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AULA 01 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E INTRODUÇÃO DO CONTEÚDO
1. Observações iniciais:
· Metodologia: Cada assunto tem um slide a ser seguido + exemplos; 
· Bibliografia: Textos disponibilizados no Ágata (preferencialmente) ou livros: 
· DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador: Juspodium, v.1. (linguagem mais complexa); 
· SCARPINELLA, Bueno Cassio. Curso sistematizado de Direito Processual Civil volume 1 (linguagem mais simples);
· Importante ter uma base consolidada a partir de IED Processual; 
· Avaliações: 28/09 e 30/11 (discursivas, com três questões e sem consulta); 
· As respostas das avaliações devem ser objetivas;
· Baremas detalhistas (tudo o que poderia ser dito naquela questão); 
· 1ª parte do semestre: mais abstrata em comparação à 2ª parte do semestre
· A AV1 é mais teórica em comparação à AV2 (mais prática); 
· Em relação à segunda chamada da AV2, o assunto é cumulativo, isto é, do semestre inteiro; 
· No final de cada assunto, terão textos sobre o assunto que devem ser lidos, contemplando uma diversidade de autores; 
· Em virtude dos feriados em dias de quarta, provavelmente serão necessárias aulas de reposição (sexta de tarde e/ou sábado de manhã); 
· Uma questão de avaliação será sobre os princípios do Direito Processual; 
2. Conceitos básicos:
· Necessidade: Trata-se da falta de algo, bem como uma situação de carência. Representa a quebra do equilíbrio humano, requerendo, portanto, de alguma coisa. Em síntese, necessidade se traduz como a situação de carência. Os homens apresentam diversas necessidades. Nós precisamos de diversos elementos, seja para a nossa sobrevivência, seja para o nosso aperfeiçoamento. Esses elementos são chamados de bens. 
· Bens: São elementos capazes de satisfazer as nossas necessidades. Os bens podem ser materiais ou imateriais, sendo todos capazes de atender às nossas necessidades. 
· Utilidade: Trata-se da capacidade do bem de atender às nossas necessidades. Para se auferir a utilidade de um bem é necessário um juízo valorativo sobre tal. A partir daí, chega-se à conclusão de se um bem é útil ou não. Caso o bem seja útil, emerge a ideia de interesse;
· Interesse: Vínculo que une o homem a um determinado bem. Além disso, interesse pode ser compreendido como a posição favorável à satisfação de uma necessidade. 
· Interesse imediato x Interesse mediato: O interesse é dito imediato quando um bem é capaz de satisfazer imediatamente determinada necessidade (ex: a ingestão de água através de um copo). Por outro lado, tem-se um interesse mediato, quando um bem satisfaz indiretamente determinada necessidade (ex: dez reais para comprar uma garrafa d’água para matar a sede); 
· Interesse individual x Interesse coletivo: O interesse é dito individual quando satisfaz a necessidade de uma única pessoa (uma pessoa de forma isolada) – ex: um copo d’água é capaz de matar a sede de Diana. Por outro lado, tem-se um interesse coletivo quando um bem é capaz de atender as necessidades de um grupo – ex: a construção de uma barragem ou de um sistema de irrigação gera um interesse coletivo (população local). Durante muito tempo, a Teoria do Processo foi voltada para o interesse individual (Thiago vs Bruno, por exemplo); entretanto, atualmente, se fala bastante em processo coletivo, o qual apresenta peculiaridades em comparação com o processo individual. 
 
· Nessa conjuntura, é comum que ocorram conflitos de interesses. O conflito de interesses se subdivide em: 
· Subjetivo: Ocorre quando um homem apresenta diversos interesses – ex: ter dinheiro para comprar um único par de sapato, mas gostar de muitos da loja;
· Intersubjetivo: Aqui há um conflito de interesses entre duas ou mais pessoas, o qual recebe maior atenção do nosso ordenamento jurídico;
· Pretensão: É a exigência de subordinação do interesse do outro ao seu interesse. Se há um ato favorável à pretensão, há uma situação pacífica. Por outro lado, pode-se ter maiores complicações caso haja uma conduta contrária à pretensão.
· Resistência: Também conhecido como insatisfação, trata-se de uma conduta contrária à pretensão. 
· LIDE: Conflito de interesse intersubjetivo qualificado por uma pretensão jurídica resistida ou insatisfeita deduzida em juízo. Trata-se, em suma, de um conflito de interesses relevante para o Direito, o qual é levado a juízo tendo, de um lado, uma pretensão; e do outro, uma resistência ou insatisfação. 
· Uma pretensão é dita resistida quando é discutida a titularidade do bem. 
· Tem-se casos em que a pretensão é insatisfeita, ou seja, o que se discute não é a titularidade de um bem (a qual é certa), mas a fruição desse bem. Ex: Ermínia pegou R$ 100.000,00 (cem mil reais) emprestado e no dia 05/08 iria pagar Diana, mas acabou não pagando. Ermínia diz que vai pagar, mas não tem condições até o final do ano. A pretensão aqui não foi resistida, mas insatisfeita. 
A LIDE precisa ser solucionada, composta. 
3. Composição da LIDE (forma mais comum): 
· Jurisdição: 
Forma estatal e mais comum de resolver o conflito (pensamento majoritário). A doutrina se divide acerca da seguinte questão: “para haver jurisdição, é necessário conflito?”, já que algumas questões levadas ao judiciário não são conflituosas (como um divórcio entre A e B com concordância de ambas as partes). Daí, alguns doutrinadores (parte minoritária) defendem que a jurisdição é a forma de resolver problemas, os quais podem ser conflituosos ou não. 
A jurisdição, em regra, é inerte, ou seja, não começa sozinha. A jurisdição precisa de um “pontapé” inicial: a ação. 
· Ação: 
A ação corresponde ao poder apto a provocar a jurisdição.
· Processo: 
Meio ou instrumento pelo qual o direito de ação e a jurisdição se exercem. Este trata-se do objeto de estudo do Direito Processual. 
A jurisdição, a ação e o processo compõem o que chamamos de Trilogia Processual.
4. Direito Material x Direito Processual 
O Direito Material estipula as regras de conduta (do dever-ser). Se esse direito é cumprido de forma voluntária por todos, não há necessidade de processo. Às vezes acontecem ameaça ou violação ao direito material, necessitando da atuação do Direito Processual. 
Supondo que A, inquilino de B, não cumpre com a obrigação de pagar o aluguel. Neste caso, B pretende cobrar a quantia de A. B exerce o seu direito de ação e procura o Poder Judiciário para que este reconheça a cobrança e “obrigue” A a quitar a dívida. Esse fenômeno é instrumentalizado através de um processo. Esse processo precisa ser normatizado, ou seja, devem existir normas que regulem como o processo deve ocorrer (competência, prazo, realização de provas, requisitos da sentença, recursos cabíveis da sentença...). 
· Sujeitos do conflito x Sujeitos do processo: Em geral, estes coincidem. Entretanto, caso o MP, por exemplo, interfira em uma causa envolvendo dois sujeitos, constata-se que os sujeitos do conflito (A e B) não se confundem com os sujeitos do processo (MP e B). 
· Instrumentalidade do processo: O Direito Processual serve de instrumento para a concretização do Direito Material, daí a razão para se falar em instrumentalidade do processo. O processo é o meio de instrumentalização do direito material. 
OBS: Ser instrumental não significa ser menor/secundário. Não há uma relação de hierarquia entre o Direito Material e o Direito Processual, mas uma relação circular.