por alteração das características dos meios de cultura, como por inibição do crescimento dos microrganismos. Como detergentes e soluções de limpeza apresentam uma forte afinidade pelas superfícies de vidraria, e demais utensílios, sua completa remoção exige seis a doze enxagues sucessivos em água corrente, seguidos de 1 a 2 enxagues em água destilada. A esterilização pode ser realizada através de calor seco em estufas de 170 a 180 °C durante 2 horas; e também através de calor úmido por autoclavação, com exposição do material à temperatura de 121 ± 1°C ou 127 ≠ 1 durante 15 minutos. 6.5.1 Material para descarte: Descontaminação e esterilização de material contaminado Todo material já submetido aos procedimentos de análise microbiológicas deve ser encaminhado a um processo de descontaminação antes de ser descartado ou lavado. A descontaminação deve ser feita em autoclave. O material contaminado deve ser inicialmente embalado de forma adequada (em sacos para autoclavagem ou papel Kraft). O material deve ser autoclavados por 30 minutos a 121°C, após o processo de esterilização, descartar o material descontaminado como lixo comum, de acordo com o plano de gerenciamento de Resíduos de serviços de saúde (PGRSS) da empresa. Encaminhar a outra parte do material que não será descartada (vidraria) para o procedimento de lavagem. 6.5.2 Lavagem e secagem de material descontaminado a) Removeu-se os resíduos presentes no material descontaminado, desprezando-os na lixeira comum b) Preparou-se uma diluição de detergente especifico para lavagem de vidraria de acordo com a orientação do fabricante c) Mergulhou-se a vidraria na solução, mantendo-a submersa d) Proceder à lavagem do material utilizando esponja e escovinhas próprias. e) Lavou-se a vidraria em água corrente até a remoção completa do detergente f) Após a lavagem, enxaguou-se a vidraria em água destilada e realizou-se o teste de lavagem para verificar a presença ou não de resíduos do detergente utilizando o bromotimol. g) Secou-se o material em estufa. 6.5.3 Indicador Biológico para Esterilização a vapor - Clean-Test Indicador Biológico para Esterilização a vapor: Os indicadores Clean-Test são utilizados para monitorar ciclos de esterilização a vapor. Cada I. B , Clean – Test possui uma população mínima de 105 ou 106 de esporos bacterianos de Geobacillus stearothermophilus ATCC 7953. Este sistema é codificado pela cor marrom. O Clean-Test é fácil de usar e não necessita de análise ou teste sofisticado em laboratório. Disponível em caixas de 10 e 50 unidades. O ministério da saúde recomenda que seja no mínimo uma vez na semana o teste. A população de esporos está impregnada em um disco /tira que é colocado em um frasco termoplástico que servirá como frasco de cultura. O frasco também contém uma ampola de vidro quebrável pequena contendo meio de cultura caseína soja modificado e indicador pH- púrpura bromocresol. Quando corretamente incubado o meio muda sua cor para amarelo, quando existem esporos viáveis. Também por isso se o processo de esterilização for ineficaz, o meio mudará a cor de lilás para amarelo. Procedimento para o uso do Indicador Biológico - Clean-Test: a) Identificou-se o indicador biológico Clean-test escrevendo ao número de identificação do equipamento e da carga, bem como a data de processamento no rótulo da ampola. Colocou-se o Clean-test em um pacote-teste adequado b) Colocou-se o pacote teste em local de difícil acesso dentro da autoclave, na porção inferior, próximo à porta ou sobre o dreno. c) Ativou-se o clean-teste comprimindo o frasco até quebrar a ampola de vidro, para que o meio de cultura entre em contato com os esporos da tira de papel. d) Sobre uma incubadora apropriada o clean-test foi colocado por um período de 24h, a uma temperatura que pode variar de 55 a 60°C. e) Iniciou-se o processo de incubação do indicador biológico no máximo, após duas horas após o termino do ciclo. (Se estas instruções não forem seguidas os esporos morrerão não sendo possível detectar falhas no processo de esterilização). Figura 15 - Indicador Biológico - Clean-Test Fonte: Próprio autor Figura 16 - Aparelho para leitura do Indicador Biológico Fonte: Próprio autor Resultado: Se os esporos sobreviverem ao ciclo de esterilização, o meio de cultura ficará amarelo (teste positivo), se destruídos, o meio irá permanecer purpura (cor original). Para melhores resultados recomenda-se a verificação das ampolas a cada 06 horas. Toda amostra amarela deve ser registrada, imediatamente autoclavada e descartada. Certamente as amostras permanecem de cor purpura, comprovando assim que a esterilização é eficaz. 