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Anticoagulantes E Antiplaquetários

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1 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
Fármacos úteis no tratamento dos distúrbios da 
hemostasia. 
Trombose = formação de um coágulo dentro dos 
vasos sanguíneos. 
Trombose arterial: ocorre mais em vasos de tamanho 
médio tornados trombogênicos por aterosclerose; 
em geral consiste em um coágulo rico em plaquetas. 
Trombose venosa: iniciada pela estase sanguínea ou 
pela ativação imprópria da cascata de coagulação; em 
geral envolve um coágulo rico em fibrina. 
Distúrbios trombóticos: 
• IAM 
• TVP 
• EP 
• AVEi agudo 
Essas condições são tratadas com anticoagulantes e 
fibrinolíticos. 
Distúrbios de sangramento envolvendo falhas da 
hemostasia são menos comuns: 
• Hemofilia – tratada com transfusão de fator VIII 
recombinante 
• Deficiência de vitamina K – tratada com 
suplementação dessa vitamina. 
 
 
Trombo: coágulo que adere a uma parede vascular. 
Êmbolo: coágulo intravascular que flutua no sangue. 
 
RESPOSTA PLAQUETÁRIA À LESÃO 
VASCULAR: 
O trauma leva a interações entre plaquetas, células 
endoteliais e cascata de coagulação buscando a 
hemostasia ou a interrupção na perda de sangue por 
vasos sanguíneos danificados. 
Inicialmente ocorre vasoespasmo no vaso danificado 
para prevenir perda de sangue adicional. Depois há a 
formação de tampão de fibrina e plaquetas no local 
da punção. 
Criação de um trombo indesejado = coagulação 
normal, mas o estímulo disparador é uma condição 
patológica no sistema vascular, em vez de 
traumatismo físico externo. 
 
PLAQUETAS EM REPOUSO: 
Mediadores químicos: 
Plaquetas são sentinelas vasculares e monitoram a 
integridade do endotélio. 
Na ausência de lesão, as plaquetas em repouso 
circulam livremente, pois a sinalização química indica 
que o sistema vascular não está lesado. 
As células endoteliais intactas sintetizam 
prostaciclinas e óxido nítrico que atuam como 
inibidores da aglutinação das plaquetas. 
Prostaciclinas (prostaglandina I2): atuam ligando-se a 
receptores de membrana plaquetários acoplados à 
síntese de monofosfato cíclico de adenosina (AMPc) – 
níveis elevados de AMPc estão associados à 
diminuição no cálcio intracelular. Isso evita a 
aglutinação das plaquetas e a subsequente liberação 
de fatores de agregação plaquetária. 
 
Células endoteliais lesadas sintetizam menos 
prostaciclina resultando em níveis baixos de 
prostaciclina. Havendo menos prostaciclina para 
ligar receptores de plaquetas, menos AMPc 
intracelular é sintetizado, levando à aglutinação das 
plaquetas. 
 
Trombina, tromboxano e colágeno: 
A membrana da plaqueta contém receptores que 
podem fixar trombina, tromboxanos e colágeno 
exposto. 
No vaso intacto: níveis de trombina e tromboxano 
circulantes são baixos e o endotélio cobre o colágeno 
nas camadas subendoteliais. Os receptores das 
plaquetas estão desocupados e por isso não ocorre 
ativação/agregação de plaquetas. 
Quando ocupados, cada um dos receptores inicia 
uma série de reações que leva à liberação de grânulos 
intracelulares pelas plaquetas na circulação, 
estimulando a aglutinação das plaquetas. 
 
ADESÃO PLAQUETÁRIA: 
Quando o endotélio está lesado, as plaquetas aderem 
e cobrem o colágeno exposto do subendotélio. 
Isso inicia reações químicas resultando na ativação 
plaquetária. 
 
ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA: 
Os receptores das plaquetas são ativados pelo 
colágeno do tecido conectivo subjacente causando 
alterações morfológicas nas plaquetas e liberação 
de grânulos de plaquetas contendo mediadores 
químicos como: difosfato de adenosina (ADP), 
tromboxano A2, serotonina, fator de ativação 
plaquetária e trombina. 
Esses sinalizadores se ligam aos receptores das 
plaquetas em repouso circulantes vizinhas. As 
plaquetas previamente dormentes se tornam ativadas 
e iniciam a aglutinação. 
Essas ações são mediadas por vários sistemas 
mensageiros que, no final, resultam na elevação dos 
níveis de cálcio e na diminuição da concentração 
de AMPc dentro da plaqueta. 
 
