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6 5° Período B | 3° AF | Ginecologia e Obstetrícia I: Saúde da Mulher Maria Diva Costa Alves | @medivou Sexualidade Prof. Robério | 21.05.2022 CRITÉRIOS • Biológicos: todos os homens são iguais; • Sociais: todos os homens são parecidos; • Psicológicos: todos os homens são diferen- tes; “Cuidado com o normal e o anormal”. CONCEITO Sexualidade envolve esclarecer dúvidas e mitos sobre o funcionamento, a anatomia e as transformações do corpo nas várias fases da vida. • Investigam-se conflitos, expectativas, de- sejos, comportamentos e satisfações com a atividade sexual; • Orienta-se sobre a prevenção de IST e saúde reprodutiva, reconhecendo as influ- ências culturais sobre esse tema; • Identificam-se situações relacionadas a maior risco, como uso de tabaco, álcool e substâncias psicoativas, violência domésti- ca e institucional, violência urbana, riscos de acidentes e demais comportamentos de risco; • Promove-se o respeito à diversidade hu- mana sexual, com ações para reduzir a vulnerabilidade e emponderar grupos es- pecíficos; “A sexualidade é mais abrangente do que a prática sexual”. IMPORTANTE • Sexualidade é a energia que motiva as in- rações pessoais, a busca por amor e sexo; • A sexualidade é construída a partir do nascimento da criança; • Pais afetivos e ambiente afetivo fornecem uma sexualidade saudável; • A vivência sexual saudável na adolescên- cia e na vida adulta depende de como foi construída a sexualidade na infância; • A iniciação sexual precoce está associa- da ao aumento do risco para depressão, arrependimento, gravidez não planejada e lesão precursora do câncer do colo ute- rino; • As relações sexuais desprotegidas são co- muns em adolescentes que foram vítimas de violência física (maus tratos), violência sexual (abuso e estupro) e vítimas de ne- gligência ao cuidado físico e emocional na infância; • A educação sexual nas escolas começan- do antes do 5° ano escolar é uma medida efetiva para postergar a sexarca; • O monitoramento dos pais é efetivo para prevenir a iniciação sexual precoce; CONCEITOS CONFUNDIDOS IDENTIDADE DE GÊNERO Autoidentificação. • Transgênero; • Cisgênero; • Identidade não-binária; ORIENTAÇÃO SEXUAL Sentimento. • Heterossexual: se atrai pelo gênero opos- to; • Homossexual: se atrai pelo mesmo gêne- ro; • Bissexual: se atrai por mais de um gênero; • Assexual: não se atrai por nenhum gêne- ro; • Panssexual: independe do gênero; SEXO BIOLÓGICO Genitália. • Macho; • Fêmea; • Intersexo; EXPRESSÃO DE GÊNERO Olhar social. • Mulher; • Homem; • Andrógeno (não-binário); 7 5° Período B | 3° AF | Ginecologia e Obstetrícia I: Saúde da Mulher Maria Diva Costa Alves | @medivou DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS Manual diagnóstico e estatístico de transtor- nos mentais. DEFINIÇÃO • Perturbação no desejo sexual e alterações fisiopatológicas que caracterizam o ciclo da resposta sexual, causando sofrimento acentuado e dificuldade interpessoal; CLASSIFICAÇÃO • Desejo sexual hipoativo; • Disfunção sexual por aversão sexual ou fobia sexual; • Disfunção da excitação; • Disfunção do orgasmo; • Dispareunia (dor durante a relação); • Vaginismo; EPIDEMIOLOGIA • Estima-se que 53% das mulheres mencio- nem alguma disfunção sexual; • 33% falta ou diminuição de desejo sexual; • 32 a 58% disfunção da excitação; • 24% anorgasmia ou dificuldade em atingir o orgasmo; • 19% com dificuldade de lubrificação; ETIOLOGIA • Fatores vasculares; • Fatores endócrinos; • Fatores neurogênicos; • Uso de medicações; • Fatores emocionais e relacionais; • Disfunções sexuais do parceiro; • Condições uroginecológicas e cirurgias; DIAGNÓSTICO • Desconhecimento da anatomia e fisiolo- gia da resposta sexual; • Causas fisiopatológicas; • Condições ginecológicas; • Medicações que podem desencadear a disfunção; Atenção! Queixas relativas a outra etiologia devem ser encaminhadas a ginecologista com forma- ção em sexologia e/ou terapia sexual. PARAFILIAS • Aerodromofilia: em avião; • Agalmatofilia: estátuas; • Agorafilia: lugares abertos; • Agrexofilia: saber que outra pessoa está ouvindo ou vendo; • Voyeurismo: espiar; • Amaurofilia: quando o parceiro não pode vê-la; • Cisvetismo: farda; • Dendrofilia: atração por vegetais; • Dry Hump: