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POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE METAPLASIA: Definição: mecanismo de adaptação celular no qual células são substituídas por outras mais resistentes em condição de estresse, gerando um tecido metaplásico distinto que é mais resistente a condições de estresse e lesões. Apesar de ser uma adaptação celular essencial, há um comprometimento funcional reduzindo a produção de muco e ação ciliar que fazem com que partículas nocivas entrem com mais facilidade no trato respiratório podendo originar patologias. Causas de surgimento de metaplasias: • Agentes físicos: traumas; • Agentes químicos: drogas; • Agentes biológicos: patógenos. O tipo mais comum de metaplasia pulmonar é a metaplasia escamosa, que ocorre quando as células epiteliais passam por perturbações que culminam em irritações crônicas. Ela é considerada uma das etapas pré-neoplasia pulmonar no processo de carcinogênese. Nesse processo, há troca do tecido epitelial normal por tecido epitelial escamoso, com comprometimento das células ciliares e produtoras de muco (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) E DOENÇA PULMONAR RESTRITIVA (DPR): DPOC: Estado patológico em que as vias respiratórias são obstruídas. Nesse espectro de doenças, as principais são bronquite crônica e enfisema. O desenvolvimento de DPOC é, geralmente, por tabagismo e exposição contínua a fumaça e compostos nocivos. A obstrução das vias respiratórias reduz o aporte de oxigênio, desencadeando a ativação de vias inflamatórias nos sistemas corporais. Entre os sintomas principais podemos citar a tosse produtiva (com catarro, pigarro) ou seca e a dispneia (falta de ar, fadiga) (WARD; WARD; LEACH, 2012; LIMA, 2016). Bronquites: inflamação dos brônquios que se dá devido ao comprometimento das células ciliadas que revestem o epitélio dos brônquios. A redução dos cílios resulta na dificuldade de remover o muco das vias respiratórias que acaba se acumulando e desencadeando uma resposta inflamatória e espasmos musculares que aumentam o nível de obstrução de ar, ou seja, “a resposta inflamatória faz com que os brônquios e o tecido pulmonar se contraiam, provocando falhas na passagem de ar e um quadro de tosse.” A bronquite pode ser crônica ou aguda. No caso, as DPOCs estão relacionadas à bronquite crônica, sendo que a causa principal é o tabagismo; ao passo que as principais causas da bronquite aguda são as infecções, mas também podem ser desencadeadas por agentes químicos irritantes (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). Enfisemas: ocorrem em consequência do acometimento funcional de alvéolos, alterando a hematose. Esse comprometimento é resultado de agressões à estrutura alveolar, que culminam na destruição dos tecidos capilarizados, tornando os alvéolos cheios de ar. Há então, uma falha nas trocas gasosas entre sangue e oxigênio pela destruição dos vasos, alterando a hematose (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010) Enfisemas = resultado de uma destruição irreversível das paredes alveolares e seus capilares. “Os bronquíolos são ligados às paredes dos alvéolos, que os mantêm abertos. Nos enfisemas, há um colapso durante a expiração, gerando uma obstrução POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE de ar devido ao fechamento dos bronquíolos. Essa obstrução, em todos os quadros patológicos de DPOC, prejudicam as trocas gasosas necessárias, gerando, em longo prazo, aumento de CO2 na corrente sanguínea em detrimento de O2.” DPR: Causam diminuição da complacência pulmonar por conta da redução da mecânica ventilatória. Elas são divididas em grupos fisiopatológicos: Doenças do parênquima pulmonar: caracterizada pela alteração do tecido pulmonar e dos espaços aéreos. Doenças extrapulmonares: caracterizadas por envolverem a pleura, os músculos respiratórios e a parede torácica (estruturas que participam da mecânica ventilatória) A semiologia de DPR é semelhante à DPOC, incluindo dispneia e tosse. Um exemplo de quadro patológico do tipo DPR é a fibrose pulmonar. Nesta, há extensa cicatrização do tecido pulmonar devido aos processos inflamatórios de danos aos alvéolos. Esse processo de cicatrização aumenta a espessura dos sacos alveolares, dificultando a passagem de ar e restringindo o mecanismo ventilatório adequado (WARD; WARD; LEACH, 2012). DPRs = redução do volume pulmonar DPOCs = bloqueio da passagem de ar PNEUMONIA: Caracterizada pela