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Processo Civil II - Recursos (1 parte)

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Link de acesso para este arquivo no google docs:
https://docs.google.com/document/d/1tGd-WQTZ_n25Oqu6W1v9uQCoygDr6pOa8pGa4h3V
Rkk/edit?usp=sharing
RECURSOS E SUCEDÂNEOS RECURSAIS
Recursos:
- São remédios processuais;
- São um dos meios de impugnação das decisões judiciais**
- Visam invalidar, reformar, esclarecer ou complementar uma decisão;
- Utilizados pelas partes, pelo Ministério Público e eventuais terceiros
prejudicados para fazer com que a decisão judicial passe por uma nova
apreciação;
- Amicus curiae: o CPC prevê no artigo 138, § 3º que o amicus curiae pode
recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas
repetitivas. Além disso, o amicus curiae também pode opor embargos de
declaração.
- Vedação ao reformatio in pejus, mas algumas sucumbências recursais vêm
com multa para o recorrente sucumbente (honorários de sucumbência
recursal).
** Os 3 meios de impugnação das decisões judiciais:
- Recursos: meios de impugnação dentro do mesmo processo. Exemplos: apelação,
agravo de instrumento, agravo interno, recurso ordinário, recurso especial, recurso
extraordinário, embargos de declaração;
- Ações autônomas de impugnação: dão origem a um novo processo/ não são
veiculadas no mesmo processo da decisão que se visam impugnar. Exemplos: ação
rescisória, querela nullitatis, embargos de terceiro, mandado de segurança, habeas
corpus contra ato judicial, reclamação;
- Sucedâneos recursais: categoria residual. O que não é recurso nem ação autônoma.
Exemplos: pedido de reconsideração, pedido de suspensão da segurança, correição
parcial.
Princípio da Fungibilidade:
https://docs.google.com/document/d/1tGd-WQTZ_n25Oqu6W1v9uQCoygDr6pOa8pGa4h3VRkk/edit?usp=sharing
https://docs.google.com/document/d/1tGd-WQTZ_n25Oqu6W1v9uQCoygDr6pOa8pGa4h3VRkk/edit?usp=sharing
- Possibilidade de o julgador aproveitar um recurso interposto de forma
equivocada pelo recurso adequado, ou seja, a substituição de um recurso por
outro para evitar a sua inadmissibilidade.
- Foco na segurança jurídica e na celeridade processual.
- Requisitos:
- Dúvida objetiva quanto à natureza jurídica da decisão a ser recorrida
(divergência doutrinária ou jurisprudencial).
- Inexistência de erro grosseiro por parte do advogado, o qual não
poderá interpor recurso pelo meio diverso da forma que a lei
explicitamente determina.
- Interposição do recurso equivocado dentro do prazo do recurso correto
para que seja atendido o pressuposto recursal da tempestividade.
- Constitui-se num corolário do princípio da instrumentalidade das formas ou
da finalidade (Art. 277, CPC) e do princípio do aproveitamento dos atos
processuais (Art. 283, CPC).
Hipóteses de aplicação do Princípio da Fungibilidade:
TRANSFORMAÇÃO DE EM COM BASE NO
PRINCÍPIO DA
E COM
FUNDAMENTAÇÃO
NO ART.
PROCEDIMENTO
Embargos de
declaração
Agravo
Interno
Primazia da
decisão de
mérito
1.024, §3º,
CPC
O julgador
concede prazo
legal para que o
recorrente faça a
adequação da
peça para atender
à finalidade e às
formalidades do
recurso adequado.
Desse modo,
evita-se a
inadmissibilidade
do recurso por
falta de
preenchimento das
formalidades
legais do recurso
cabível no caso
concreto.
Recurso Especial Recurso
Extraordinári
o
Primazia da
decisão de
mérito
1.032, CPC
Recurso
Extraordinário
Recurso
Especial
Finalidade e
do
aproveitamen
to dos atos
processuais
1.033,CPC A peça do
recurso
extraordinário é
aproveitada para
ser convertido
em recurso
especial, sem
precisar a
abertura de
prazo para fazer
a adequação
formal.
Obs: O STF faz o juízo de admissibilidade e se entender que não há questão
constitucional envolvida, pode devolver o recurso ao STJ.
Obs: CONHECIMENTO X PROVIMENTO DO RECURSO
CONHECIMENTO PROVIMENTO
O recurso é analisado em duas
partes: primeiro o colegiado
(juízes que vão decidir no
Tribunal) verificam se estão
presentes os requisitos de
admissibilidade.Se estiverem
presentes, o recurso é
admitido ou conhecido. Se
não estiverem presentes, o
recurso não é conhecido.
Uma vez conhecido, o juízo
colegiado passa a analisar o
provimento ou não de cada
matéria. Essa análise é feita por
tema recursal, podendo resultar
em algumas variáveis:
improvido, provido,
parcialmente provido.
Ex de requisitos:
tempestividade (adequação do
prazo), preparo .
Ex: IMPROVIDO: TRT mantém a
sentença, pois entende que a
parte não teve razão em
recorrer.
Preparo: Adiantamento das despesas relativas ao processamento do recurso. O valor do
preparo é a soma da taxa judiciária mais o porte de remessa e de retorno dos autos. A falta
de preparo oportuno gera a sanção da deserção (recurso deserto).
Atos sujeitos a recurso:
→ Somente as decisões judiciais podem ser objeto de recurso. (Decisões
interlocutórias | Sentenças | Decisões monocráticas do relator | Decisões
unipessoais do Presidente do tribunal | Decisões unipessoais do Vice-Presidente do
tribunal | Acórdãos)
Obs: Os despachos não admitem recurso, pois este só cabe contra pronunciamentos
judiciais que tenham algum conteúdo decisório. (Art. 1.001, CPC. Dos despachos não cabe
recurso.)
→ Rol de recursos:
Art. 994, CPC. São cabíveis os seguintes recursos:
I – apelação;
II – agravo de instrumento;
III – agravo interno;
IV – embargos de declaração;
V – recurso ordinário;
VI – recurso especial;
VII – recurso extraordinário;
VIII – agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX – embargos de divergência.