6.5.4 Procedimento para o uso da autoclave: a) Verificou-se a voltagem do equipamento, em seguida ligou-se na tomada (220 wolts); b) Abriu-se a tampa da autoclave e colocou-se água na caldeira até cobrir o descanso do cesto; c) Em um recipiente adequado colocou-se envolto de gaze um pequeno termômetro e o integrador químico para vapor, usado para verificar se de fato a esterilização diária está sendo eficaz,apresenta uma mudança de cor permanente do roxo ao verde conforme a tabela de leitura. d) Em seguida introduziu-se todo o material a ser esterilizado, fechou-se a tampa apertando os manípulos por igual. e) O registro de vapor foi aberto, aguardou-se a saída do vapor no bico do registro e em seguida foi fechado. f) Após atingida a pressão deslocou-se o contrapeso para frente (menor pressão) ou para trás (maior pressão), mudou-se a clave comutadora para o calor médio para manter esta pressão. g) Terminado o tempo de esterilização, desligou-se a chave comutadora, o registro de vapor foi aberto, esperou-se o manômetro voltar a zero e em seguida abriu-se a tampa. Figura 17 - Termômetro usado durante a autoclavagem Fonte: Próprio autor Figura 18 - Integrador químico para vapor Fonte: Próprio autor Controle de qualidade O material preparado deve ser inspecionado, para verificar se atende ás exigências para uso em analises microbiológicas. Isso inclui a verificação de resíduos tóxicos de detergentes, o controle de eficiência da autoclavação e controle de esterilidade de vidrarias e materiais. Controle visual As vidrarias deverão ser inspecionadas individualmente logo após o processo de secagem e antes de serem processadas ou armazenadas; Durante as inspeções deverão ser observadas todas e qualquer irregularidade como sujidade, trincas, rachaduras, manchas e arranhões que interferiram diretamente na sua utilização- RCVV- Controle Visual e Teste de avaliação de limpeza de vidrarias e materiais higienizados. Os materiais e vidrarias considerados satisfatório deverão ser separados conforme as suas características para serem submetidas ao teste de limpeza. 6.5.5 Teste de avaliação de limpeza: Os materiais limpos e aprovados no controle visual são submetidos à avaliação de limpeza, para verificar a presença de resíduos ácidos ou alcalinos provenientes do processo de higienização, obrigatoriamente os tubos, os frascos e as placas de petri deverão ser submetidos ao teste, mas na suspeita de resíduos de sabão qualquer outra vidraria também poderá ser submetida ao controle, deverão ser segregados por suas características e de forma aleatória alguns itens serão separados. Procedimento a) Dentre as vidrarias que foram esterilizadas, recebem um determinado lote do setor, lança-se mão de apenas uma ou duas vidrarias deste lote para a realização deste teste. b) Estes receberão algumas gotas da solução azul de bromotimol 0,04%; para verificar se há resíduos de detergente nas mesmas. c) Adicionou-se cerca de 2 a 3 gotas de solução de azul de bromotimol 0,04% na parede interna da vidraria a ser testada. d) Movimentando-as para que a solução de bromotimol escorra pelas paredes da vidraria. 