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Apostila Policia Penal atualizada 2021 (1)

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APOSTILA 
POLÍCIA PENAL 
MG
2021
LEITURA, INTERPRETAÇÃO 
E COMPREENSÃO DE TEXTO
A interpretação de textos exigida nos concursos
públicos requer dos candidatos muita atenção e
cuidado.
Os concursos apresentam questões interpretativas
que têm por finalidade a identificação de um leitor
autônomo.
Portanto, o candidato deve compreender os níveis 
estruturais da língua por meio da lógica, além de
necessitar de um bom léxico (vocabulário) 
internalizado.
As frases produzem significados diferentes de
acordo com o contexto em que estão inseridas.
Então, torna-se necessário sempre fazer um
confronto entre todas as partes que compõem o texto. 
Além disso, é fundamental apreender as
informações apresentadas por trás do texto e as
inferências que ele possibilita.
Esse procedimento justifica-se por um texto ser
sempre produto de uma postura ideológica do autor
diante de uma temática qualquer.
Uso e Adequação da Língua às Situações de 
Comunicação: Níveis de linguagem
A língua pertence a todos os membros de uma 
comunidade e é uma entidade viva em constante
mutação.
Novas palavras são criadas ou assimiladas de
outras línguas, à medida que surgem novos hábitos,
objetos e conhecimentos. Os dicionários vão
incorporando esses novos vocábulos (neologismos),
quando consagrados pelo uso.
De fato, quem determina as transformações
linguísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de
usuários, estejam escrevendo ou falando, uma vez que
tanto a língua escrita quanto a oral apresentam
variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, culturais, etc.
Embora as variações linguísticas e os níveis da
linguagem sejam condicionados pelas circunstâncias,
tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua
finalidade, que é a comunicação.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e
será sempre diferente da língua oral, mais espontânea,
solta, livre, visto que acompanhada de mímica e
entonação, que preenchem importantes papéis
significativos.
Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada
coloquialmente, no dia a dia, difere substancialmente
do padrão culto.
Com base nessas considerações, não se deve
reger o ensino da língua pelas noções de certo e
errado, mas pelos conceitos de adequado e
inadequado, que são mais convenientes e exatos,
porque refletem o uso da língua nos mais diferentes
contextos.
Não se espera que um adolescente, reunido a
outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos
ao shopping assistir a um filme”, mas se aceita: “Vamos
no shopping assistir um filme”.
Por outro lado, não seria adequado a um professor
universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos
que participo de palestras nesta Universidade, nas
quais sempre houveram estudantes interessados”.
Dessa forma, pode-se falar em dois níveis de 
linguagem:
Nível informal ou coloquial: É aquele usado
espontânea e fluentemente pelo povo.
Mostra-se quase sempre rebelde à norma
gramatical e é carregado de vícios de linguagem
(solecismo - erros de regência e concordância;
barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão;
cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e
preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
A linguagem popular está presente nas mais 
diversas situações: conversas familiares ou entre
amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas 
de TV, novelas, textos publicitários, etc.
Ex.: “Onde cê vai?” “Ele
tá com sede.”
“Cheguei na escola.” 
“Esse livro é pra mim ler.”
Nível culto ou padrão: É aquele ensinado nas
escolas e serve de veículo às ciências em que se
apresenta com terminologia especial.
É usado pelas pessoas instruídas das diferentes
classes sociais e caracteriza-se pela obediência às
normas gramaticais.
Mais comumente usado na linguagem escrita e
literária, reflete prestígio social e cultural. É mais
artificial, mais estável, menos sujeito a variações.
Está presente nas aulas, conferências, sermões,
discursos políticos, comunicações científicas,
noticiários de TV, programas culturais, etc.
Ex. “Passe-me o sal, por favor.” 
“Cheguei à escola.”
“Esse livro é para eu ler.”
Variações Linguísticas: Regionalismos ou falares
locais são variações geográficas do uso da língua
padrão, quanto às construções gramaticais, empregos
de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico.
Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico,
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
Além de sofrer variações de região para região, a
língua também sofre alterações entre os diversos
grupos sociais, devido a fatores econômicos, culturais,
etários, profissionais, etc.
Elementos do Processo Comunicativo e 
Funções da Linguagem
O processo comunicativo envolve os seguintes
elementos:
1) Emissor: Aquele que emite amensagem,
codificando-a em palavras.
2) Receptor: Quem recebe a mensagem e a 
decodifica, ou seja, apreende a ideia.
3) Mensagem: É o próprio texto transmitido, aquilo 
que passa do emissor para o receptor.
4) Código: É o sistema linguístico escolhido para a 
transmissão e recepção da mensagem.
5) Canal: Meio pelo qual a mensagem é 
transmitida.
6) Referente: Conteúdo da mensagem, objeto ou
situação a que a mensagem se refere.
Considerando o destaque que é dado a cada um
desses elementos, há seis funções básicas da
linguagem verbal:
Função Emotiva / Expressiva
É centralizada no emissor. Como o próprio nome já
diz, tem o papel de exprimir emoções, impressões
pessoais a respeito de determinado assunto.
Por esse motivo, ela normalmente vem escrita em
primeira pessoa e de forma bem subjetiva.
Em textos que utilizam a função emotiva, há uma
presença marcante de figuras de linguagem,
mensagens subentendidas, etc.
Os textos que mais comumente utilizam esse tipo
de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as
memórias, as biografias, entre outros.
Ex.: “É bonito ser amigo, mas, confesso, é tão difícil
aprender!” (Fernando Pessoa)
Função Referencial
Esse tipo de linguagem é centralizadono referente. 
Como seu foco é transmitir a mensagem da melhor 
maneira possível, a linguagem utilizada é objetiva, 
recorrendo a conceitos gerais, vocabulário simples e 
claro ou, dependendo do público-alvo, vocabulário mais
adequado a ele.
Há objetividade nas informações e clareza nas
ideias. Prevalece o uso da terceira pessoa, o que torna
o texto ainda mais impessoal.
Os textos que normalmente fazem uso dessa 
função são os jornalísticos e os científicos.
Ex.: “Bancos terão novas regras para acesso de
deficientes.” (Jornal O Popular, 16 out. 2008)
Função Apelativa / Conativa
Como sugere o nome, essa função serve para fazer
apelos, pedidos, para comover ou convencer alguém a
respeito do que se diz.
Centralizada no receptor, procura influenciá-lo em
seus pensamentos ou ações. É bastante frequente o
uso da segunda pessoa, dos vocativos e dos 
imperativos.
Essa função é aplicada particularmente nas
propagandas ou outros textos publicitários, e também 
em campanhas sociais.
Ex.: “Não perca a chance de ir ao cinema pagando 
menos.” (Propaganda do ItaúCard)
Função fática
Centraliza-senocanal.
Tem o objetivo de estabelecer um contato ou
comunicação, não necessariamente com uma carga 
semântica aparente.
É utilizada em saudações, cumprimentos do dia a 
dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc.
Ex.: “Alô!” (ao atender o telefone) 
“Entendeu?” (durante um diálogo)
Função poética
Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem
figurada, metáforas e demais figuras de linguagem,
rima, métrica, etc.
É semelhante à linguagem emotiva, sendo que não
necessariamente revela sentimentos ou impressões a
respeito do mundo.
Essa função é aplicada em poesias, músicas e em
algumas obras literárias, centralizando a própria
mensagem.
Ex.: “Sou um mulato nato/ no sentido lato / mulato
democrático do litoral...” (Caetano Veloso)
Função metalinguística
Caracteriza-se por utilizar a metalinguagem, ou
seja, o código explicando o próprio código.
Está presente principalmente em dicionários e
gramáticas, mas podeocorrer também em poesias,
obras literárias, etc.
Ex. “A poesia é incomunicável/ Fique torto no seu
canto / Não ame” (Carlos Drummond de Andrade)
Denotação e Conotação
Sabe-se que não há associação necessária entre
significante (expressão gráfica, palavra) e significado,
pois essa ligação representa uma convenção.
É baseado nesse conceito de signo linguístico
(significante + significado) que se constroem as noções
de denotação e conotação.
O sentido denotativo das palavras é aquele
encontrado nos dicionários, o chamado sentido
verdadeiro, real.
(Ex. O gato tinha o pelo macio e branco.)
Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de
um sentido figurado, fantasioso e que, para sua
compreensão, depende do contexto.
Sendo assim, estabelece-se, numa determinada
construção frasal, uma nova relação entre significante
e significado.
(Ex. O vizinho fez um gato no poste de luz.)
O sentido conotativo também é chamado de
linguagem figurada.
Os textos literários exploram bastante as
construções de base conotativa, numa tentativa de
extrapolar o espaço do texto e provocar reações
diferenciadas em seus leitores.
Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o
conceito de polissemia (possibilidade que a palavra tem
de apresentar várias significações).
Algumas palavras, dependendo do contexto,
assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a
palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto
final, ponto de cruz...
Nesse caso, não se está atribuindo um sentido
figurado à palavra ponto, e sim ampliando sua
significação através de expressões que lhe completem
e esclareçam o sentido.
Discurso Direto e Indireto
Em uma narrativa, o narrador pode apresentar a
fala das personagens através do discurso direto ou do
discurso indireto.
No discurso direto, o narrador coloca os
personagens em cena e cede-lhes a palavra; isto é, o
próprio personagem fala.
Para construir o discurso direto, usa-se o travessão
e certos verbos especiais, que chamamos de verbos de
elocução ou verbos dicendi.
São exemplo de verbos de elocução os verbos
falar, dizer, responder, retrucar, indagar, declarar,
exclamar, etc.