AGLUTINAÇÃO DAS PLAQUETAS: 
 
2 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
O aumento do cálcio citosólico que acompanha a 
ativação decorre da liberação de estoques 
armazenados no interior da plaqueta. 
Isso leva: 
• À liberação de grânulos de plaquetas contendo 
mediadores, como ADP e serotonina, que ativam 
outras plaquetas 
• À ativação da síntese de tromboxano A2 
• À ativação dos receptores de glicoproteínas 
(GPs) IIb/IIIa que ligam fibrinogênio e regulam as 
interações plaquetas-plaquetas e a formação do 
trombo. 
 
O fibrinogênio, uma GP plasmática solúvel, liga-se 
simultaneamente aos receptores de GP IIb/IIIa de 
duas plaquetas vizinhas, resultando na ligação 
cruzada entre plaquetas e na sua aglutinação. Isso 
leva a uma avalanche de aglutinação plaquetária, pois 
cada plaqueta ativada pode recrutar outras plaquetas. 
 
 
FORMAÇÃO DO COÁGULO: 
A estimulação local da cascata de coagulação pelos 
fatores teciduais liberados dos tecidos lesados e 
pelos mediadores da superfície das plaquetas resulta 
na formação de trombina (fator IIA). 
A trombina catalisa a hidrólise do fibrinogênio em 
fibrina, que é incorporada no coágulo. 
Ligações cruzadas subsequentes das tiras de fibrina 
estabilizam o coágulo e formam um tampão fibrina-
plaquetas hemostático. 
 
FIBRINÓLISE: 
Durante a formação do tampão, a via fibrinolítica é 
ativada localmente. 
O plasminogênio é processado à plasmina 
(fibrinolisina) enzimaticamente pelos ativadores de 
plasminogênio nos tecidos. 
A plasmina limita o crescimento do coágulo e dissolve 
a rede de fibrina à medida que ocorre a cicatrização. 
 
INIBIDORES PLAQUETÁRIOS: 
Diminuem a formação de um coágulo rico em 
plaquetas ou diminuem a ação dos sinais químicos 
promotores da aglutinação. 
Inibem a cicloxigenase-1 (COX-1) ou bloqueiam os 
receptores de GP IIb/IIIa ou ADP, interferindo, 
assim, no sinal que promove a aglutinação 
plaquetária. 
 
Os fármacos tem diferentes mecanismos de ação e 
por isso, efeitos sinérgicos ou aditivos podem ser 
obtidos quando fármacos de classes diferentes são 
associados. 
 
Esses fármacos são benéficos: 
• na prevenção e no tratamento de doenças 
cardiovasculares oclusivas 
• na manutenção de transplantes vasculares 
• na patência arterial 
• e como auxiliares dos inibidores da trombina ou 
tratamento trombolítico no IAM. 
 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO: 
Mecanismo de ação: 
Inibe a síntese do tramboxano A2 por acetilação do 
resíduo serina no centro ativo da COX-1, inativando 
irreversivelmente a enzima. 
 
Relembrando... 
Trombina, colágeno e ADP estimulam as plaquetas 
resultando na ativação das fosfolipases de membrana 
das plaquetas que liberam ácido araquidônico dos 
fosfolipídeos da membrana. 
O ácido araquidônico liberado é convertido em 
prostaglandina H2 pela COX-1. 
A prostaglandina A2 é metabolizada a tromboxano 
A2, que é liberado no plasma. 
O tromboxano A2 promove o processo de 
aglutinação, que é essencial par a rápida formação 
do tampão hemostático. 
 
Isso desloca o equilíbrio dos mediadores químicos 
em favor dos efeitos antiaglutinantes da prostaciclina 
prevenindo a aglutinação plaquetária. 
 
 
3 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
O AAS é o único fármaco antiplaquetário que inibe 
irreversivelmente a função das plaquetas. 
 
