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Fisiologia feminina

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Fisiologia feminina 
· O eixo hipotálamo-hipófise-ovário promove modificações cíclicas no organismo da mulher visando à preparação para ovulação e para uma futura gravidez.
· Por convenção, o 1º dia do ciclo é considerado o primeiro dia da menstruação, sendo q duração do ciclo uma média de 28 dias (21-35 dias). O fluxo varia entre 20 e 60 ml, sendo que mais que 80 já é preocupante e dura cerca de 2 a 6 dias. 
· Conceitos básicos:
1. Menarca – primeira menstruação que representa o amadurecimento do eixo H-H-O
2. Menstruação – sangramento de origem intrauterina
3. Menacme – período reprodutivo da mulher
4. Climatério – período que inicia o declínio progressivo da atividade gonadal da mulher, sendo a transição entre a menacme e a senilidade.
5. Síndrome climatérica – conjunto de sintomas atribuídos a insuficiência ovariana progressiva. Nem sempre o climatério é sintomático.
6. Menopausa – evento da última menstruação, sendo o evento mais marcante do climatério. Ocorre geralmente entre 45 e 55 anos de idade e só pode ser diagnosticada com 12 meses seguidos de amenorreia. 
7. Menopausa precoce – a última menstruação ocorre antes dos 40 anos 
8. Período perimenopausa – se inicia antes da menopausa com ciclos irregulares e termina 12 meses após a menopausa.
9. Período pós-menopausa – período iniciado após 12 meses da menopausa e vai até os 65 anos.
10. Senilidade/senectude – se segue ao climatério com início aos 65 anos de idade. 
Hipotálamo
· O cérebro é comporto 10% por neurônios e 90% por cels da glia
· Possui várias alças de feedback: longa (ovário), curta (hipófise) e ultracurta (próprio hipotálamo).
· A região do núcleo arqueado é responsável pela liberação do hormônio liberador de gonadotrofinas – GnRH. É um peptídeo secretado de forma pulsátil que controla a secreção de FSH e LH pela adeno-hipófise.
· A secreção pulsátil contínua é necessária pois a meia vida do GnRH é curta (3-4 minutos).
· A secreção desse hormônio varia em frequência e amplitude durante todo o ciclo menstrual, permitindo variação de FSH e LH durante o ciclo. 
Hipófise
· É dividida em porção anterior e posterior. 
· O GnRh age diretamente na adeno-hipófise – porção anterior – sobre as cels gonadotróficas basófilicas estimulando-as e a sintetizar e secretar o hormônio folículo estimulante – FSH – e o hormônio luteinizante – LH – na circulação. 
· FSH e LH são secretados de forma pulsátil e isso está relacionado a forma pulsátil do GnRH. São glicoproteínas semelhantes estruturalmente com subunidade alfa idênticas, sendo diferenciadas somente pela subunidade beta a qual confere afinidade pelo receptor específico. 
· A meia vida do FSH é de 3 a 4h enquanto a do LH é de 20 minutos.
· FSH e LH são responsáveis pela ovulação e regulação da produção dos hormônios esteroides pelos ovários. 
· Principais hormônios da hipófise posterior – ocitocina e vasopressina (ADH)
· Principais hormônios da hipófise anterior – FSH, LH, prolactina e TSH
· FSH – estimula o recrutamento dos folículos iniciais (de 7 a 15 folículos iniciais, somando os 2 ovários). Pode ser mediado por hormônios da própria hipófise (40%) como do GnRh (60%);
· LH – seu aumento de produção acarreta o pico de ovulação, a luteinização de cels da granulosa e o rompimento do folículo dominante. Estimulado pelo GnRh;
Ovários 
· Gônadas femininas responsáveis pela produção dos esteroides sexuais e desenvolvimento dos folículos imaturos até sua fase final de amadurecimento. Em resumo, possuem duas funções – produção de gametas e síntese hormonal.
· Durante a vida fetal, cerca da 20º semana de gestação existem cerca de 7 milhões de folículos primordiais, cada um deles com um óocito paralisado em diplóteno I (primeira divisão meiótica) até a ovulação. Ao nascimento, cada ovário possui cerca de 1 milhão de folículos primordiais. Na ocasião da menarca, cada ovário possui cerca de 300.000 a 400.000 em ambos ovários. Durante a menacme, em cada ciclo menstrual, quase 1000 folículos são perdidos por atresia. Assim, cerca de 400 a 500 folículos serão ovulados na vida reprodutiva.
· O estradiol e a progesterona são os principais hormônios esteroides secretados pelo ovário. São encontrados no sangue conjugados com albumina ou a proteína carreadora de hormônios sexuais (SHBG). Nos tecidos-alvo (ovários, útero, vagina e mamas) se desligam da proteína e se ligam aos receptores específicos. 
