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Resumo da Aula 11 - Farmacologia na Tireoide

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Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
FARMACOLOGIA DA TIREOIDE: 
 
 As células foliculares da tireoide sintetizam tireoglobulina que, pela cap- 
tação do iodo, oxidação e acoplamento em moléculas de tirosina formam os 
hormônios tireoidianos. 
 A produção desses hormônios é regulada pela hipófise por meio do 
hormônio estimulador da tireoide (TSH). 
 Os dois principais hormônios tireóideos são: tri-iodotironina (T3) e a tiroxina 
(T4). 
 HIPOTIREOIDISMO - Secreção inadequada de hormônio tireoidiano resulta 
em bradicardia, baixa resistência ao frio e retardo mental e físico. 
 ➢ Em crianças, isso pode provocar nanismo. 
 HIPERTIREOIDISMO - O excesso de secreção de hormônios tireoidianos 
pode causar taquicardia e arritmias cardíacas, debilitação corporal, 
nervosismo, tremores e produção excessiva de calor. 
 
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREOIDIA- 
NOS: 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
 
 
HORMÔNIOS TIREOIDIANOS: 
 O principal hormônio produzido pela tireoide é tiroxina (T4) (80 a 100 g/dia), 
porém o hormônio metabolicamente ativo é tri-iodotironina (T3). 
 Apenas 20% da produção de T3 (30 a 40 g/dia) são provenientes da tireoide, 
sendo os restantes 80% produzidos em tecidos periféricos mediante 
desiodação de T4. 
 A meia-vida do T4 é de 6 a 7 dias, contra 1 dia de T3. 
 Importante função: em crescimento, desenvolvimento e controle 
metabólico, bem como efeitos sobre sistemas nervoso, cardiovascular e 
ósseo, além de inibirem a secreção hipofisária de TSH. 
 Sua ação é mediada por receptores nucleares, modulando a transcrição 
gênica e, portanto, a síntese proteica. 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
Transporte sanguíneo: 
 Globulina de ligação da tiroxina (TGB): 70% 
 
Farmacocinética: 
 Tanto T3 quanto T4 são absorvidas após administração por via oral. 
 Alimentos, preparações com cálcio e antiácidos contendo alumínio 
diminuem a absorção de T4. 
 A desiodinação é a principal via de metabolismo do T4. 
 O T3 também sofre desiodinação sequencial. 
 Os hormônios são metabolizados também por conjugação com 
glicuronídeos e sulfatos e excretados na bile. 
 
DOENÇAS DA TIREOIDE: 
Hipotireoidismo: 
 Diminuição da função tireoidiana; 
 Tratamento: reposição hormonal com T4. 
 
Hipertireoidismo: 
 Aumento da função tireoidiana; 
 Tratamento: medicamentos antitireoidianos (propiltiouracila e metimazol) e 
terapias ablativas (iodo radioativo e cirurgia); 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
HIPOTIREOIDISMO: 
 Tireoidite de Hashimoto: Nas áreas não endêmicas, onde o iodo está 
presente em quantidades suficientes, a destruição autoimune da tireoide é a 
causa mais frequente de hipotireoidismo. 
 
Tireoidite de Hashimoto: 
 Autoimune (anticorpos contra a glândula); 
 5 a 8x mais comum em mulheres; 
 Redução de T3 e T4 e aumento TSH e TRH; 
 Na tireoidite de Hashimoto, um autoanticorpo destrutivo ataca a glândula 
tireoide, causando insuficiência e diminuição da síntese da e secreção do 
hormônio tireoidiano; 
 Em consequência, não ocorre inibição mediante retroalimentação do 
hipotálamo e da adeno-hipófise, e os níveis plasmáticos de TSH se elevam. 
 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
Tratamento farmacológico: 
 Terapia de reposição hormonal: 
➢ Tiroxina (T4): Levotiroxina sódica – tratamento de escolha. 
➢ Tri-iodotironina (T3): Liotironina sódica – Coma Mixedematoso. 
➢ Levotiroxina + Liotironina (4:1) – Liotrix®, Tyroplus®. 
 