 
Uso terapêutico: 
Usado no tratamento profilático da isquemia cerebral 
transitória, para reduzir a incidência de IAM 
recorrente e para diminuir a mortalidade nas 
situações de prevenção do IAM primário e 
secundário. 
• Ocorre inativação completa das plaquetas com 75 
mg diários de AAS. 
• A dose recomendada vai de 50 a 325 mg/dia 
 
Farmacocinética: 
• Via oral 
• Absorvido por difusão passiva e hidrolisado a 
ácido salicílico no fígado 
• Parte é excretada inalterada com a urina. 
• Meia-vida do AAS de 15 a 20 minutos 
• Meia vida do ácido salicílico de 3 a 12 horas 
 
Efeitos adversos: 
• Dosagens mais altas: aumentam sua toxicidade e 
a probabilidade de inibir também a produção de 
prostaciclina. 
• Tempo de sangramento éalongado – causa 
complicações como AVEh e sangramento 
gastrointestinal (GI). 
• AINES (ibuprofeno) inibem a COX-1 por 
competição transitória no centro catalítico, se 
tomado dentro de 2 horas antes do AAS, pode 
impedir o acesso do AAS ao resíduo serina 
antagonizando a inibição das plaquetas pelo AAS. 
Por isso, AAS de liberação imediata deve ser 
tomado no mínimo 60 minutos antes ou pelo 
menos 8 horas depois do ibuprofeno. 
• Celecoxibe – inibidor seletivo da COX-2 – não 
interfere na atividade antiaglutinante do AAS, mas 
há evidencias de que ele contribui para os 
eventos cardiovasculares deslocando o equilíbrio 
dos mediadores químicos em favor do 
tromboxano A2. 
 
 
 
TICLOPIDINA, CLOPIDOGREL, PRASUGREL E 
TICAGRELOR: 
 São inibidores do receptor P2y12ADP – também 
bloqueia a aglutinação das plaquetas. 
 
Mecanismo de ação: 
Inibem a ligação do ADP aos seus receptores nas 
plaquetas inibindo a ativação dos receptores GP 
IIb/IIIa necessários para que as plaquetas se liguem ao 
fibrinogênio e umas às outras. 
• Ticagrelor se liga reversivelmente 
• Restante se liga irreversivelmente. 
• A inibição máxima da aglutinação das plaquetas é 
obtida em 1 e 3 horas com ticagrelor, 2 e 4 horas 
com prasugrel, 3 e 4 dias com ticlopidina e 3 e 5 
dias com clopidogrel. 
Quando o tratamento é suspendo, o sistema 
plaquetário necessita de tempo para recuperação. 
 
Usos terapêuticos: 
Clopidogrel: 
• Prevenção de eventos ateroscleróticos em 
pacientes com IAM ou AVE recentes e naqueles 
com doença arterial periférica estabelecida. 
• Profilaxia de eventos trombóticos na síndrome 
coronária aguda (angina instável ou IAM sem 
elevação do segmento ST) 
• Prevenir eventos trombóticos associados com 
intervenção coronária percutânea (ICP) com ou 
sem stent coronário. 
Ticlopidina: 
• Prevenção de ataques isquêmicos transitórios 
(AITs) e AVEs em pcts com evento trombótico 
cerebral prévio 
• Reservada para pcts intolerantes a outros 
tratamentos – devido a reações adversas 
hematológicas ameaçadoras à vida. 
Prasugrel: 
• Diminuir os eventos trombóticos cardiovasculares 
em pacientes com síndromes coronárias agudas 
(angina instável, IAM sem supra de ST e IAM com 
supra de ST tratado com ICP. 
Ticagrelor: 
• Prevenção do tromboembolismo arterial em pcts 
com angina instável e IAM 
 
Farmacocinética: 
Requerem doses de carga para efeito antiplaquetário 
mais rápido. 
Alimentos interferem com a absorção da ticlopidina. 
 
4 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
Após ingestão oral, eles são extensamente ligados às 
proteínas plasmáticas. 
Sofrem biotransformação hepática pelo sistema 
CYP450 a metabólitos ativos. 
Eliminação por via renal e fecal. 
Clopidogrel é um pró-fármaco – sua eficácia depende 
do metabólito ativo produzido via biotransformação 
pela CYP2C19. 
Obs: o polimorfismo genético da CYP2C19 leva a 
respostas clínicas diminuídas em pacientes que são 
“maus biotransformadores” de clopidogrel. E outros 
fármacos que inibem a CYP2C19 – omeprazol e 
esomeprazol – não devem ser administrados junto 
com o clopidogrel. 
 
