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Operação Urbana Consorciada Água EspraiadA FINAL

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UNIVERSIDADE PAULISTA- SANTOS RANGEL 
 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
AGNES MARQUES ROGÉRIO RA: C571CG-2 
EDVANIA CABRAL DE ANDRADE RA: C448IJ-4 
JOYCE APARECIDA DA SILVA MARTELLO RAC48BFA-0 
MARTA BORBA FFERREIRA DA SILVA RA: C5789F-6 
RAFAEL CARRODEGUAS MARTINS RA: C44338-7 
SONIA RENATA MATIS RA: 43035-6 
 
 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 
 
TEORIA DA HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO 
PROFESSORA Silvia Faria 
 
 
 
 
 
 
 
SANTOS 
Novembro de 2015 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 2 
 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3 
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA ESPRAIADA ........................................... 5 
A SABER ................................................................................................................................... 7 
BAIRROS AFETADOS ............................................................................................................. 9 
Itaim Bibi ........................................................................................................................ 9 
INÍCIO DA URBANIZAÇÃO DA REGIÃO DE PINHEIROS ................................................ 9 
Infraestrutura ................................................................................................................... 9 
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO ............................................................................................. 10 
POPULAÇÃO BENEFICIADA .............................................................................................. 10 
DESCRICAO DAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS ESPACIAIS ................................. 11 
EVOLUÇÃO DO PROJETO ................................................................................................... 14 
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 15 
REFERENCIAS BIBLOGRÁFICAS ...................................................................................... 16 
 
 
 
 
 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 3 
 
INTRODUÇÃO 
 
As Operações Urbanas Consorciadas foram regulamentadas a partir da promulgação Da 
Lei Federal 10.527, de 10 de julho de 2.001, denominada de Estatuto da Cidade, que foi 
desenvolvida no intuito de se estabelecer diretrizes gerais da política urbana em todo território 
nacional. Conforme artigo 32 do Estatuto da Cidade, a definição de Operação Urbana 
Consorciada é a seguinte: Considera-se operação urbana consorciada o conjunto de 
intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a participação dos 
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de 
alcançar em uma área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização 
ambiental. 
Para se atingir este objetivo, o desenvolvimento de uma Operação Urbana Consorciada 
é realizado através de uma Parceria Público Privada. O Poder Público Municipal é responsável 
pela implantação do conjunto de intervenções e medidas previstas quando da formatação de sua 
legislação. Os recursos necessários para a execução destas intervenções serão arrecadados 
através da oferta ao setor privado de benefícios urbanísticos aplicáveis somente dentro do 
perímetro estabelecido pela Operação Urbana Consorciada. Estes benefícios urbanísticos 
podem incluir quaisquer índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo, tais 
como: aumento das taxas de ocupação e gabaritos máximos, diminuição de recuos obrigatórios, 
modificações para usos não permitidos, entretanto, a ideia central é a adoção da política do 
“Solo Criado”. 
 De maneira resumida, o desenvolvimento de uma operação urbana consorciada se dá 
da seguinte forma: a municipalidade concede benefícios urbanísticos em troca de uma 
contrapartida financeira paga pelos empreendedores que servirá para compor equação de fundos 
para a implantação das obras de infraestrutura previstas naquele perímetro, que promoverá 
facilidades de acessos e consequentemente requalificação dos atributos de localização e 
possível valorização do solo. 
De acordo com SAVELLI (2003), tem-se uma definição do desenvolvimento de uma 
operação urbana: 
As Operações Urbanas, na comparação com as condições básicas de zoneamento, 
apresentam a prerrogativa de permitir mais proveito direto aos empreendedores com a utilização 
do Potencial Adicional de Construção e benefícios indiretos aos empreendedores e à população 
em geral, pela acessibilidade consequente da infraestrutura executada com os recursos 
provenientes da outorga onerosa. O bom aproveitamento do espaço aéreo pelo projeto 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 4 
 
