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DIREITO CIVIL: 
DIREITO DAS 
SUCESSÕES 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Enunciar a redução de cláusulas.
 > Definir as substituições e o fideicomisso.
 > Explicar as razões para a redução testamentária.
Introdução
A legislação brasileira confere especial proteção à legítima, como é denominada a 
parcela do patrimônio do autor da herança reservada aos herdeiros necessários. 
Além disso, consagra o dominus do autor da herança sobre sua propriedade ao 
prever a possibilidade de realização de testamento. Como existem dois direitos 
que podem, em alguns casos, opor-se, a legislação criou mecanismos capazes de 
equalizar ambos os direitos, sem que se apele à invalidade total do testamento. 
Outra forma que o testador tem de garantir a perpetuidade de seu desejo sobre 
seus bens é o fideicomisso, no qual se nomeia uma cadeia sucessória de dois 
graus de herdeiros sequer, concebidos à data do testamento, que herdarão o 
bem de modo sucessivo.
Neste capítulo, vamos falar sobre a redução das cláusulas testamentárias e 
sobre o instituto do fideicomisso. Na primeira e na terceira seções, serão abordadas 
as hipóteses legais de redução das cláusulas testamentárias, seus requisitos, 
seu modelo e a justificativa do instituto. A segunda seção é dedicada ao tema 
A redução das 
disposições 
testamentárias
Gabriel Bonesi Ferreira
do fideicomisso, para que o leitor compreenda como funciona o instituto, seu 
conceito e os deveres e responsabilidades das figuras envolvidas.
Redução de cláusulas
A função do testamento está relacionada à possibilidade de uma pessoa, em 
vida, dispor sobre seu patrimônio após a morte. É um ato de última vontade, no 
sentido jurídico, uma vez que não importa o lapso temporal entre a realização 
do ato e o evento morte. No Brasil, o testamento é um ato formal, que deve 
respeitar diversos ditames legais para ser válido. A validade do testamento 
pode ser analisada sob dois aspectos: 
1. o formal, que corresponde diretamente ao respeito às formas exigidas 
em lei para a validade;
2. o material, que se submente a diversas normas sucessórias e tes-
tamentárias que devem ser respeitadas para garantir a validade do 
testamento. 
A fruição do próprio patrimônio em vida é livre a seu proprietário, o que 
significa que pode alienar, dar em garantia, adquirir, permutar, emprestar, 
entre outros. Testar, de modo não muito distinto, significa poder dispor 
dos bens da forma como se deseja, distribuindo-os como e a quem quiser. 
Entretanto, a lei impõe limitações à possibilidade de o testado dispor de 
seus bens, entre as quais se inclui o respeito à legítima, que constitui a cota 
patrimonial que necessariamente será destinada aos herdeiros necessários. 
O art. 1.845 do Código Civil estabelece que os herdeiros necessários são 
os ascendentes, os descentes e o cônjuge (BRASIL, 2002). Não há outros 
herdeiros necessários e, na falta destes, o patrimônio deve ser dividido 
entre os herdeiros colaterais, que são todos os outros herdeiros, que não 
são necessários. Os herdeiros colaterais são aqueles com grau de parentesco 
até o quarto grau. Na falta dos herdeiros necessários, sucedem os seguintes, 
respectivamente: irmãos, sobrinhos, tios e primos. Os herdeiros necessários 
e os herdeiros colaterais são herdeiros legítimos, isto é, são os que podem 
suceder o autor da herança. Os herdeiros colaterais somente vão suceder 
na falta de herdeiros necessários. Essa diferenciação é necessária porque 
implica, diretamente, a liberdade testamentária.
O art. 1846 do Código Civil estabelece “[...] pertence aos herdeiros ne-
cessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a 
legítima” (BRASIL, 2002, documento on-line). Assim, a legislação assegura, 
A redução das disposições testamentárias2
aos herdeiros necessários, a metade dos bens da herança, que constituem 
a legítima. Se os bens pertencem aos herdeiros necessários, não poderão 
ser objeto de testamento, representando um limite à liberalidade de testar. 
Pereira (2017, p. 44) resume bem os motivos que conciliam a liberalidade de 
testar e o instituto dos herdeiros necessários:
[...] a) de um lado, a ordem jurídica reconhece ao dominus dispor dos seus próprios 
bens, como consectário natural do direito de propriedade; e, b) de outro lado, o 
direito entende assegurar a certos herdeiros proteção contra as influências da 
idade, das afeições mal dirigidas, e até paixões impuras que assaltem o disponente 
na quadra avançada de sua vida.