Efeitos adversos: 
• Prolongar o tempo de sangramento – não existe 
antídoto 
• Ticlopidina – associada com graves reações 
hematológicas como granulocitose, 
agranulocitose, púrpura trombocitopênica 
trombótica (PTT) e anemia aplástica 
• Clopidogrel – incidência de neutropenia é menor, 
relatos de PTT. 
• Prasugrel: relatos de PTT, contraindicado para 
pcts com histórico de AIT ou AVE. 
• Ticagrelor: advertência para diminuição de 
eficácia quando é usado com AAS em dose acima 
de 100 mg. 
 
 
 
 
 
ABCIXIMABE, EPTIFIBATIDA E TIROFIBANA: 
Mecanismo de ação: 
Bloqueiam o receptor GP IIb/IIIa 
Anticorpo monoclonal quimérico abciximabe: 
inibe o complexo receptor GP IIb/IIIa bloqueando a 
ligação do fibrinogênio e do fator de von Willebrand 
e consequentemente não acontece aglutinação. 
Peptídeo cíclico Eptifibatida: se liga ao GP IIb/IIIa no 
local que interage com a sequência arginina-glicina-
ácido aspártico do fibrinogênio. 
Tirofibana: bloqueia o mesmo local que a 
eptifibatida. 
 
Usos terapêuticos: 
Adm via IV junto com heparina e AAS – como um 
auxiliar da ICP para a prevenção de complicações 
cardíacas isquêmicas. 
Abciximabe – aprovado para pcts com angina instável 
que não respondem ao tratamento médico 
convencional quando a ICP é planejada para as 
próximas 24h. 
 
Farmacocinética: 
Abciximabe – adm em bólus IV, seguido de infusão IV, 
alcançando pico de inibição das plaquetas em 30 
minutos. 
Após interromper a infusão do abciximabe, a função 
plaquetária gradualmente retorna ao normal, com o 
efeito antiplaquetário persistindo entre 24 e 48 horas. 
Quando a infusão IV de eptifibatida ou tirofibana é 
interrompida, ambos são rapidamente depurados do 
plasma. A eptifibatida e seus metabólitos são 
excretados pelos rins. A tirofibana é excretada, 
principalmente inalterada, pelos rins e nas fezes. 
 
Efeitos adversos: 
Sangramentos – especialmente se forem usados com 
anticoagulantes. 
 
Medicação in bolus ou push: 
É a forma de adm um medicamento em dose mais 
concentrada em um tempo igual ou menor do que 1 
minuto. Produz um nível máximo quase imediato na 
circulação sanguínea. 
 
DIPIRIDAMOL: 
• Vasodilatador coronário. 
• Aumenta os níveis intracelulares de AMPc 
inibindo o nucleotídeo cíclico fosfodiesterase, 
resultando em diminuição da síntese de 
tromboxano A2. 
• Pode potencializar o efeito da prostaciclina no 
antagonismo da adesividade das plaquetas e 
diminuir sua aderência às superfícies 
trombogênicas. 
• Usado para prevenção de AVEs e adm com AAS. 
• Tem biodisponibilidade variável por adm oral e 
• Sofre biotransformação hepática, por 
glicuronidação. 
• Excretado principalmente com as fezes. 
• Pcts com angina – não usam devido à sua 
propriedade vasodilatadora que pode agravar a 
isquemia (roubo coronário). 
• Causa cefaleia e pode causar hipotensão 
ortostática - especialmente na adm IV. 
 
CILOSTAZOL: 
 
5 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
• Antiplaquetário de uso oral. 
• Tem atividade vasodilatadora. 
• Inibe a fosfodiesterase tipo III que previne a 
degradação do AMPc aumentando seus níveis 
nas plaquetas e nos tecidos vasculares. 
• O aumento nos níveis de AMPc nas plaquetas e 
nos vasos previne a aglutinação das plaquetas e 
promove a vasodilatação. 
• Altera de modo favorável o perfil lipídico – diminui 
triglicerídeos plasmáticos, aumenta a lipoproteína 
de alta densidade colesterol (HDL). 
• Aprovado para diminuição dos sintomas da 
claudicação intermitente. 
• É biotransformado no fígado pelas isoenzimas 
CYP3A2, CYP2C19 e CYP1A2. 
• Tem várias interações farmacológicas. 
• Via primária de eliminação renal. 
• Efeitos adversos: cefaleia e sintomas GI (diarreia, 
fezes anormais, dispepsia e dor abdominal). 
• Aumenta a mortalidade em pcts com insuficiência 
cardíaca avançada. 
 