Obs: Remessa necessária
- Não é recurso, é um fenômeno processual. A sentença desfavorável à Fazenda
Pública, para adquirir eficácia, terá de ser confirmada pelo tribunal após a remessa
necessária. Decisões interlocutórias não estão sujeitas à remessa necessária,
somente as sentenças.
- Súmula 45 do STJ: “No reexame necessário, é defeso, ao Tribunal, agravar a
condenação imposta à Fazenda Pública”.
- Há outras hipóteses de remessa necessária no ordenamento jurídico. Ex: Lei da
Ação Popular, art. 19.
- Tanto no Juizado Especial Federal quanto no da Fazenda Pública não haverá
remessa necessária. Lei n. 12.153/2009 (Juizados Especiais Federais) Art. 13 e Lei
n. 12.153/2009 (Juizados Especiais da Fazenda Pública) Art. 11.
Contrarrazões ao recurso:
- Instrumento legal que tem como finalidade refutar, contrariar ou combater as
razões do recurso que foram apresentadas no recurso da parte contrária.
- Peça processual que tem como escopo se opor às alegações apresentadas
pela parte recorrente.
- A interposição das contrarrazões ao recurso tem como fundamento o
princípio do contraditório e da ampla defesa.
- Podem ser interpostas contra os seguintes recursos:
- Recurso de Apelação,
- Recurso Ordinário,
- Recurso Especial e
- Recurso Extraordinário.
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
→ Quanto ao OBJETO:
ORDINÁRIOS EXTRAORDINÁRIOS
Têm como objetivo proteger o
interesse particular da parte,
ou seja, o direito subjetivo, no
caso concreto.
Têm como finalidade a
preservação do ordenamento
jurídico. São usados para pedir
ao Supremo Tribunal Federal
(STF) a impugnação (discussão)
de uma decisão sobre questões
constitucionais.
São eles: recurso especial, o
recurso extraordinário e os
embargos de divergência
→ Quanto à EXTENSÃO:
(Art. 1.002, CPC. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte.)
PARCIAIS TOTAIS
Impugna apenas uma parte ou
capítulo da decisão.
Alcança todo o conteúdo da
decisão recorrida passível de
impugnação
Obs: Nos recursos parciais, os capítulos não impugnados pelo recurso ficam acobertados
pela preclusão. Fundamento: Art. 1013 e art. 1034 do CPC.
→ Quanto à FUNDAMENTAÇÃO:
DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE DE FUNDAMENTAÇÃO
VINCULADA
Permite ao recorrente deduzir
quaisquer alegações, sem que
haja uma delimitação feita por
lei.
Sofre delimitações, visto que é
indispensável que se enquadre
dentre uma das situações
previstas em lei para que seja
admitido.
É mais comum que o recurso
seja de fundamentação livre.
Ex: recurso de apelação
Ex: embargos de declaração (pois
são cabíveis somente nas
hipóteses de omissão,obscuridade, contradição ou erro
material).
→ Quanto à DEPENDÊNCIA:
INDEPENDENTES SUBORDINADOS
Independe da postura da parte
contrária, não importando se ela
recorreu ou não da decisão.
Está condicionado apenas ao
É aquele interposto no prazo de
contrarrazões de recurso
apresentado pela parte contrária.
Ele é interposto, não
preenchimento de seus próprios
pressupostos de
admissibilidade.
necessariamente pela vontade de
impugnar a decisão, mas sim pelo
simples fato de a parte contrária
ter recorrido. Ele está
condicionado ao conhecimento do
recurso independente e ao
preenchimento de seus próprios
pressupostos de admissibilidade.
Art. 997, CPC. Cada parte
interporá o recurso
independentemente, no prazo e
com observância das exigências
legais.
Exs: Recurso adesivo e
Apelação do vencedor contra
decisão interlocutória.
Obs: Recurso adesivo
- Não é considerado uma espécie recursal, mas sim uma forma diferenciada de
interposição de recurso que fica subordinado ao recurso independente.
- Havendo a interposição de recurso na forma principal, o recorrido será intimado para
apresentar contrarrazões a esse recurso. É nesse momento que o recorrido poderá,
além de apresentar a resposta ao recurso interposto, apresentar o recurso adesivo.
- Para que seja possível a interposição do recurso adesivo, é necessário: 1) haver
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA (ambas as partes demonstram interesse recursal) e
2) HAVER INTERPOSIÇÃO DO RECURSO PRINCIPAL.
Art. 997, CPC. § 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso
interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
Art. 997, CPC. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto
aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo
disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
II – será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no
recurso especial;
- NÃO cabe recurso adesivo à remessa necessária, porque neste caso não houve
recurso interposto de forma voluntária, ou seja, não houve o preenchimento do
segundo requisito do recurso adesivo. É preciso que o Poder Público recorra
voluntariamente, para que a outra parte possa aderir ao seu recurso.
- NÃO cabe recurso adesivo no agravo de instrumento. (Art. 997, CPC. § 2º).
- Ao recurso adesivo aplicam-se os mesmos requisitos de admissibilidade do recurso
principal (Art. 997, § 2º, CPC)
- Prazo: É o de que dispõe a parte para apresentar contrarrazões ao recurso principal,
ou seja, 15 (quinze) dias.
- O exame do recurso adesivo é condicionado ao juízo de admissibilidade POSITIVO
do recurso principal. (Art. 997, § 2º, III, CPC)
- O STJ entendeu que ele não é cabível no processo penal, visto que poderia dar
ensejo a prejuízo para o réu.
EFEITOS RECURSAIS
→ Efeito OBSTATIVO:
- É o impedimento ao trânsito em julgado. Uma vez interposto o recurso, a
decisão não transita em julgado e o recurso prolonga o processo.
- A interposição do recurso tem a força de obstar a PRECLUSÃO e a formação
de COISA JULGADA.
→ Efeito SUSPENSIVO:
- Seria o impedimento da eficácia (produção de efeitos imediatos) da decisão
recorrida. A decisão que foi recorrida não poderá surtir efeitos até que ocorra
um novo julgamento.