A legítima se calcula no momento da abertura da sucessão, abatidos o 
valor funeral e as dívidas, adicionando o valor dos bens sujeitos à colação, 
conforme o art. 1846 do Código Civil (BRASIL, 2002). Assim, abatidas as dívidas 
que são consideradas o passivo da herança, o patrimônio é dividido em duas 
partes iguais: uma parte é a disponível e a outra é reservada aos herdeiros 
necessários. À legítima, são adicionadas as doações recebidas pelos des-
cendentes em vida. O patrimônio é avaliado pelo valor dos bens à época da 
abertura da sucessão, como explica Gonçalves (2019). 
Na hipótese de haver casamento pelo regime de comunhão universal 
de bens e apenas um dos cônjuges morrer, deve-se separar a parte 
do cônjuge sobrevivente, que não é considerada para o cálculo da legítima. 
A meação não se confunde com a herança: a herança corresponde apenas à 
meação sobre a totalidade de bens do casal, e é sobre esse patrimônio que será 
calculada a legítima, correspondendo a sua metade e, consequentemente, a um 
quatro da totalidade de bens do casal. O mesmo princípio se aplica aos bens 
adquiridos na constância do casamento por aqueles casados sob o regime de 
comunhão parcial de bens.
O art. 1.849 do Código Civil prevê, expressamente, que o herdeiro neces-
sário pode ser contemplado com a parte disponível pelo testador sem que 
isso implique a perda de seu direito à legítima (BRASIL, 2002). As doações 
realizadas em vida podem ser consideradas um adiantamento da legítima, 
o que não ocorre em relação aos bens legados. O testador pode deixar uma 
parte dos bens disponíveis a determinado herdeiro necessário, e esse fato 
não acarretará perda ou dedução da legítima. 
É importante reconhecer que a limitação a dispor dos bens se refere, 
especificamente, ao valor, não à qualidade dos bens. O autor do testamento 
A redução das disposições testamentárias 3
pode tratar da integralidade de seu patrimônio, distribuindo seu patrimônio 
de acordo com sua vontade, devendo respeitar o valor da legítima. Isso signi-
fica dispor dos bens é diferente destinar os bens: o testamento pode tratar 
livremente da destinação de todos os bens, respeitando o quinhão da legítima.
Os herdeiros necessários somente perderão o direito à legítima se derem 
causa à deserdação. A deserdação pode ocorrer por indignidade, prevista nos 
arts. 1.814 a 1.818 do Código Civil (BRASIL, 2002), hipótese em que deve ser 
declarada por sentença judicial. Os arts. 1.961 a 1.965 do Código Civil (BRASIL, 
2002) preveem, ainda, o instituto da deserdação por ato da vontade do autor 
da herança. Nesses casos, a deserdação ocorre por testamento, mediante 
disposição expressa que contenha causa da deserdação. Na hipótese de 
deserdação por testamento, a veracidade da causa da deserdação não é 
presumida; por isso, para a validade dessa disposição, o herdeiro instituído 
deve comprová-la no prazo de quatro anos, contados da abertura do testa-
mento. As hipóteses legais são taxativas, sendo incabível a deserdação por 
vontade ou motivo não previsto em lei. 
Quando não há herdeiros necessários, os bens são destinados aos parentes 
colaterais, caso não haja testamento, conforme a ordem sucessória estabe-
lecida no art. 1.829 do Código Civil (BRASIL, 2002). Os familiares colaterais são 
legítimos para receber bens por herança, mas não são herdeiros necessários. 
Nesse caso, não há legítima: o testador pode dispor livremente da integra-
lidade de seus bens. O art. 1850 do Código Civil (BRASIL, 2002) dispõe que a 
exclusão dos herdeiroscolaterais da sucessão não exige qualquer tipo de 
declaração expressa; basta que o testador disponha de seu patrimônio sem 
os contemplar. Assim, ao contrário dos herdeiros necessários, que somente 
podem ser excluídos da sucessão por deserdação, os herdeiros colaterais 
podem ser excluídos mediante mero ato da vontade do autor, enunciada em 
testamento.
O Código Civil estabelece especial proteção aos herdeiros necessários, 
garantindo-lhes ao menos a metade do patrimônio do autor da herança 
(BRASIL, 2002). Da mesma forma, ao estabelecer a possibilidade de dispor 
de metade dos bens pelo testador, busca reconhecer e privilegiar o direito 
do autor de dispor de seus próprios bens como um reflexo do direito de 
propriedade. Assim, busca-se um equilíbrio entre os dois bens jurídicos. A 
legítima e o testamento possuem especial proteção da lei: a exclusão do 
herdeiro legítimo da sucessão somente ocorre se este der causa à deser-
ção e, ainda, se essa causa for comprovada; o testamento é válido até ser 
revogado por outro testamento (art. 1970 do Código Civil), se for rompido 
segundo hipóteses específicas (art. 1973 a 1975 do Código Civil) ou, ainda, se 
A redução das disposições testamentárias4
for anulado por desrespeito aos requisitos formais. Inclusive, a legislação 
privilegia a invalidade parcial do testamento a sua invalidade total, conforme 
se interpreta a partir dos arts. 1.900 a 1.908 do Código Civil (BRASIL, 2002).
