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Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE Fratura dos ossos nasais - Osso facial com maior risco de fraturas - A maioria das fraturas ocorrem na porção inferior dos ossos nasais, já que é mais delgada e frágil. - O septo nasal é formado pelo vômer, lâmina perpendicular do etmóide e cartilagem septal. ❖ Classificação das fraturas dos ossos nasais: (natvig) ● Grupo I: fratura isolada de apenas um osso nasal ● Grupo II: Separação dos ossos nasais na linha mediana e no processo frontal da maxila. O septo nasal se mantém intacto. ● Grupo III: Fratura em “livro aberto”, separação dos ossos nasais e fratura do septo nasal. ● Grupo IV: Fratura do osso nasal com deslocamento póstero-inferior. ● Grupo V: Fratura cominutiva dos ossos nasais e das partes anteriores dos processos frontais da maxila e do septo nasal. ● Grupo VI: Fratura do septo nasal com separação do processo nasal da maxila e elevação do dorso do nariz. ● Grupo VII: Fratura com esmagamento do nariz e comprometimento do espaço infraorbitário. ❖ Classificação das fraturas dos ossos nasais: (stranc e robertson) ● Tipo I: Porção anterior da pirâmide nasal e do septo nasal. ● Tipo II: Base da pirâmide nasal e septo mais posteriormente. Maior cominução e desvio de septo nasal. ● Tipo III: Envolve maxila e frontal, caracterizando uma fratura NOE. ❖ Exame físico: - Desvio nasal Avaliar mobilidade nasal - Epistaxe Plexo de Kiesselbach (área de little): epistaxe ou hemorragia anterior. Anastomose das artérias: Etmoidal anterior, palatina maior, esfenopalatina e labial superior. Plexo de Woodruff: posterior. Anastomose das artérias: etmoidal posterior, esfenopalatina e palatina maior. - Rinorréia cerebroespinhal (saída de liquor pelo nariz, coleta-se 0,1 ml do fluido e verifica-se as concentrações de cloro e glicose comparando com as do paciente e avaliar se nesse fluido tem a presença de beta 2-transferrina, que é uma proteína que está presente no SNC. Caso o fluido possua essa proteína é sinal de que a integridade do SNC foi rompida). - Enfisema subcutâneo - Hemorragia subconjuntival - Obstrução nasal ❖ Exames de imagem: - Radiografia lateral dos ossos nasais - Projeção de Waters (occipto-mental) - Tomografia computadorizada (padrão ouro) ❖ Tratamento: Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE - Conservador ● Fraturas sem ou com discreto deslocamento ● Sem queixa estética e ou funcional ● Orientações para casa ● Prescrição de descongestionante nasal. - Fechado ● Fraturas com deslocamento desde que não seja muito grande e muito fragmentada ● Com queixa estética e ou funcional ● Redução da fratura: Fórceps de walsham (reduzir os ossos nasais propriamente ditos) e fórceps de asch (redução do septo nasal). Não é necessário nenhum tipo de acesso cirúrgico. ● Instalação do tampão nasal (para estabilização dos ossos nasais) o paciente vai utilizar de 3 a 5 dias que é quando começa a cicatrização. - Aberto ● Fraturas com grandes deslocamentos e com perda de substância ● Com queixa estética e funcional ● Acesso cirúrgico e redução aberta ● Utilização de enxertia óssea ou material aloplástico ● Necessidade de Sistemas de fixação 1.0-1.5 ❖ Acessos cirúrgicos - Acesso coronal - Acesso de desenluvamento do terço médio da face ❖ Complicações - Hematoma septal - Epistaxe - Desvio Nasal - Obstrução nasal - Nariz em sela - Telecanto traumático - Epífora Fratura Naso-Órbito-etmoidal - Complexidade das estruturas anatômicas que compõe esta área - Envolvem principalmente o crânio, órbita, cavidade nasal e vias lacrimais. - O ligamento cantal medial, pilar frontomaxilar e o sistema de drenagem lacrimal que são componentes de suma importância quando se estuda essa região. ❖ Classificação de Markowitz - Tipo I: Ligamento cantal medial inserido num grande segmento fraturado - Tipo II: Maior cominuição com o LCM inserido num segmento ósseo considerável - Tipo III: Cominuição severa com possível avulsão do LCM da sua inserção óssea. Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE ❖ Exame físico - Avaliação da Acuidade Visual e da Motricidade Ocular - Avaliação da mobilidade e da obstrução nasal - Avaliação da distância intercantal - Exames para visualizar a mobilidade do ligamento cantal medial: Teste de retesamento e teste de Furness (exame bimanual) - Edema e equimose periorbital - Telecanto traumático - Hiposmia - Hemorragia subconjuntival - Rinorreia - Deformidade nasal - Epífora - Amaurose ❖ Exame de imagem - Tomografia computadorizada (padrão ouro) ❖ Tratamento - Tipo I: Acesso cirúrgico, redução e fixação do segmento ósseo em pelo menos 3 pontos - Tipo II: Acesso cirúrgico, redução e fixação do segmento ósseo, Avaliar a necessidade de cantopexia transnasal (fixação do lig. cantal medial do lado oposto que vai passar pelo nariz) - Tipo III: Acesso cirúrgico, redução e fixação do segmento ósseo, Cantopexia transnasal direta ( ponto de fixação direcionado posterior e superior à fossa lacrimal) ❖ Acessos cirúrgicos - Acesso coronal - Acesso subciliar - Acesso transconjuntival - Acesso subtarsal - Acesso vestibular maxilar ❖ Cantopexia transnasal: 1. Fixar as fraturas com uma placa na região fronto maxilar e depois na região infraorbital e por último na margem lateral da cavidade nasal. 2. Pinçamento do LCM solto 3. Passar um fio metálico para fixar o LCM 4. Perfuração com uma broca na cavidade nasal do lado oposto 5. Passar o fio de um lado pra o outro e instalar uma placa para estabilizar o globo ocular na posição correta. 6. Fixação do fio de aço ❖ Complicações: - Fístula liquorica Larissa Primo | Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial| UFPE - Telecanto traumático - Meningite - Anosmia - Hipogeusia - Epífora
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