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Educação Inclusiva: Reconhecendo a Singularidade

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TCC
TEORIA E PRÁTICA.NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Sabemos que durante muito tempo, acreditava-se que era possível generalizar pessoas e, assim, padronizar estratégias terapêuticas e pedagógicas a partir de um mesmo quadro diagnóstico. Atualmente, nós, educadores, já sabemos (por experiência) que esta noção é no mínimo simplista. Ainda que apresentem pareceres diagnósticos absolutamente iguais, duas pessoas podem reagir às mesmas intervenções neste sentido de maneiras (bem) diferentes. Não há, portanto, “receitas prontas”. E isso não se aplica somente a pessoas com alguma deficiência ou autismo, já que a diferença é própria da condição humana.
Neste artigo Diferenciar para incluir ou para excluir? Por uma pedagogia da diferença, a especialista em educação inclusiva Maria Teresa E. Mantoan evidencia que precisamos reconhecer que “todos são sujeitos únicos, singulares, heterogêneos” e que, portanto, o processo de aprendizagem de cada estudante também é singular. Há, no DIVERSA, vários relatos de experiência e estudos de caso que reiteram que não há respostas prontas para perguntas como a sua. E que ressaltam a importância da participação de todos os envolvidos (os próprios estudantes, as famílias, a equipe pedagógica e demais atores da comunidade escolar) na busca por estratégias pedagógicas capazes de garantir a plena participação de todos, e de cada um, em igualdade de condições.
Este relato de experiência ressalta a importância de “conhecer os alunos de forma individual, perceber como cada um deles aprende e valorizar suas singularidades”. Estes dois outros corroboram, evidenciando a importância de fazer isso de modo colaborativo, incorporando diferentes perspectivas:
• Inclusão escolar: responsabilidade de todas e todos
• Ressignificar saberes para valorizar eficiências no processo de alfabetização
O último, sobre o processo de alfabetização de um estudante com hipótese diagnóstica de transtorno do espectro autista (TEA), aponta especificamente o estudo de casos como uma estratégia potente neste sentido e indica a identificação dos interesses e potencialidades do aluno como possível ponto de partida. Este outro, também sobre a inclusão educacional de um estudante com autismo no ensino fundamental, destaca a importância da observação neste processo investigativo.
Mas não basta olhar para o aluno. É preciso ir além.
Há alguns anos, um novo conceito de deficiência passou a considerar, além dos aspectos clínicos representados por impedimentos na pessoa, fatores que são externos a ela: as barreiras presentes no ambiente (físico e social). Trata-se do modelo social de deficiência, difundido pela ONU através da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Site externo, cuja prerrogativa, no contexto da inclusão escolar, é a eliminação de quaisquer barreiras que impeçam a plena participação nos processos educacionais. Neste artigo, que analisa diferentes abordagens de diagnóstico do autismo, a autora questiona laudos resultantes de uma análise fragmentada e descontextualizada que somente leva em consideração aspectos clínicos, situando “o problema” no indivíduo e desconsiderando o meio em que ele vive. Segundo ela, “a constituição do sujeito se dá na relação com o outro”. Ou seja, na perspectiva inclusiva, aumentar a participação de um aluno nas atividades da escola, tenha ele deficiência ou não, implica na identificação de barreiras, não somente físicas ou comunicacionais, mas também pedagógicas e atitudinais, visando sua superação.
Um exemplo disso é apresentado neste relato de experiência, no qual mudanças de atitude dos agentes envolvidos no cotidiano escolar contribuíram significativamente no processo de inclusão de um estudante com autismo: “Mudando a forma de se relacionar foi possível conquistar avanços”.
Esperamos que os textos acima possam servir como referência, subsidiando discussões relevantes e fomentando o trabalho colaborativo na busca por respostas à sua pergunta – a partir da observação para a identificação de interesses e habilidades no aluno e de barreiras à sua participação na escola. A propósito, neste esforço, sugerimos que outras interrogações sejam consideradas:
• De que maneira a habilidade do aluno de construir mosaicos poderia ser “aproveitada” no desenvolvimento de novas estratégias pedagógicas capazes de potencializar sua participação (considerando o acesso ao currículo comum)?
• Que outros interesses e aptidões poderiam ser exploradas neste sentido?
• Que mudanças nas estratégias pedagógicas poderiam ampliar sua participação nas aulas de educação física e matemática?
• Que barreiras presentes no cotidiano da escola podem ter contribuído para que o aluno involuísse no processo de letramento?
• Que outras barreiras podem estar atrapalhando o desenvolvimento de suas potencialidades para a plena participação no processo educacional?

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