 Assim, é possível notar que a legislação busca proteger o ato de última 
vontade do testador, permitindo interpretações, reconhecimento de cláusulas 
que sejam relativamente imprecisas, entre outras possibilidades. Contudo, 
existem diversas hipóteses em que um ou outro direito pode ser violado por 
erro, dolo, culpa ou mero decurso do tempo, com o surgimento de situações 
supervenientes.
Entre as hipóteses previstas pelo legislador está o surgimento de um fato 
superveniente ao testamento: um novo herdeiro necessário não conhecido 
ou que não existia quando da realização do testamento, conforme arts. 1973 
e 1974 do Código Civil (BRASIL, 2002). Nessas hipóteses, ocorre a alteração 
da situação fática a ponto de se prever uma hipótese de rompimento ou 
revogação legal (ou presumida) do testamento, sob o argumento de que o 
testador não teria disposto em testamento o que dispôs caso conhecesse 
esse outro herdeiro necessário. Porém, mesmo nessas hipóteses, o testa-
mento não será revogado “[...] se o testador dispuser da sua metade, não 
contemplando os herdeiros necessários de cuja existência saiba, ou quando 
os exclua dessa parte” (BRASIL, 2002, documento on-line). Assim, mesmo em 
casos da superveniência de situação de grande relevante (“aparecimento” 
de um novo herdeiro), o testamento se mantém válido.
Uma hipótese, possivelmente mais comum, é quando ocorre o excesso de 
liberalidade; isto é, o testador acaba dispondo de mais bens do que poderia. 
Esse fato pode acontecer por diversos motivos, como por erro de cálculo do 
patrimônio, alienação de bens, redução do patrimônio total, entre outros. 
Mesmo nesses casos, o legislador buscou equilibrar o direito dos herdeiros 
necessários e o ato de última vontade expresso no testamento. 
O direito dos herdeiros necessários à legítima não pode ser relativizado, 
sob o risco de tornar até mesmo inócua sua proteção legal. A revogação do 
testamento poderia ser proposta como uma solução ao excesso de liberalidade 
do testador, mas, na realidade, é solução simplista e superficial à oposição dos 
direitos. Se a legislação privilegia tanto o direito dos herdeiros necessários 
quanto o testamento, que expressa o ato de última vontade, foi necessária a 
criação de outro instituto: a redução das disposições testamentárias.
Por meio da redução das disposições testamentárias, ocorre, em regra, 
a redistribuição proporcional da parte que excedeu à legítima em favor dos 
herdeiros necessários. Assim, a parte que excedeu à meação disponível, e 
somente ela, passa a integrar a legítima, de modo proporcional e de acordo 
A redução das disposições testamentárias 5
com os critérios estabelecidos na legislação. Por meio desse instituto, previsto 
nos arts. 1966 a 1968 do Código Civil (BRASIL, 2002), busca-se a validade do 
testamento por meio de suas adaptação e adequação ao direito dos herdeiros 
necessários.
Fideicomisso
A substituição fideicomissária é definida pelo art. 1951 do Código Civil: 
[...] pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião 
de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o 
direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de 
outrem, que se qualifica de fideicomissário (BRASIL, 2002, documento on-line). 
Trata-se de uma hipótese de substituição que importa em uma dupla 
relação: 
1. testador institui uma benesse, algum bem ou direito, em relação ao 
herdeiro ou legatário por determinado tempo ou determinada condição; 
2. entre testador, herdeiro ou legatário em relação ao substituto que 
será o beneficiário sucessivo do bem ou direito. 
A relação de fideicomisso se estabelece entre três figuras (GONÇALVES, 
2019): 
1. o testador, denominado “fideicomitente”; 
2. o herdeiro e legatário, denominado “fiduciário” ou “gravado”;
3. o substituto, que será o último destinatário da herança ou legado, 
chamado de “fideicomissário”.