Na seguinte passagem do romance "Vidas Secas",
de Graciliano Ramos, ficamos sabendo do sofrimento
e da rudeza de Fabiano, o protagonista, através da
forma como ele se dirige ao filho:
"Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram-
se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no
chão.
_ Anda, condenado do diabo_ gritou-lhe o pai."
No discurso indireto, o narrador "conta" o que o
personagem disse. Conhecemos suas palavras
indiretamente.
A passagem mencionada acima ficaria assim:
"O pai gritou-lhe que andasse, chamando-o de 
condenado do diabo."
Há, ainda, uma terceira forma de conhecer o que as
personagens dizem. É o discurso indireto livre.
Nesse caso o narrador passa do discurso indireto
para o direto sem usar nenhum verbo dicendi ou
travessão.
Por exemplo, numa outra passagem de Vidas
Secas, o narrador usa o discurso indireto livre para
caracterizar a personagem de seu Tomé:
"Seu Tomé da bolandeira falava bem, estragava os
olhos em cima de jornais e livros, mas não sabia
mandar: pedia.
Esquisitice de um homem remediado ser cortês. Até
o povo censurava aquelas maneiras. Mas todos
obedeciam a ele. Ah! Quem disse que não
obedeciam?"
Podemos observar que a última reflexão não é do
narrador, mas sim do personagem, pensando sobre a
questão.
Modos de Organização Textual: 
Descrição, Narração e Dissertação
Descrição: é o tipo de texto no qual se apresentam
as características que compõem um determinado
objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Observe um
exemplo de descrição:
Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele
morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e
amendoados demonstravam a luz interior de sua
alegria de viver e jovialidade. Os traços bem
desenhados compunham uma fisionomia calma, que
mais parecia uma pintura.
Narração: é a modalidade de texto no qual se conta
um ou mais fatos que ocorrem em determinado tempo e
lugar, envolvendo certos personagens. Veja o exemplo
abaixo:
Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o
irmão caminhavam pela rua mal iluminada que conduzia
à sua residência. Subitamente foram abordados por um
homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram
saber o que o homem queria, receosos de que se
tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um
bêbado que tentava encontrar o caminho de casa.
Dissertação: é o tipo de composição na qual se
expõe uma tese (ideia principal), seguida da
apresentação de argumentos que a comprovem. Segue
adiante um trecho dissertativo:
Tem havido muitos debates sobre a eficiência do
sistema educacional brasileiro. Argumentam alguns
que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a
capacidade de absorver informações dos mais
diferentes tipos e relacioná-las com a realidade
circundante. Um sistema de ensino voltado para a
compreensão dos problemas socioeconômicos e que
despertasse no aluno a curiosidade científica seria
desejável.
Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente,
deve-se alcançar a dois níveis de
leitura: a informativa e de reconhecimento e a
interpretativa.
A primeira deve ser feita de maneira cautelosa, por
ser o primeiro contato com o novo texto.
Dessa leitura, extraem-se informações sobre o
conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de
leitura.
Durante a interpretação propriamente dita, cabe
destacar palavras-chave, passagens importantes, bem
como usar uma frase para resumir a ideia central de
cada parágrafo.
Esse tipo de procedimento aguça a memória visual,
favorecendo o entendimento.
Não se pode desconsiderar que, embora a
interpretação seja subjetiva, há limites.
A preocupação deve ser a captação da essência do
texto, a fim de responder às interpretações que a banca
considerou pertinentes.
No caso de textos literários, é preciso conhecer a
ligação daquele texto com outras formas de cultura,
outros textos e manifestações de arte da época em que
o autor viveu.
Se não houver essa visão global dos momentos
literários e dos escritores, a interpretação pode ficar
comprometida.
Não se podem dispensar as dicas que aparecem na
referência bibliográfica da fonte e na identificação do
autor.
A última fase da interpretação concentra-se nas
perguntas e opções de resposta.
Nesse momento, são fundamentais marcações de
palavras como não, exceto, errada, respectivamente,
etc., que fazem diferença na escolha adequada.
Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o
conceito do "mais adequado", isto é, o que responde
melhor ao questionamento proposto.
Por isso, uma resposta pode estar certa para
responder à pergunta, mas não ser a adotada como
gabarito pela banca examinadora por haver uma outra
alternativa mais completa.
Cabe ressaltar que algumas questões apresentam
um fragmento do texto transcrito para ser a base de
análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que
aparentemente pareça ser perda de tempo.
A descontextualização de palavras ou frases, certas
vezes, é também um recurso para instaurar a dúvida no
candidato.
Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do
sentido global proposto pelo autor. Dessa maneira, a
resposta será mais consciente e segura.
Alguns Conceitos Importantes
É muito comum, entre os candidatos a um cargo
público, a preocupação com a interpretação de textos.
Isso acontece porque lhes faltam informações
específicas a respeito dessa tarefa constante em
provas de concursos públicos. Por isso, vão aqui
alguns conceitos que poderão ajudar no momento de
responder as questões relacionadas a textos:
INTERTEXTUALIDADE - comumente, os textos
apresentam referências diretas ou indiretas a outros
autores e a outros textos por meio de citação, alusão,
paráfrase, etc. Esse tipo de recurso denomina-se
intertextualidade.
COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe
que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos
entre si. Em outras palavras, a coesão se dá quando,
através de um pronome relativo, uma conjunção
(conectivo), um pronomepessoal ou outro vocábulo, há
uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já
foi dito.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo
da interpretação de um texto é a identificação de sua
ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias
secundárias e as argumentações, ou explicações, que
levem ao esclarecimento das questões apresentadas
na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é 
convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos
fundamentais de uma argumentação, de um processo,
de uma época (nesse caso, procuram-se os verbos e
os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de
semelhança ou de diferenças entre as situações
apresentadas no texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo
apresentado com uma realidade, opinando a respeito.
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou
secundárias em um só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com 
outras palavras, mantendo seu sentido original.
Para interpretar de forma adequada,
dependendo do texto, fazem-se necessários:
a) Conhecimento histórico – literário (escolas e
gêneros literários, estrutura do texto), leitura eprática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico
(qualidades do texto) e semântico;
c) Capacidade de observação e de síntese; e
d) Capacidade de raciocínio.
INTERPRETAR x COMPREENDER
INTERPRETAR 
SIGNIFICA
COMPREENDER 
SIGNIFICA
- EXPLICAR,
COMENTAR, JULGAR, - INTELECÇÃO,
TIRAR CONCLUSÕES, ENTENDIMENTO,
DEDUZIR. ATENÇÃO AO QUE
- TIPOS DE REALMENTE ESTÁ
ENUNCIADOS ESCRITO.
• Através do texto, - TIPOS DE ENUNCIADOS:
INFERE-SE que... • O texto DIZ que...
• É possível DEDUZIR • É SUGERIDO pelo autor
que... que...
• O autor permite • De acordo com o texto, é
CONCLUIR que... CORRETA ou ERRADA a
• Qual é a INTENÇÃO afirmação...
do autor ao afirmar • O narrador AFIRMA...
que...
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e
relacionadas entre si, formando um todo significativo
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade
de codificar e decodificar).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas
frases. Em cada uma delas, há uma certa informação
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior,
criando condições para a estruturação do conteúdo a
ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de
contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases
é tão grande que, se uma frase for retirada de seu
contexto original e analisada separadamente, poderá
ter um significado diferente daquele inicial.
ERROS DE INTERPRETAÇÃO MAIS COMUNS
a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai
do contexto, acrescentado ideias que não estão no
texto, quer por conhecimento prévio do tema, quer pela
imaginação.
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se
atenção apenas a um aspecto, ou a um trecho do texto,
esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o
que pode ser insuficiente para o total entendimento do
tema desenvolvido.
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias 
contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
equivocadas e, consequentemente, 
errando a questão.
Dicas para interpretação de texto
1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão 
geral do assunto;
2. Se encontrar palavras desconhecidas, não 
interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente;
3. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas
entrelinhas;
4. Voltar ao texto tantas vezes quantas precisar;
5. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as 
ideias do autor;
6. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) 
para melhor compreensão;
07. Centralizar cada questão ao pedaço
(parágrafo, parte) do texto correspondente;
08. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado
de cada questão;
09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente
de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa,
verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem
nas perguntas e que, às vezes, podem confundir o
candidato;
10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, 
procurar a mais exata ou a mais completa;
11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar
um fundamento de lógica objetiva;
12. Cuidado com as questões voltadas para dados 
superficiais;
13. Não se deve procurar a verdade exata dentro
daquela resposta, mas a opção que melhor se
enquadre no sentido do texto;
14. Às vezes a etimologia ou a semelhança das
palavras denuncia a resposta;
15. Procure estabelecer quais foram as opiniões
expostas pelo autor, definindo o tema e amensagem.
REDAÇÃO – O TEXTO 
DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO
Além da narração e da descrição, há um terceiro
tipo de redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO.
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a
respeito de um determinado tema, expressando o
ponto de vista de quem escreve em relação a esse
tema.
Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira
convincente, ou seja, de maneira que elas sejam
compreendidas e aceitas pelo leitor; e isso só acontece
quando tais opiniões estão bem fundamentadas,
comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem
argumentadas (argumentar = convencer, influenciar,
persuadir).
A argumentação é o elemento mais importante de
uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que
o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como
se não fossem dele e sim, de outra pessoa (de
prestígio, famosa, especialista no assunto...), ou seja,
de maneira impessoal, objetiva e sem prolixidade (sem
“encher linguiça”).
Para alcançar a impessoalidade, é importante que
a dissertação seja elaborada com verbos e pronomes
na terceira pessoa.