- Com a publicação da decisão, o prazo para a interposição do recurso começa
a correr. Se há previsão de recurso com efeito suspensivo, é necessário
aguardar o escoamento do prazo recursal para saber se haverá ou não a
interposição de recurso e, enquanto não escoado o prazo, a decisão não
produz efeitos. Se houver recurso contra a decisão, essa executoriedade fica
adiada ainda mais.
- Efeito suspensivo impróprio: em regra o recurso não tem efeito suspensivo
automático. Cabe ao recorrente requerer ao relator que seja concedido ao
recurso o efeito suspensivo, demonstrando os requisitos:
Art. 995, CPC. Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos
houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
- Efeito suspensivo próprio: são recursos que possuem efeito suspensivo
automático. Ex: Apelação (Art. 1.012, CPC. A apelação terá efeito suspensivo).
- EXCEÇÕES ao efeito suspensivo automático da apelação:
⇢ Art. 1.012, § 1º, CPC (demarcação de terras, alimentos, interdição,
tutela provisória, etc).
⇢ A sentença que conceder o mandado de segurança (Lei n.
12.016/2009 (Mandado de Segurança)
⇢ Etc.
- Não têm efeito suspensivo: embargos à execução (art. 919, CPC), embargos
de declaração (art. 1.026, CPC)......
→ Efeito DEVOLUTIVO:
- Comum a todos os recursos, já que a interposição do recurso transfere ao
órgão ad quem o conhecimento da matéria impugnada para provocar o
reexame das decisões.
- Dimensões do efeito devolutivo: Horizontal (extensão) e Vertical
(profundidade).
- A extensão da devolutividade é limitada por aquilo que é postulado no
recurso.
- Pela extensão do recurso o recorrente determina o que pretende devolver ao
tribunal. O recurso somente devolve para o tribunal ad quem, a matéria que
tiver sido impugnada. Ou seja, o tribunal somente poderá se pronunciar sobre
o pedido recorrido. Quanto ao outro que não faz parte do objeto recursal, o
tribunal não pode apreciar.
- DELIMITA O QUE SE PODE DECIDIR. RELACIONA-SE AO OBJETO
LITIGIOSO DO RECURSO. (Art. 1.013, CPC.)
→ Efeito TRANSLATIVO:
- É a capacidade que tem o tribunal de avaliar matérias que não tenham sido
objeto do conteúdo do recurso, por se tratar de assunto que se encontra
superior à vontade das partes.
- Relacionado à profundidade (QUASE UMA CONTINUAÇÃO DO EFEITO
DEVOLUTIVO) (dimensão vertical).
- Na profundidade, o que se leva em consideração não é mais a possibilidade
de o tribunal reexaminar os pedidos formulados, mas os fundamentos em que
eles se embasam.
- Quando o recurso é interposto, o tribunal pode examinar todas as
questões/fundamentos suscitados no recurso (relativas ao que foi
impugnado) e esse exame tem uma profundidade bem ampla, ou seja, o
tribunal não fica limitado a examinar somente as questões que foram tratadas
na decisão recorrida.
- Ou seja, o recorrente estabelece a extensão do recurso, mas não pode
estabelecer a sua profundidade.
- DELIMITA O MATERIAL COM O QUAL O ÓRGÃO AD QUEM TRABALHARÁ
PARA DECIDIR A QUESTÃO QUE LHE FOI SUBMETIDA. (Art. 1.013, § 1º,
CPC.)
Obs: Quando se manda a demanda de volta à instância inferior, diz-se que a demanda está sendo
“remetida” (e não “devolvida”).
→ Efeito REGRESSIVO ou DE RETRATAÇÃO:
- Relacionado à possibilidade de o órgão a quo reconsiderar a decisão que foi
atacada pelo recurso.
- Permite, por intermédio do recurso, que o juízo prolator da decisão a reveja.
- Exemplos em que o juiz pode retratar-se/reformar a decisão:
⇢ Apelação contra a sentença que indefere a petição inicial (Art. 331
CPC);
⇢ Apelação contra sentença que extingue o processo sem exame do
mérito (Art. 485, CPC);
⇢ Apelação contra sentença de improcedência liminar do pedido. Obs:
Pedidos liminarmente improcedentes: que contrariam súmula do STF
ou STJ; acórdão do STF ou STJ em julgamento de recursos
repetitivos; etc. (Art. 332, CPC);
⇢ Agravo de Instrumento (Art. 1.018 CPC);
⇢ Agravo Interno (Art. 1021, CPC)
⇢ Recurso especial e extraordinário repetitivos (Art. 1040, CPC)
⇢ Apelação no ECA (Art. 198, VII)
→ Efeito EXPANSIVO:
- É o que permite a produção de efeitos em relação a outros sujeitos, que não
o recorrente.
- Em regra, devido à individualidade do recurso, quando este é interposto, a
produção dos efeitos atinge o recorrente. Há situações em que esses efeitos
podem atingir terceiros que não participaram como partes no recurso.
- NO LITISCONSÓRCIO:
Art. 1.005, CPC. O recurso interposto por um dos litisconsortes a todos
aproveita, salvo se distintos ou opostos os seus interesses.
Art. 1.005, CPC. Parágrafo único. Havendo solidariedade passiva, o recursointerposto por um devedor aproveitará aos outros quando as defesas
opostas ao credor lhes forem comuns.
- NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO:
⇢ Os embargos de declaração interpostos por uma das partes
interrompem o prazo para a interposição de outro recurso para ambas as
partes e não somente para quem opôs os embargos de declaração.
Art. 1.026, CPC. Os embargos de declaração não possuem efeito
suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
- NOS EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA:
⇢ A interposição de embargos de divergência no STJ interrompe, para
ambas as partes, o prazo para a interposição de recurso extraordinário.
Art. 1.044, § 1º, CPC. A interposição de embargos de divergência no
Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso
extraordinário por qualquer das partes.