Cabe, ao testador, estabelecer a duração do fideicomisso, de acordo com 
as três modalidades previstas no art. 1.951 do Código Civil (BRASIL, 2002): 
1. vitalícia, quando a condição resolutiva do direito fiduciário será sua 
morte, ou seja, o direito do fideicomissário ao benefício deixado pelo 
testador se perfectibilizará com a morte do fiduciário; 
2. a termo ou por tempo certo, quando o direito do fiduciário à benesse 
é prefixado por um período específico, após o qual terá a obrigação 
de transmiti-la ao fideicomissário; 
A redução das disposições testamentárias6
3. condicional ou sob condição, quando o adimplemento de uma condição 
fixada pelo testador promoverá a resolução do direito do fiduciário.
O fideicomisso pode incidir sob bens determinados, assumindo caracterís-
ticas de um legado, sendo, nesse caso, denominado fideicomisso particular. Já 
o fideicomisso universal ocorre quando abrange todos os bens ou uma cota-
-parte dele, assumindo o caráter de herança, conforme explica Pereira (2017). 
Gonçalves (2019) acrescenta que o fideicomisso somente pode ser instituído 
sobre a metade disponível, tendo em vista que a legítima é assegurada aos 
herdeiros necessários, em regra, sem poder ser clausulada (BRASIL, 2002). 
Os fideicomissos somente são admitidos até o segundo grau, conforme 
art. 1959 do Código Civil (BRASIL, 2002), o que significa que somente pode 
haver um fiduciário (primeiro grau) a ser sucedido por um fideicomissário 
(segundo grau), não sendo admitidas substituições sucessivas além dessa. 
Assim, não se pode impor condições e obrigações ao fideicomissário quanto 
à transmissão de bens. isso significa que o fideicomitente não pode agravar 
de inalienabilidade os bens quando passados ao fideicomissário; se o fizer, 
a cláusula não tem efeito, mantendo-se, contudo, a validade do fideicomisso 
(PEREIRA, 2017). 
Gonçalves (2019) ressalta a diferença entre fideicomisso e substituição 
vulgar: no primeiro instituto, há dois titulares da herança com vocações 
sucessivas (fiduciário e o fideicomissário), enquanto o segundo estabelece 
um herdeiro ou legatário direto que, caso não queira ou não possa aceitar 
a herança, será substituído por outro. Admite-se, porém, a combinação dos 
dois institutos, o que alguns autores chamam de substituição fideicomissá-
ria ou compendiosa. Apesar do nome, trata-se de uma efetiva combinação 
de ambos, ocorrendo quando se designa um substituto ao fiduciário ou ao 
fideicomissário que não queira ou não possa aceitar o direito estabelecido 
pelo testador.
O art. 1952 do Código Civil estabelece, ainda, outra condição: “[...] a subs-tituição fideicomissária somente se permite em favor dos não concebidos ao 
tempo da morte do testador” (BRASIL, 2002, documento on-line). Trata-se de 
uma exigência legal na qual é indispensável que o fideicomissário não esteja 
concebido ao tempo da morte do testador; porém, se já houver nascido, 
ocorre a conversão legal do instituto: o fideicomissário se torna proprietário 
dos bens, e o fiduciário, usufrutuário, conforme prevê o art. 1952, parágrafo 
único, do Código Civil (BRASIL, 2002; PEREIRA, 2017).
Pereira (2017) explica que, nas hipóteses em que a sucessão fideicomissária 
estiver subordinada à morte do fiduciário ou a outra ocorrência em que o 
A redução das disposições testamentárias 7
fideicomissário esteja ainda concebido, incidirá o art. 1800 do Código Civil, que 
estabelece que os bens da herança ou partilha serão confiados a um curador 
nomeado pelo juiz, no caso o próprio fiduciário (BRASIL, 2002). Passados dois 
anos a partir do termo ou implemento da condição resolutiva do direito do 
fiduciário, os bens reservados devem ser destinados aos herdeiros legítimos, 
caso não haja disposição contrária e expressa do testador, conforme art. 
1800, § 4º, do Código Civil (BRASIL, 2002; PEREIRA, 2017).
Assim, é característica essencial da substituição fideicomissária a du-
pla vocação, que significa a existência de duas figuras: uma direta, que é o 
herdeiro ou legatário instituído e que vai usufruir do benefício do testador 
por determinado período, e uma indireta, ou oblíqua, que se refere à figura 
do substituído, do fideicomissário como herdeiro ou legatário final do bem. 