· O estradiol deve ser lembrado por sua ação no desenvolvimento folicular e endometrial, além da sua função no pico do LH (ovulação). 
· Além dos 2 principais, o ovário (cels da granulosa) também produz as inibinas que suprimem a secreção de FSH. Na fase proliferativa, predomina-se a inibina B e na fase secretora predomina-se a inibina A. as cels da granulosa também sintetizam a ativina que estimula a liberação de FSH pela hipófise e potencializa sua ação no ovário. 
· Compartimentos funcionais do ovários;
1. Folicular – nesse compartimento o principal produto é o estrogênio (cels da granulosa)
2. Corpo lúteo – progesterona e estrogênio (luteinização das cels da granulosa)
3. Estroma – androgênios (cels da teca)
Ciclo ovariano
· Pode ser dividida em duas fases: folicular e lútea 
· Fase folicular:
1. Inicia com o 1 dia de menstruação e se encerra com o pico de LH no meio do ciclo 
2. Dura normalmente de 10-14 dias, podendo variar. Variações na duração do ciclo normalmente ocorrem devido alterações nessa fase. 
3. Ocorre uma sequência de eventos que assegura o recrutamento de uma coorte de folículos onde haverá a seleção de um folículo dominante, o qual será reservado para ovulação enquanto o restante sofrerá atresia. 
4. O sinal para o recrutamento desses folículos inicia no final da fase lútea do anterior, com a liberação de FSH devido à queda de FSH e LH. 
5. Aproximadamente 15 ou mais folículos são recrutados por ciclo. 
6. Fases da foliculogênese;
I. Folículo primordial – óocito paralisado em diplóteno da prófase I da primeira divisão meiótica envolto por uma única camada de cels da granulosa. O crescimento desse folículo até a próxima fase não depende de regulação hormonal (FSH).
II. Folículo primário – o primordial torna-se primário com a multiplicação das cels da grânulos. Assim, a unidade folicular tem um óocito e duas ou mais camadas de cels da granulosa e membrana basal. As cels do estroma se diferenciam em teca interna e externa, independente da estimulação hormonal. A partir desse estágio para frente, é necessário FSH para não haver atresia.
III. Folículo pré-antral – o óocito é maior e está envolto por uma membrana (zona pelúcida), que o separa das cels da granulosa. Há proliferação contínua das cels da granulosa e tecais. Essas cels já produzem as 3 classes de hormônios – estrogênio, progestagênio e androgênios – com maior destaque ao estrogênio. Nessa etapa já inicia a ação da teoria duas células e duas gonadotrofinas. O sucesso do desenvolvimento do folículo está na capacidade de transformar o microambiente androgênico em estrogênico a partir do LH e FSH. O desenvolvimento dos folículos pré-antrais (sem ação hormonal) para antrais (recrutados) duram cerca de 60 dias.
IV. Folículo antral – se tem aumento da produção de líquido antral com formação de uma cavidade (antro). As cels da granulosa que circundam o óocito passam a ser chamadas de cumulus ooforus. Na presença de FSH, o estrogênio é o componente predominante do líquido antral. Na ausência do FSH, se tem predomínio de androgênios e atresia. 
V. Seleção do folículo dominante – em suma, é selecionado por 2 motivos. Tem maior quantidade de receptores de FSH e o seu estrogênio faz feedback negativo para a produção de FSH, diminuindo a ação do FSH sobre outros folículos.
VI. Folículo pré-ovulatório (maduro ou de Graaf) – o óocito prossegue a divisão e quase completa a meiose (será totalmente completa somente na ovulação). Produz cada vez mais estradiol e essa produção é importante para que haja o pico de LH. A interação do LH com as cels da granulosa e da teca faz com que haja a luteinização dessas cels que passam a produzirprogesterona horas antes da ovulação. 
· Uma observação desse período em que há produção de androgênios é que não corre somente nas cels da teca, também há a adrenal. 50% da produção de testosterona ocorre nos ovários (androstenediona) e 50% na adrenal. A di-idrotestosterona é o hormônio funcional da testosterona. Além disso, o tecido subcutâneo também é produtor de testosterona. 
· Ovulação: somente o folículo em seu estágio final de maturação é capaz de se romper. O pico de LH (influência do estradiol) é essencial para haver a ovulação. 
· Fase lútea: 
1. Duração de 14 dias é fixa. 
2. O aumento agudo de progesterona caracteriza essa fase. 
3. Uma vez liberado o óocito, a estrutura passa a ser chamada de corpo lúteo (acúmulo do pigmento luteína pelas cels restantes). 
4. Produção de progesterona e estrogênio pelo corpo lúteo. 
5. Se não houver gravidez, ocorre a regressão do corpo lúteo cerca de 12 a 16 dias após a ovulação, levando a queda de estrogênio, progesterona e inibina A. Assim, retorna a produção de FSH retorna para agir no recrutamento do próximo ciclo. 