→ Efeito SUBSTITUTIVO:
- Tem previsão expressa no CPC. O julgamento proferido pelo tribunal
substituirá a decisão impugnada no que tiver sido objeto de recurso (Art. 1.008,
CPC).
- Acontece na hipótese de julgamento de mérito do recurso, já que se o
recurso não for recebido ou conhecido, a decisão recorrida se mantém
inabalada.
APELAÇÃO
Definições:
- Na apelação, o apelante tem como objetivo a reforma ou a anulação da
sentença, por um órgão superior ao que a proferiu.
- Tem cabimento contra:
⇢ Qualquer sentença, seja ela de mérito ou não, seja proferida no
processo de conhecimento ou de execução, no procedimento de
jurisdição contenciosa ou de jurisdição voluntária.
⇢ Contra as decisões interlocutórias que não admitirem a interposição
de agravo de instrumento (as aquelas que não estão contidas no rol do
art. 1.015 do CPC).
Apelação contra decisão interlocutória:
- As decisões não agraváveis (art. 1.015) devem ser atacadas na
apelação na fase de conhecimento, o que não se aplica à fase de
cumprimento de sentença, nem ao processo de execução de título
executivo extrajudicial.
- Nesses casos (cumprimento de sentença e processo de execução de
título executivo extrajudicial), toda decisão interlocutória é, conforme o
CPC, passível de agravo de instrumento.
Art. 1.009 CPC. Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão
a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são
cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de
apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas
contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em
contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias,
manifestar-se a respeito delas.
Questões de Fato Novas e Alegações novas:
- O apelante pode suscitar questões de fato novas na apelação, desde que
prove que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. Fredie Didier entende
que esse artigo se refere à alegação nova de fatos velhos.
Art. 1.014 CPC. As questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou
de fazê-lo por motivo de força maior.
Art. 342 CPC. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir
novas alegações quando: I – relativas a direito ou a fato
superveniente; [...]
Art. 493 CPC. Se, depois da propositura da ação, algum fato
constitutivo, modificativo ou extintivo do direito influir no julgamento
do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de ofício ou a
requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.
Parágrafo único. Se constatar de ofício o fato novo, o juiz ouvirá as
partes sobre ele antes de decidir.
Teoria da causa madura:
- Visa promover a celeridade processual.
- Aplica-se em casos em que não houve resolução de mérito pelo juízo a quo.
- Em certos casos, estando a causa madura, o tribunal pode decidir o mérito
da causa, em vez de determinar o retorno dos autos ao juiz de primeira
instância para que profira nova sentença. (Art. 1.013 CPC)
Art. 1.013 § 3º CPC. Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito
quando: I – reformar sentença fundada no art. 485; II – decretar a
nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do
pedido ou da causa de pedir; III – constatar a omissão no exame de
um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV – decretar a
nulidade de sentença por falta de fundamentação.
- Processo em plenas condições de ser resolvido = já passou por toda a fase
cognitiva/instrutória e não é necessária a produção de provas.
Efeitos da Apelação:
- Efeito SUSPENSIVO AUTOMÁTICO com as exceções do artigo 1.012, § 1º
(demarcação de terras, alimentos, interdição, tutela, etc).
Obs: Exceção da exceção - é possível que o apelante requeira a
atribuição de efeito suspensivo à apelação em caso de probabilidade de
provimento (tutela de evidência recursal) ou risco de dano (tutela de urgência
recursal.) (art. 1.012, §3º, CPC)
- Efeito DEVOLUTIVO, que pode ser analisado em sua profundidade e
extensão.
⇢ Extensão: o tribunal reaprecia a matéria impugnada.
⇢ Profundidade: o tribunal pode apreciar todo o material constante nos
autos, mas limitando-se à extensão trazida pelo apelante.
- Efeito REGRESSIVO (retratação do juiz)
⇢ Sentenças não podem ser editadas, conforme art. 494 do CPC, mas
há algumas exceções (que estão no capítulo de efeitos recursais).
Procedimento de Apelação:
- Interposta de forma escrita perante o juízo a quo em 15 DIAS.
- A apelação cível não admite complementação posterior (por isso as razões já
devem ir no pedido).
- O juízo a quo não faz juízo de admissibilidade.
- A petição da apelação conterá (art. 1.010, CPC):
⇢ I – os nomes e a qualificação das partes;
⇢ II – a exposição do fato e do direito;
⇢ III – as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
⇢ IV – o pedido de nova decisão. ↓
Obs:
☛ error in procedendo - erro que viola norma processual - o
pedido é de anulação da sentença.
☛ error in iudicando - erro de fato ou direito - pedido de reforma
da sentença.
- Após apresentação da apresentação, o réu é intimado para apresentar suas
contrarrazões. Prazo: 15 DIAS.
⇢ Se o apelado recorrer de alguma decisão interlocutória não
agravável, o apelante precisa ser intimado para também apresentar
suas contrarrazões.
- Feita a apelação, pode haver APELAÇÃO ADESIVA.
⇢ O apelante originário também será intimado para apresentar
contrarrazões à apelação adesiva.
- Em seguida, o juiz determina a remessa dos autos à segunda instância.
- Uma vez no tribunal, a apelação é distribuída ao relator, é feito o juízo de
admissibilidade do recurso, e a apelação será julgada por órgão colegiado,
por voto de três juízes.
Art. 941 § 2º CPC. No julgamento de apelação ou de agravo de
instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto
de 3 (três) juízes.
Fluxograma do procedimento de apelação:
Fonte (melhor qualidade):
https://thumbs.jusbr.com/filters:format(webp)/imgs.jusbr.com/publications/images/4dd7653e04f1ee49e
df3ec9ee1e8fa0d
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Noções introdutórias:
- O CPC/2015 eliminou o agravo retido.
- Casos que admitem o recurso por meio do agravo: hipóteses previstas no art.
1.015 do CPC.
- Se a decisão interlocutória for agravável e não for interposto o agravo, ocorre
a preclusão e a decisão transita em julgado.
- Se a decisão interlocutória não for agravável a decisão pode ser impugnada
na apelação ou nas contrarrazões de apelação.