Essa dupla vocação é, também, sucessiva, pois o fideicomissário substituirá o 
fiduciário. Nessa relação, o fiduciário se comporta como proprietário, gozando 
dos direitos e das prerrogativas inerentes a ela, mas sua propriedade é restrita 
e resolúvel, conforme o art. 1.953 do Código Civil (BRASIL, 2002; GONÇALVES, 
2019). Até cumprida a condição resolutiva, o fiduciário permanece na condição 
de proprietário, enquanto o fideicomissário permanece com o direito eventual 
sobre os bens fideicometidos, como explica Gonçalves (2019). Pereira (2017) 
afirma que, como os bens serão transmitidos ao fideicomissário, a principal 
obrigação do fiduciário é a conservação para restituir, por isso o parágrafo 
único do art. 1.953 estabelece a obrigação do fiduciário “[...] proceder ao 
inventário dos bens gravados, e a prestar caução de restituí-los se o exigir 
o fideicomissário” (BRASIL, 2002, documento on-line).
Direitos e deveres do fiduciário
O fiduciário adquire a propriedade e a posse do bem, bem como tem direito a 
todos os frutos e rendimentos da herança. O fiduciário tem todos os direitos 
inerentes ao domínio, podendo gravar ou alienar os bens fideicometidos, 
salvo a existência de cláusula de inalienabilidade. Contudo, por se tratar de 
propriedade resolúvel, dificilmente haverá um comprador que aceite essas 
condições, pois, com o advento do termo, ou condição, ocorre a resolução 
das alienações feitas a terceiros (PEREIRA, 2017; GONÇALVES, 2019). Em regra, 
a inalienabilidade é uma das condições do instituto, tendo em vista a obri-
gação de “conservar para restituir”, devendo, ainda, pelo que dispõe o art. 
1.953 do Código Civil, proceder ao inventário dos bens gravados. Por possuir a 
propriedade do bem, pode ajuizar ações judiciais que competem ao herdeiro 
(GONÇALVES, 2019).
A redução das disposições testamentárias8
Assim, se houver deterioração do bem por dolo ou culpa, o fiduciário 
deverá indenizá-la, ao contrário da que decorre do uso regular da coisa. O 
fiduciário tem direito à restituição pelas benfeitorias necessárias e úteis, mas 
não das despesas para a conservação dos bens (PEREIRA, 2017).
Se a cláusula resolutiva do fideicomisso for a morte do fiduciário, com 
sua ocorrência, opera-se seu domínio em favor do fideicomissário. Já se a 
disposição resolutiva envolver prazo certo ou condição a ser implementada, 
com a morte do fiduciário antes desse prazo, o bem passa a seus herdeiros, 
com a mesma cláusula resolutiva e a mesma obrigação de restituição do 
fideicomissário, como explica Pereira (2017).
O fiduciário pode renunciar o fideicomisso por termo judicial ou escritura 
pública. Nesses casos, o domínio passa diretamente ao fideicomissário, a 
quem cabe aceitar, salvo disposição em contrário do testador, conforme art. 
1.954 do Código Civil (BRASIL, 2002).
Direitos e deveres do fideicomissário
O fideicomissário possui a propriedade eventual, por isso somente pode 
ajuizar ações cautelares relacionadas à conservação dos bens e ações para 
reivindicar os bens, caso sejam alienados pelo fiduciário, segundo prevê o art. 
1359 do Código Civil (BRASIL, 2002, GONÇALVES, 2019). O prazo prescricional 
e o direito irrestrito de propor ações relacionados ao bem começa a contar 
com seu recebimento, inclusive ações indenizatórias em face do fiduciário. 
O fideicomissário possui o direito de exigir a realização de inventário e 
a prestação de caução, salvo se for dispensada pelo testador, conforme art. 
1953, parágrafo único, do Código Civil (BRASIL, 2002). Se o fiduciário morrer 
antes do testador, renunciar à sucessão ou dela for excluído dela, ou, ainda, 
se a condição sob a qual foi instituído não se verificar, como prevê o art. 
1.943 do Código Civil, o fideicomissário tem o direito de recolher e reclamar 
a propriedade e a posse da herança após aberta a sucessão (PEREIRA, 2017).
O fideicomissário pode renunciar à herança ou ao legado, operando-se a 
caducidade do fideicomisso se o fideicomitente não houver indicado substi-
tuo. Se o fiduciário renunciar à herança ou ao legado, o fideicomissário pode 
aceitá-la, salvo se houver disposição contrária do testador, segundo o art. 
1.954 do Código Civil (BRASIL, 2002).
O fideicomissário tem o dever de responder pelos encargos da herança 
que o fiduciário não tiver satisfeito (BRASIL, 2002). Correlato ao direito do 
fiduciário, o fideicomissário tem o dever de indenizar as benfeitorias neces-
sárias e úteis que aumentarem o valor da coisa.