arquitetônico, compensando o empreendedor pelo custo da outorga onerosa do Potencial 
Construtivo, é fundamental para a realização de um imóvel com custo final compatível, em 
mercado de competição exacerbada. 
 Este modelo de Parceria Público Privada vem sendo comumente utilizado nos últimos 
anos no Brasil, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. 
Para a formatação de uma nova operação urbana consorciada, esta deve estar prevista 
quando da elaboração do Plano Diretor do município, segundo prescrição do Estatuto da 
Cidade. O Plano de Novas Operações Urbanas, constante em lei especifica, deverá constar no 
mínimo os seguintes itens: - Definição da área a ser atingida - Programa básico de ocupação da 
área - Programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada - 
Finalidades da operação - Estudo prévio de impacto de vizinhança - Contrapartida exigida em 
função da utilização dos benefícios urbanísticos - Forma de controle da operação, com 
obrigação de compartilhamento com órgão de representação da sociedade civil. 
 A lei específica que rege uma operação urbana consorciada poderá prever os benefícios 
urbanísticos (tais como coeficiente de aproveitamento máximo, elevação de gabarito, mudança 
de uso do solo, entre outros) e regularização de construções, reformas ou ampliações que 
estiverem em desacordo com a legislação vigente. 
Atualmente em São Paulo há quatro operações urbanas em vigor: 
Agua Branca, Centro, Faria Lima e Agua Espraiada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operações urbanas em vigor 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 5 
 
OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA ÁGUA ESPRAIADA 
 
Operação Urbana Consorciada – É um conjunto de intervenções e medidas coordenadas 
pelo Poder Público municipal, com a participação dos proprietários, moradores, usuários 
permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma área transformações 
urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental. 
A Operação Urbana Consorciada Água Espraiada (Lei nº 13.260/2001 e Lei 
15.416/2011) foi a primeira aprovada após o Estatuto da Cidade e já nasceu como 
“Consorciada” podendo utilizar plenamente os dispositivos da lei federal. Tem como diretriz 
principal a revitalização da região de sua abrangência com intervenções que incluem sistema 
viário, transporte coletivo, habitação social e criação de espaços públicos de lazer e esportes. 
Os recursos foram destinados a construção da Ponte Otávio Frias Filho (Ponte 
Espraiada); empreendimentos habitacionais destinados à população moradora do Jd. Edith e 
demais assentamentos irregulares ao longo do Córrego Água Espraiada que foram ou serão 
atingidos pelas obras prevista na Lei; projetos e obras relativos às vias locais do Brooklin, 
prolongamento da Av. Jornalista Roberto Marinho até a Rodovia dos Imigrantes (Túnel e Via 
Parque - vias de acesso local aos bairros da região e um grande parque linear com 
aproximadamente 612 mil m²); Parque Chuvisco e prolongamento da Avenida Chucri Zaidan 
que se estenderá até a Avenida João Dias. Em atendimento à Licença Ambiental Prévia da 
Operação Urbana Consorciada Água Espraiada,foi incorporada a construção de uma ponte 
entre as pontes do Morumbi e João Dias; e, por fim, transporte coletivo (incluindo Metrô). 
Os recursos para financiar tais intervenções são oriundos da venda em leilões de 
Certificados de Potencial Adicional de Construção – os CEPAC, e também de investimentos 
do orçamento do município. 
A Operação Urbana Água Espraiada, que engloba uma série de obras de melhorias 
viárias, sociais e ambientais dando oportunidade aos moradores retornarem ao lugar que 
moravam, tendo a oportunidade de realizar um sonho especial de ter seu apartamento próprio, 
podendo pagar de acordo com suas condições financeiras. 
Esta é uma oportunidade única para estas pessoas darem a seus filhos e netos uma 
melhor qualidade de vida, estudos e um objetivo na vida de subir de classe social, 
proporcionado pelo Governo municipal, estadual e federal. 
Estes estudos se tornaram realidade num conjunto de conflitos de classes sociais em que 
numa quadra dos bairros do Brooklin, Campo Belo, Itaim, se vê favelas de barracos 
paupérrimos contra construções de altíssimo nível, mas está previsto em lei que numa Operação 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 6 
 