inflamação dos pulmões e apresenta etiologia diversa, mas, de um modo geral, é um processo inflamatório do parênquima pulmonar resultante de processos infecciosos. Kumar, Fausto e Abbas (2010) mencionam que a infecção ocorre pela entrada de agentes infecciosos — como bactérias, vírus e fungos — nos alvéolos, no espaço entre eles (interstício) e nos brônquios. A instalação do processo infeccioso leva ao desenvolvimento de biofilme e crescimento microbiano nos alvéolos e brônquios, comprometendo as trocas gasosas e, consequentemente, a fisiologia respiratória. O estado patológico da pneumonia é associado à resposta inflamatória frente ao patógeno, incluindo a ativação de células inflamatórias, secreção de proteases e ativação de morte celular. Quando há desequilíbrio no processo de resposta inflamatória, pode ocorrer danos no parênquima pulmonar e consequente extrapolação do conteúdo para a corrente sanguínea, levando a um quadro de infecção sistêmica (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010; LEVITZKY; 2016). POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE Diagnóstico feito através de radiografias pulmonares e identificação de manchas características. Tratamento: antibióticos. As pneumonias podem ser: Pneumonia adquirida na comunidade (PAC): É uma inflamação pulmonar de origem infecciosa, adquirida fora do ambiente hospitalar. Tem como principal agente etiológico as bactérias Streptococcus pneumoniae (pneumococos), embora outros gêneros e espécies também tenham importância, como Haemophilus influenzae, Chlamydophila pneumoniae e Mycoplasma pneumoniae. A semiologia é diversa, dependendo do nível de acometimento, incluindo tosse produtiva, fadiga, desconforto respiratório e, em casos mais graves, sepse, além de sintomas sistêmicos, como calafrio, confusão mental e febre (LEVITZKY; 2016). Pneumonia hospitalar: É o processo infeccioso resultante de patógenos de origem hospitalar, sendo uma das patologias mais frequentes em Unidade de Terapia Intensiva. Um agravante são as bactérias resistentes, comumente encontradas nesses ambientes. O uso de ventilação externa mecânica é um dos fatores que aumenta a probabilidade de desenvolvimento de pneumonia no ambiente hospitalar devido à característica invasiva do procedimento de intubação (LEVITZKY, 2016). Entre os agentes causais mais comuns se destacam organismos gram-negativos e Staphylococcus aureus. A semiologia é semelhante à PAC, com tosse, dispneia, febre e calafrios. TUBERCULOSE: Doença infeciosa e contagiosa Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) caracterizado pela indução de necrose caseosa nos granulomas Sintomas principais: • Tosse crônica; • Febre; • Suores noturnos; • Dor muscular; • Expectoração com presença de sangue; • Dificuldade respiratória; • Aumento da secreção pleuropulmonar. O processo infeccioso ocorre pela penetração dos patógenos nos alvéolos pulmonares, podendo se alastrar para os demais sistemas a partir dos nódulos linfáticos e da corrente sanguínea, seguida de resposta inflamatória mediada por neutrófilos e macrófagos (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). O bacilo da tuberculose, todavia, é composto por um revestimento seroso e sobrevive ao processo de fagocitose. A resposta imunológica frente ao patógeno caracteriza a doença por conta da formaçãode granulomas, nódulos cujo interior carrega as bactérias causadoras do estado patológico, inativando-as. Esses granulomas são chamados de “tubérculos”, com referência ao nome da doença (KUMAR; FAUSTO; ABBAS, 2010). A tuberculose pode se apresentar em três estágios: Infecção primária: início do processo marcado pela entrada do patógeno no organismo e chegando no pulmão. A primeira ação do sistema imune acontece (fagocitose pelos macrófagos). “Pode haver resistência do patógeno e uma consequente infecção dos macrófagos, que podem chegar a morrer. O transporte dos macrófagos infectados expande a infecção nas partes do organismo, mas, em alguns casos, é possível que a infecção seja controlada nessa etapa, não chegando a se agravar.” Infecção latente: o sistema imune é capaz de reprimir a replicação dos bacilos pela formação dos granulomas do epitélio. Infecção ativa: “reaparecimento da infecção após um período de tempo por conta da supressão do sistema imune e liberação dos patógenos anteriormente amenizados.” POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE
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