A redução das disposições testamentárias 9
Extinção do fideicomisso
O fideicomisso será extinto por nulidade, se houve cláusula que o estabeleça 
além do segundo grau (conforme o art. 1.959 do Código Civil) ou caducidade 
(BRASIL, 2002; PEREIRA, 2017). Pereira (2017) descreve o seguinte sobre as 
formas de caducidade.
 � Perecimento do objeto: se o objeto perecer sem culpa do fiduciário, 
caducará o fideicomisso, salvo se não houver sub-rogação do valor 
do seguro sobre os bens.
 � Pela renúncia do fideicomissário: nesse caso, a propriedade e a posse se 
consolidam no fiduciário, desaparecendo o encargo de restituir a coisa. 
 � Pela renúncia ou não aceitação da herança pelo fiduciário: nesse caso, 
o bem será destinado diretamente ao fideicomissário, salvo disposição 
contrária expressa do testador. Se o fideicomissário ainda não estiver 
concebido, aplica-se o disposto no art. 1.800 do Código Civil.
 � Nascimento do fideicomissário antes da morte do testador: nesse 
caso, não se forma o fideicomisso, que acaba sendo convertido pelo 
usufruto fiduciário. 
 � Se ocorrer a morte do fideicomissário antes do fiduciário ou antes de 
realizada condição resolutória de seu direito (art. 1958 do Código Civil): 
nessa hipótese, a propriedade se consolida com o fiduciário, uma vez 
que a propriedade do fideicomissário era eventual.
 � O fideicomisso caduca se o fideicomissário não tiver legitimação para 
suceder ou, antes de sucessão, acabe sendo condenado por indignidade.
Modalidades de redução testamentária
Se há herdeiros necessários, o testador não pode dispor mais do que da 
metade de seu patrimônio, uma vez que deve ser respeitada a legítima, 
constituída pela outra metade do patrimônio, que é legalmente atribuída 
aos herdeiros necessários. Contudo, pode ocorrer de o testador extrapolar 
suas liberdades e acabar dispondo sobre seu patrimônio. Os motivos podem 
ser diversos, como desconhecimento,inadvertência, alteração do valor do 
patrimônio (valorização, desvalorização, diminuição, etc.), malícia, entre 
outros fatores, como explica Venosa (2017). 
A redução das disposições testamentárias depende de uma análise ob-
jetiva: se foi respeitada a reserva da legítima. Por ser um critério objetivo, 
mesmo que anuláveis (conforme prevê o art. 1909 do Código Civil), disposi-
A redução das disposições testamentárias10
ções decorrentes de erro, dolo ou coação que ocasionem o desrespeito à 
legítima podem, também, sofrer redução (BRASIL, 2002). Em um processo 
judicial, nem sempre o erro, o dolo e a coação são facilmente comprovados, 
e, mesmo que não o forem, o simples fato de desrespeito à legítima leva à 
redução das disposições.
O instituto da redução das cláusulas testamentárias procura conciliar a 
intangibilidade da legítima ao mesmo tempo que preserva o ato de última 
vontade do testador. Assim, pressupõe a não ocorrência da nulidade total 
do testamento ou a nulidade parcial de disposições que tratam da partilha 
dos bens. Ocorre que a nulidade do testamento ou de disposições relativas 
à partilha não se trata de hipótese de redução, pois a redução pressupõe 
a validade do testamento que é adequado, modificando a divisão do pa-
trimônio com o objetivo de manter intacto o direito à legítima. Portanto, é 
uma forma que busca manter a validade do testamento que não respeita as 
normas vigentes por meio de uma adequação para que passe a respeitá-las. 
As reduções das disposições testamentárias estão previstas nos arts. 1.966 
a 1.968 do Código Civil.
 � Se o testador dispuser só de uma parte de seus bens disponíveis, o 
remanescente será partilhado entre os herdeiros legítimos, como 
prevê o art. 1.966 do Código Civil (BRASIL, 2002). Essa primeira hipótese 
parece um pouco óbvia: o testador não é obrigado a dispor de todos 
seus bens em testamento; por isso, caso o testamento verse apenas 
sobre parte dos bens disponíveis, os demais serão destinados aos 
herdeiros legítimos, segundo a regra sucessória prevista no art. 1829 do 
Código Civil (BRASIL, 2002). Observe, inclusive, que a legislação utiliza 
o termo “herdeiros legítimos”, que inclui os herdeiros necessários e 
os colaterais. 