Urbana que modifica a paisagem urbana,10% dos investimentos tem a obrigatoriedade de 
Habitações Populares. 
Quanto a conflito de convivência com certos delinquentes que moram nestas favelas e 
que poderão receber apartamentos em igualdade a outros moradores de vida normal, o próprio 
tempo dirá e a maioria que virão morar nestes apartamentos terão que preservá-los, terem seu 
síndico, sua administração, pois estes conjuntos habitacionais terão no seu interior, creches, 
escolas, postos de saúde, estacionamentos e parques para a garotada e com certeza os maus 
elementos serão denunciados e não terão lugar nestes locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Operação urbana agua espraiada 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 7 
 
A SABER 
 
Habitações de Interesse Social- HIS: 
 Serão construídas oito mil unidades habitacionais, sendo seis mil de 
responsabilidade da Prefeitura e as outras duas mil a cargo da CDHU; 
 Sete mil unidades serão construídas em 66 áreas dentro do perímetro da operação 
urbana e mil unidades serão construídas pela CDHU nas proximidades. As desapropriações 
dessas áreas estão em andamento; 
 Parceria: entre CDHU, Secretaria de Habitação e SP Obras; 
 Status da obra: em andamento a construção de 428 unidades em três 
prédios. Para as demais unidades, aguardando projetos que estão sendo revistos para enquadrá-
los no padrão Minha Casa Minha Vida; 
 Desapropriações: em curso. Previsão de 242 imóveis desapropriados. Desses, a 
Prefeitura já tem a imissão na posse de 23 áreas correspondentes a 61 imóveis onde estão sendo 
construídas as unidades citadas acima. 
Parque do Chuvisco: 
 Revitalização do Parque do Chuvisco; 
 Instalação de novos equipamentos públicos em uma área de lazer com 35.000 
m² com quiosques, quadras de bocha e poliesportivas, playground aquático e convencional, 
equipamentos para a 3ª idade, pista de caminhada, áreas para escalada e pomar, entre outros; 
 Status da obra: Projeto em desenvolvimento/readequação; 
 Desapropriações: um imóvel a ser desapropriado. 
Prolongamento da Avenida Chucri Zaidan e construção de duas pontes sobre o rio 
Pinheiros: 
 Prolongamento da Av. Chucri Zaidan em 3.250 metros de extensão até a Av. 
João Dias, incluindo 2.600 metros de alargamento em nível e 880 metros de vias subterrâneas 
em túnel, com quatro faixas de rolamento em cada sentido; 
 Status da obra: aguardando a finalização dos processos de desapropriação; 
 Desapropriação: previsão de 264 imóveis que deverão ser desapropriados. 225 
processos expropriatórios já foram ajuizados. A Prefeitura tem a imissão de posse de 21 imóveis 
até o momento. 
 Ponte Laguna será construída na altura da Rua Laguna, de um dos lados da 
Marginal Pinheiros, com 365 metros de extensão, três faixas de rolamento em mão única, 
ciclovia e passarela para pedestres; 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 8 
 