O texto impessoal soa como verdade e, como já
citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as ideias devem ser colocadas de
maneira clara, coerente e organizadas de maneira
lógica:
a) o elo entre pontos de vista e argumento se faz de
maneira coerente e lógica através das conjunções
(=conectivos). É por isso que as conjunções são
chamadas de marcadores argumentativos.
b) todo texto dissertativo é composto por três
partes coesas e coerentes: introdução,
desenvolvimento e conclusão.
A introdução é a parte em que se dá a apresentação
do tema, através de um conceito ou de 
questionamento(s) que ele sugere.
A seguir, apresenta-se um ponto de vista e seu
argumento principal. Para que a introdução fique
perfeita, é interessante seguir esses passos:
1. Transforme o tema numa pergunta;
2. Responda a pergunta (e obtém-se o ponto de 
vista);
3. Coloque o porquê da resposta (e obtém-se o
argumento).
O desenvolvimento contém as ideias que reforçam 
o argumento principal, ou seja, os argumentos
auxiliares e os fatos-exemplos (verdadeiros, 
reconhecidos publicamente).
O desenvolvimento deve dar sustentação à tese, 
que é a ideia principal defendida pelo autor.
A conclusão é a parte final da redação dissertativa,
em que o autor deve "amarrar" resumidamente (se
possível, numa frase) todas as ideias do texto para que
o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja,
seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso
que seu autor:
1. Entenda bem o tema;
2. Reflita a respeito dele;
3. Passe para o papel as ideias que o tema lhe
sugere;
4. Faça a organização textual (o "esqueleto do
texto"), pois a quantidade de ideias sugeridas pelo tema
é igual à quantidade de parágrafos que a dissertação
terá no desenvolvimento do texto.
Como fazer uma dissertação argumentativa
Vamos supor que o tema proposto seja Nenhum
homem é uma ilha.
Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha,
naturalmente, está em sentido figurado, significando
solidão, isolamento.
Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do
rascunho de sua redação.
1.Transforme o tema em uma pergunta:
Nenhum homem é uma ilha?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo
simples e claro, concordando ou discordando (ou,
ainda, concordando em parte e discordando em parte):
essa resposta é o seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo o porquê de sua
resposta, uma causa, um motivo, uma razão para
justificarsua posição: aí estará o seu argumento
principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que
ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar
sua posição. Esses serão argumentos auxiliares.
5. Em seguida, procure algum fato que sirva de
exemplo para reforçar a sua posição. Este fato-
exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas
que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da
vida política, econômica, social. Pode ser um fato
histórico.
Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com
o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá
força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a
nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além
disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso
texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá
uma marca pessoal à dissertação.
6. A partir desses elementos, procure juntá-los num
texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto,
você pode agrupá-los na sequência que foi sugerida:
Os passos
1) interrogar o tema;
2) responder, com a opinião;
3) apresentar argumento básico;
4) apresentar argumentos auxiliares;
5) apresentar fato- exemplo;
6) concluir.
Como ficaria o esquema
1º parágrafo: a tese
2º parágrafo: argumento 1
3º parágrafo: argumento 2
4º parágrafo: fato-exemplo
5º parágrafo: conclusão
Exemplo de redação com esse esquema:
Tema: Como encarar a questão do erro 
Título: Buscar o sucesso
Tese:
1º§ O homem nunca pôde conhecer acertos sem 
lidar com seus erros.
Argumentação
2º§ O erro pressupõe a falta de conhecimento ou
experiência, a deficiência de sintonia entre o que se
propõe a fazer e os meios para a realização do ato.
Deriva-se de inúmeras causas, que incluem tanto a
falta de informação, como a inabilidade em lidar com
elas.
3º§ Já acertar, obter sucesso, constitui-se na exata
coordenação entre informação e execução de qualquer
atividade. É o alinhamento preciso entre o que fazer e
como fazer, sendo esses dois pontos indispensáveis e
inseparáveis.
Fato-exemplo
4º§ Como atingir o acerto? A experiência é
fundamental e, na maioria das vezes, é alicerçada em
erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que
cada experiência ruim não mais ocorra. Assim, um
jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa
pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e,
aos poucos, aliar seus conhecimentos à capacidade de
enfrentar uma situação de nova prova e pressão. Esse
mesmo jovem, no mercado de trabalho, poderá estar
envolvido em situações semelhantes: seus momentos
de fracasso estimularão sua criatividade e maior
empenho, o que fatalmente levará a posteriores acertos
fundamentais em seu trabalho.
Conclusão
5º§ Assim, a ocorrência dos erros nos atos
humanos é inevitável. Porém, é preciso, acima de tudo,
saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho
e tomá-los como desafio, nunca se conformando,
sempre buscando a superação e o sucesso. Antes do
alcance da luz, será sempre preciso percorrer o túnel.
Outro esquema interessante
O texto abaixo, de Bertrand Russel, revela uma
estrutura que o candidato poderá usar em sua redação.
Leia o texto:
Aquilo por que vivi
Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes,
governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do
conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da
humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais,
impeliram-me para aqui e acolá, em curso, instável, por
sobre o profundo oceano de angústia, chegando às
raias do desespero.
Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz
êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu
sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas
horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o
amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível
através da qual nossa trêmula percepção observa,
além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime.
Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor,
numa miniatura mística, algo que prefigurava a visão
que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que
busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom
para a vida humana, foi isso que – afinal – encontrei.
Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu
queria compreender o coração dos homens. Gostaria
de saber por que cintilam as estrelas. E procurei
apreender a força pitagórica pela qual o número
permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um
pouco disto, mas não muito, eu o consegui.
Amor e conhecimento, até ao ponto em que são
possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a
piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos de
gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças
famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos
desvalidos a construir um fardo para seus filhos, e todo
o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem
numa irrisão o que deveria ser a vida humana. Anseio
por avaliar o mal, mas não posso, e também sofro.
Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a
considerado digna de ser vivida e, de bom grado,
tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade.
(Bertrand Russel, Autobiografia. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1967.)
O texto, cujo tema está explícito no título – os
motivos fundamentais da vida do autor – apresenta
cinco parágrafos. No primeiro parágrafo, o autor revela
as suas “três paixões”: amor, conhecimento e piedade.
Em seguida, dedica três parágrafos, um para cada uma
dessas paixões. O segundo parágrafo fala sobre a
busca do amor; o terceiro, sobre a procura do
conhecimento; e o quarto, sobre a importância do
sentimento piedade diante do sofrimento.
O quinto e último parágrafo realiza a conclusão do
texto.
Eis o esquema:
1º§ - a, b, c; 
2º§ - a;
3º§ - b;
4º§ - c;
5º§ - a, b, c.
Observar a estrutura dos textos dissertativos é um
bom momento de aprendizagem. Recomenda-se tal
exercício aos concursandos: ler editoriais e artigos de
jornais.
Características do Texto Dissertativo
1) Impessoalidade: Procure se distanciar do
assunto abordado, tratando os fatos com objetividade.
A impessoalidade confere maior credibilidade ao texto,
como se ele contivesse verdades universais e
inquestionáveis. Para alcançar a impessoalidade no
texto, substitua expressões como “eu acho”, “no meu
ponto de vista”, etc. por “É importante destacar...”,
“Convém ressaltar...”, “Percebe-se...”, etc.
2) Objetividade: Vá direto ao tema, não faça 
rodeios nem digressões.
Não coloque emoções nem subjetividade no texto
e utilize os adjetivos com moderação.
Faça um texto conciso, “enxuto”: releia-o ao 
passar a limpo e retire tudo o que fordesnecessário.
3) Clareza: O texto dissertativo deve ser claro, de 
fácil entendimento.
Para dar clareza ao texto, evite palavras 
rebuscadas, períodos muito longos e inversões na
ordem da oração.
A linguagem deve ser adequada e simples. 
Cuidado com ambiguidades no texto.
4) Correção: Escreva conforme a norma culta da 
língua, respeitando as regras gramaticais.
Fique atento à ortografia, pontuação, regência e
concordância.
5) Elegância: Não utilize expressões coloquiais, 
chavões, gírias, frases feitas.
Evite a redundância, que é a repetição de uma ideia
por meio de palavras diferentes (Ex. outra alternativa). 
Cuidado com a cacofonia, isto é, a formação de 
palavras chulas ou obscenas no encadeamento de 
vocábulos ou na separação de sílabas (Ex. Vou-me já).
6) Coerência: A coerência é a correspondência 
entre as ideias do texto de forma lógica.
Para que a coerência ocorra, as ideias devem se 
completar. Uma deve ser a continuação da outra.
Caso não ocorra uma concatenação de ideiasentre
as frases, elas acabarão por se contradizer ou por 
quebrar a linha de raciocínio.
A coerência é resultado da não contradição entre as 
partes do texto e do texto com relação ao mundo.
7) Informatividade: O texto não pode apenas
reproduzir o senso comum; é preciso que ofereça
informações relevantes ao leitor.
Evite afirmações óbvias, como “o homem depende
da natureza para viver” ou “as crianças são o futuro do
país”.
Assim, para produzir um texto realmente
informativo, é necessário pesquisar e confrontar
diversas fontes sobre amesma temática, a fim de que
o texto apresente argumentos suficientes para levar o
leitor a compreender seu raciocínio lógico e a aceitar
seu ponto de vista.
Dicas de redação
- Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você
olha visualmente as palavras e envia para a sua
memória a forma correta de escrita delas;
- Escreva muito. Escreva em diários, faça poemas,
copie receitas, utilize o recurso da escrita até mesmo
para tornar a letra mais legível e bonita;
- Treine fazer redação com temas que poderão ser
relacionados com prova de concurso que irá fazer. Ou
faça com temas da atualidade, notícias constantes nos
meios de comunicação;
- Seja crítico de si mesmo, revise os textos de
treino, retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”.