 � Se as disposições excederem à meação disponível, as cotas do her-
deiro ou dos herdeiros instituídos serão reduzidas proporcionalmente 
até ao valor que baste; não bastando, as quotas dos legados serão 
proporcionalmente reduzidas até que se respeite a legítima, con-
forme art. 1. 967 (BRASIL, 2002). Preferencialmente, são reduzidas 
proporcionalmente as quotas do herdeiro instituído, que é aquele 
que recebe a totalidade ou uma quota do patrimônio disponível; por 
exemplo, aquele que recebe a totalidade do patrimônio disponível 
ou 30%, 40%, etc. Se houver vários herdeiros instituídos, haverá a 
redução proporcional de suas quotas.
A redução das disposições testamentárias 11
Como explica Gonçalves (2019), os quinhões dos herdeiros devem 
ser reduzidos ainda que sejam completamente esgotados. Caso 
essa redução não seja suficiente, o patrimônio destinado aos legatários, que 
são sucessores que recebem coisa certa, determinada e singular, é reduzido 
proporcionalmente até que se alcance a meação reservada à legítima.
 � O testador poderá determinar que se inteirem as cotas da legítima 
por meio da redução dos quinhões ou legados de certos herdeiros e 
legatários, segundo o art. 1.967 do Código Civil (BRASIL, 2002). Trata-
-se da hipótese em que o testador prevê a necessidade da redução 
testamentária e dispõe, no próprio testamento, quais bens ou quotas 
de herdeiros ou legatários devem passar a integrar a legítima. Quando 
o testamento assim estabelecer, a vontade de seu autor deve ser 
respeitada. Porém, se os bens apontados ainda não forem suficientes, 
quanto ao restante necessário, deve-se realizar o procedimento do art. 
1967, § 1º, do Código Civil, mesmo em relação aos quinhões hereditá-
rios e aos legados que eventualmente houverem sido liberados pelo 
testador, uma vez que a legítima é intangível.
A parte final do § 2º do art. 1.967 do Código Civil prevê a observância 
da ordem estabelecida no § 1º do mesmo artigo, isto é: primeiramente 
se reduz o quinhão dos herdeiros instituídos, depois se reduzem os legados. 
Gonçalves (2019) e Tartuce (2015) ressaltam, porém, que a ordem prevista no 
art. 1.967 não é de ordem pública, e por isso o testador pode dispor a redução 
das heranças e dos legados da forma que escolher, por exemplo, modificando 
as ordens de redução (primeiramente os legados, depois as heranças), determi-
nando a redução indistinta entre as heranças e os legados, determinando que 
a redução recaia preferencialmente sobre essa ou aquela herança ou legado, 
entre outras hipóteses. Em resumo, como explica Gonçalves (2019), se existe 
previsão sobre as reduções, há predomínio da vontade individual. 
 � Se o legado consistir em imóvel divisível, ele será dividido proporcio-
nalmente, segundo o art. 1.968 do Código Civil (BRASIL, 2002). Gonçalves 
(2019) explica que, na divisão de imóveis, o legislador buscou evitar a 
comunhão, por esta ser fonte de atritos. A divisão é considerada pos-
sível se, ao fracionar o bem, não ocorrer a alteração de sua substância 
ou a diminuição considerável de seu valor, ou mesmo caso houver 
prejuízo de seu uso a todos ou a alguns daqueles que permaneceriam 
A redução das disposições testamentárias12
com sua parte, em conformidade com a regra prevista no art. 87 do 
Código Civil (BRASIL, 2002), conforme complementa Gonçalves (2019).
 � Se o prédio for indivisível, há duas soluções possíveis que se funda-
mentam no montante da redução. Vejamos. 
 ■ Quando o excesso do legado consistir em mais de um quarto do valor 
do prédio, o legatário deixará o prédio inteiro na herança, podendo 
pedir, aos herdeiros, o valor que corresponda à parte legítima. As-
sim, o imóvel passa a incorporar a legítima, e os herdeiros devem 
pagar, em dinheiro, o montante proporcional que corresponderia 
ao legatário.
 ■ Se o excesso não for superior a um quarto, os herdeiros receberão, 
do legatário, em dinheiro, valor correspondente ao necessário para 
integralizar a legítima, ficando o legatário com o prédio, como prevê 
o art. 1.968 do Código Civil (BRASIL, 2002). Essas hipóteses não ex-
cluem outras formas solução de um possível impasse; porém, se a 
decisão for diversa da prevista em lei, dependerá da anuência dos 
envolvidos.
 � Se o legado consistir em prédio e o legatário também for herdeiro 
necessário, poderá inteirar sua legítima no mesmo imóvel, tendo pre-
ferência em relação aos demais, sempre que ela e a parte subsistente 
do legado lhe absorverem o valor, segundo o art. 1.968 do Código Civil 
(BRASIL, 2002).
