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TIPOS DE DIETAS ORAIS Dietas modificadas com relação ao valor calórico 2 tipos - Hipocalóricas: menos calorias em consequência da redução da quantidade de alimentos ingeridos. RECOMENDADO PARA: pacientes que precisam de perda de peso. Ex: pacientes que aguardam cirurgia bariátrica. - Hipercalóricas: oposto das hipocalóricas. Aumenta o aporte energético em decorrência do aumento da quantidade de alimentos ingeridos RECOMENDADO PARA: estado catabólico (queimaduras, câncer, doenças infecciosas) Dietas modificadas com relação à proporção de macronutrientes ● Dietas normais (WHO) - 55 a 75% CHO (normoglicídica) - 15 a 30% LIP( normolipídica) - 10 a 15% PTN (normoproteica) ● Valores acima ou abaixo dessa faixa sugerem modificações das proporções de macronutrientes. ● Exemplo de dieta modificada: Dietas hipogordurosas para pacientes com pancreatite crônica e desordens hepatobiliares. Dietas modificadas com relação à restrição de nutrientes ● Amplo número de dietas - Variados tipos de restrições ● Característica: Controle ou exclusão do nutriente que traz prejuízo à saúde do paciente. Exemplos: - Dieta hipossódica - hipertensos, edemaciados e portadores de doenças renais. - Dieta isenta de glúten - celíacos - Dietas ricas em fibras - controle de colesterol, açúcar e de fenilalanina. Dietas modificadas com relação à consistência ● Dietas terapêuticas prescritas rotineiramente ● Servem como base para outras modificações ● Brasil: não existe uma padronização quanto aos diferentes tipos usados. - Cada serviço adota o que é mais apropriado de acordo com as suas particularidades. TIPO PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS INDICAÇÕES NORMAL Dieta livre ou geral consistência normal e quantidade de cho,lip, ptn, vit e min suficiente Fracionamento: 5-6 refeições/dia Valor calórico: 2.000-2.200 kcal/dia Pacientes sem alterações metabólicas importantes ou que não estejam em risco nutricional BRANDA valor nutricional: similar à dieta normal atenuação da textura: cocção das fibras e de verduras/ legumes/ frutas e tecido conectivo das carnes Facilita o trabalho digestivo (mastigação/deglutição/dige stão/absorção) Pré e pós operatório imediatos de vários procedimentos cirúrgicos Exceção: cirurgias do sistema digestório para qual é indicada apenas no pós operatório Tardio Afecções gástricas ( úlceras e gastrites) Dificuldades em outras funções digestivas PASTOSA Proporciona repouso digestivo Quantidade de nutrientes é adequada Textura: menos sólida Alimentos na forma de - purê, cremes, papas e carnes subdivididas (moídas, trituradas, desfiadas) e suflê Dificuldade de mastigação e deglutição Idosos ( sem próteses dentárias) Portadores de doenças neurológicas Estados graves de doenças crônicas ( insuficiência cardíaca e respiratória LEVE Conhecida também como semilíquida Preparações: Consistência espessadas ( presença de farináceos ou espessantes artificiais) Constituídas de líquidos e alimentos semissólidos cujos pedaços se encontram em emulsão ou suspensão Permite repouso digestivo Valor nutricional reduzido Recomendação: Acompanhar o paciente, e, se necessário, orientar suplementação. Pacientes com função gastrointestinal reduzida moderadamente reduzida, ou com intolerância aos alimentos sólidos devida à dificuldade de mastigação e deglutição e evolução de pós- operatório. LÍQUIDA Também conhecida como líquida completa Todos os alimentos/ preparações na forma líquida Valor nutricional reduzido, geralmente é necessário oferecer suplementos - para evoluir o mais breve possível a dieta de via oral Prescrita para pacientes que necessitam de mínimo esforço digestivo e pouco resíduo. Pós-operatório na boca, plástica de face e pescoço Fratura de mandíbula, estreitamento esofágico e intolerância aos alimentos sólidos ⚠ Risco de broncoaspiração em pacientes com disfagia. Neste caso, utilizar espessantes. LÍQUIDA RESTRITA Também conhecida como cristalina ou de líquidos claros. Presença de água, líquidos límpidos e carboidratos Finalidade:hidratação e de mínima formação de resíduos - proporciona o máximo repouso para o sistema digestivo Baixo valor nutricional Dieta deve ser evoluída o quanto antes Pacientes no pós- operatório de cirurgias do cólon pós- operatório imediato e evolução da terapia nutricional - redução parenteral e introdução da via oral ZERO Jejum Pacientes em pré e pós-operatório em ou preparo de exames agendados que exijam tal procedimento ⚠ Deve-se controlar a duração exata do tempo de jejum evitando que o paciente permaneça com a dieta zero além do necessário. Continua na próxima página… PONTOS IMPORTANTES ● A ingestão inadequada de alimentos no período de internação agrava a prevalência e o grau de desnutrição e está associada ao aumento da morbidade, ao tempo de internação e à mortalidade. ● Há prevalência de desnutrição entre os pacientes hospitalizados. ● Dietas modificadas são fatores de risco para a baixa ingestão alimentar dentro dos hospitais ● Internação não é o momento para impor restrições.Tentativas para atender às preferências do paciente devem ser consideradas. Referência: Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica.5°ed
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