Levotiroxina Sódica (T4): 
 Absorção ocorre a nível de duodeno e no íleo, biodisponibilidade 70% e 
excretado via bile; 
 Tomar com estômago vazio; tomar 30 min a 1 hora antes ou 4 horas após a 
refeição; 
 T4 sérica aumenta 2-4 horas após administração oral; 
 Meia-vida de 7 a 9 dias; 
 Realizar exames de sangue após 6 semanas após inicio ou troca de 
dosagem; 
 Levotiroxina pode ser administrada 1 vez/dia; 
 Dose para adulto é de cerca de 1,7mcg/Kg/dia ou 125 mcg/dia; 
 Possibilidade de aumento a cada 6-8 semanas; 
 OBS: Manter a mesma marca comercial! 
 
Liotironina Sódica (T3): 
 Indicação: Coma mixedematoso ou na preparação de um paciente com 
câncer da tireoide para terapia com Iodo. 
 Absorção: quase 100%, com níveis séricos máximos 2-4 h após a sua 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
ingestão oral. 
 A liotironina é menos desejável para terapia de reposição crônica; 
 Elevações transitórias das concentrações séricas de T3 acima da faixa 
normal. 
 Doses de 10-15 μg de liotironina sódica, 3 vezes/dia, produzem níveis 
séricos normais de T3 livre no indivíduo atireótico. 
 
Desvantagens do uso da Liotironina Sódica: 
 Apesar de ser 3 a 5 vezes mais potente, não é indicada para terapia de 
reposição de rotina: 
Maior dificuldade em monitorar sua reposição adequada por meios 
de exames laboratoriais convencionais; 
Maior atividade hormonal, e consequente risco aumentado de 
cardiotoxicidade; 
 OBS: evitar em pacientes com cardiopatias. 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
 
 
 
Liotrix (mistura de T4 e T3): 
 É equivalente a levotiroxina; 
 Não oferece nenhuma vantagem clínica sobre a levotiroxina; 
 A conversão de T4 em T3 no tecido periférico geralmente resulta em 
proporções fisiológicas dos dois hormônios; 
 Não produz melhora no bem estar, função cognitiva ou na qualidade de 
vida. 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
HIPERTIREOIDISMO: 
 Tireotoxicose é definida como excesso de hormônios tireoidianos, e seu 
tratamento depende da etiologia. 
 O aumento da produção de hormônio tireoidiano constitui a causa mais 
comum, com a associação comum de estimulação dos receptores de TSH e 
aumento da captação de iodo pela glândula tireoide. 
 Hipertireoidismo subclínico é definida por indivíduos com níveis séricos 
subnormais de TSH e concentrações normais de T4 e T3. 
 Doença de Graves (ou bócio tóxico difuso) constitui a causa mais comum de 
tireotoxicose. 
 
Doença de Graves: 
 É um distúrbio autoimune, caracterizado pelo aumento da produção de 
hormônio tireoidiano, bócio difuso e anticorpos IgG, que se ligam ao 
receptor de TSH e o ativam. 
 As mulheres são mais acometidas do que os homens é mais comum entre 
20 e 50 anos de idade. 
 Costuma estar associada a outras doenças autoimunes. 
 O bócio uninodular/multinodular tóxico responde por 10-40% dos casos de 
hipertireoidismo, sendo mais comum em pacientes idosos. 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
 
 
Sinais e sintomas: 
 Cabelo fino e fraco; 
 Olhos salientes; 
 Inchaço na gartanta; 
 Suor excessivo; 
 Palpitações; 
 Aumento do apetite; 
 Problemas intestinais; 
 Menstruação irregular; 
 Tremor nas mãos. 
 
Tratamento farmacológico: 
 Nos casos de hipertireoidismo o tratamento visa restabelecer os níveis 
normais de hormônios tireoidianos. 
 Isso pode ser feito com a diminuição da síntese desses hormônios, 
utilizando: 
➢ Medicamentos antitireoidianos; 
➢ Destruição de tecido tireoidiano com I131; 
➢ Tireoidectomia total. 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
Agentes antitireoidianos: 
 Medicamentos antitireoidianos pertencem ao grupo das tionaminas, sendo 
seus representantes: 
➢ Propiltiouracila (PTU); 
➢ Metimazol (Tiamazol); 
➢ Carbimazol. 
 Metimazol é o medicamento de eleição na maioria dos pacientes; 
 O uso do PTU se resume quase que exclusivamente no primeiro trimestre da 
gestação. 
 