Taxatividade do rol do art. 1.015 | Tema 988/STJ :
- STJ: cabe agravo de instrumento sempre que o caso concreto revelar a
inutilidade de se impugnar a decisão interlocutória somente por ocasião da
apelação. OU SEJA, cabe agravo de instrumento sempre que o recorrente
demonstrar que a impugnação deve necessariamente ser feita de forma
imediata, sob pena de ser inútil uma impugnação apenas no momento da
interposição da apelação.
- O STJ também vinha decidindo no sentido de admitir a interpretação
extensiva do rol do art. 1.015 do CPC, até que, ao julgar recursos repetitivos,
a Corte Especial do STJ fixou aseguinte tese:
O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento
da questão no recurso de apelação.
Inicialmente, é importante destacar as conflitantes posições doutrinárias e, aparentemente
indissolúveis, divergências jurisprudenciais sobre as quais se pretende pacificar o
entendimento desta Corte. São elas: a) o rol do art. 1.015 do CPC é absolutamente taxativo e
deve ser interpretado restritivamente; b) o rol do art. 1.015 do CPC é taxativo, mas admite
interpretações extensivas ou analógicas; e c) o rol do art. 1.015 é exemplificativo, admitindo-se
o recurso fora das hipóteses de cabimento previstas no dispositivo. Nesse sentido, registre-se
que o legislador, ao restringir a recorribilidade das decisões interlocutórias proferidas na fase
de conhecimento do procedimento comum e dos procedimentos especiais, exceção feita ao
inventário, pretendeu salvaguardar apenas as “situações que, realmente, não podem
aguardar rediscussão futura em eventual recurso de apelação”. Contudo, a enunciação,
em rol pretensamente exaustivo, das hipóteses em que o agravo de instrumento seria cabível
revela-se, na esteira da majoritária doutrina e jurisprudência, insuficiente e em
desconformidade com as normas fundamentais do processo civil, na medida em que
sobrevivem questões urgentes fora da lista do art. 1.015 do CPC e que tornam inviável a
interpretação de que o referido rol seria absolutamente taxativo e que deveria ser lido de modo
restritivo. Da mesma forma, a tese de que o rol do art. 1.015 do CPC seria taxativo, mas
admitiria interpretações extensivas ou analógicas, mostra-se ineficaz para conferir ao referido
dispositivo uma interpretação em sintonia com as normas fundamentais do processo civil, seja
porque ainda remanescerão hipóteses em que não será possível extrair o cabimento do
agravo das situações enunciadas no rol, seja porque o uso da interpretação extensiva ou da
analogia pode desnaturar a essência de institutos jurídicos ontologicamente distintos. Por sua
vez, a tese de que o rol seria meramente exemplificativo resultaria na repristinação do regime
recursal das interlocutórias que vigorava no CPC/1973 e que fora conscientemente modificado
pelo legislador do novo CPC, de modo que estaria o Poder Judiciário, nessa hipótese,
substituindo a atividade e a vontade expressamente externada pelo Poder Legislativo. Assim,
a tese que se propõe consiste em, a partir de um requisito objetivo – a urgência que decorre
da inutilidade futura do julgamento do recurso diferido da apelação –, possibilitar a
recorribilidade imediata de decisões interlocutórias fora da lista do art. 1.015 do CPC, sempre
em caráter excepcional e desde que preenchido o requisito urgência. Trata-se de reconhecer
que o rol do art. 1.015 do CPC possui uma singular espécie de taxatividade mitigada por uma
cláusula adicional de cabimento, sem a qual haveria desrespeito às normas fundamentais do
próprio CPC e grave prejuízo às partes ou ao próprio processo. REsp 1.704.520-MT, Corte
Especial, julgado em 05/12/2018, DJe 19/12/2018 (Tema 988 – Informativo n. 653).
Agravo de Instrumento e decisões com pronunciamento de mérito
(art. 1.015, II):
- STJ: a decisão interlocutória que afasta a alegação de prescrição é recorrível,
de imediato, por meio de agravo de instrumento.
- STJ: não é cabível agravo de instrumento contra decisão que indefere pedido
de julgamento antecipado do mérito por haver necessidade de dilação
probatória (maior prazo para a produção de provas).
Rejeição da alegação de convenção de arbitragem (art. 1.015, III):
- As partes interessadas podem submeter a solução de seus litígios ao juízo
arbitral mediante convenção de arbitragem. Caso o juiz rejeite a convenção
de arbitragem, essa decisão é passível de agravo de instrumento.
Exclusão de Litisconsorte (art. 1.015, VII):
- A hipótese deste artigo vale quando é o juiz que exclui do processo um
litisconsorte.
- Decisão que mantém o litisconsorte no processo: STJ - “não cabe
agravo de instrumento contra decisão de indeferimento do pedido de
exclusão de litisconsorte”. Motivo: a errônea exclusão de um
litisconsorte é capaz de invalidar a sentença de mérito, já manter uma
parte alegadamente ilegítima não fulmina a sentença de mérito nele
proferida, podendo o tribunal, por ocasião do julgamento do recurso de
apelação, reconhecer a ilegitimidade da parte e, então, excluí-la do
processo.
Litisconsórcio multitudinário (art. 1.015, VIII):
- A parte pode requerer a limitação do número de litigantes ao juiz e, caso
indeferido o pedido, caberá agravo de instrumento.
- A decisão que acolhe o requerimento de limitação do litisconsórcio NÃO É
passível de agravo, pois acolher a limitação do litisconsórcio multitudinário
não causa prejuízo ao demandante.
Intervenção de terceiros (art. 1.015, IX):
- Admitida ou inadmitida no processo, é cabível o agravo de instrumento
porque não é razoável deixar para impugnar esse tipo de decisão somente
por ocasião da apelação, pois todos os atos do processo já teriam sido
praticados, com ou sem a presença do terceiro.
- Pelo CPC, a decisão que admite a participação do amicus curiae (espécie de
intervenção de terceiros) é irrecorrível.
Art. 138 CPC. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da
controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento
das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada,
com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua
intimação.