Ciclo uterino
· A divisão morfofuncional do endométrio o divide em 2 regiões:
1. Camada funcional: 2/3 superiores do endométrio que se prepara para implantação do blastocisto. É composta de duas camadas: esponjosa (mais profunda) e compacta (superficial). É a porção cíclica que sofre influência hormonal.
2. Camada basal: 1/3 inferior do endométrio. Sofre pouca variação ao longo do ciclo e é responsável pela regeneração do endométrio após a menstruação. 
· O ciclo uterino é divido em duas fases: proliferativa e secretora.
1. Proliferativa – período que coincide com o desenvolvimento dos folículos no ovário com alta produção de estradiol, fazendo com que haja o crescimento em espessura do endométrio. 
2. Secretora – coincide com a fase lútea onde se tem a influência predominante da progesterona com a vascularização do endométrio. 
Efeitos em outros órgãos
· Muco cervical; na fase imediata pós-menstruação (baixos níveis de estradiol) ou no período pós-ovulação (progesterona) se tem o muco cervical espesso, viscoso e em menor quantidade. Já entre o 8 dia do ciclo e a ovulação se tem muco aumentado e mais elástico, comparável à clara de ovo. 
· Mamas: no período pré-menstrual, devido aos altos níveis de estradiol e progesterona. Se te, amento de volume devido a circulação local maior, edema interlobar e proliferação ducto-acinar. 
Puberdade
· É determinado pela genética, saúde geral, ambiente, obesidade, desrreguladores endócrinos (bifenois, agrotóxicos, plasificantes, produtos farmacêuticos e produtores industrializados) e hormônios periféricos (leptina e insulina, grelina sinalizam ao SN o status metabólico e nutricional e se encontra apta para produção).
· Há a reativação da secreção pulsátil de GnRh.
· Predomínio dos fatores estimulantes – glutamato, norepinefrina, serotonina e dopamina;
· Aumento amplitude de pulsos de GnRh – esteroidogênese, foliculogênese, maturação folicular e ovulação.
· Hipófise passa a responder ao pico estradiol circulante (pico LH).
· Papel dos hormônios:
1. Estrogênio (ovário) – desenvolvimento mamário e uterino, fechamento das epífises de crescimento e alterações da composição corporal 
2. Androgênios (adrenal – camada reticular – e ovários) – desenvolvimento de pelos axilares e pubianos, odor axilar e acne
· Nessa fase se tem aumento da velocidade de crescimento, aceleração da maturidade esquelética, fechamento das cartilagens de crescimento e determinação da estatura final. 
· O estirão ocorre no início da puberdade para meninas 
Hormônios e tecidos alvos 
· Androgênios – ovário, adrenal, tecidos periféricos;
· Efeito generalizado sobre o organismo;
· SNC – sexualidade, humor, energia e bem-estar;
· Pele – distribuição de pelos;
· M. – hipertrofia;
· Progesterona – ovários, adrenal e SNC;
· Ovário – rotura do oocito;
· Útero – suporte para implantação do ovo fertilizado, manutenção da gravidez;
· Estrogênio – estradiol, tecidos periféricos, estrona;
· Mama – crescimento das mamas;
· Ossos – fechamento da cartilagem de crescimento, ativação de osteoblastos (remodelação óssea);
· Vasos – vasodilatação;
· Tecidos adiposo – distribuição de gordura;
· Vagina – trofismo e lubrificação;
· Lipoproteínas – aumento de HDL e aumento e degradação de LDL;
Resumo do ciclo menstrual
1° dia – 1° dia da menstruação
· Recrutamento dos folículos antrais pelo FSH;
· Cels da granulosa produzem estrogênio;
Fase menstrual – 1 a 4 dias;
· Diminuição de estrogênio e progesterona do ciclo anterior;
· Ativina estimula o FSH;
· Folículos antrais de 2 a 8 mm;
· Endométrio fino e linear;
Fase proliferativa – 14 a 21 dias (estrogênica);
· Aumento do estrogênio e inibina B inibindo FSH;
· Folículo cresce 2 mm/ dia
· Endométrio trilaminar
Fase secretora – 14 dias (progestacional);
· 36 h após o pico de LH - o oocito completa sua 2° divisão meiótica e rompe o folículo;
· Luteinização das cels da granulosa;
· A progesterona para as mitoses (proliferação celular) e organiza as glândulas tornando secretoras;
· 8 dias após a ovulação ocorre o pico a progesterona e inibina A que inibe LH;
· Não ocorrendo a gestação o corpo lúteo regride.
Ciclo normal varia de 28 a 35 dias;
Menopausa
· Ocorre uma insuficiência ovariana.
· A avaliação do FSH deve ser feita no início do ciclo pois pode estar normalmente rebaixada ao longo do ciclo.

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