Pereira (2017) ressalta que as liberalidades excessivas não são nulas de 
pleno direito, mas anuláveis. Por isso, cabe ao interessado propor ação de 
redução para evitar todos os efeitos do excesso de liberalidade. Por se tratar 
de disposição anulável e de interesse individual, a sentença somente produzirá 
efeitos aos que propuserem ação, que ajuizarem ação judicial, não podendo 
seus efeitos serem aproveitados pelos demais, que permaneceram inertes, 
seja para prejudicá-los ou favorecê-los, pois se presume que aceitaram as 
vontades do testador. 
A ação de redução pode ser proposta pelos sucessores e é transmissível a 
seus herdeiros necessários, e eventuais cessionários de seus direitos também 
possuem legitimidade para propor essa ação (GONÇALVEZ, 2019). Como visto, 
a ação não invalidará todo o testamento, apenas a parte inoficiosa, a parte 
que excede a liberalidade do testador. A ação de redução testamentária 
somente pode ser ajuizada após a abertura da sucessão, isto é, após a morte 
do testador, uma vez que, em vida, ainda não se produziram os efeitos do 
testamento. 
A redução das disposições testamentárias 13
É necessário destacar que os excessos de liberalidades no ato testamen-
tário são diversos das doações inoficiosas,previstas no art. 549 do Código 
Civil: “Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, 
no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento” (BRASIL, 2002, 
documento on-line). O referido dispositivo trata de doação, portanto de ato 
intervivos, de patrimônio que extrapola meação disponível por doador que 
tenha herdeiros necessários. Ora, se não se pode dispor em testamento da 
legítima, a legislação também não poderia aceitar sua disposição em vida 
por meio de doação. 
A legislação prevê que a data do ato de doação (ou “momento da libera-
lidade”, nos termos legais) é o momento de calcular o valor da legítima para 
fins de verificação de sua validade ou oficiosidade. Não são todas as doações 
nulas, apenas as que extravasem o limite da liberalidade, que extrapolem a 
meação do corresponde à legítima exatamente no mento em que ela ocorrer.
Para os casos de doação inoficiosa, também é cabível a ação de redução, 
na qual, porém, existem particularidades quanto à possibilidade de seu ajui-
zamento. Pereira (2017) explica que alguns civilistas defendem que a ação de 
redução contra doação inoficiosa deve ser proposta após a morte do doador, 
uma vez que o direito à herança somente nasce com seu falecimento, não 
sendo possível litigar sobre herança de pessoa viva. No entanto, esse posi-
cionamento é minoritário, tendo prevalecido, na doutrina e na jurisprudência, 
que a ação pode ser proposta logo após realizada a doação, visto que ela é 
declarada nula pela lei. Posicionamento que também se fundamenta no art. 
168 do Código Civil, que prevê que as nulidades podem ser alegadas pelo inte-
ressado quando couber intervir, inclusive podendo ser pronunciadas de ofício 
pelo juiz (BRASIL, 2002; GONÇALVES, 2019), bem como no fato de que a ação 
tem, como objeto, um ato intervivos, reportado ao momento da liberalidade. 
Assim, a redução do excesso não seria propriamente uma questão sucessória 
hereditária, mas de limite à doação, que objetiva a proteção da legítima, 
mesmo limite imputado ao testador, como complementa Gonçalves (2019).
Na hipótese de doação inoficiosa, o pedido da ação é pela nulidade da 
parte que extravasar o limite e não de toda a doação, retornando essa “parte” 
ao patrimônio do doador. Se houver várias doações sucessivas, deve-se 
tomar a totalidade do patrimônio existente na primeira doação para fins 
de verificação da inoficiosidade, anulando todas as doações até alcançar a 
meação disponível, a começar pela última (GONÇALVES, 2019).
A redução das disposições testamentárias14
Referências
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial 
da União, Brasília, 11 jan. 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
GONÇALVES, C. R. Direito Civil brasileiro: direito das sucessões. 13. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2019. v. 7.
PEREIRA, C. M. da S. Instituições de Direito Civil: direito de sucessões. 24. ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2017. v. 6.
TARTUCE, F. Direito Civil: direito das sucessões. 11. ed. São Paulo: Método, 2015. v. 6.
VENOSA, S. de S. Direito Civil. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
Leituras recomendadas 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União, 
Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916. Código Civil dos Estados Unidos do Brasil. 
Coleção de Leis do Brasil, Rio de Janeiro, 1 jan. 1916. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/L3071impressao.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, Brasília, 
7 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/
lei/l13146.htm. Acesso em: 19 abr. 2021.
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