COAGULAÇÃO DO SANGUE: 
O processo de coagulação que gera trombina 
consiste em: 
• Sistema extrínseco – inicia com ativação do fator 
de coagulação VII pelo fator tecidual 
(tromboplastina) que em resposta a uma lesão no 
vaso, fica exposto ao sangue. 
• Sistema intrínseco – iniciado pela ativação do 
fator de coagulação XII quando o sangue entra 
em contato com o colágeno na parede lesada de 
um vaso sanguíneo. 
Esses sistemas envolvem uma cascata de reações 
enzimáticas que transformam fatores plasmáticos 
(pró-enzimas) em enzimas. 
 
 
FORMAÇÃO DA FIBRINA: 
Ao final da cascata é produzido o fator Xa que 
converte protrombina (fator II) em trombina (fator IIa). 
Trombina – é responsável pela produção de fibrina 
que forma a malha matriz do coágulo. 
Se não se forma trombina ou se sua função é 
impedida, a coagulação é inibida. 
 
Obs: a forma ativa é assinalada pela letra a. 
 
INIBIDORES DA COAGULAÇÃO: 
É importante que a coagulação fique restrita ao local 
da lesão vascular. 
Inibidores endógenos dos fatores de coagulação:• Proteína C 
• Proteína S 
• Antitrombina III 
• Inibidor da via do fator tissular 
O mecanismo de ação dos vários anticoagulantes 
envolve a ativação desses inibidores endógenos. 
 
ANTICOAGULANTES: 
Inibem a ação dos fatores de coagulação ou 
interferem com a síntese dos fatores de coagulação. 
 
HEPARINA E HEPARINAS DE BAIXO PESO 
MOLECULAR: 
• Anticoagulante injetável de ação rápida. 
 
6 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
• Usada com frequência para interferir agudamente 
na formação de trombos. 
• Heparina normalmente ocorre como uma 
macromolécula complexada com histamina nos 
mastócitos. 
• É extraída da mucosa intestinal suína. 
• Heparina não fracionada é uma mistura – é muito 
ácida devido à presença de sulfato e grupos de 
ácido carboxílico. 
• A constatação de que formas de heparina de 
baixo peso molecular (HBPM) também podem 
atuar como anticoagulantes levou ao isolamento 
de enoxaparina, produzida por despolimerização 
enzimática da heparina não fracionada. 
• Outras HBPMs: dalteparina, tinzaparina. 
• HBPMs são heterogêneos e têm cerca de um 
terço do tamanho da heparina não fracionada. 
 
Mecanismo de ação: 
• Atua em inúmeros alvos. 
• Seu efeito anticoagulante é consequência da 
ligação à antitrombina III – com a rápida 
inativação subsequente dos fatores de 
coagulação. 
• Na ausência de heparina a antitrombina III 
interage lentamente com a trombina e o fator Xa. 
• Quando a heparina se liga à antitrombina, ocorre 
uma alteração conformacional que catalisa a 
inibição da trombina cerca de mil vezes. 
• As HBPMs complexam com a antitrombina III e 
inativam o fator Xa (incluindo o localizado nas 
superfícies das plaquetas), mas não se ligam tão 
avidamente à trombina. 
 
Antitrombina III – é uma alfa globulina que inibe 
serinoproteases da trombina (fator IIa) e fator Xa. 
 
 
 
 
Usos terapêuticos: 
• Limitam a expansão dos trombos, prevenindo a 
formação de fibrina. 
• Usados no tto de tromboembolismo venoso 
agudo (DVT ou PE). 
• Profilaxia da trombose venosa pós-cirúrgica 
• São os anticoagulantes de escolha para o 
tratamento da gestante pois não atravessam a 
placenta devido ao grande tamanho e à carga 
negativa. 
• HBPMs não exigem monitoração intensa que a 
heparina exige – sendo útil para poupar custos e 
para pcts hospitalizados e ambulatoriais 
 