- Cronometre o tempo que é gasto nas suas
redações de treino e tente sempre diminuir o tempo
gasto na próxima;
- Não faça parágrafos prolongados;
- Não ultrapasse as margens nem o limite de linhas
estabelecidas na prova;
- Seja objetivo: o que você gastaria três parágrafos
para escrever tente colocar apenas em um;
- Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim
do texto. Não inicie com letra legível e arredondada,
por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”,
isso dará uma péssima impressão para o examinador
da banca quando for ler;
- Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem
amasse sua redação; tenha o máximo de asseio
possível;
- Faça as redações de provas anteriores do
concurso que você prestará;
- Fique focado no enunciado do que a banca está
pedindo, não redija um texto lindo, mas que está
totalmente fora do tema. Nunca fuja do temaproposto;
- Na introdução faça uma pequena abordagem,
apresentação inicial, no desenvolvimento exponha suas
ideias de forma clara, argumente e, por fim, na
conclusão, feche o texto retomando o foco. Nunca
inverta as ordens entre introdução, desenvolvimento e
conclusão;
- Use sinônimos, evite repetir as mesmas palavras;
- Tenha seus argumentos fundamentados. Seja
coeso e coerente;
- Tenha domínio sobre pontuação, concordância,
regência e ortografia;
- Saiba colocar suas ideias no papel de forma que
outros possam ler e entender realmente o que você quis
dizer.
Adequação Conceitual: Pertinência, Relevância
e Articulação dos Argumentos
A questão da pertinência: Para convencer o leitor
de que nossa posição sobre um assunto é razoável,
necessitamos muito mais do que emitir uma opinião
pessoal.
É preciso justificar, reunir dados ou exemplos que
tenham credibilidade, ou seja, apresentar uma série de
evidências que deem sustentação aos argumentos
elaborados.
As evidências indicam a pertinência dos
argumentos expostos.
Elas são apresentadas por meio de estratégias
discursivas, isto é, de recursos que procuram
fundamentar os argumentos.
As estratégias podem ser a ênfase na objetividade,
a utilização do testemunho de autoridade, o uso intenso
de fatos-exemplo, etc.
A seguir, são apresentados exemplos de como a
argumentação pode ser desenvolvida com pertinência,
a partir do tema “O papel social da televisão no Brasil”
Argumentação por exemplificação
Já foi criada até uma campanha – "Quem financia a
baixaria é contra a cidadania" – para que sejam
divulgados os nomes das empresas que anunciam nos
programas que mais recebem denúncias de
desrespeito aos direitos humanos.
Eis algumas palavras e expressões que cumprem
essa função, contribuindo para a construção da
coerência textual:
Palavras ou 
expressões que:
Exemplos:
Anunciam a posição do
autor diante do que está
sendo enunciado
“Observa-se que”,
“Convém ressaltar”,
“É importante destacar”
“indubitavelmente”, 
“provavelmente”, 
“infelizmente”;
Introduzem argumentos,
estabelecendo relações
lógicas entre as partes
dos enunciados
(orações, períodos)
“porque”, “pois”, “por isso”, 
“embora”, “apesar de”, 
“para”, “a fim de”,
“portanto”, “então”;
Apresentam o
fechamento, a 
conclusão do texto
“consequentemente”, “por
conseguinte”, “assim”, 
“então”, “desse modo”;
Articulam o texto como
um todo (grupos de
períodos, parágrafos,
partes maiores do
texto)
“em primeiro lugar (...)
em segundo lugar (...) 
finalmente”, “afinal” 
“por um lado (...)
por outro lado”
ORTOGRAFIA - FONOLOGIA
A fonologia é a parte da gramática que estuda os
sons da língua. É a fonologia que se ocupa com a
ortoépia (correta pronúncia das palavras) e com a
prosódia (correta acentuação das palavras).
O objeto de estudo da fonologia é o fonema.
Fonema é a menor unidade sonora da língua, capaz de
estabelecer distinção entre as palavras. Há três tipos
de fonemas: vogal, semivogal e consoante.
OBS.: Não confunda fonema com letra. Fonema é
o som; letra é a representação gráfica (escrita) do
fonema. Por exemplo, o fonema /z/ pode ser
representado pela letra z (batizar), pela letra s (casa) e
pela letra x (exame).
Vogal: É o fonema resultante da livre passagem do
ar pela boca. A vogal é a base da sílaba, ou seja, não
existe sílaba sem vogal, bem como não há duas vogais
na mesma sílaba. São elas: a, e, i, o, u.
Semivogal: É representada pelas letras e, i, o, u,
quando estiverem na mesma sílaba com uma vogal.
Portanto, só existe semivogal nos encontros vocálicos
(ditongo e tritongo).
Consoante: É o fonema produzido quando o ar, ao
passar pela boca, encontra algum obstáculo. São
consoantes: b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu),
l, m (antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç,
ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr.
O mais importante nessa iniciativa é a participação
da sociedade, que pode abandonar a passividade e
interferir na qualidade da programação que chega às
casas dos brasileiros.
Argumentação histórica
Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu
compromisso inicial, quando chegou ao País, há pouco
mais de meio século, fosse com educação, informação
e entretenimento.
Não se pode negar que ela evoluiu: transformou- se
na maior representante da mídia, mas em contrapartida
esqueceu-se de educar, informa relativamente e
entretém de maneira discutível.
Argumentação por constatação
Para além daquilo que a televisão exibe, deve-se
levar em conta também seu papel social.
Quem nunca renunciou a um encontro com um
amigo ou a um passeio com a família para não perder a
novela ou a participação de algum artista num
programa de auditório?
Ao que tudo indica, muitos têm elegido a tevêcomo
companhia favorita.
Argumentação por comparação
Enquanto países como Inglaterra e Canadá têm leis
que protegem as crianças da exposição ao sexo e à
violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle
efetivo sobre a programação.
Não é de surpreender que muitos brasileiros estejam
defendendo alguma forma de censura sobre a TV
aberta.
Argumentação por testemunho
Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o
que a televisão tem de mais fascinante para quem a faz
é justamente o que ela tem de mais nocivo para quem
a vê: sua capacidade aparentemente infinita de
massificação".
De fato, mais de 80% da população brasileira têm
esse veículo como principal fonte de informação e
referência.
A questão da relevância
A ordem em que os argumentos são apresentados,
sem dúvida, influencia na forma como são recebidos
pelo leitor.
Os argumentos devem ser apresentados, de
preferência, em ordem crescente de relevância, ou
seja, do argumento mais fraco para o mais forte.
Isso prende a atenção do leitor, cada vez mais, às
razões apresentadas.
A questão da articulação
Além de todos os aspectos gramaticais relevantes
para a escrita de qualquer gênero textual, no texto
dissertativo é extremamente importante a questão da
articulação.
Por não se caracterizar como uma lista de
argumentos, esse texto pressupõe uma ligação entre
suas diferentes partes, encaminhando-o a uma
conclusão.
OBS.: A letra a sempre é vogal; i e u geralmente 
são semivogais. Já as letras e e o ora são vogais, ora
semivogais (quando soarem como i e u,
respectivamente).
Encontros Vocálicos: É o agrupamento de vogais e 
semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:Hiato = É a sequência de duas vogais, cada qual
em uma sílaba diferente.
Ex. Lu-a-na a-fi-a-do pi-a-da
Ditongo = É a sequência de dois sons vocálicos na
mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da
semivogal, chama-se de Ditongo Decrescente e,
quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo
Crescente.
Os ditongos são classificados ainda em oral e nasal,
conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou
somente pela boca.
Ex. Cai-xa = Ditongo decrescente oral.
Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal.
Tritongo = É a sequência de três sons vocálicos na 
mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal.
Ex. A-guei = Tritongo oral. 
Sa-guão = Tritongo nasal.
OBS.: As letras am e em, quando estiverem no fim 
da palavra, formam ditongo nasal.
Ex. casaram (pronuncia-se ãu) 
querem (pronuncia-se ~ei)
Encontros Consonantais: É o agrupamento de 
consoantes. Há três tipos:
Puro ou Perfeito = É o agrupamento de consoantes, 
lado a lado, na mesma sílaba.
Ex. Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na.
Disjunto ou Imperfeito = É o agrupamento de 
consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes.
Ex. ap-to, cac-to, as-pec-to.
Fonético = É a letra x com som de ks.
Ex. nexo - axila (pronuncia-se nekso, aksila)
Dígrafos: É o agrupamento de duas letras
representando um único som. Os principais dígrafos
são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu.
Ex. arroz, assar, nascer, desço, exceção, exsudar,
alho, banho, cacho, querida, sangue.
Dígrafo Vocálico: Também chamado Ressôo Nasal,
são duas letras representando um único fonema
vocálico. É representado pelas letras am, an, em, en,
im, in, om, on, um, un, quando estiverem no final da
sílaba. (am e em são dígrafos só no interior do
vocábulo.
Ex. tampa (pronuncia-se tãpa) 
canto (pronuncia-se kãtu) 
bomba (pronuncia-se bõba)
ORTOGRAFIA 
SEPARAÇÃO SILÁBICA
A divisão silábica deve ser feita a partir da
soletração, ou seja, dando o som total das letras que
formam cada sílaba, respeitando-se a pronúncia.
Usa-se o hífen para marcar a separação silábica.
Não se separam os ditongos e tritongos:
Ex. cai-xa, má-goa, re-ló-gio, Pa-ra-guai, en-xa-
guei.
Separam-se as vogais dos hiatos:
Ex. sa-ú-de, hi-a-to, le-em, en-jo-o.
Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: 
Ex. chu-va, te-lha, ba-nha, que-da, guei-xa.
Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs: 
Ex. car-ro, pas-sar, nas-ce, cres-ço, ex-ce-to ex-
su-dar.
Separam-se os encontros consonantais 
impuros:
Ex. es-co-la, des-cas-car, res-to, e-ner-gia.
Prefixos terminados em consoante:
Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada
consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação
de encontro consonantal impuro.
Ex. des-te-mi-do, trans-pa-ren-te, hi-per-mer-ca- do,
sub-ter-râ-neo.
Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante 
do prefixo liga-se à vogal da palavra.
Ex. su-ben-ten-di-do, tran-sal-pi-no, hi-pe-ra-mi-go,
su-bal-ter-no.
OBS.: Lembre-se de que não existe sílaba sem
vogal. Por essa razão, a palavra pneu, por exemplo,
não pode ser separada, já que o p, sozinho, não forma
sílaba. Ex.: psi-co-lo-gia, mne-mô-ni-ca.
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Sílaba tônica: É a sílaba pronunciada com maior
intensidade em uma palavra. Quanto à posição da
sílaba tônica, as palavras se classificam em:
Oxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a última. 
Ex. angu, crachá
Paroxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a 
penúltima.
Ex. aluno, fácil
Proparoxítona: Palavra cuja sílaba tônica é 
antepenúltima.
Ex. elétrico, lâmpada
OBS.: Palavras formadas por uma só sílaba são
chamadas monossílabas. As monossílabas se dividem
em: átonas (me, o, a, de, lhe, em, se) e tônicas (dor,
mim, sol, ver, ti, luz)
11
Sílaba subtônica: Só existe em palavras 
derivadas. Coincide com a tônica da palavraprimitiva.
Ex. cafezinho - A sílaba tônica é zi, e a 
subtônica, fe.
taxímetro - A sílaba tônica é xí, e a
subtônica, ta.
Atenção: As sílabas que não são tônicas nem 
subtônicas são chamadas átonas.
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
(Atualizadas conforme o Acordo Ortográfico de 
2008)
Monossílabos Tônicos: Serão acentuados quando 
terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s.
Ex. pá, más, fé, Jês, dó, cós.
Oxítonas: Serão acentuadas quando terminarem 
em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS.
Ex. Corumbá, maracujás, rapé, massapê, filó, 
vovô, amém, parabéns.
Paroxítonas: Serão acentuadas quandoterminarem 
em L, I(S), N, U(S), R, X, Ã, ÃO, UM, UNS, PS, EI(S),
ditongo crescente (s).
Ex: fácil, táxi, pólen, bônus, caráter, fênix, ímã, 
órgão, álbum, médiuns, tríceps, vôlei, relógio.
Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são 
acentuadas.
Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, médico, árvore,
sândalo.
Ditongos abertos EI e OI : São acentuados, exceto 
em palavras paroxítonas.
Ex. réis, anéis, ideia, dói, herói, jiboia.
Ditongo aberto EU: Sempre é acentuado. 
Ex. véu, chapéu, fogaréu.
Hiato: As letras I e U, quando formarem hiato com
outra vogal e estiverem sozinhas na sílaba, ou
seguidas de S, receberão acento.
Ex. puída, país, construí-la, baú, ataúde, balaústre.
OBS. 1: Há algumas exceções para a regra do 
hiato de I e U. Não são acentuados:
1ª) Hiato de vogais idênticas _ xiita, sucuuba
2ª) Hiato seguido pelo dígrafo NH _ rainha, bainha 
3ª) Hiato precedido de ditongo _ feiura, cauila,
bocaiúva.
Verbos TER e VIR: Recebem acento circunflexo na 
3ª pessoa do plural do presente do indicativo.
Ex. Ele tem / Eles têm 
Ele vem / Eles vêm.
Já os verbos derivados de Ter e Vir recebem acento
agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na
3ª pessoa do plural.
Ex. Ele detém / Eles detêm
Ele intervém / Eles intervêm.
Verbos CRER/DAR/LER/VER e seus derivados:
Recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do singular e
têm E dobrado na 3ª pessoa do plural do presente do
indicativo (sem acento).
Ex. Ele crê / Eles creem 
Ele vê / Eles veem
Ele relê / Eles releem
Ele descrê / Eles descreem
Acento diferencial: A palavra pôde (pretérito
perfeito) recebe acento para diferenciar de pode
(presente).
O verbo pôr recebe acento para diferenciar da
preposição por.
OBS.1: O acento diferencial foi eliminado nas
palavras PARA, PERA, PELA, PELO, POLO.
OBS.2: O trema também foi extinto em todas as
palavras (Ex. frequente, cinquenta, linguiça).
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1- Assinale a sequência em que todas as palavras 
estão separadas corretamente:
a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar
b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu
c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar
d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver
e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu
2- No trecho "Quanto ao morro do Curvelo, o meu
apartamento, o andar mais alto de um velho casarão
em ruína..." temos:
a) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongoscrescentes,
1 hiato.
b) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 2
hiatos.
c) 3 ditongos decrescentes, 1 ditongo crescente, 1
hiato.
d) 2 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 
hiato.
e) 5 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 
hiato.
3- Assinale a opção em que a divisão de sílaba 
não está corretamente feita:
b) si-me-tria
d) ba-i-nhas
a) a-bai-xa-do
c) es-fi-a-pa-da
e) ca-a-tin-ga
4- As palavras seguintes apresentam-se sem o
acento gráfico, seja ele necessário ou não. Aponte a
alternativa em que todas sejam paroxítonas:
a) textil - condor - mister - zenite – crisântemo
b) luzidio - latex - inaudito - primata – libido
c) exodo - fagocito - bramane - obus – refem
d) novel - sutil - inclito - improbo - interim
e) tulipa - refrega - filantropo - especime –
notívago
5- Em que conjunto a letra x representa o mesmo 
fonema?
a) tóxico - taxativo
b) defluxado - taxar
c) têxtil - êxtase
d) enxame – inexaurível
e) intoxicado - exceto
6- Aponte o único conjunto onde há erro de divisão 
silábica:
a) flui-do, sa-guão, dig-no
b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no
c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo
d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a
e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô
7- Devem ser acentuadas todas as palavras da 
opção:
a) taxi - hifen– gas
b) ritmo - amor – lapis
c) chines - ruim - jovem
d) juriti - gratis – traz
e) açucar - abacaxi - molestia
8- A única alternativa em que nenhuma palavra 
deve ser acentuada graficamente é:
a) preto - orgão – seres
b) atras - medo – garoa
c) item - nuvem - erro
d) juri - governo –odio
e) tatu - cores - carater
9- Assinale a opção cujas palavras seguem a 
mesma regra de acentuação:
a) atrás - haverá - também –após
b) insônia - nível - pólen - película
c) pés - lá - já – troféu
d) centímetros - escrúpulos - fósseis
e) elétrico - táxi - fácil - tirá-lo
10- Assinale a alternativa em que todos os 
vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) paletó - avô - pajé - café – jiló
b) parabéns - vêm - hífen - saí - oásis
c) vovô - capilé - Paraná - lápis – régua
d) amém - amável - filó - porém - além
e) caí - aí - ímã - ipê - abricó
Gabarito:
ORTOGRAFIA
Emprego do Ç
01) Utilizamos o sufixo -ção nas palavras derivadas
de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os
substantivos derivados de verbos:
Ex. erudito = erudição 
exceto = exceção 
setor = seção 
intuitivo = intuição 
educar = educação
exportar = exportação 
repartir = repartição
02) Emprega-se -tenção nos substantivos 
correspondentesaos verbos derivados doverboter.
Ex. manter = manutenção 
reter = retenção
deter = detenção 
conter = contenção
Emprego do S
01) Nas palavras derivadas de verbos terminados
em -nder e –ndir.
Ex. pretender = pretensão
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão
fundir = fusão
expandir = expansão
02) Nas palavras derivadas de verbos terminados 
em -erter, -ertir e -ergir.
Ex. perverter = perversão 
converter = conversão 
divertir = diversão
imergir = imersão
03) Emprega-se -puls- nas palavras derivadas de
verbos terminados em –pelir; e -curs-, nas palavras
derivadas de verbos terminados em -correr.
Ex. expelir = expulsão 
impelir = impulso 
compelir = compulsório 
concorrer = concurso 
discorrer = discurso 
percorrer = percurso
4) Nas palavras terminadas em -oso e -osa, com 
exceção de gozo.
Ex. gostosa, saboroso, gasoso
5) Nas palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e
-ose, com exceção de gaze e deslize.
Ex. fase, crase, tese, osmose, análise.
6)Nas palavras femininas terminadas em -isa. 
Ex. poetisa, papisa, Marisa.
7) Em toda a conjugação dos verbos pôr, querer e
usar.
Ex. Eu pus Ele quis Nós usamos
8) Nas palavras terminadas em -ês e -esa, que 
indicarem nacionalidade, origem e títulos de nobreza.
Ex. português, dinamarquesa, tailandesa, duquesa, 
marquês.
9) Nos verbos terminados em -isar, quando a 
palavra primitiva já possuir o -s-.
Ex. análise = analisar 
liso = alisar
pesquisa = pesquisar
paralisia = paralisar
10) Nos diminutivos de palavras escritas com -s-. 
Ex.: casinha, asinha, portuguesinho, Inesita.
OBS.: Ç ou S? Após ditongo, emprega-se -ç-, quando
houver som de ss, e escreve-se com -s-, quando houver 
som de z. Ex. eleição, traição,lousa, coisa.
Emprego do Z
1) Nas palavras terminadas em -ez e -eza, que 
são substantivos derivados de adjetivos:
Ex. limpo = limpeza
lúcido = lucidez 
nobre = nobreza 
pobre = pobreza 
belo = beleza
01- C 02- C 03- B 04- B 05- C
06- C 07- A 08- C 09- A 10- A
2) Nos verbos terminados em -izar, quando a 
palavra primitiva não possuir -s-.