 Status: obra iniciada. 
 Ponte Itapiúna ligará a Av. Dr. Chucri Zaidan à Rua Itapiúna, do outro lado da 
Marginal Pinheiros, terá 340 metros de extensão, com três faixas de rolamento em mão única; 
 Status: o Termo de Compromisso Ambiental, da Secretaria do Verde e Meio 
Ambiente, foi emitido em julho/2014. As obras devem começar em breve; 
 Prazo: 24 meses. 
Prolongamento da Avenida Roberto Marinho/Túnel: 
 Prolongamento da Av. Roberto Marinho da Av. Lino de Moraes Leme até a 
Rodovia dos Imigrantes (setor Brooklin / Jabaquara / Americanópolis); 
 Via expressa 750m, que vai da Av. Lino de Moraes até o emboque do túnel; 
 Trecho subterrâneo 2.350m; 
 Trecho de transposição 800m e conexão com a Rodovia dos Imigrantes; 
 Canalização do córrego Água Espraiada; 
 Status da obra: não iniciada/suspensa. Prazo de 24 meses após início das obras; 
 Desapropriações: Suspensas. 
Construção da Via Parque e Parque linear 
A Via Parque e o Parque linear serão implantados, de um lado, entre as ruas Pedro 
Bueno, Manuel Cheren e Av. Lino de Moraes Leme e de outro lado, na Rua 5 de Outubro e Rua 
Leno, paralelamente ao traçado do túnel. 
 Marginal direita do córrego com 3.800 m; 
 Marginal esquerda com 4.000 m; 
 Ciclovia; 
 Canalização do córrego em canal aberto no interior do parque e em galeria 
fechada entre piscinão e emboque do túnel; 
 Construção de centros sociais, quadras, viveiros etc.; 
 Implantação de paisagismo; 
 Recuperação do córrego Pinheirinho; 
 Status da obra: aguardando finalização de processos de desapropriação para 
iniciar as obras; 
 Desapropriação: Previsão de 896 que devem ser desapropriados. Desses, 356 
processos expropriatórios foram ajuizados e a Prefeitura tem a imissão de posse de12 imóveis. 
O custo total da OUAE é de R$ 3,4 bilhões. 
 
 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 9 
 
BAIRROS AFETADOS 
 
Itaim Bibi 
 
O distrito de Itaim Bibi surgiu na década de 20/30 e atendeu uma população de classe 
média. Em 1916, começou a aparecer os primeiros loteamentos do distrito, que eram vendidos 
para imigrantes ou pessoas de outros bairros, que escolhiam aquele lote por ser mais barato. 
Hoje esse distrito engloba ainda bairros modestos de classe média, que são: Chácara 
Itaim, Vila Olímpia, Vila Funchal, Brooklin Novo, Brooklin Paulista, Jardim Edith, Cidade 
Monções, Conjunto J K, Vila Cordeiro, Vila Gertrudes, Vila Uberabinha. 
 
INÍCIO DA URBANIZAÇÃO DA REGIÃO DE PINHEIROS 
 
Infraestrutura 
 
A região de pinheiros, no fim da década de 1930, começou a crescer, por causa dos 
centros de serviços públicos, e da inauguração do bonde e de iluminação pública. Por causa da 
canalização do rio Pinheiros em 1943, a região começou a ficar densamente edificada. 
Na década de 60, uma região que estava dando certo, começou a perder qualidade 
ambiental e pecar em simples padrões urbanos. Com o surgimento de um novo centro, o antigo 
começou um processo de degradação, o que gerou o aparecimento de novas centralidades. 
Com o rápido crescimento da região, o estado perdeu o controle da organização da 
região, e isso levou a invasão de áreas mananciais, e a perda de áreas verdes e é espaços 
públicos. Hoje, na periferia há uma grande aglomeração de sub- habitações, com infraestrutura 
precária. Com a implantação da operação será atendido cerda de 950 famílias moradores de 
favelas da região. 
 