Farmacocinética: 
• Via subcutânea ou IV – pois não atravessa 
membranas com facilidade. 
• HBPMs adm por via SC 
• Heparina adm por via IV em bólus para obter 
anticoagulação imediata. Seguido de doses 
menores ou infusão contínua de heparina, 
titulando a dose de forma que o tempo de 
tromboplastina parcial ativado (TTPa) seja 1,5-2,5 
vezes o do controle normal. 
• O efeito anticoagulante com heparina ocorre 
minutos após a adm IV (ou em 1-2 horas após 
injeção SC). 
• A atividade antifator Xa máxima das HBPMs 
ocorre cerca de 4 horas após injeção SC. 
• Não é preciso monitorar os valores de coagulação 
com as HBPMs – os níveis plasmáticos são 
previsíveis. 
• É recomendado monitorar o nível do fator Xa em 
pacientes obesos, gestantes ou com insuficiência 
renal tratados com HBPM. 
No sangue, a heparina se fixa em várias proteínas que 
neutralizam sua atividade, causando farmacocinética 
imprevisível. A ligação da heparina às proteínas 
plasmáticas é variável em pacientes com doença 
tromboembólica. Embora geralmente restrita à 
circulação, a heparina é captada pelo sistema 
monócitos/macrófagos e sofre despolimerização e 
dessulfatação a produtos inativos. Os metabó- litos 
inativos, bem como alguma heparina original e 
HBPMs, são excretados na urina. A insuficiência renal 
prolonga a meia-vida da HBPMs. Por isso, a dose de 
HBPMs deve ser reduzida em pacien- tes com 
insuficiência renal. A meia-vida da heparina é de cerca 
de 1,5 hora, ao passo que das HBPMs é duas a quatro 
vezes mais longa, variando de 3 a 12 horas. 
 
Efeitos adversos: 
• Principal complicação é o sangramento. O 
sangramento excessivo pode ser controlado 
interrompendo o uso da heparina ou adm sulfato 
de protamina (1mg para cada 100 unidades de 
heparina administrada) 
• Podem ser antigênicos – possíveis reações: 
calafrios, febre, urticária e choque anafilático. 
• Trombocitopenia induzida por heparina (TIH) é 
uma condição grave na qual o sangue circulante 
tem uma quantidade anormalmente baixa de 
plaquetas. Essa reação é imunomediada e traz 
risco de embolismo venoso e arterial. 
 
7 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
• O tratamento com heparina deve ser 
interrompido em pcts que apresentam 
trombocitopenia acentuada. 
• No caso de TIH a heparina pode ser substituída 
por outro anticoagulante. 
• HBPMs não são recomendadas na TIH pois pode 
ter sensibilidade cruzada. 
• Foi observada osteoporose em pcts sob 
tratamento prolongado com heparina. 
A heparina e as HBPMs são contraindicadas em 
pacientes que têm: 
• hipersensibilidade à heparina, 
• distúrbios de coagulação, 
• alcoolismo 
• ou que foram recentemente operados no 
cérebro, nos olhos ou na medula espinal. 
 
ARGATROBANA: 
• Anticoagulante sintético parenteral derivado da L-
arginina. 
• É inibidor direto da trombina. 
• Usada preventivamente no tto da trombose em 
pcts com TIH. 
• Aprovada para uso durante ICP em pacientes que 
apresentam ou estão sob risco de TIH. 
• É biotransformada no fígado e tem meia-vida de 
39 a 51 minutos – pode ser usada em pcts com 
disfunção renal e com cautela nos que têm 
insuficiência hepática. 
• Monitoração inclui TTPa, hemoglobina e 
hematócrito. 
• Principal efeito adverso é a hemorragia. 
 
BIVALIRUDINA E DESIRUDINA: 
• Anticoagulantes parenterais análogos à hirudina – 
um inibidor da trombina derivado da saliva da 
sanguessuga. 
• São inibidores diretos seletivos da trombina e 
inibem reversivelmente o centro catalítico da 
trombina livre e da ligada ao coágulo. 
• A bivalirudina é uma alternativa à heparina em 
pacientes que serão submetidos a ICP que têm ou 
poderão ter risco de desenvolver TIH, e tambe ́m 
pacientes com angina instável a ser submetidos a 
angioplastia. 
• A meia vida da bivalirudina é de 25 minutos em 
pcts com função renal normal – a dose deve ser 
ajustada em pcts com disfunção renal. 
• A desirudina é indicada para prevenção da TVP 
em pacientes submetidos a cirurgia de 
substituição de bacia. 
• Efeito adverso: hemorragia. 
 