Ex. economia = economizar
terror = aterrorizar 
frágil = fragilizar
OBS.: Cuidado, pois há algumas exceções!
Ex. catequese = catequizar 
síntese = sintetizar 
hipnose = hipnotizar 
batismo = batizar
3) Nos diminutivos terminados em -zinho e -zito, 
quando a palavra primitiva não possuir -s- .
Ex. mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, 
aviãozinho, pezinho
Emprego de SS
01) Nas palavras derivadas de verbos terminados 
em -ceder.
Ex. anteceder = antecessor 
exceder = excesso 
conceder = concessão
02) Nas palavras derivadas de verbos terminados 
em -primir.
Ex. imprimir = impressão 
comprimir = compressa 
deprimir = depressivo
03) Nas palavras derivadas de verbos terminados 
em -gredir.
Ex. agredir = agressão
progredir = progresso 
transgredir = transgressor
04) Nas palavras derivadas de verbos terminados 
em -meter.
Ex. comprometer = compromisso 
intrometer = intromissão
prometer = promessa
Emprego do J
01) Nas palavras derivadas dos verbos terminados 
em -jar.
Ex. trajar = traje, eu trajei
encorajar = que eles encorajem 
viajar = que eles viajem
02) Nas palavras derivadas 
terminados em -ja.
Ex. loja = lojista
gorja = gorjeta, gorjeio 
canja = canjica
de vocábulos
03) Nas palavras de origem tupi, africana ou 
popular.
Ex. jeca, jiló, pajé, jiboia, jirau
Emprego do G
01) Em todas as palavras terminadas em -ágio, -
égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Ex. pedágio, colégio, sacrilégio, prestígio, 
relógio, refúgio
02) Nas palavras terminadas em -gem, com 
exceção de pajem e lambujem:
Ex. viagem (subst.), coragem, personagem, 
ferrugem, penugem
Emprego do X
1) Nas palavras iniciadas por mex-, com exceção de
mecha.
Ex. mexilhão, mexerica, mexer
2) Nas palavras iniciadas por enx-, com exceção das
derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra
enchova.
Ex. enxada, enxerto, enxerido, enxurrada.
03) Após ditongo, com exceção de recauchutar e 
guache.
Ex. ameixa, deixar, queixa, feixe, peixe
UIR e OER
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e
3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo
escritas com -i-.
Ex. tu possuis, ele possui, tu constróis, ele
constrói, tu móis, ele mói
UAR e OAR
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as 
pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com - e-.
Ex. Que eu efetue, Que tu efetues, Que vós 
entoeis , Que eles entoem
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Assinale a alternativa em que todos os 
vocábulos estejam grafados corretamente:
01) X ouCH:
a) xingar, xisto,enxaqueca
b) mochila, flexa,mexilhão
c) cachumba, mecha, enchurrada
d) encharcado, echertado, enxotado
02) E ouI:
a) femenino, sequer, periquito
b) impecilho, mimeógrafo, digladiar
c) intimorato, discrição, privilégio
d) penico, despêndio , selvícola
03) S ouZ:
a) ananás, logaz, vorás, lilaz
b) maciez, altivez, pequenez, tez
c) clareza, duqueza, princesa, rez
d) guizo, granizo siso, rizo
04) G ouJ:
a) sarjeta, argila
b) pajem, monje
c) tigela lage
d) gesto, geito
05) SS, C, Ç:
a) massiço, sucinto
b) à beça, craço
c) procissão, pretencioso
d) assessoria, possessão
06) O ouU:
a) muela, bulir, taboada
b) borbulhar, mágoa, regurgitar
c) cortume, goela, tabuleta
d) entupir, tussir, polir
07) S ouZ:
a) rês, extaziar
b) ourivez, cutizar
c) bazar, azia
d) induzir, tranzir
08) X ouCH:
a) michórdia, ancho
b) archote, faxada
c) tocha, coxilo
d) xenofobia, chilique
09) SS ouÇ:
a) endosso, alvíssaras, grassar
b) lassidão, palissada,massapê
c) chalassa, escasso,massarico
d) arruassa, obsessão, sossobrar
10) X ou CH:
a) chafariz, pixe, pecha
b) xeque, salsixa, esquixo
c) xuxu, puxar, cochichar
d) muxoxo, chispa, xangô
11) G ouJ:
a) agiota, beringela, canjica
b) jeito, algibeira, tigela
c) estranjeiro, gorjeito, jibóia
d) enjeitar, magestade,gíria
Gabarito
01. A
07. C
02. C 03. B 04. A 05. D
08. D 09. A 10. D 11. B
06. B
EMPREGO DO HÍFEN
As regras a seguir referem-se ao uso do hífen em
palavras formadas por prefixos ou por elementos que
podem funcionar como prefixos, como: aero, agro,
além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra,
eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter,
intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto,
pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super,
supra, tele, ultra, vice etc.
1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de
palavra iniciada por h. Ex. anti-higiênico, anti- histórico,
co-herdeiro, macro-história,super-homem.
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra 
humano perde o h).
2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo
elemento.
Ex. aeroespacial, agroindustrial, anteontem,
semianual, infraestrutura, plurianual.
Exceção: o prefixoco geralmente aglutina-se, com
o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por
o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar,
cooperação, cooptar.
3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por consoante
diferente de r ou s.
Ex. anteprojeto, antipedagógico, coprodução,
semideus, ultramoderno.
4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse
caso, duplicam-se essas letras.
Ex. antirrábico, antissocial, contrarregra, cosseno,
infrassom.
5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen
se o segundo elemento começar pela mesma vogal.
Ex. anti-ibérico, auto-observação, contra-atacar,
micro-ondas, semi-interno.
6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o
hífen se o segundo elemento começar pela mesma
consoante.
Ex. inter-racial, sub-base, super-realista.
Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen.
Ex. hipermercado, intermunicipal, superproteção.
OBS.: Com o prefixo sub, usa-se o hífen também
diante de palavra iniciada por r (sub-região). Já com os 
prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra
iniciada por m, n e vogal (circum-navegação, pan-
americano).
7. Quando o prefixo termina por consoante, não se
usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal.
Ex. hiperacidez, interescolar, superinteressante.
8. Com os prefixos vice, ex, sem, além, aquém,
recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen.
Ex. vice-prefeito, além-túmulo, aquém-mar, ex-
aluno, pós-graduação, pré-história, pró-europeu,
recém-casado, sem-terra.
9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem
tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Ex. amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
Além de ser empregado com os prefixos nos casos
citados acima, o hífen também é utilizado na separação
silábica (e-le-fan-te), serve para ligar pronome pessoal
oblíquo a verbo (ofereço-lhe) e une os elementos nas
palavras compostas
(Ex. guarda-roupa, beija-flor, corre-corre, greco-
latino).
PONTUAÇÃO
Os sinais de pontuação são recursos gráficos
próprios da linguagem escrita. Embora não consigam
reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral,
eles estruturam os textos e procuram estabelecer as
pausas e as entonações da fala. São eles:
Vírgula ( , )
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a 
voz em suspenso à espera da continuação do período.
Geralmente é usada:
1) nas datas, para separar o nome da localidade. 
Ex. Brasília, 25 de agosto de 2011.
2) após o uso dos advérbios "sim" ou "não", 
usados como resposta, no início da frase.
Ex. _ Você gostou da festa?
_ Sim, eu adorei.
3) após a saudação em correspondência (social e 
comercial).
Ex. Atenciosamente,
4) para separar termos de uma mesma função 
sintática.
Ex. Comprei banana, maçã, laranja.
5) para destacar elementos intercalados na 
oração, tais como:
A – uma conjunção
Ex. Ele estudou, não alcançou, porém, um bom 
resultado.
B – um adjunto adverbial
Ex. Essas crianças, com certeza, serão 
aprovadas.
C – um vocativo
vocês, meus amigos, estãoEx. Todos 
convidados
D – um aposto
Ex. Juliana, irmã de Maria, passou no vestibular. 
E – uma expressão explicativa ou corretiva (isto é,
a saber, ou melhor, aliás, etc,)
Ex. O amor, ou seja, o mais sublime sentimento
humano, inicia-se em Deus.
6) para separar termos deslocados de sua posição 
normal na frase.
Ex. O documento, você trouxe?
7) para separar elementos paralelos de um 
provérbio.
Ex. Tal pai, tal filho.
8) para indicar a elipse (omissão) de um termo. 
Ex. Daniel ficou alegre e eu, chateado.
9) para separa oraçõesintercaladas.
Ex. O importante, disse ela, era a segurança da 
escola.
10) para separar as orações coordenadas, exceto 
as aditivas.
Ex. Vá devagar, que a rua é perigosa.
11) para separar orações subordinadas
substantivas e adverbiais, principalmente quando vêm
antes da principal.
Ex. Quando José encontrar o livro, vai comprá-lo
para mim.
12) para isolar as orações subordinadas adjetivas 
explicativas.
Ex. A professora, que ainda estava na faculdade,
dominava todo o conteúdo.
Ponto-e-vírgula (;)
O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais
longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto.
O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do
contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as
seguintes orientações para empregar o ponto-e-
vírgula:
1) Para separar duas orações coordenadas que já
contenham vírgulas.
Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana,
minha antiga namorada; no entanto, desde o último
verão, estamos sem nos ver.
2) Para separar enumeração após doispontos:
Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes 
regras:
- não fumar dentro do colégio;
- não fazer algazarras na hora do intervalo;
- respeitar os funcionários e os colegas;
- trazersempreomaterialescolar.
