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Prática 1 - Gastrite por H Pylori e Neoplasias Gástricas


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Carla Bertelli – 4° Período 
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Objetivo de compreender a infecção gástrica por 
Helicobacter pylori 
A gastrite é um processo inflamatório da mucosa 
gástrica que pode ocorrer de forma aguda ou crônica. 
A bactéria H. pylori é a principal causa de gastrite 
crônica, geralmente a aguda não é diagnosticada em 
virtude das suas discretas repercussões clínicas. 
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O microrganismo fica concentrado no muco gástrico 
que recobre as células foveolares, não penetrando a 
mucosa. Em infecções mais extremas, os 
microrganismos podem formar um ‘’tapete’’ na 
superfície luminal e podem também se estender para 
dentro das criptas gástricas. Dentro do estômago são 
geralmente encontradas no antro, e 
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– Presença de edema e degeneração do 
epitélio, intenso e difuso inflamatório de neutrófilos. A 
inflamação mais intensa é encontrada na mucosa antral, 
podendo acometer fundo e corpo. Com o passar do 
tempo o infiltrado inflamatório se torna linfoplasmocitário 
e aumenta. 
ô – As lesões são caracterizadas por 
graus variáveis de inflamação, edema, hiperemia e 
erosões. Observa-se alterações degenerativas 
(vacuolização, necrose, descamação e perda da 
secreção de muco). Após grande tempo de inflamação, 
a mucosa gástrica pode apresentar área com hipotrofia, 
redução no número de células parietais e focos de 
metaplasia intestinal. A gastrite antral associa-se 
frequentemente a hipersecreção gástrica, o que 
favorece a formação de úlcera péptica duodenal Parte 
dos pacientes com gastrite do antro e corpo evoluem 
mais rapidamente para atrofia da mucosa gástrica com 
 e podem evoluir ainda para a 
formação de úlcera péptica gástrica ou carcinoma 
gástrico. 
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Histologicamente o estômago é dividido em 3 regiões 
conforme no tipo de glândula que cada uma contém: 
• Região Cárdica – Contém as glândulas cárdicas 
• Região Pilórica – Contém glândulas pilóricas 
• Região Fúndica – Contém as glândulas gástricas ou 
fúndicas. 
â ú á – Produzem o suco 
gástrico do estômago. São compostas por células 
mucosas do colo, principais (Pepsinogênio e lipase 
gástrica), parietais (HCl e fator intrínseco), 
enteroendócrinas e células tronco adultas 
indiferenciadas. 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
â á – São compostas por células 
secretoras de muco. Elas são compostas principalmente 
de células secretoras de muco, com ocasionais células 
enteroendócrinas entremeadas 
 
Aparecem como cortes transversais das glândulas 
tubulares enroladas de células secretoras principalmente 
de muco que desembocam no fundo das fossas 
gástricas. 
â ó á – São 
semelhantes às células mucosas da superfície e ajudam 
a proteger a mucosa pilórica. Estão localizadas no antro 
pilórico. A luz é relativamente larga, e as células 
secretoras têm aparência semelhante às células 
mucosas da superfície, sugerindo uma secreção 
relativamente viscosa. 
 
Aparecem como cortes transversais das glândulas 
tubulares curtas e enroladas de apenas células 
secretoras de muco que desembocam no fundo das 
fossas gástricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
Úlcera Gástrica 
 
 
Lâmina de gastrite por H. pylori 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compreender as alterações morfológicas associadas ao 
adenocarcinoma de esôfago, ao carcinoma de células 
escamosas de esôfago e ao adenocarcinoma gástrico 
dos tipos intestinal e difuso 
Acredita-se que as alterações na mucosa que levarão 
ao câncer iniciem-se com gastrite crônica evoluindo, ao 
longo dos anos, para atrofia, metaplasia intestinal, 
displasia, carcinoma precoce, invasão e metástase. Esses 
processos comumente são seqüenciais e decorrentes 
da exposição a diversos fatores endógenos e exógenos. 
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ô – A maioria surge como 
uma progressão do esôfago de Barret. O 
adenocarcinoma gástrico geralmente ocorre no terço 
distal do esôfago e pode invadir a cárdia adjacente. 
Inicialmente pode-se desenvolver como placas planas ou 
elevadas de tamanho variado. O tumor pode infiltrar ou 
ulcerar e invadir todas as camadas do órgão. 
Histologicamente, as regiões adjacentes ao tumor 
podem apresentar as características de esôfago de 
Barret. O tumor é formado por glândulas atípicas 
produtoras de muco, geralmente com morfologia 
semelhante ao tipo intestinal. Menos frequentemente os 
tumores são compostos por células em anel de sinete, 
infiltrante e difusas, ou células pequenas pouco 
diferenciadas. 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
 