sexo sem penetração; • Erotolalia: excitação por falar “safadezas” ao telefone; • Coprofilia: fezes; • Menofilia: menstruada; • Urofilia: urina; • Riparofilia: nojo, pessoas sem banho, suja; • Autoginefilia: atração pela própria ima- gem, no sexo oposto; • Podolatria: pés; • Quirofilia: mãos; • Pigofilia: bunda; • Sitofilia: comida; • Coreofilia: dança; • Lactofilia: amamentação; • Pedofilia: crianças; • Odaxelagnia: mordidas; • Zoofilia: animais; • Necrofilia: cadáver; • Frotismo: esfregar; • Pogonofilia: barba; • Narratofilia: prazer em conta histórias se- xuais; • Estigmatofilia: piercing e tatuagens; • Latranudia: excitação ao se expor ao mé- dico; PRÉ-REQUISITOS PARA ATENDIMENTO SEXUAL • Estar bem com a sua sexualidade; • Conhecer sobre a resposta sexual huma- na; • Possuir respeito ético quanto a sexualida- de do outro; • Conhecer os recursos propedêuticas e te- rapêuticos em sexologia; • Privacidade; • Disponibilidade de tempo; 8 5° Período B | 3° AF | Ginecologia e Obstetrícia I: Saúde da Mulher Maria Diva Costa Alves | @medivou INVESTIGAÇÃO DAS DISFUNÇÕES SEXUAIS • Queixa sexual; • Identificar a fase acometida; • Não sente desejo sexual? Não excita? Não tem orgasmo? Sente dor na penetra- ção? • Caracterizar a queixa: data que surgiu, duração, fatores desencadeantes, condi- ções associadas, história sexual, antece- dente; ENTREVISTA SEXUAL • Queixa primária ou secundária; • Geral ou situacional; • Permanente ou temporária; • Ocorrência de algum fato em sua vida ou no relacionamento; • Submetida a alguma cirurgia; • Contraiu alguma doença; • Usa algum medicamento ou drogas; CICLO SEXUAL • Fase do desejo: fantasias sexuais; • Fase da excitação: excitação física e mental; • Fase do orgasmo: satisfação limitada a se- gundos, contração rítmica da vagina e do períneo; • Resolução; PERGUNTAS SOBRE A VIDA SEXUAL GERAL • Possui vida sexual ativa? • Como foi o início da sua vida sexual? • Alguma experiência sexual desagradável? • Existe mais de um parceiro? • Como se sente quando você e seu par- ceiro começam a fazer amor? • Você sente desejo (vontade) sexual? • Você fica excitada? Sente que está mo- lhada? • Quando você tem orgasmo é preciso esti- mular o clitóris? • Quando você se masturba, existe satisfa- ção? • Como o seu parceiro se sente com rela- ção às suas respostas sexuais? PERGUNTAS PARA SE AVALIAR A SEXUALIDADE NO CLIMATÉRIO • Mudou a frequência das relações sexuais nos últimos anos? • A sua satisfação na relação mudou desde a menopausa? • Experimentou relação dolorosa ultima- mente? • O seu parceiro mudou em relação ao se- xo? PERGUNTAS PARA AVALIAR A QUESTÃO ORGÂNICA • Você usa algum método para evitar a gravidez? • Já submeteu-se alguma cirurgia? • Já teve alguma DST? • Possui alguma doença ou usa algum me- dicamento? • Faz uso de drogas? PERGUNTAS PARA CLAREAR O DIAGNÓSTICO • Desde quando acontece? • Com quem acontece? • Em que situação acontece? • Como acontece? • Sempre foi assim? • Possui fases de melhora ou piora? • Como está sendo a evolução do proble- ma? POR FIM • A ausência de desejo sexual inicial não significa disfunção; • A resposta sexual pode sofrer influência dos esteroides sexuais, entretanto, não se deve desconsiderar a complexidade e a diversidade dos fatores que envolvem a função sexual feminina, como as influên- cias socioculturais, das relaçõesinterpes- soais, das condições biológicas e psicoló- gicas; • O diagnóstico das disfunções sexuais é eminentemente clínico, devendo se afas- tar todas as causas externas; • A relação entre os esteroides sexuais e o comportamento sexual não está comple- 9 5° Período B | 3° AF | Ginecologia e Obstetrícia I: Saúde da Mulher Maria Diva Costa Alves | @medivou tamente esclarecida em usuárias de mé- todos anticoncepcionais hormonais; • As evidências atuais são insuficientes para demonstrar efeito significativo da TH no in- teresse sexual, excitação, resposta orgás- mica ou desejo sexual hipoativo, indepen- dente do seu efeito no tratamento de ou- tros sintomas da menopausa; • Tem-se considerado a deficiência andro- gênica como um dos fatores relaciona- dos ao desejo sexual hipoativo, especial- mente na pós menopausa, mas certa- mente existem outras influências;
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