 
 
 
 
 
 
Áreas de desapropriação 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 10 
 
LOCALIZAÇÃO DO PROJETO 
 
Operação Urbana Água Espraiadas (Lei 13.260/01 de 28 de dezebro de 2001) que liga 
a Avenida das Nações Unidas (Marginal Pinheiros) a rodovia dos Imigrantes abrange os bairros 
do Brooklin, Berrini, Marginal Pinheiros, Chucri Zaidan, Jabaquara, Santo Amaro e 
Americanópolis. Com fácil acesso, essa região tem boa infraestrutura de transportes, 
privilegiada pelas proximidadesdas rodovias e de terminais metrô-rodo-ferroviário, na cidade 
de São Paulo/SP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
POPULAÇÃO BENEFICIADA 
 
O Cades – Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – 
concedeu licença para as obras de reassentamento de 4 mil famílias. No total, serão cerca 8.400 
famílias beneficiadas pelas obras de urbanização e saneamento que fazem parte da Operação 
Urbana Água Espraiada. 
 
 
 
 
 
 
 
Área de abrangência dividida em setores 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 11 
 
DESCRICAO DAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS ESPACIAIS 
 
 Gabarito de altura, sistema viário, tipos de bairros, vegetação urbana, áreas de lazer, 
etc. 
§ 1º. O gabarito consiste na distância entre o nível do pavimento térreo da edificação 
e o nível do ponto mais alto de sua cobertura, excetuados muretas, peitoris, áticos, 
coroamentos e platibandas nos termos da Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 
(Código de Obras e Edificações – COE). 
§ 2º. O gabarito máximo de uma edificação localizada na área de abrangência do 
cone de aproximação do Aeroporto Internacional de Congonhas deverá obedecer às 
restrições fixadas pelo Ministério da da Aeronáutica. 
§ 3º. Os recuos mínimos das edificações cujos proprietários optarem por participar 
da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada serão aplicados a partir dos novos 
alinhamentos e das faixas doadas para alargamento das calçadas, exceto para os 
recuos especiais previstos pela Lei nº 9.334, de 13 de outubro de 1981, e para as 
faixas non-aedificandi junto a córregos, faixas de escoamento de águas pluviais, 
galerias, canalizações e linhas de transmissão de energia elétrica com alta tensão, 
cujos recuos especiais ficam mantidos. 
O Plano Urbanístico do Setor Chucri Zaidan da Operação Urbana Água Espraiada, 
regulada pela Lei nº 13.260 de 28 de dezembro de 2001, parcialmente alterada pela Lei nº 
15.416, de 22 de julho de 2011. O Plano Urbanístico está em conformidade com o programa de 
intervenções da Lei da Operação Urbana Água Espraiada e com o Alvará de Licença Ambiental 
Prévia – LAP nº 17/SVMA.G/2003. 
A lei que criou a operação urbana, bem como a sua licença ambiental prévia propõem 
obras estruturais para adequar a infraestrutura da região ao adensamento programado. Nesse 
sentido o Plano Urbanístico do setor Chucri Zaidan incorpora essas intervenções estruturais que 
englobam: a extensão da Av. Chucri Zaidan desde o Shopping Morumbi até a Av. João Dias 
com extensão aproximada de 3.400m e que servirá de suporte a um sistema de transporte 
coletivo e a construção de transposição sobre o rio Pinheiros entre as pontes do Morumbi e João 
Dias. No entanto, outras medidas, além daquelas de caráter estrutural e relacionadas ao 
desempenho viário, devem ser tomadas para proporcionar a qualificação urbanística e 
ambiental necessárias para que essa região desempenhe suas funções contemporâneas. 
Desta maneira, o Plano Urbanístico, pela sua menor área de abrangência e enfoque mais 
aprofundado tem condições de propor intervenções que considerem questões mais próximas do 
cotidiano dos moradores e usuários sem perder de vista a função e o posicionamento estratégico 
dessas localidades. 
São propostas a implantação de áreas verdes, áreas destinadas a equipamentos públicos 
e novas ligações viárias locais para facilitar a locomoção dos moradores e usuários da região, 
além de melhorias nos percursos de pedestres desde as estações da CPTM. 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 12 
 