- Pelo STF (decisão de 2020), a decisão que denega a participação amicus
curiae é recorrível pelo terceiro que teve sua participação denegada.
É recorrível a decisão denegatória de ingresso no feito como amicus curiae.
É possível a impugnação recursal por parte de terceiro, quando denegada
sua participação na qualidade de amicus curiae. STF. Plenário. ADI 3396
AgR/DF, julgado em 6/8/2020 (Informativo 985).
Redistribuição do ônus da prova (art. 1.015, XI):
- Possibilita que a parte que recebe o ônus da prova no curso do processo dele
se desvencilhar, seja pela possibilidade de provar, seja ainda para
demonstrar que não pode ou que não deve provar, como, por exemplo, nas
hipóteses de prova diabólica reversa ou de prova duplamente diabólica.
Regularidade Formal do Agravo de Instrumento:
- A petição do agravo de instrumento é dirigida ao próprio tribunal que irá
examiná-lo.
- Prazo: 15 DIAS.
- Conterá (art. 1.016, CPC):
⇢ I – os nomes das partes;
⇢ II – a exposição do fato e do direito;
⇢ III – as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e
o próprio pedido;
⇢ IV – o nome e o endereço completo dos advogados constantes do
processo.
- O agravo deve ser instruído junto com cópias de vários documentos do
processo, descritos no art. 1.017 do CPC. (petição, contestação, decisão
agravada, etc) ↓
- A juntada desses documentos permite ao tribunal entender a controvérsia,
verificar a tempestividade do recurso e analisar a regularidade das
representações das partes.
- Falta dessas cópias > o relator concede 5 dias para sanar. (art. 932, CPC)
- Autos eletrônicos: as cópias são dispensadas (art. 1.017 § 5º CPC)
Juntada da petição do agravo de instrumento aos autos do
processo:
- Permite que o juiz possa saber que sua decisão foi agravada e, em seguida,
possa se retratar, se for o caso;
- Permite que o agravado tenha conhecimento da interposição do agravo e do
seu teor sem ter que forçá-lo a se dirigir até o tribunal para isso
- O descumprimento da juntada pode inadmitir o agravo:
Art. 1.018 CPC. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do
processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de
sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 2ºNão sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência
prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do
agravo de instrumento.
§ 3º CPC. O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que
arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de
instrumento.
Fluxograma do procedimento de agravo de instrumento:
Fonte (melhor qualidade):
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads-trilhante-sp/aulas-texto/C0431/C0431I01.png
Teoria da Causa Madura e Agravo de Instrumento:
- O entendimento doutrinário predominante é no sentido de que APLICA-SE
também ao agravo de instrumento
- STJ: “Admite-se a aplicação da teoria da causa madura em julgamento de
agravo de instrumento. REsp 1.215.368-ES, DJe 19/9/2016 (Informativo
590).”
AGRAVO INTERNO
Noções introdutórias:
- O Agravo Interno é uma espécie recursal que visa impugnar as decisões
monocráticas proferidas pelo relator em Tribunal, qualquer que seja o
conteúdo da decisão do relator.
- Visa levar a decisão ao conhecimento do órgão colegiado competente para
que este se manifeste a favor ou contra. (busca por uma decisão colegiada)
- Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificamente os
FUNDAMENTOS da decisão agravada.
- Prazo: 15 DIAS (art. 1.070, CPC) (art. 1.003, §5º, CPC)
Multa de inadmissibilidade ou de improcedência do Agravo Interno:
- Se o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou
improcedente em VOTAÇÃO UNÂNIME, o órgão colegiado, em decisão
fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada
entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
- O depósito dessa multa é requisito de admissibilidade a qualquer outro
recurso que a parte venha a interpor.
Apreciação do Agravo Interno:
- Ao apreciar o Agravo Interno, o relator poderá retratar-se ou levar o Agravo
Interno para julgamento pelo órgão colegiado.
- O órgão colegiado não poderá rejeitar o Agravo Interno tão somente com
base na reprodução dos fundamentos da decisão agravada (art. 1.021, §3° do
Código de Processo Civil).
Fluxograma do procedimento de Agravo Interno:
Fonte (melhor qualidade):
https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/uploads-trilhante-sp/aulas-texto/C0431/agravointernocerto%402
x.png
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Noções introdutórias:
- Visa combater a obscuridade, omissão ou contradição em qualquer decisão
judicial.
- Cabível nas hipóteses do Art. 1.022 do CPC. É recurso de fundamentação
vinculada, o que quer dizer que ele só poderá ser usado diante desses vícios
específicos. (erro material, omissão, etc)
- Dispensa preparo.
- Podem ser opostos contra qualquer tipo de decisão judicial, definitiva ou
interlocutória. Obs: Não cabe nenhum recurso contra despacho, pois ele não
tem natureza decisória.
- Prazo: 5 DIAS. É o único recurso com esse prazo.
- Como efeito, interrompe o prazo recursal de outros recursos.
Obs: Embargos de declaração não têm duplo grau de jurisdição, sendo o próprio juiz
monocrático da sentença o responsável por apreciá-los.
Hipóteses de cabimento:
- Esclarecer decisões obscuras:
⇢ Para Fredie Didier, a decisão é obscura quando for ininteligível.
⇢ Falta de clareza do ato judicial, principalmente se considerarmos que
as decisões judiciais devem ser compreendidas pelos seus
destinatários.
- Eliminar contradição:
⇢ Falta de coerência na decisão.
⇢ Uma das formas mais comuns: O juiz fundamenta a decisão de um
modo e o dispositivo da decisão não é coerente com a fundamentação
exposta.
- Suprir omissão:
⇢ O juiz deixou de se manifestar sobre um pedido, questão que deveria
tratar de ofício ou sobre fundamento relevante trazido aos autos pelas
partes.