6.5.6 Interpretação do resultado para o teste de avaliação de limpeza Serão considerados SATISFATÓRIOS os itens que apresentarem uma coloração esverdeada no fundo ou na parede da vidraria. A coloração verde indica um pH neutro, sem resíduos. Figura 19 - Solução azul de bromotimol 0,04% Fonte: Próprio autor Serão considerados INSATISFATÓRIOS os itens que apresentarem coloração amarela (ácido) ou azul (alcalino) no fundo ou nas paredes da vidraria. Figura 20 - Teste de avaliação de limpeza insatisfatória Fonte: Próprio autor Figura 21 - Teste de avaliação de limpeza contendo detergente Fonte: Próprio autor Quando o teste for INSATISFATÓRIO todas as vidrarias da cuba onde foram retiradas das amostras deverão retornar ao setor de higienização para que novos enxágues ou ainda ser exposta a qualquer outro tratamento no setor de controle visual mesmo, que tenha por finalidade neutralizar as paredes dos materiais tornando-os satisfatórios para uso nas análises e com finalidade de reduzir o fluxo de retrabalho no setor de higienização. Realizar registro no formulário – RCVV – Controle Visual e Teste de avaliação de limpeza de vidrarias e materiais higienizados. 7 AVALIAÇÃO E CONCLUSÃO: A realização de um estágio curricular é de extrema importância para aproximação com a realidade da profissão Farmacêutica. Toda a atividade desenvolvida no setor forma acompanhadas, sendo possível ter contato com diversos tipos de amostras e seus diferentes tipos de processamento, porem apenas algumas delas foram descritas neste trabalho. Em cada ambiente observou-se uma realidade diversa embora todos os setores trabalhassem em conjunto, através deste estagio contribuímos com uma pequena parcela para o crescimento da empresa, porém, foi de grande valia para nós acadêmicos para o desenvolvimento profissional, pois foi uma experiência positiva, com oportunidades incríveis em áreas conhecidas basicamente na teoria, porem a vivencia na pratica nos auxilia e corrobora em desembaraços e fortifica os conhecimento adquirido em diversas disciplinas oferecidas durante a graduação, pude perceber, também, que existem várias situações em que a vivência e experiência do dia- a-dia fazem muita diferença na solução dos problemas. O estágio foi realizado em um campo onde houve pouco contato durante a graduação, porém isso não foi um obstáculo durante o estágio e sim com uma ótima oportunidade de aprendizado. Também atuei bastante em áreas de alimentos no setor de microbiologia e físico química, análises de água coletada de diversas formas e acompanhamento dos testes realizados com a amostra em diferentes. Acima de todo conhecimento e experiência adquiridos, levo como aprendizado do meu período de estágio meu crescimento pessoal, o aperfeiçoamento da minha habilidade de trabalhar em equipe, a rede de contatos que pude formar e as amizades. Vale a pena recomendar para os demais colegas acadêmicos o estágio supervisionado nesta empresa tão requisitada, pois vale a penas todas as experiências vividas e adquiridas para somar com o desenvolvimento de nosso profissionalismo. 8 REFERÊNCIAS CASTRO, D. C, OLIVEIRA, A.G. Controle de qualidade. Disponível em: http://controle-de-qualidade.info/fale-conosco.html. Acesso em: 24 Fev 20017 Cavalcante Z.V , Silva M.L.S . A importância da revolução industrial no mundo da tecnologia. Out, 2011. http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/zedequias_vieira_cavalcante2 .pdf Acesso em 23 Fev 2017. FARIA, C. História da qualidade Disponível em: http://www.infoescola.com/administracao_/historia-da-qualidade/ Acesso em: 20 Fev 2017. Instituto Adilfo Lutz. Normas Analiticas do Instituto Adolfo Lutz. V.1 . Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 3 Ed. São Paulo; MEP, 1985.p21-28 Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Acreditação de Laboratório (ABNT NBR ISSO/IEC 17025:2005). Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/acre_lab.asp# Acesso em 25 fev 2017. http://controle-de-qualidade.info/fale-conosco.html http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/zedequias_vieira_cavalcante2.pdf http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/epcc2011/anais/zedequias_vieira_cavalcante2.pdf http://www.infoescola.com/administracao_/historia-da-qualidade/ http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/acre_lab.asp
Compartilhar