Esse novo sistema de espaços públicos se conecta ao sistema estrutural previsto e o 
complementa. O plano trata ainda de melhorar a ambiência da Área de Proteção Permanente do 
rio Pinheiros. Nessa faixa da APP, propõem-se maior arborização, ampliação de passeios de 
pedestres e disciplinar as formas de acesso dos veículos aos empreendimentos. 
Os melhoramentos viários propostos para o Setor Chucri Zaidan são tratados no art. 28 
da lei 13.260/2001, alterados pela lei 15.416/11 que, em seu Parágrafo 2º, indica para o Distrito 
de Santo Amaro: 1. Prolongamento da Av. Chucri Zaidan até a Rua da Paz; 2. Alargamento da 
Rua José Guerra, entre as Ruas da Paz e Fernandes Moreira; 3. Alargamento das Ruas José 
Guerra e Prof. Manoelito de Ornelas, entre a Rua Fernandes Moreira e a Avenida Alfredo 
Egídio de Souza Aranha; 4. Alargamento da Rua Luís Seráfico Júnior desde a Praça 
Embaixador Ciro Freitas Vale até a Avenida Prof. Alceu Maynard Araújo; 5. Abertura de via 
entre a Av. Prof. Alceu Maynard Araújo e a Rua Ferreira do Alentejo; 6. Alargamento da Rua 
Laguna, desde a Rua Ferreira do Alentejo até a Av. João Dias; 7. Execução de via subterrânea 
em túnel sob a Rua José Guerra, no trecho entre as proximidades das ruas Antônio das Chagas 
e Dr. Aramis Ataide; 8. Execução de ponte entre as Pontes do Morumbi e João Dias, bem como 
sua ligação viária até o prolongamento da Avenida Chucri Zaidan. 
Além do prolongamento da Av. Chucri Zaidan, outros melhoramentos viários são 
propostos para o setor como: - alargamento e abertura de vias, garantindo a continuidade das 
vias coletoras e oferecendo um maior número de vias locais que facilitem a circulação de 
pedestres e veículos na área. Esses melhoramentos podem ser implantados por meio de 
parcerias com os futuros empreendimentos (doação de área de terreno) ou por meio de 
desapropriação. - Implantação da ponte Burle Marx entre as pontes Morumbi e João Dias. 
A Operação Urbana Consorciada Água Espraiada apresenta uma área de terreno total de 
13.010.000,00 m2. 
Em toda a área de abrangência da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, a 
partir de janeiro de 2.002 até dezembro de 2.012, foram lançados 92 (noventa e dois) novos 
empreendimentos imobiliários residenciais verticais, que totalizaram aproximadamente 1.495 
mil m2 de área privativa total lançada. Por outro lado, no centro expandido de São Paulo, 
durante o mesmo período, foi constatado o lançamento de 1.348 (mil, trezentos e quarenta e 
oito) novos empreendimentos residenciais, encerrando cerca de 12.550 mil m2 de área privativa 
total lançada. 
Na região compreendida pela Operação Urbana Consorciada Água Espraiada, em 2.002 
a densidade demográfica média era de 7.773,98 habitantes por km2, enquanto em 2.010 este 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 13 
 
número era de 8.900,05 habitantes por km2 , resultando em uma percentual de adensamento 
populacional de cerca de 14,5% nestes oito anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perímetro da operação 
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EVOLUÇÃO DO PROJETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PONTE LAGUNA ANTES E DEPOIS 
HABITAÇÕES ANTES DE DEPOIS 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 15 
 