Dois-pontos (:)
1) Para iniciar umaenumeração:
Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, 
cadeiras, tapetes e sofás.
2) Para introduzir a fala de uma personagem: 
Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala-
de-aula diz:
Essa moleza vai acabar!
3) Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito:
Ex. Subjetividade e Nacionalismo: essas são as 
características do Romantismo.
Reticências ( ... )
1) Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou 
dúvida na fala da personagem:
Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu?
2) Para indicar que, num diálogo, a fala de uma 
personagem foi interrompida:
Ex. Como todos já deram sua opinião, creio 
que...
3) Quando a conjunção "e" assumir valores
distintos que não seja da adição (adversidade,
consequência)
Ex. Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi
aprovada.
ATENÇÃO! Embora a conjunção "e" seja aditiva, 
há três casos em que se usa a vírgula antes dela:
1) Quando as orações coordenadas tiverem
sujeitos diferentes.
Ex. O homem vendeu o carro, e a mulher protestou.
2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a 
finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
Ex. E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
3) Para indicar, numa citação, que certos trechos 
do texto foram exclusos:
Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, 
Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector)
Aspas ( " " )
As aspas têm como função destacar uma parte do 
texto. São empregadas:
1) antes e depois de citações ou transcrições 
textuais.
Ex. Como disse Machado de Assis: “A melhor
definição de amor não vale um beijo.”
2) para assinalar estrangeirismo, neologismos, 
gírias, expressões populares, ironia.
Ex. O "lobby" dos fabricantes de pneus está 
cada vez mais explícito.
Com a chegada da polícia, os três suspeitos
"vazaram".
Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova!
OBS.: Em trechos que já estiverem entre aspas, se
necessário usá-las novamente, empregam-se aspas
simples.
Ex. "Tinha-me lembrado da definição que JoséDias
dera deles, 'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu
não sabia o que era oblíqua.” (Machado de Assis)
Travessão ( – )
O travessão é um traço maior que o hífen e costuma 
ser empregado:
1) no discurso direto, para indicar a fala da 
personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos.
Ex. _ O que isso, mãe?
_ É seu presente de Natal, minha filha.
2) para separar expressões ou frase explicativas, 
intercaladas.
Ex. "E logo me apresentou à mulher – uma 
estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis)
3) para destacar algum elemento no interior da 
frase, podendo também realçar o aposto.
Ex. "Junto do leito meus poetas dormem – Dante, a
Bíblia, Shakespeare e Byron – na mesa confundidos." 
(Álvares de Azevedo)
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01) Assinale a letra que corresponde ao único 
período de pontuação correta:
a) Pouco depois, quando chegaram, outras 
pessoas a reunião ficou mais animada.
b) Pouco depois quando chagaram outras pessoas a 
reunião ficou mais animada.
c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoa, a 
reunião ficou mais animada.
d) Pouco depois quando chegaram outras 
pessoas, a reunião ficou mais animada.
2) Marque a alternativa que não apresentaerro de
pontuação:
a) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, 
telefone, que eu venho.
b) Precisando de mim procure-me; ou melhor 
telefone, que eu venho.
c) Precisando de mim procure-me, ou, telefone, 
melhor que eu venho.
d) Precisando, de mim, telefone-me, ou melhor, 
procure-me que eu venho.
03) Assinale a pontuaçãoerrada:
a) Falei com ele com tanta segurança, que nem 
discordou de mim.
b) Porque falei com ela, para mim não há mais
dúvidas.
c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se 
tudo corresse bem.
d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, 
estaríamos salvos.
04) Dadas assentenças:
1. Quase todos os habitantes daquela região 
pantanosa e afastada da civilização morrem de malária.
2. Pedra, que rola, não cria limo.
3. Muitas pessoas observavam com interesse, o 
eclipse solar.
- Deduzimos que:
a) apenas a nº 1 está correta
b) apenas a nº 2 está correta
c) apenas a nº 3 estácorreta
d) todas estão corretas
05) Em um dos períodos abaixo, há uma vírgula
usada erradamente no lugar do ponto-e-vírgula.
Assinale-o:
a) Avançamos pela praia, que já não era como a
outra. Os pés afundavam na arei fofa, canavial não se
via, só coqueiro.
b) As crianças estavam alvoroçadas e correram para
o jardim, o palhaço já tinha chegado e, alegremente,
pusera-se a cantar.
c) Às vezes, eu quero chamar sua atenção para esse
problema, ele, porém, não permite que se toque no
assunto.
d) Sempre fiel a seus princípios, o velho indígena
recusou a ajuda dos missionários, convocou os
guerreiros e decidiram partir dali.
06) Assinale a alternativa em que a segunda frase 
não corrige adequadamente a primeira:
a) 1. A Volkswagen do Brasil está concedendo
férias coletivas, de vinte dias a funcionários de suas 
fábricas.
2. A Volkswagen do Brasil está concedendo
férias coletivas de vinte dias a funcionários de suas 
fábricas.
b) 1. A Academia de Artes e Ciências
Cinematográfica de Hollywood adiou para hoje à noite,
a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar.
2. A Academia de Artes e Ciências
Cinematográfica de Hollywood, adiou para hoje à noite,
a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar.
c) 1. A entidade internacional promove a cada 
dois anos, um congresso.
2. A entidade internacional promove, a cada 
dois anos, um congresso
d) 1. Os soldados da Polícia Militar da Bahia, 
voltam hoje aos quartéis.
2. Os soldados da Polícia Militar da Bahia 
voltam hoje aos quartéis.
Gabarito:
01) C 02) A 03) C 04) A 05) C 06) B
SEMÂNTICA
A semântica estuda o significado e a interpretação
do significado de uma palavra, de um signo, de uma
frase ou de uma expressão em um determinado
contexto.
Esse campo de estudo analisa, também, as
mudanças de sentido que ocorrem nas formas
linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e
espaço geográfico.
Ambiguidade: Possibilidade de dupla
interpretação para um mesmo enunciado.
Polissemia: É a propriedade que uma mesma
palavra tem de apresentar mais de um significado nos
múltiplos contextos em que aparece.
Ex. cabo (posto militar, acidente geográfico, parte
da vassoura)
Sinônimos: São palavras que apresentam, entre 
si, o mesmo significado.
Ex. triste = melancólico resgatar = recuperar
maciço = compacto ratificar = confirmar
digno = decente, honesto reminiscências =
lembranças insipiente = ignorante.
Antônimos: São palavras que apresentam, entre 
si, sentidos opostos, contrários.
Ex. bom x mau bem x mal condenar x
absolver simplificar x complicar
Homônimos: São palavras iguais na forma e
diferentes na significação. Há três tipos de homônimos:
1) Homônimos Perfeitos _ Têm a mesma grafia
e a mesma pronúncia.
Ex. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder) meio
(numeral) e meio (substantivo)
2) Homônimos Homófonos _ Têm a mesma
pronúncia e grafias diferentes.
Ex. sessão (reunião) seção (repartição) e cessão
(ato de ceder)
3) Homônimos Homógrafos _ Têm a mesma
grafia e pronúncias diferentes.
Ex. almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar)
sede (vontade de beber) e sede (residência).
Parônimos: São palavras de significação
diferente, mas de forma parecida, semelhante.
Ex. retificar e ratificar inflação e infração
tráfico e tráfego eminente e iminente
Segue abaixo uma lista com alguns homônimos e 
parônimos:
- acender = atearfogo 
ascender = subir
- acerca de = a respeito de, sobre
há cerca de = faz aproximadamente,
existe aproximadamente
- afim = semelhante, com afinidade 
a fim de = com a finalidade de
- amoral = indiferente à moral
imoral = contra a moral, libertino, devasso
- apreçar = marcar o preço 
apressar = acelerar
- arrear = pôr arreios 
arriar = abaixar
- bucho = estômago de ruminantes 
buxo = arbusto ornamental
- caçar = abater a caça 
cassar = anular
- cela = aposento
sela = arreio
- censo = recenseamento 
senso = juízo
cessão = ato de doar
- seção = corte,divisão 
sessão = reunião
- chalé = casa campestre
xale = cobertura para os ombros
- cheque = ordem de pagamento 
xeque = lance do jogo dexadrez
- comprimento = extensão 
cumprimento = saudação
- concertar = harmonizar, combinar 
consertar = remendar, reparar
- conjetura = suposição, hipótese 
conjuntura = situação, circunstância
- deferir = conceder 
diferir = adiar
- descrição = representação 
discrição = ato de serdiscreto
- descriminar = inocentar 
discriminar = diferençar,distinguir
- despensa = compartimento 
dispensa = desobrigação
- despercebido = sem ser notado 
desapercebido = desprevenido
- eminente = nobre, alto, excelente 
iminente = prestes a acontecer
- esperto = ativo, inteligente, vivo 
experto = perito, entendido
- espiar = olhar sorrateiramente 
expiar = sofrer pena ou castigo
- estada = permanência de pessoa
estadia = permanência de veículo
- flagrante = evidente 
fragrante = aromático
- incerto = duvidoso
inserto = inserido, incluso
- incipiente = iniciante 
insipiente = ignorante
- infligir = aplicar pena ou castigo
infringir = transgredir, violar, desrespeitar
- intercessão = súplica, rogo
interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas
- ratificar = confirmar 
retificar = corrigir
- soar = produzir som 
suar = transpirar
- sortir = abastecer 
surtir = originar
- tacha = pequeno prego 
taxa = tributo
- tachar = censurar, notar defeito em 
taxar = estabelecer o preço
Hipônimo: É a palavra que indica uma parte, um
item específico de um todo. Ex. sabiá, curió, gavião,
águia (pertencem ao grupo das aves, portanto são
hipônimos da palavra AVE).
