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SUINOCULTURA - É uma atividade pecuária bem consolidada no Brasil - Possui o mercado interno em crescimento, além de possuir tecnologia de ponta em: Genética, nutrição, sanidade, manejo, instalações e equipamentos RENTABILIDADE - 70% do custo de produção é alimentação, portanto, o custo de produção varia muito com os preços das safras de grãos - O preço de venda do kg do suíno é determinado por questões internas, como a renda da população e a concorrência com outras carnes, e por questões externas, como a eventual redução das exportações - Atividade se beneficiava muito com mão de obra barata se comparada a outros países - A automação é cada vez maior, havendo ampliação das unidades de produção e adaptação às exigências do mercado consumidor (segurança alimentar, uso de antimicrobianos, proteção ambiental, BEA) MERCADO E CADEIA PRODUTIVA Principais operações técnicas na suinocultura - Genética de reprodutores e matrizes - Preparação de marrãs e primeira prenhes - Fabricação e transporte de ração - Criação de matrizes e produção de leitões (UPL) - Terminação de cevados (UT) - Abate e processamento - Embalagem e rotulagem - Distribuição para o mercado interno - Varejo Exportação OBJETIVOS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS - Produzir com o menor custo - Melhores índices de conversão alimentar - Maiores índices de produtividade animal - Redução das perdas com mortalidade - Garantia de maiores desfrutes TIPOS DE PRODUÇÃO Produção de ciclo completo - Tem como objetivo a comercialização de suínos terminados - Todas as fazes são desenvolvidas pelo produtor, desde a pré�gestação até o acabamento final - É mais comum em produções de pequeno e médio porte, sendo um tipo de produção pouco recomendado por ter pouca garantia Unidade produtora de leitões (UPL) - O produto comercializado é o leitão, podendo ser desmamados ou crechados UPL de leitões desmamados: são comercializados ao saírem da maternidade com cerca de 24 dias e 7Kg UPL de leitões crechados: abriga animais oriundos de UPL de leitões desmamados até cerca de 23Kg Produção de terminados - Os animais produzidos destinam-se ao abate com cerca de 68 dias e peso de 115 a 130Kg - Se os leitões forem provenientes de UPLs desmamados, essa granja precisará ter instalações de creche além das de terminação - Há também o sistema “wean to finish” que consiste na eliminação da creche, ou seja, após o desmame os animais permanecem em uma única instalação até o abate, melhorando assim o desempenho produtivo e diminuindo custos, movimentação e transferência de animais e barreiras sanitárias Produção de reprodutores - É realizada por grandes empresas multinacionais e nacionais, as quais focam em suínos com alta conversão alimentar, alto ganho diário e qualidade de carne superior - Esse sistema de produção exige maior controle sanitário, melhores instalações e manejo mais específico - As empresas responsáveis por essa produção devem estar filiadas à associação brasileira de criadores de suínos (ABCS) e na associação estadual e devem se submeter a avaliações de inspetores credenciados (comprimento das normas do pig book brasileiro (PBB) SISTEMAS DE PRODUÇÃO Independente - O produtor é responsável pela criação e comercialização para o abate e processamento - Geralmente são produtores que tem produção de grãos e esperam diversificar sua área da atuação - Normalmente essas produções independentes vão desde a preparação de marrãs e primeira prenhes até a terminação de cevados. Raramente são apenas a terminação - Todo o funcionamento da empresa como decisões técnicas, investimentos, mão de obra e entre outros fica na responsabilidade de uma única pessoa, dessa maneira se houver prejuízo será todo de uma pessoa, porém se houver lucro não precisará dividir com ninguém Cooperativa - É uma aliança entre suinocultores independentes - Nesse sistema há a aquisição conjunta de insumos, redução nos custos de produção e maior barganha na comercialização Integração - O produtor se insere em uma cadeia produtiva vinculada a uma agroindústria de abate e processamento - No sistema integrado a empresa fica responsável pela propriedade de matrizes e reprodutores, ração, aquisição de insumos e se responsabiliza pelo abate e comercialização da carne suína - O criador por sua vez fica responsável pelas instalações, equipamentos, energia, água, manutenção, tratamento de dejetos e mão de obra. FORMAS DE MANEJO Sistema confinado ou intensivo confinado Confinado com alta tecnologia - Possui alta concentração de animais com sítios múltiplos especializados - Os animais detém de uma genética especializada, com alta qualidade de nutrição, manejo e nível sanitário - As criações são de alta produtividade, porém demanda muito custo Tradicional - Também possui alta concentração de animais, porém em prédios menos especializados, ou seja, sem creche e gestação coletiva - A genética dos animais é bem variável, assim como seu manejo e nutrição - Possuem nível sanitário adequado - Tanto a produtividade quanto os custos são bem variáveis Semiconfinado tradicional - Assemelha-se ao confinamento tradicional - Fêmeas vazias e gestantes, machos reprodutores têm acesso aos piquetes - Porcas em lactação e animais em crescimento e terminação ficam confinados (sem creche, gestação coletiva) - Em geral apresentam nível médio a baixo de tecnologia e produtividade Confinado sobre cama (deep bedding) - O piquete de creche, crescimento e terminação é conduzido em galpão semelhante ao de frangos de corte, assim confere menor custo fixo - Há menor impacto ambiental, pelo fato dos dejetos serem absorvidos pela cama - Há melhor bem-estar e melhor carne, devido o sistema de confinamento utilizado; - Há maior gasto energético, o que piora a conversão alimentar, porém o ganho de peso é semelhante aos sistemas anteriores citados Sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (siscal) - Neste sistema há o ciclo completo, todas as fases em piquetes ao ar livre, assim há um custo mínimo com as instalações - Neste sistema é inevitável o uso de cercas elétricas e abrigos móveis - Deve ter rotação de piquetes e de abrigos da maternidade - Sistemas mistos de creche, crescimento e terminação na forma confinada Sistema extensivo Subsistência - Consiste em grandes extensões com baixa lotação, onde utiliza-se raças rústicas tipo banha de pequeno porte - Os animais ficam permanentemente soltos, sem divisão de fases e sem controle de reprodução - Utilizam-se os recursos locais, ou seja, restos de culturas, pastagem nativa e suplementos sazonais - A ineficiência desse sistema é o baixo nível sanitário Montanheira - Utiliza raças rústicas do tipo ibéricas, onde a reprodução é semelhante ao SISCAL - A engorda fica por conta da utilização de materiais encontrados nestas regiões como bolota de carvalho, castanha e pinhão, ou, por meio de pastagem suplementada com ração - O Controle sanitário é considerado normal.
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