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Leptospirose - Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos

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● Introdução: É uma zoonose de alta impor-
tância econômica que provoca infertilidade, abor-
tos, natimortos e queda produtiva. É uma doença 
de diagnóstico difícil, apresentando sinais clínicos 
inespecíficos. 
● Etiologia: Causada pelas bactérias do gênero 
Leptospira spp., sendo espiroquetas aeróbicas 
gram-negativas. 
 ➤ Divisão: Apresenta cerca de 23 sorogrupos e 
mais de 230 sorovares. Dessa forma, são bactérias 
de alta variedade de antígenos de superfície. As 
espécies de maior importância se apresentam na 
seguinte tabela: 
Hosped. 
Acidental 
Espécies Sorovares 
Hosped. 
Reserv. 
Bovinos 
interrogans Pomona Suínos 
borgpetersenii Hardjo Bovinos 
kirschnerii Grippotyphosa Suínos 
interrogans Icterohaemorragiae Roedores 
interrogans Canicola Caninos 
Ovinos interrogans Pomona Suínos 
Caprinos 
interrogans Canicola Caninos 
interrogans Pomona Suínos 
interrogans Icterohaemorragiae Roedores 
Suínos 
interrogans Pomona Suínos 
interrogans Icterohaemorragiae Roedores 
interrogans Canicola Caninos 
kirschnerii Grippotyphosa Suínos 
Equinos 
interrogans Icterohaemorragiae Roedores 
borgpetersenii Hardjo Bovinos 
Obs.: Hospedeiro acidental apresenta a doença, 
podendo até ser mais grave. 
● Epidemiologia: É de distribuição em regiões 
de clima temperado, com sazonalidade em outono 
e inverno; e clima tropical em estação das chuvas. 
É uma doença com influência de pluviosidade. A 
transmissão se dá principalmente pela urina infec-
tada, coito, fluídos placentários e leite. A água se 
torna um veículo do agente presente no ambiente. 
● Patogenia: O agente presente no ambiente 
entra em contato com as mucosas ou pele lesio-
nada do animal, penetrando o tecido e se in-
cubando pelo período de 3-20 dias antes de 
alcançar a corrente sanguínea. Assim, distribui-se 
principalmente para fígado, baço, rins, trato ge-
nital, olhos e sistema nervoso central. 
 ➤ Sinais Clínicos: Depende do sorovar. Pode 
apresenta forma subclínica em fêmeas vazias e 
lactantes; forma aguda com febre transitória e 
queda na produção de colostro; e forma crônica, 
com infecção fetal, aborto, natimortos e distocias. 
● Diagnóstico: Análise da história clínica, com 
exclusão de outras suspeitas maiores em casos de 
problemas reprodutivos. Em laboratório pode ser 
feito sorologia por aglutinação microscópica (Ag-
Ac) ou ELISA; ou então diretamente pela imuno-
fluorescência. 
● Tratamento: Antibioticoterapia, geralmente 
estreptomicina ou tetraciclina ou ampicilina, peni-
cilina, eritromicina; quando na fase aguda. Se hou-
ver quadro crônico, geralmente oxitetraciclina ou 
amoxicilina. 
● Profilaxia: Prevenir a exposição a animais 
infectados, quarentena, controle de roedores, 
manejo de áreas alagadas, vacinação polivalente 
regional em bezerros com 4-6 meses e segunda 
dose após 4 semanas, com reforço semestral.

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