CONCLUSÃO 
 
Referente ao andamento da Operação Urbana Água Espraiada, que engloba uma série 
de obras de melhorias viárias, sociais e ambientais pouco se fala sobre o assunto, desde que, em 
julho de 2013 o prefeito Fernando Haddad anunciou que não priorizaria a ligação viária, em 
túnel, entre a Avenida Jornalista Roberto Marinho e a Rodovia dos imigrantes. A ideia do 
prefeito é privilegiar a construção de moradias populares de modo a realocar a população que 
vivem em favelas da área, além de construir um parque linear ao longo do córrego. 
A canalização dos córregos Água Espraiada e Pinheirinho e a construção de duas pontes 
sobre o Rio Pinheiros estão previstas, assim como a revitalização do Parque do chuvisco e a 
interligação viária da avenida Pedro Bueno com a avenida Jornalista Roberto Marinho 
minimizando um problema enfrentado a anos pelos moradores dos bairros parque Jabaquara e 
Jardim Aeroporto. 
Todas as outras obras estão em andamento. 
Anseia-se que este projeto seja uma oportunidade única para a população darem a seus 
filhos e netos uma melhor qualidade de vida, estudos e um objetivo na vida de subir de classe 
social, porém são inúmerosos problemas enfrentados ao longo da obra que ainda não finalizou. 
Concluímos após análise das informações que nem tudo o que é planejado, projetado, 
se conclui, no decorrer das obras. Inúmeros problemas são encontrados e a população acaba 
sofrendo as consequências. Infelizmente! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 16 
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
MACKENZIE – Operação Urbana Agua Espraiada - Disponível em: 
<http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/2/TDE-2009-09-18T154527Z-
755/Publico/Alfredo%20Mario%20Savelli4.pdf> acesso em 10 de novembro de 2015. 
 
PREFEITURA DO ESTADO DE SÃO PAULO - Legislação municipal Nº 42898- Disponível 
em:<http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.a
sp?alt=22022003D%20428980000> acesso em 10 de novembro de 2015. 
 
PREFEITURA DO ESTADO DE SÃO PAULO- Operação Urbana Água Espraiada -Obras 
em andamento – Disponível 
em:<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/infraestrutura/sp_obras/operacoes_urb
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BLOG URBAN POLICY AND QUALITY OF LIFE- Operação Urbana Água Espraiada-
Desapropriação e Habitação Popular – Disponível 
em:<http://engvagnerlandi.com/2012/07/09/operacao-urbana-agua-espraiada-desapropriacao-
e-habitacao-popular/> acesso em 07 de novembro de 2015. 
 
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO USP- Quem ganha e quem perde com 
os grandes projetos urbanos? Avaliação de operação Urbana Consorciada Agua Espraiada em 
São Paulo- Disponível em:<http://www.fau.usp.br/pesquisa/napplac/trabalhos/enobre 
enobre_art10.pdf> acesso em 09 de novembro de 2015. 
 
PREFEITURA DO ESTADO DE SÃO PAULO -Obras na Av. Roberto Marinho recebem 
licença prévia do Cades- Disponível em:<http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias 
/infraestrutura/sp_obras/operacoes_urbanas/agua_espraiada/index.php?p=38594> acesso em 
10 de novembro de 2015. 
 
http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/2/TDE-2009-09-18T154527Z-755/Publico/Alfredo%20Mario%20Savelli4.pdf
http://tede.mackenzie.com.br/tde_arquivos/2/TDE-2009-09-18T154527Z-755/Publico/Alfredo%20Mario%20Savelli4.pdf
http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=22022003D%20428980000
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http://engvagnerlandi.com/2012/07/09/operacao-urbana-agua-espraiada-desapropriacao-e-habitacao-popular/
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http://www.fau.usp.br/pesquisa/napplac/trabalhos/enobre%20enobre_art10.pdf
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http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias%20/infraestrutura/sp_obras/operacoes_urbanas/agua_espraiada/index.php?p=38594
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OPERAÇÃO ÁGUA ESPRAIADA 17 
 
(IMAGENS) SINDICATO DA CONSTRUÇÃO- Operações urbanas no município de são 
Paulo. Histórico, resultados e perspectivas -Disponível em: 
<http://www.sindusconsp.com.br/downloads/eventos/2009/sem_legalizacao/emurb111109.pdf> 
acesso em 11 de novembro de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/eventos/2009/sem_legalizacao/emurb111109.pdf