Mecanismo de ação: 
 Inibem a síntese de hormônios da tireoide por meio de interferência na 
organificação do iodeto e na reação de acoplamento, reações catalisadas 
pela peroxidase tireoidiana, também conhecida como tireoperoxidase; 
 Também reduzem as concentrações séricas de anticorpos antirreceptores de 
TSH e aumentam a atividade de linfócitos T supressores, sugerindo ação 
imunodepressora; 
 Resultado final: bloqueio da síntese de hormônios tireoidianos. 
 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
Reaçõesadversas: 
 Mais comuns: exantema urti- 
cariforme (geralmente desapa- 
rece sem a interrupção do fár- 
maco); 
 Menos comuns: artralgias, pa- 
restesias, cefaleia, náuseas, pig- 
mentação cutânea, queda de 
cabelos. 
 
 
 
 
Betabloqueadores: 
 Betabloqueadores são empregados paliativamente no tratamento de 
hipertireoidismo, visando a melhorar mais rapidamente os sintomas 
adrenérgicos, como taquicardia, tremor e sudorese; 
 Em casos de hipertireoidismo com taquicardia associada à insuficiência 
cardíaca, determinam melhora do quadro hemodinâmico; 
 Propranolol, atenolol, esmolol e metoprolol podem diminuir a conversão 
periférica de T4 em T3 e, por isso, são os agentes preferidos nesta condição. 
 Esmolol por ter início de ação rápido e meia-vida de eliminação curta (9 
min) é preferido para o tratamento da tempestade tireoidiana. 
 
Iodeto (I127): 
 O iodeto limita seu próprio transporte e inibe de maneira aguda e 
transitoriamente a síntese de iodotirosinas e de iodotironinas (o efeito de 
Wolff-Chaikoff); 
 Provoca a inibição da síntese e liberação de hormônio tireoidiano. 
 Iodeto pode ser utilizado previamente à tireoidectomia (reduz a 
vascularização e torna a glândula menos friável) e no tratamento de crise 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
tireotóxica (em associação com tionaminas e betabloqueadores). 
 É administrado nos 7 a 10 dias que precedem a cirurgia, sob forma de 3 a 5 
gotas de solução de Lugol (iodo a 5% e iodeto de potássio a 10% em água) 
ou 1 a 3 gotas de solução saturada de iodeto de potássio, 2 a 3 vezes/dia. 
 Absorção intestinal e excreção renal. 
 Administração oral ou retal. 
 
Iodeto Radioativo (I131): 
 O isótopo radioativo do iodeto é usado para destruir parcial ou totalmente a 
glândula, reduzindo sua função ou seu tamanho, para tratamento de 
hipertireoidismo ou ablação de restos e metástases de carcinoma 
diferenciado de tireoide após tireoidectomia. 
 Embora o iodo tenha diversos isótopos radioativos, o de maior uso é I131, 
que tem meia-vida de 8 dias e emissões radioativas que incluem partículas 
beta tóxicas. 
 É rapidamente captado pela tireoide, organificado e depositado no coloide 
folicular. 
 
Considerações terapêuticas: 
 Alternativa à cirurgia no hipertireoidismo; 
 Contraindicação: gravidez e crianças menores de 5 anos; 
 Radiação em excesso pode destruir a tireóide e levar a hipotireoidismo. 
 
Indicação clínicas: 
 Escolha para a maioria do pacientes com Doença de Graves; 
Thiago Schmidt – Módulo 125 – ATM 23 
 Pacientes com bócio multinodular tóxico; 
 Pacientes com contraindicação cirúrgica. 
 
Inibidores Aniônicos: 
 Perclorato, Tiocianato e Tecnécio (na forma de Pertecnetato); 
 
Mecanismo de ação: 
 Competem com o iodeto pela captação nas células foliculares da tireóide, 
através do simportador de sódio-iodeto, diminuindo assim o suprimento 
intratireóideo de iodeto disponível para a síntese dos hormônios. 
 
Considerações terapêuticas: 
 O uso clínico no hipertireoidismo é limitado, devido ao risco de 
desenvolvimento de anemia aplásica. 
 As tiaminas são mais efetivas. 
 Hipotireoidismo após exames radiológicos extensos: antagonismo! 
 
Inibidores de Tirosinoquinase: 
 A ativação descontrolada de receptores de tirosinoquinases corresponde a 
um dos principais mecanismos envolvidos em desenvolvimento e 
progressão do câncer; 
 Sua inibição representa novo enfoque para a terapia contra o câncer e se 
apresenta como nova opção terapêutica no manejo do câncer diferenciado 
de tireoide avançado, principalmente em casos refratários a iodo; 
 Vandetanibe e Sorafenibe são os medicamentos aprovados no Brasil.

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