Hiperônimo: É a palavra que indica o todo, do qual
se originam várias partes ou ramificações. Ex. Calçado
(Hiperônimo de sandália, tênis, sapato, etc.) Animal
(Hiperônimo de vaca, zebra, gato, etc.)
OBS.: A Hiponímia particulariza, enquanto a 
Hiperonímia generaliza.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01) Indique a alternativaerrada:
a) As pessoas mal-educadas sempre se dão mal 
com os outros.
b) Os meus ensinamentos foram mal
interpretados.
c) Vivi maus momentos naquela época.
d) Temos que esclarecer os mau-entendidos.
e) Os homens maus sempre prejudicam os bons.
02) os sinônimos de exilado, assustado, sustentar
e expulsão são, respectivamente:
a) degredado, espavorido, suster eproscrição.
b) degradado, esbaforido, sustar eprescrição.
c) degredado, espavorido, sustar eproscrição.
d) degradado, esbaforido, sustar eproscrição.
e) degradado, espavorido, suster eprescrição.
03) Trate de arrumar o aparelho que você quebrou
e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não
saíra de casa neste final de semana. As palavras
destacadas podem ser substituídas por:
a) concertar, coser e se não.
b) consertar, coser e senão.
c) consertar, cozer e senão.
d) concertar, cozer e senão.
e) consertar, coser e se não.
04) Assinale a alternativa que preenche
corretamente as lacunas da frase abaixo:
Da mesma forma que os italianos e japoneses para
os brasileiros
o Brasil no século passado,hoje
para a Europa e para
oJapão, à busca de uma vida melhor; internamente, os
nordestinos para o Sul, pelo mesmo
motivo.
a) imigraram - emigram –migram
b) migraram - imigram- emigram
c) emigraram - migram - imigram.
d) emigraram - imigram -migram.
e) imigraram - migram - emigram.
05) Há erro de grafiaem:
a) Eucláudia trabalha na seção de roupas.
b) Hoje haverá uma sessão extraordinária na 
Câmara de Vereadores.
c) O prefeito da cidade resolveu fazer a cessão de 
seus rendimentos à creche municipal.
d) Voto na 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral.
e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez.
06) Assinale a letra que preenche corretamente as 
lacunas das frases apresentadas.
A da greve era , mas o 
líder dos trabalhadores iria o aumento.
a) deflagração - eminente - reivindicar.
b) defragração - iminente - reinvidicar.
c) deflagração - iminente - reivindicar.
d) defragração - eminente - reinvindicar.
e) defragração - eminente - reivindicar
07) Assinale a letra que preenche corretamente as 
lacunas das frases apresentadas.
Apesar de em mecânica de automóveis,
ele foi de .
a) esperto - tachado - incipiente.
b) experto - tachado - insipiente.
c) experto - taxado - insipiente.
d) esperto - taxado - incipiente.
e) esperto - taxado - incipiente.
08) Assinale a letra que preenche corretamente as 
lacunas das frases apresentadas.
O ladrão foi pego em , quando tentava
levar quantia, devido a uma de 
caminhões bem em frente ao banco.
a) flagrante - vultosa - coalizão.
b) fragrante - vultuosa - colisão.
c) flagrante - vultosa - colisão.
d) fragrante - vultuosa -coalizão.
e) flagrante - vultuosa - coalizão.
09) Assinale a letra que preenche corretamente as
lacunas das frases apresentadas.
O rapaz que se sentiu pela diretora
do colégio fez uma até Brasília para
tentar uma pena a ela.
a) descriminado - viajem - inflingir.
b) discriminado - viagem - infligir.
c) discriminado - viajem - infringir.
d) descriminado - viagem - infligir.
e) discrimando - viagem - infringir.
10) Assinale a letra que preenche corretamente as 
lacunas das frases apresentadas.
, a verdade e, apesar de
todos os protestos dos deputados, o 
governador os direitos do secretário.
a) De repente - emergiu - iminente - cassou.
b) Derrepente - imergiu - iminente - caçou.
c) De repente - emergiu - eminente - cassou.
d) De repente - imergiu - eminente - caçou.
e) Derrepente - emergiu - iminente - cassou.
Gabarito:
1) D 2) A 3) B 4) A 5) D
6) C 7) B 8) C 9) B 10) C
MORFOLOGIA
Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e
da classificação das palavras. A peculiaridade da
morfologia é estudar as palavras analisando-as
isoladamente, independentes de contexto.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
Estudar a estrutura é conhecer os elementos
formadores das palavras.
Assim, compreendemos melhor o significado de
cada uma delas.
As palavras podem ser divididas em unidades
menores, a que damos o nome de elementos mórficos
ou morfemas.
Os elementos mórficos são os seguintes:
1) Radical : É o elemento que contém o sentido 
básico do vocábulo.
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro.
Palavras que apresentam o mesmo radical são
chamadas de palavras cognatas e constituem uma
família etimológica. Ex. árvore, arborizado, arvorismo,
arbóreo.
OBS.: Em se tratando de verbos, descobre-se o 
radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR.
2) Vogal Temática : É uma vogal colocada após o
radical, que o prepara para receber os demais
elementos. Ex. cadeira, livro, casa.
Os verbos apresentam as vogais temáticas A, E ou
I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que
conjugação o verbo pertence:
- 1ª conjugação = vogal temática A 
(comprar, amar)
- 2ª conjugação = vogal temática E 
(viver, beber)
- 3ª conjugação = vogal temática I 
(dormir, sentir)
OBS.: O verbo pôr e seus derivados (supor,
compor, repor, etc.) pertencem à 2ª conjugação, já que
se originam do antigo verbo poer.
3) Tema: É a junção do radical com a vogal
temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o
radical serão o mesmo elemento.
Ex. estuda = estud+a ferro = ferr+o leal = leal
(radical e tema coincidem)
4) Desinências: É o elemento que indica a flexão da 
palavra. Existem dois tipos de desinências:
a) Desinências verbais
- Modo-temporais = indicam o modo e o tempo.
Ex. cantava (pretérito imperfeito do indicativo)
- Número-pessoais = indicam a pessoa e o 
número.
Ex. cantaram (3ª pessoa do plural)
b) Desinências nominais
- de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra
terá desinência nominal de gênero, quando houver a
oposição masculino - feminino.
Ex. cabeleireiro - cabeleireira.
A vogal a será desinência nominal de gênero
sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo
que o masculino não seja terminado em o.
Ex. crua, ela, traidora.
- de número = indica o plural da palavra. É a letra s, 
somente quando indicar plural.
Ex. cadeiras, macacos
5) Afixos: São elementos que se juntam ao 
radical para formar novas palavras.
São eles:
-Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. 
Ex. destampar, incapaz, amoral.
- Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical 
ou do tema.
Ex. pensamento, acusação
Vogais e consoantes de ligação: São vogais e
consoantes que surgem entre dois morfemas, para
tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas
palavras. Ex. flores, bambuzal, gasômetro.
As vogais e consoantes de ligação não são
consideradas morfemas, mas simples elementos
utilizados, principalmente, em palavras derivadas e
compostas.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS
Haverá derivação quando, a partir de uma palavra
primitiva na Língua Portuguesa, formar-se uma nova
palavra, a derivada.
Há seis tipos de derivação:
Derivação Prefixal: a palavra derivada é obtida 
pela anexação de um prefixo à palavra primitiva.
Ex. conceder, imoral, transplantar
Derivação Sufixal: A palavra nova é obtida por 
acréscimo de sufixo.
Ex. felizmente, moralidade
Derivação Prefixal e Sufixal: A palavra nova 
recebe prefixo e sufixo.
Ex. imoralidade, transplantado
Derivação Parassintética: a palavra nova é obtida
pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por
parassíntese, formam-se principalmente verbos.
Ex. entristecer, enevoar
OBS.: Não confunda a derivação parassintética 
com a prefixal e sufixal.
No caso da parassíntese, a nova palavra só existe 
com ambos os afixos, pois o acréscimo é simultâneo.
No caso de entristecer, por exemplo, não existe
“entriste” (sem o sufixo) e nem “tristecer” (sem o 
prefixo).
Há dois casos em que a palavra derivada é formada 
sem que haja a presença de afixos. São eles:
Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por
redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na
formação de substantivos derivados de verbos.
Ex. pesca (subst. deriv. do verbo pescar)
Derivação imprópria: a palavra nova é obtida pela
mudança de categoria gramatical da palavra primitiva.
Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão-somente
na classe gramatical.
Ex. o porquê
Haverá composição quando se juntarem dois ou
mais radicais para formar uma nova palavra. A
composição pode ocorrer por:
Justaposição: os elementos que formam o
composto são postos lado a lado, sem que haja
alteração fonética (a pronúncia não muda).
Ex. passatempo, guarda-roupa, segunda-feira,
girassol.
Aglutinação: os elementos que formam o composto 
se aglutinam, havendo alteração fonética.
Ex. aguardente (água+ardente), alvinegro
(alvo+negro), pernalta (perna+alta)
Além da derivação e da composição, há alguns 
outros processos de formação de palavras:
Hibridismo: É a formação de novas palavras a partir 
da união de radicais de idiomas diferentes.
Ex. automóvel (grego+latim), sociologia
(latim+grego), burocracia (francês+grego)
Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando
imitar sons da natureza ou barulhos de máquinas. Ex.
zunzum, cricri, tique-taque, pingue- pongue.
Abreviação ou Redução Vocabular: Consiste na
eliminação de um segmento da palavra, a fim de se
obter uma forma mais curta.
Ex. extra (de extraordinário), fone (de telefone)
Siglas: São formadas pela combinação das letras
iniciais de uma sequência de palavras que constitui um
nome:
Ex. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e