FONDAPARINUX: 
• Pentassacarídeo anticoagulante derivado 
sinteticamente. 
• Inibe seletivamente apenas o fator Xa – ligando-se 
seletivamente à antitrombina III, o fondaparinux 
potencializa a neutralização inata do fator Xa pela 
antitrombina III. 
• Aprovado para o tratamento da TVP e EP e para 
profilaxia do tromboembolismo venoso nos casos 
de cirurgias ortopédicas e abdominais. 
• Bem absorvido pela via SC com perfil 
farmacocinético previsível – exige menos 
monitoramento. 
• É eliminado com a urina inalterado, com meia-
vida de eliminação entre 17 a 21 horas. 
• Contraindicado em pcts com insuficiência renal 
grave. 
• Efeito adverso: hemorragia. 
• Não existe fármaco para reverter o sangramento 
associado com esse fármaco. 
• TIH é uma possibilidade. 
• Não deve ser usado em casos de punção lombar 
ou cirurgia de medula espinal. 
 
ETEXILATO DE DABIGATRANA: 
Mecanismo de ação: 
É o pró-fármaco da molécula ativa dabigatrana, que é 
um inibidor direto de trombina de uso oral. 
A trombina livre e a ligada ao coágulo são inibidas por 
dabigatrana. 
 
Usos terapêuticos: 
• Aprovado para prevenção de AVE e embolismo 
sistêmico em pcts com FA não valvar. 
• Pode ser utilizado como alternativa à enoxaparina 
para a tromboprofilaxia em cirurgias ortopédicas. 
 
Farmacocinética: 
• Adm por via oral 
• Devido à hidrólise do produto e à redução da 
potência quando expostos à umidade, as 
cápsulas devem ser armazenadas na embalagem 
original e ingeridas inteiras. 
• É hidrolisado ao fármaco ativopelas várias 
esterases do plasma. 
• O sistema CYP450 não tem função na 
biotransformação da dabigatrana. 
• A dabigatrana é substrato da glicoproteína P 
(gpP) e eliminado por via renal. 
 
Efeitos adversos: 
• Hemorragia. 
• Deve ser usada com cautela na insuficiência renal 
ou em pcts com mais de 75 anos – o risco de 
hemorragia é maior. 
• Não há antídoto aprovado para reverter a 
hemorragia associada. 
• A dabigatrana não requer monitoração de rotina 
da relação internacional normalizada (INR) – teste 
padrão usado para monitorar a atividade 
anticoagulante da varfarina 
• Comparada com a varfarina, tem poucas 
interações com outros fármacos. 
• Efeitos GI são comuns – dispepsia, dor abdominal, 
esofagite e sangramento GI. 
• Interrupção abrupta deve ser evitada – pcts 
estarão sob risco de eventos trombóticos. 
 
8 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
• Contraindicado em pcts com válvulas cardíacas 
prostéticas mecânicas e não é recomendado em 
pcts com válvulas cardíacas bioprostéticas. 
 
RIVAROXABANA E APIXABANA: 
Mecanismo de ação: 
São inibidores do fator Xa, de uso oral. 
Se ligam ao centro ativo do fator Xa prevenindo sua 
habilidade de converter protrombina em trombina. 
 
Usos terapêuticos: 
• Rivaroxabana – aprovado para tto e prevenção da 
TVP, do EP e do acidente vascular em fibrilação 
atrial não valvar. 
• Apixabana – prevenção do AVE na fibrilação atrial 
não valvar 
 
Farmacocinética: 
• Absorvidos por adm oral e amplamente ligados a 
proteínas. 
• O alimento pode aumentar a absorção de 
rivaroxabana – é biotransformada pelas 
isoenzimas CYP3A4/5 e CYP2J2 a metabólitos 
inativos 
• Cerca de 1/3 do fármaco é excretado inalterado 
na urina. 
• Os metabólitos inativos são excretados na urina e 
nas fezes. 
• Apixabana é biotransformada primariamente pela 
CYP3A4. 
• Rivaroxabana e apixabana são substratos da gpP. 
• Comparados com a varfarina, rivaroxabana e 
apixabana têm menos interações farmacológicas. 
• Não há exigências de monitoração laboratorial 
para ambas. 
 
Efeitos adversos: 
• Sangramento. 
• Não há antídoto disponível para reverter a 
hemorragia. 
• São eliminadas por via renal – função renal 
insuficiente pode prolongar o efeito desses 
fármacos e aumentar o risco de hemorragia. 
• Nenhuma das duas devem ser usadas em 
disfunção renal grave – depuração de creatinina 
menor do que 15ml/min. 
• A interrupção abrupta deve ser evitada. 
 
