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Júlia Figueirêdo – APARECIMENTO E MANIFESTAÇÕES EXTERNAS DAS DOENÇAS E IATROGENIAS ANATOMIA E HISTOLOGIA DA PELE: A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo responsável por boa parte das interações com o meio externo. Nesse sentido, destacam-se como aspectos fundamentais sua plasticidade e a capacidade de renovação. Como principais funções dessa estrutura, destacam-se: Proteção: resistência a agentes mecânicos, químicos e imunológicos, além da neutralização de radiações ultravioleta e da manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico; Percepção sensorial: reconhecimento de estímulos térmicos e táteis; Termorregulação: interação entre vias do SNA e a vascularização cutânea; Secreção de substâncias (melanina, sebo, suor); Excreção (água, sais, bicarbonato, etc.); Metabolização: síntese de hormônios (testosterona e di-hidrotestosterona) e vitamina D. Ressalta-se que a pele é formada por três camadas interdependentes, porém com características distintas, a saber: Epiderme: mais superficial, é formada por tecido epitelial estratificado, e tendo os queratinócitos como células principais. Mesmo que a espessura dessa região possa variar, a presença de cinco “subcamadas” é constante: o Camada basal (germinativa): tem grande população de células-tronco da epiderme, que se encontram em constante replicação; o Camada espinhosa: contribui para a manutenção da coesão celular, devido à presença de tonofilamentos de queratina; o Camada granulosa: mais estreita que as demais, produz uma barreira lipídica impermeável; o Camada lúcida: evidente principalmente na pele espessa, é composta por células achatadas, sem núcleo ou organelas; o Camada córnea: área de deposição de queratina, sendo mais acentuada nas palmas das mãos e sola dos pés. Disposição histológica da epiderme Derme: formação de tecido conjuntivo repleta de nervos e vasos, auxiliando não só na nutrição como também na fixação epidérmica, que se dá na região papilar. É nessa região que se concentra o colágeno, responsável pela elasticidade da pele. Hipoderme: composta por um misto de tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo, aderindo de forma pouco intensa a derme a tecidos adjacentes, e auxiliando no isolamento térmico e no modelamento do corpo. Outras formações importantes são melanócitos (melanina e absorção de raios UV), células de Langerhans (reconhecimento e apresentação de antígenos) e as células de Merkel (mecanorreceptores) A origem embrionária da pele se dá a partir do ectoderma (células epiteliais, melanócitos, glândulas, pelos, unhas) e do mesoderma (derme e epiderme) Júlia Figueirêdo – APARECIMENTO E MANIFESTAÇÕES EXTERNAS DAS DOENÇAS E IATROGENIAS Componentes anatômicos da pele ESTRUTURAS ANEXAS: Os pelos são estruturas queratinizadas que apresentam grande importância para a regulação térmica do organismo, sendo dispersos (em proporção variada) por todo o corpo. Essa função é auxiliada pelos músculos eretores dos pelos, aumentando a superfície de isolamento em relação ao ambiente. Os folículos pilosos, ponto de origem dos pelos, são invaginações da epiderme, cuja porção mais basal é responsável pela diferenciação e multiplicação celular, fomentando o ganho de comprimento dos fios. O crescimento dessas estruturas é dividido em fases anágena (proliferação), catágena (degradação) e telógena (queda). Estágios de desenvolvimento dos pelos As unhas, por sua vez, têm como papel a proteção da extremidade dos dedos, a partir da replicação e diferenciação de células presentes na raiz (parte proximal). Anatomia da unha Por fim, destacam-se as glândulas sebáceas, situadas na derme e responsáveis pela secreção de secreções lipídicas (especialmente próximo a folículos pilosos), e as glândulas sudoríparas, que excretam o suor, formado por um ultrafiltrado do plasma. Corte histológico evidenciando estruturas anexas à pele
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