⇢ Os embargos de declaração também consistem em um meio de
fazer os tribunais exercerem o seu dever de autorreferência, ou seja, de
observar seus próprios precedentes. Assim, todas as vezes que um
juiz ou um tribunal for se afastar de seu próprio entendimento, deve
fazer isso de forma explícita, sob pena da decisão ser considerada
omissa
⇢ Também é omissa a decisão que incorra em qualquer das condutas
descritas no art. 489, § 1º, do CPC: ↓
Art. 489 § 1º CPC. Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I – se limitar à indicação, à
reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a
causa ou a questão decidida; II – empregar conceitos jurídicos
indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III
– invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV –
não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em
tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V – se limitar a invocar
precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles
fundamentos; VI – deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no
caso em julgamento ou a superação do entendimento
- Corrigir erro material:
⇢ Inexatidões contidas na decisão judicial ou erros de cálculo.
⇢ O juiz pode corrigi-los, inclusive, de ofício, conforme disposto no art.
494 do CPC: ↓
Art. 494 CPC. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la:
I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais
ou erros de cálculo; II – por meio de embargos de declaração.
⇢ A COISA JULGADA não alcança o ERRO MATERIAL.
Enunciado n. 360 do FPPC: A não oposição de embargos de declaração em
caso de erro material na decisão não impede sua correção a qualquer tempo.
Natureza do ato judicial que decide os embargos de declaração:
- O ato judicial que decide os embargos de declaração ostenta a mesma
natureza daquele que foi objeto dos embargos. Se opostos contra sentença,
eles serão decididos por nova sentença. Se opostos contra acórdão, serão
julgados por novo acórdão. Isso porque os embargos de declaração
possuem efeito integrativo, ou seja, complementam, integram e
aperfeiçoam a decisão embargada
Embargos de declaração protelatórios:
- Por causa do efeito de interromper o prazo recursal de outros recursos, os
embargos de declaração podem ser utilizados de forma indevida, com a
finalidade de atrasar a marcha processual.
- Cabe MULTA para quem fizer isso:
Art. 1.026 § 2º CPC. Quando manifestamente protelatórios os embargos de
declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o
embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento
sobre o valor atualizado da causa.
RECURSO ORDINÁRIO
Noções introdutórias:
- É um recurso cabível em face de acórdão de competência originária. Assim, é
dirigido ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou Superior Tribunal de Justiça
(STJ).
- Cabíveis também no âmbito constitucional e penal.
- Embora seja julgado pelo STJ e pelo STF, não é um recurso de natureza
extraordinária
Características:
- Admite reexame de prova.
- Os tribunais superiores funcionam como segundo grau de jurisdição.
- É um recurso de fundamentação livre.
- É dotado de amplo efeito devolutivo.
- Interposto perante o presidente ou vice-presidente do tribunal que proferiu o
acórdão, que não faz juízo de admissibilidade.
- Admite a aplicação da teoria da causa madura (art. 1.013, § 3º CPC).
- Prazo para interposição: 15 dias. Prazo para as contrarrazões: 15 dias.
Pode ser interposto contra:
Acórdão proferido por tribunal Sentença proferida por juiz federal
de primeira instância
Art. 102 CF. Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: II – julgar, em
recurso ordinário: a) o habeas corpus, o
mandado de segurança, o habeas data e o
mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se
denegatória a decisão;
Art. 105 CF. Compete ao Superior Tribunal de
Justiça: II – julgar, em recurso ordinário: b) os
mandados de segurança decididos em única
instância pelosTribunais Regionais Federais ou
pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal
e Territórios, quando denegatória a decisão;
Art. 1.027 CPC. Serão julgados em recurso
ordinário: I – pelo Supremo Tribunal Federal, os
mandados de segurança, os habeas data e os
mandados de injunção decididos em única
instância pelos tribunais superiores, quando
denegatória a decisão; II – pelo Superior
Tribunal de Justiça: a) os mandados de
segurança decididos em única instância pelos
tribunais regionais federais ou pelos tribunais de
justiça dos Estados e do Distrito Federal e
Territórios, quando denegatória a decisão.
Art. 1.027 CPC. Serão julgados em recurso
ordinário: II – pelo Superior Tribunal de Justiça:
b) os processos em que forem partes, de um
lado, Estado estrangeiro ou organismo
internacional e, de outro, Município ou
pessoa residente ou domiciliada no País.
Obs: Decisão denegatória é aquela que julga improcedente o pedido e a que
extingue o processo sem apreciação do mérito.
Recurso Ordinário Constitucional para o STF e STJ:
- Para os dois, é preciso que: a decisão seja um acórdão; o acórdão seja
denegatório; o acórdão seja proferido em única instância (o processo precisa
ser de competência originária).
Recurso Ordinário Constitucional para o STF:
- O processo precisa ser de competência originária dos tribunais superiores.
Recurso Ordinário Constitucional para o STJ:
- O acórdão PRECISA ser proveniente de um tribunal regional federal ou
tribunal estadual ou do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT).
RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO
Características comuns do Recurso Especial e do Recurso
Extraordinário (RE e REsp):
- Ambas as espécies recursais são consideradas recursos excepcionais,
extraordinários ou de superposição POIS:
☛ São recursos cujo cabimento só ocorre em hipóteses específicas e
há a exigência do preenchimento de requisitos mais rigorosos.
☛ Permitem APENAS a análise/reexame de matérias de direito,
diferentemente dos recursos de natureza ordinária/comum que
também permitem o reexame de fatos.
- Súmula 7 STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja
recurso especial”.
☛ OBS: é possível a interposição desses recursos por violação às
normas de direito probatório, como, por exemplo, as de valoração e
admissibilidade das provas. “Exemplo: é possível a interposição de
recurso extraordinário para discutir a respeito da utilização de prova
ilícita, que é proibida pela Constituição Federal e a interposição de
recurso especial para discutir violação de norma de direito probatório
prevista no Código de Processo Civil. Lembre-se: recurso interposto para
discutir a apreciação da prova é diferente de recurso interposto para
discutir violação ao direito probatório.”
- Os seus fundamentos estão previstos na CF, ou seja, são recursos de
fundamentação vinculada
- Exigem esgotamento das instâncias ordinárias. Enquanto houver
possibilidade de recurso na instância de origem, não caberá o RE e o REsp.