VARFARINA: 
Anticoagulante cumarínico – antagoniza a função de 
cofator da vitamina K. 
A INR é o padrão pelo qual a atividade anticoagulante 
da varfarina é monitorada – corrige variações que 
ocorrem em diferentes reagentes da tromboplastina. 
O objetivo do tratamento com varfarina é uma INR de 
2-3 para a maioria das indicações e INR de 1,5-3,5 
para algumas válvulas mecânicas e outras. 
A varfarina tem um índice terapêutico estreito – pode 
ser necessário monitorar com frequência. 
 
Mecanismo de ação: 
Os fatores II, VII, IX e X precisam da vitamina K como 
um cofator para sua síntese pelo fígado – alguns de 
seus resíduos de ácido glutâmico são carboxilados 
para formar resíduos de ácido y-carboxiglutâmico. 
 
Os resíduos de y-carboxiglutamil ligam íons cálcio, 
que são essenciais para a interação entre os fatores de 
coagulação e as membranas das plaquetas. 
A vitamina K é regenerada do epóxido pela vitamina 
K epóxido redutase, a enzima que é inibida pela 
varfarina. 
O tratamento com varfarina resulta na produção de 
fatores de coagulação menos ativos (de 10 a 40% do 
normal), pois lhes faltam suficientes cadeias laterais y-
carboxiglutamil. 
Os efeitos anticoagulantes da varfarina não são 
observados imediatamente após a administração – o 
pico do efeito pode atrasar por 72 a 96 horas, tempo 
necessário para esgotar a reserva de fatores de 
coagulação circulantes. 
O efeito anticoagulante da varfarina pode ser anulado 
com a administração de vitamina K – contudo, a 
reversão após adm de vitamina K demora 24 horas 
(tempo necessário para a degradação dos fatores de 
coagulação já sintetizados). 
 
Usos terapêuticos: 
• Prevenção e tratamento da TVP e da EP 
• Prevenção do AVE e do AVE na condição de 
fibrilação ventricular e/ou válvulas cardíacas 
prostéticas, na deficiência de proteína C e S e na 
síndrome antifosfolipídica. 
• Prevenção do tromboembolismo venoso durante 
cirurgias ortopédicas ou ginecológicas 
 
Farmacocinética: 
• Rapidamente absorvida após adm via oral – 100% 
de biodisponibilidade. 
 
9 Laís Flauzino | FARMACOLOGIA | 6°P MEDICINA 
• Extensamente ligada à albumina plasmática – 
evita sua difusão para o líquido cerebrospinal, 
para urina e para o leite materno. 
• Fármacos que tenham maior afinidade pelo local 
de ligação da albumina, como as sulfonamidas, 
podem deslocar os anticoagulantes e levar a um 
aumento transitório da atividade. 
• Fármacos que afetam a ligação da varfarina às 
proteínas plasmáticas causam variabilidade na 
resposta terapêutica à varfarina. 
• Atravessa a placenta. 
• Meia-vida média de cerca de 40 horas. 
• Biotransformada pela CYP450 a compostos 
inativos. 
• Após conjugação ao ácido glicurônico, os 
metabólitos inativos são excretados na urina e nas 
fezes. 
• A varfarina tem numerosas interações que podem 
potencializar ou atenuar seu efeito 
anticoagulante. 
 
 
Efeitos adversos: 
• Hemorragia – importante monitorar com 
frequência a INR e ajustar a dosagem do fármaco. 
Pequenos sangramentos são controlados com a 
suspensão da varfarina ou com a administração de 
vitamina K1 por via oral, mas sangramentos graves 
exigem doses maiores da vitamina K administrada por 
via IV. Sangue total, plasma congelado e 
concentrados plasmáticos dos fatores sanguíneos 
também podem ser usados para reverter a ação da 
varfarina rapidamente. 
• Lesões de pele e necrose são complicações raras 
do tratamento com varfarina. 
• Síndrome do dedo roxo, uma coloração violácea 
de dedo, dolorosa e rara, causada por êmbolos 
de colesterol a partir de placas, também foi 
observada no tratamento com varfarina. 
• A varfarina é teratogênica e nunca deve ser usada 
durante a gestação. Se o tratamento 
anticoagulante é necessário durante a gestação, 
deve-se administrar heparina ou HBPM. 
 
Whalen, Karen, et al. Farmacologia Ilustrada. 
Disponível em: Minha Biblioteca, (6th edição). Grupo 
A, 2016. 
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/
aas.pdf 
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/i
scover.pdf 
 
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/aas.pdf
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/aas.pdf
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/iscover.pdf
https://www.saudedireta.com.br/catinc/drugs/bulas/iscover.pdf

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