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- É uma zooose - Causa prejuízos econômicos e à saúde pública - As manifestações nos animais e seres humanos são semelhantes -> lesões na pele e poliartrite - O agente causador é a bactéris do gênero Erysipelothrix spp -> E. rhusiophatiae - É um bacilo, anaeróbico facultativo, não móvel e não formador de esporos, gram positiva # Classificada em 23 sorotipos - Sorotipo 1 e sorotipo 2 são os mais relevantes para a suinocultura # Acomete uma variedade de espécies de animais vertebrados e invertebrados - Ovinos, perus, patos, peixes, cães, gatos, galinhas e roedores - É amplamente distribuída no ambiente - Nos suínos pode ser encontradas em tonsilas como no aparelho gastrointestinal de animais sadios - A transmissão pode ser direta ou indireta - Ocorre penetração pelas tonsilas ou tecido linfoide ao longo do tubo digestório podendo também ocorrer através de ferimentos da pele - O período de incubação varia de um a sete dias - Acomete todas as idades - Animais mais jovens são mais resistentes -> imunidade adquirida pelo colostro - Enzima neuroaminidase -> responsável pelas lesões vasculares, pela formação de trombos e pela hemólise * Agudo - Geralmente associada a morte súbita de apenas um ou então vários animais - Os animais de quadro agudo apresentam hipertermia de 40 a 42°C, diarreia, inapetência - Mortalidade pode ocorrer em 2 a 3 dias quando não tratados Enfermidades Cutâneas FEITO POR: ÉVELIN VIEIRA ERISIPELA SUÍNA & EPIDERMITE EXSUDATIVA Erisipela suína Etiologia Epidemiologia Patogenia Sinais clínicos # Lesões - Cutâneas, de cor púrpura, localizadas no dorso e o abdômen dos animais - Hemorragias em orelhas, pescoço e nariz * Subagudo - Os sinais são os menos graves - Animais aparentam estar sadios - Suas temperaturas são estáveis, apetite geralmente não é afetado e as lesões não detectadas, de forma a passarem despercebidas no rebanho * Crônica - Lesões são necrosadas e descamadas - Áreas pretas, secas e firmes na pele, que descascam e formam úlceras nos animais - Artrite e endocardite - Falhas reprodutivas nos machos com falhas na produção de células espermiogênicas e nas fêmeas aborto - Lesões de pele são patognomônicas -> lesões características dessa enfermidade - É um diagnóstico mais fácil de fazer - Cultivo bacteriano a partir das amostras de sangue, amostra dos órgãos, pele ou fezes dos animais suspeiros - ELISA # Na necropsia - Esplenomegalia, petéquias em córtex renal e no epicárdio, hemorragia dos linfonodos, endocardite, artrite e sinovite - A injeção de penicilina demonstra ser o método mais eficaz de tratamento - Sanidade, manejo e um programa de imunização adequado para os animais - Vacinas polivalentes que incluem vacinação tanto para erisipela como para leptospirose e parvovirose - Vacinar o rebanho jovem no intervalo recomendado e depois revacinar a cada 6 meses - Não sendo recomendada em animais prenhes Diagnóstico Tratamento Controle e prevenção - É uma doença da pele de suínos que acomete principalmente leitões nas fases de maternidade e creche - Está relacionada com diversos manejos empregados na suinocultura - A média de afetados geralmente se limita de um a três leitões - Queda na produtividade de até 35% durante os surtos - É provocada por uma bactéria chamada de Staphylococcus hycus - É um coco gram-positivo, com aproximadamente 1um de diâmetro - É uma bactéria aeróbica ou anaeróbica facultativa, imóvel, não forma esporos, positiva nas provas de catalase, fosfatase, lipase, hialuronidade e DNAse, negativa para oxidase - Microbiota anfibiôntica da pele dos suínos - Pode ser isolada da mucosa nasal, conjuntiva, focinho, orelhas e vagina de animais saudáveis - A transmissão é feita de forma vertical - Sugere-se também que cepas adquiridas das mães se tornam parte da microbiota dos leitões # A bactéria tem a estão da capacidade de provocar lesões esfoliativas na pele, isso porque elas tem a capacidade de digestão da desmogleína, que é responsável pela adesão das células da epiderme 1. Causa multiplicação na superfície da pele e entre os corneócitos da epiderme 2. Inflamação, hiperplasia do extrato córneo, proliferação de neurófilos e espessamento da epiderme - O extrato germinativo se desorganiza -> microrganismo penetra no interior da derme - Além da esfoliação da pele, também é observado aumento de secreção sebácea e exsudato seroso - As amostras virulentas produzem toxinas esfoliativas ou avirulentas - A exotoxina (toxina esfoliativa), é produzida pelas amostras virulentas de S. hycus -> é responsável por induzir as lesões na pele de suínos # Na pele dos suínos com EE, são encontradas com maior frequência cepas produtoras da toxina esfoliativa do que as não produtoras da toxina # Somente a presença da toxina não é suficiente para produzir a doença, pode haver outros indicativos 1. Presença de porta de entrada como -> lesões cutâneas ocasionadas