 
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Geralmente ocorre no terço médio do esôfago, 
aparecendo como espessamentos pequenos 
acinzentados. Ao longo dos anos por ulcerar (lesões de 
bordas elevadas), hemorragia e raramente perfuração, 
anular (crescimento infiltrativo em anel), pode se tornar 
vegetante (cresce para a luz do órgão) e pode 
apresentar infiltrado difuso. os casos 
avançados, o crescimento infiltrativo confere 
enrijecimento, espessamento, estreitamento da luz 
e invasão para estruturas circundantes. 
Histologicamente, o aspecto do tumor é de células 
escomosas ou carcinoma epidermoide (com 
queratinização), geralmente bem ou moderadamente 
diferenciado. Se inicia como uma lesão in situ chamada 
de displasia escamosa ou carcinoma in situ. 
 
 
 
á – Os primeiros sintomas 
são similares aos da gastrite crônica e doença ulcerosa. 
Esses tumores são descobertos em estágios avançados 
quando sintomas como perda de peso, anorexia, 
plenitude gástrica, anemia e hemorragia, incitam 
avaliações diagnósticas adicionais. Infecção por 
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• Tipo Intestinal – Crescem formando amplas massas 
coesivas, que constituem massas exofíticas quanto 
um tumor ulcerado. Apresenta escassa secreção 
de muco. Correspondem macroscopicamente aos 
tipos I, II e III de Borrmann. 
 
Histologicamente as células se organizam em 
estruturas glandulares que podem conter vacúolos 
apicais de mucina. As estruturas glandulares podem 
apresentar células neoplásicas com diferenciação 
predominantemente intestinal, glandular ou 
concomitante. Está associado à gastrite crônica 
atrófica multifocal e metaplasia intestinal 
 
• Tipo Difuso – Se infiltra difusamente na parede do 
estômago, frequentemente evocando uma reação 
desmoplásica (crescimento de tecido conjuntivo 
fibroso) que endurece a parede gástrica. Quando 
existem áreas de infiltração o achatamento difuso 
das pregas e a parede espessada e rígida podem 
originar uma aparência de cantil de couro de linite 
plástica. Corresponde macroscopicamente aos tipos 
III e IV de Borrmann. 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
Histologicamente é composto por células 
despolarizadas, pouco coesas, que crescem 
isoladamente ou formam pequenos cordões que 
permeiam a mucosa da parede do estômago. As 
células armazenam mucina no citoplasma e 
adquirem o aspecto de célula em anel de sinete, 
em que o núcleo é deslocado para a periferia em 
virtude do acumulo intracelular de muco. 
 
 
 
 
 
 
 
O câncer gástrico pode ser classificado baseando-se 
em seus aspectos macroscópicos, classificação de 
Borrmann e classificação do câncer gástrico precoce, e 
nos seus aspectos microscópicos, classificação de 
Lauren. A classificação morfológica de Borrmann é 
empregada para o câncer gástrico avançado, dividindo-
o em quatro tipos 
 
 
 
Carla Bertelli – 4° Período 
ó a lesão é exofítica, papilar ou 
vegetante, circunscrita, solitária e sem ulceração. A 
localização mais comum é no fundo gástrico ou 
curvatura maior, possuindo tamanho variável. É a 
apresentação de melhor prognóstico e menos 
freqüente. 
 apresenta bordas elevadas, irregulares 
e contornos bem definidos. Seu fundo, devido a 
presença de material necrosado e coágulos sangüíneos, 
tem cor cinzenta e pode apresentar ilhas de mucosa. 
São pouco infiltrantes, de crescimento lento e 
metástase tardia. Geralmente medem mais de três 
centímetrosde diâmetro. É a forma mais freqüente. 
 lesão ulcerada de bordas 
elevadas, porém menos proeminente que no tipo II, e 
com disseminação difusa parcial. Freqüentemente se 
localiza no antro e curvatura menor. 
 são tumores de grande crescimento pela 
submucosa e serosa. Quando infiltrar extensamente a 
parede gástrica, sem se concentrar em um local, 
tornando rígidas as paredes do estômago, é 
denominado linitis plástica. Esta é a forma mais maligna. 
 
Tudo se inicia com uma metaplasia (alteração reversível 
na qual um tipo celular diferenciado (epitelial ou 
mesenquimal), é substituído por outro tipo celular de 
mesma linhagem). Que pode progredir para uma 
displasia (irreversível) que pode evoluir para uma 
neoplasia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adenocarcinoma de Esôfago 
 
 
Adenocarcinoma Gástrico