☛ Súmula 281 do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando
couber, na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada”.
Súmula 207 do STJ: “É inadmissível recurso especial quando cabíveis
embargos infringentes contra o acórdão proferido no tribunal de origem”.
- Duplo juízo de admissibilidade: feito tanto no juízo a quo como no juízo ad
quem. São os únicos recursos que se submetem ao duplo juízo de
admissibilidade.
- Exigem prequestionamento para serem conhecidos. Para que uma questão
constitucional ou legal seja objeto de RE ou REsp, o recorrente deve suscitá-la
nas instâncias ordinárias e o tribunal deve enfrentar a questão de direito
objeto do recurso.
- Se a parte suscitar a questão e, mesmo assim, a instância inferior não
examiná-la caberá EMBARGOS DE DECLARAÇÃO requerendo
suprimento da omissão (fazendo com que a instância ordinária se
pronuncie).
Interposição conjunta de RE e REsp:
- Quando for o caso de dois fundamentos suficientes sustentarem o acórdão,
sendo um constitucional e um infraconstitucional, DEVE SE INTERPOR RE E
REsp SIMULTANEAMENTE, em petições distintas, sendo o recurso
extraordinário contra a parte constitucional e o recurso especial contra a
parte infraconstitucional.
- Se deixar de ser interposto um desses recursos, o outro que venha a ser
interposto não será admitido porque se torna inútil, considerando que, ainda
que o recorrente seja vitorioso no recurso interposto, ele não lhe aproveitaria,
pois, a decisão permaneceria intacta com base no outro fundamento
(autônomo e suficiente para manter a decisão) que não foi objeto de recurso.
-
RECURSO ESPECIAL (STJ)
Finalidade:
- Permitir o controle de legalidade das decisões dos tribunais.
- Promover a uniformização da interpretação das leis federais.
Requisitos:
- Indispensável que a causa tenha sido decidida em única ou última instância
pelos TRFs ou tribunais estaduais. (por isso não cabe REsp de acórdão
proferido pelo Juizado Especial Cível - Súmula 203, STJ.).
- Necessidade de esgotamento das instâncias ordinárias.
- Só é possível a interposição do REsp contra acórdão, não basta apenas uma
decisão monocrática do relator.
Hipóteses de cabimento::
- Rol taxativo:
CF Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
III – julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados,
do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
- a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
- Ofender o texto legal, deixar de aplicá-lo, aplicá-lo erroneamente,
interpretá-lo errado, etc.
- Súmula 518 do STJ: “Para fins do art. 105, III, a, da Constituição
Federal, não é cabível recurso especial fundado em alegada
violação de enunciado de súmula.”
- b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
- Quando um ato de governo local tem sua validade reconhecida
por um acórdão em detrimento da lei federal,
- c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro
tribunal.
- Divergência jurisprudencial entre tribunais distintos (requer a
comprovação de dissídio jurisprudencial).
- Súmula 13 do STJ: “A divergência entre julgados do mesmo
Tribunal não enseja recurso especial.”
-
Princípio da fungibilidade e primazia do mérito::
- Se o recurso especial versar sobre uma questão constitucional, em atenção
ao princípio da primazia da decisão de mérito e ao princípio da cooperação, o
recurso será remetido ao STF, em vez de ser extinto sem análise do mérito
recursal. Também pode ocorrer em sentido contrário (a conversão do
Recurso Extraordinário em Recurso Especial.) arts 1.032 e 1.033 do CPC
⇓
A doutrina costuma chamar de livre trânsito de recursos entre o STF e o STJ.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (STF)
Finalidade:
- Assegurar que o sistema jurídico respeite a Constituição Federal.
- Garantir a integridade do sistema jurídico constitucional.
Hipóteses de cabimento::
- Rol taxativo:
CF Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a
guarda da Constituição, cabendo-lhe:
III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou
última instância, quando a decisão recorrida: (NÃO PRECISA SER DE
TRIBUNAL, cabe RE de acórdão proferido pelo Juizado Especial Cível )
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
- Súmula 640 do STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão
proferida por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma
recursal de juizado especial cível e criminal.
- a)contrariar dispositivo desta Constituição:
- A ofensa à constituição deve ser DIRETA e não apenas reflexo de
normas infraconstitucionais. Se o STF considerar que a ofensa objeto
do recurso é indireta, aplica-se a conversão de RE em REsp. Não será
essa a solução quando o acórdão for proveniente de turma recursal do
juizado especial, pois já sabemos que não cabe REsp nesse caso e,
portanto, não haveria como converter o RE em REsp.
- c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta
Constituição.
- Quando a decisão recorrida julgar válida lei ou ato de governo local
contestado em face da CF é cabível o RE. Isso porque a decisão,
nesse caso, privilegia a lei ou ato de governo local em vez de
privilegiar a CF.
- d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.
- A intenção é resguardar o regime hierárquico previsto na Constituição
Federal.
-
Repercussão geral::
- É a demonstração de que aquela questão constitucional objeto do recurso
ultrapassa o interesse das partes e atinge ou reflete interesse de boa parte
da coletividade.
- Art. 102, §3, CF:
“No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas
no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a
admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela
manifestação de dois terços de seus membros.”
- Art. 1035, CPC:
“O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não
conhecerá do recurso extraordinário quando a questão
constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos
termos deste artigo.”
- PRAZO DE JULGAMENTO: Após reconhecida a repercussão geral do
recurso, há o prazo de 1 ano para que o Tribunal julgue o recurso.
- PRESUNÇÃO de repercussão geral:
CPC Art. 1.035. § 3º Haverá repercussão geral sempre que o
recurso impugnar acórdão que: I – contrarie súmula ou
jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; III –
tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei
federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
- Admite-se a intervenção de amicus curiae na análise da repercussão geral, o
que por vezes é necessário para aprofundar o debate em torno da
repercussão geral e da formação de um precedente obrigatório.
- Suspensão de processos em recursos extraordinários repetitivos:
Reconhecida a repercussão geral, o relator poderá determinar a suspensão
do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou
coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.

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