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PROFESSOR: LUIZ CARLOS 
DISCIPLINA: PROCESSO PENAL 
 
 
 
CONCEITO: 
 
 Conjunto de normas que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as 
atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a estruturação dos órgãos da função jurisdicional 
e respectivos auxiliares. 
 
FINALIDADE: 
 
 Propiciar a ADEQUADA SOLUÇÃO JURISDICIONAL DO CONFLITO DE INTERESSES 
ENTRE O ESTADO-ADMINISTRAÇÃO E O INFRATOR, através de uma sequência de atos que 
compreendam a formulação da acusação, a produção de provas, o exercício da defesa e o 
julgamento. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
 
 O processo penal brasileiro é acusatório, em que há o contraditório, a ampla defesa, a 
publicidade, bem como a distribuição das funções de acusar, defender e julgar entre órgãos 
distintos. 
 
II - PRINCÍPIOS 
PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 
PRINCÍPIO DO FAVOR REI 
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA 
PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA 
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO 
PRINCÍPIO DO JUIZ NATURAL 
PRINCÍPIO DA INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE /MOTIVAÇÃO 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA 
 
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
A lei processual penal aplica-se a todas as infrações penais cometidas em território brasileiro, sem 
prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional. Vigora o princípio da absoluta 
territorialidade, que impõe a aplicação da lex fori ou locus regit actum, segundo a qual, aos 
processos e julgamentos realizados no território brasileiro, aplica-se a lei processual penal 
nacional. 
 
“O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:” 
I — os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
II — as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos 
crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal 
Federal, nos crimes de responsabilidade (CF, arts. 86, 89, § 2º, e 100); 
III — os processos da competência da Justiça Militar; 
IV — os processos da competência do tribunal especial (CF, art. 122, n. 17); 
V — os processos por crimes de imprensa. 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos ns. IV e V, 
quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
Atenção! 
As ressalvas mencionadas neste artigo não são, como podem parecer, exceções à territorialidade 
da lei processual penal brasileira, mas apenas à territorialidade do Código de Processo Penal 
(Dec.-Lei n. 3.689/41) 
PROFESSOR: LUIZ CARLOS 
DISCIPLINA: PROCESSO PENAL 
 
 
 
O inciso I (tratados, convenções e regras de direito internacional) contempla verdadeiras 
hipóteses excludentes da jurisdição criminal brasileira, isto é, os crimes serão apreciados por 
tribunais estrangeiros segundo suas próprias regras processuais, por exemplo, casos de 
imunidade diplomática, de crimes cometidos por estrangeiros a bordo de embarcações públicas 
estrangeiras em águas territoriais e espaço aéreo brasileiro etc. 
 
EXEMPLO: imunidades diplomáticas (Convenção de Viena, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 
103 de 1964). 
Obs.: O Tribunal Penal Internacional (Estatuto de Roma), possui competência subsidiária, apenas 
atuando no caso de inércia do país competente (regra geral), não se enquadrando na hipótese de 
exclusão do inciso I. 
 
A legislação processual brasileira também se aplica aos atos referentes às relações jurisdicionais 
com autoridades estrangeiras que devem ser praticados em nosso país, tais como os de 
cumprimento de rogatória (arts. 783 e s. do CPP), homologação de sentença estrangeira (CP, art. 
9º; CPP, art. 787) e procedimento de extradição (arts. 76 e s. da Lei n. 6.815/80 — Estatuto do 
Estrangeiro) (CPP, art. 784, § 1º). 
O inciso IV faz menção ao antigo Tribunal de Segurança Nacional, previsto na Carta de 1937. 
Atualmente os crimes contra a segurança nacional (Lei 7.170/83), são afetos à Justiça Federal 
(109, IV da CF), não mais sendo entendidos como segurança do Estado, mas sim como 
segurança da nação, do povo. 
 
EFICÁCIA DA LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO 
Art. 2º do CPP: 
A lei processual aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei 
anterior. 
 - Tempus regit actum. 
 
DOIS EFEITOS: 
a) os atos processuais realizados sob a égide da lei anterior são considerados válidos e não são 
atingidos pela nova lei processual, a qual só vige dali em diante; 
b) as normas processuais têm aplicação imediata, pouco importando se o fato que deu origem ao 
processo é anterior à sua entrada em vigor. 
 
Imunidades diplomáticas 
Os chefes de Estado e os representantes de governos estrangeiros estão excluídos da jurisdição 
criminal dos países em que exercem suas funções. 
A imunidade estende-se a todos os agentes diplomáticos, ao pessoal técnico e administrativo das 
representações, aos seus familiares e aos funcionários de organismos internacionais (ONU, OEA 
etc.). 
Estão excluídos dessas imunidades os empregados particulares dos agentes diplomáticos, a não 
ser que o Estado acreditado as reconheça. 
Admite-se a renúncia à garantia da imunidade. 
 
Imunidades parlamentares 
Existem duas modalidades de imunidade parlamentar: 
A material, também chamada de penal ou absoluta (CF, art. 53, caput), e a processual ou formal. 
A imunidade processual subdivide-se em: 
(a) garantia contra a instauração de processo (CF, art. 53, §§ 3º, 4º e 5º); 
(b) direito de não ser preso, salvo em caso de flagrante por crime inafiançável (CF, art. 53,§ 2º); 
(c) direito ao foro privilegiado (competência originária do STF para processar deputados e 
senadores — CF, art. 53, § 1º); 
(d) imunidade para servir como testemunha (CF, art. 53, § 6º). 
 
PROFESSOR: LUIZ CARLOS 
DISCIPLINA: PROCESSO PENAL 
 
 
 
Prerrogativa de foro de outras autoridades 
Também denominada competência originária ratione personae. 
Imunidade para servir como testemunha 
O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha; Só é obrigado a 
depor sobre fatos relacionados com o exercício de suas funções. 
Os deputados e senadores não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou 
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles 
receberam informações (CF, art. 53, § 6º). Os presidentes do Senado e da Câmara poderão, 
inclusive, optar pelo depoimento escrito (CPP, art. 221, § 1º). 
 
Imunidades parlamentares e estado de sítio 
As imunidades de deputados e senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser 
suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos 
praticados fora do recinto do Congresso que sejam incompatíveis com a execução da medida (CF, 
art. 53, § 8º).

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