por brigas, mordidas, dentes mal cortados, Epidermite exsudativa Etiologia Patogenia castração, picadas de insetos, cortes na pele para identificação dos animais e aplicação de medicamentos - Ferimentos no casco e erosões cutâneas na área das articulações anteriores do carpo e posteriores do tarso 2. Fatores ambientais -> ventilação deficiente, umidade excessiva, contaminação ambiental alta, vazio sanitário curto ou inexistente e limpeza e desinfecção deficientes 3. Presença contaminante de outras doenças -> bactérias como Arcanobacterium pyogenes e estreptococos podem desempenhar um papel importante no desenvolvimento de formas severas da doença 4. Sistema imunológico deficiente # São viáveis no ambiente seco por 3-6 meses - Descrita na maior parte dos países - No Brasil -> surtos significativos têm ocorrido em creches - Aumento da lotação de animais por baia e pela diminuição do período de vazio sanitário - Acomete suínos em todas as idades - A ocorrência é esporádica, com morbidade e mortalidade variáveis - São mais frequentes na presença de doenças imunossupressoras ou em leitões que nascem de fêmeas não imunes, podendo acometer 100% das leitegadas e causar mortalidade de até 70% - Os surtos geralmente tendem a ser autolimitantes com duração de 2-3 meses - De modo geral, se apresenta de duas formas: * Forma generalizada - Desenvolvimento de vesículas ao redor dos olhos e face externa das orelhas, posteriormente na área lateral ao tronco, abdômen e parte interna dos membros posteriores - Quando rompe as vesículas, há formação de crostas, exsudação e hiperemia - Os animais apresentam apatia, desidratação e perda de peso - Os cascos também podem ser lesionados -> desprendimento do epitélio da almofada palmar/plantar - Septicemia e toxemia Epidemiologia Sinais clínicos * Forma localizada - Os focos são mais localizados - Acomete mais leitões na fase de creche e se caracteriza pela presença de lesões cutâneas circunscritas com crostas geralmente na região dorsal e lateral do pescoço e região caudal da orelha - A recuperação dos animais afetados é muito lenta - Causa queda na produtividade - Artrite, endometrite e abortos - Raramente ocorre em adultos e nestes casos a severidade da doença é muito variável - Aumento dos linfonodos superficiais, dilatação dos ureteres e da pelve renal, pielonefrite - Nos cascos, observa-se a separação da parede e do extrato córneo - As lesões histológicas se restringem inicialmenteà epiderme - Em casos mais severos, há envolvimento da derme - A ausência de febre e prurido, a presença de crostas, aspecto gorduroso da pele e do odor rançoso muito sugestivo de EE - Exames laboratoriais, principalmente através de testes bacteriológicos e histopatologia - Lesões de pele, linfonodos superficiais, fígado, baço e rins - O isolamento de S. hyicus não permite a diferenciação entre cepas virulentas ou avirulentas, portanto, na presença de sinais clínicos e lesões típicas de EE, todos os isolados devem ser considerados potencialmente virulentos - A determinação da virulência é realizada pela detecção das toxinas esfoliativas, presentes em isolados patogênicos - O diagnóstico diferencial da EE deve incluir outras doenças cutâneas - Pitiríase rósea, deficiência de zinco ou de biotina - Varíola suína, sarna e a forma de dermatite e nefropatia causada pelo PCV2 - Controle da EE está baseado em três etapas principais -> tratamento dos animais doentes, Lesões Diagnóstico Tratamento e controle prevenção de novas infecções e reinfecções e controle dos fatores predisponentes - Antimicrobianos -> via parenteral na maternidade ou por via oral ou parenteral na creche - É importante fazer o antibiograma para escolher o melhor antimicrobiano - Melhor prognóstico quando a medicação for adotada ainda na fase inicial da doença # O tratamento deve ser realizado por pelo menos cinco dias - Isolamento de animais afetados - A presença de um leitão doente é suficiente para favorecer a infecção de outros animais que estejam tanto em contato íntimo, quanto aqueles de leitegadas/baias adjacentes * Medidas de manejo 1- Adotar adequada antissepsia em práticas de manejo como tratamento de umbigo, marcação, castração, corte da cauda e aplicação de injeções 2- Evitar pisos de superfícies abrasivas 3- Melhorar o bem estar animal 4- Nas creches, evitar a superlotação nas baias 5- Manter uma limpeza adequada e desinfecção das instalações e equipamentos e respeitar o período de um vazio sanitário 6- Durante a ocupação das salas de maternidade e das creches, manter as instalações ecas, ventiladas e limpas, realizando a retirada frequente das fezes e sujeiras # A vacinação das fêmeas recém-alojadas nas granjas pode ser realizada com vacinas autógenas que contenham células bacterianas e a toxina esfoliativa - Recomenda-se aplicas antes do parto - Transferência de anticorpos pelo colostro
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