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APOSTILA POLÍCIA PENAL MG 2021 LEITURA, INTERPRETAÇÃO E COMPREENSÃO DE TEXTO A interpretação de textos exigida nos concursos públicos requer dos candidatos muita atenção e cuidado. Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de necessitar de um bom léxico (vocabulário) internalizado. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Então, torna-se necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. Além disso, é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências que ele possibilita. Esse procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Uso e Adequação da Língua às Situações de Comunicação: Níveis de linguagem A língua pertence a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. De fato, quem determina as transformações linguísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, culturais, etc. Embora as variações linguísticas e os níveis da linguagem sejam condicionados pelas circunstâncias, tanto a língua falada quanto a escrita cumprem sua finalidade, que é a comunicação. A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente, no dia a dia, difere substancialmente do padrão culto. Com base nessas considerações, não se deve reger o ensino da língua pelas noções de certo e errado, mas pelos conceitos de adequado e inadequado, que são mais convenientes e exatos, porque refletem o uso da língua nos mais diferentes contextos. Não se espera que um adolescente, reunido a outros em uma lanchonete, assim se expresse: “Vamos ao shopping assistir a um filme”, mas se aceita: “Vamos no shopping assistir um filme”. Por outro lado, não seria adequado a um professor universitário assim se manifestar: “Fazem dez anos que participo de palestras nesta Universidade, nas quais sempre houveram estudantes interessados”. Dessa forma, pode-se falar em dois níveis de linguagem: Nível informal ou coloquial: É aquele usado espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregado de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular está presente nas mais diversas situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV, novelas, textos publicitários, etc. Ex.: “Onde cê vai?” “Ele tá com sede.” “Cheguei na escola.” “Esse livro é pra mim ler.” Nível culto ou padrão: É aquele ensinado nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com terminologia especial. É usado pelas pessoas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usado na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais estável, menos sujeito a variações. Está presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais, etc. Ex. “Passe-me o sal, por favor.” “Cheguei à escola.” “Esse livro é para eu ler.” Variações Linguísticas: Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. Além de sofrer variações de região para região, a língua também sofre alterações entre os diversos grupos sociais, devido a fatores econômicos, culturais, etários, profissionais, etc. Elementos do Processo Comunicativo e Funções da Linguagem O processo comunicativo envolve os seguintes elementos: 1) Emissor: Aquele que emite amensagem, codificando-a em palavras. 2) Receptor: Quem recebe a mensagem e a decodifica, ou seja, apreende a ideia. 3) Mensagem: É o próprio texto transmitido, aquilo que passa do emissor para o receptor. 4) Código: É o sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem. 5) Canal: Meio pelo qual a mensagem é transmitida. 6) Referente: Conteúdo da mensagem, objeto ou situação a que a mensagem se refere. Considerando o destaque que é dado a cada um desses elementos, há seis funções básicas da linguagem verbal: Função Emotiva / Expressiva É centralizada no emissor. Como o próprio nome já diz, tem o papel de exprimir emoções, impressões pessoais a respeito de determinado assunto. Por esse motivo, ela normalmente vem escrita em primeira pessoa e de forma bem subjetiva. Em textos que utilizam a função emotiva, há uma presença marcante de figuras de linguagem, mensagens subentendidas, etc. Os textos que mais comumente utilizam esse tipo de linguagem são as cartas, as poesias líricas, as memórias, as biografias, entre outros. Ex.: “É bonito ser amigo, mas, confesso, é tão difícil aprender!” (Fernando Pessoa) Função Referencial Esse tipo de linguagem é centralizadono referente. Como seu foco é transmitir a mensagem da melhor maneira possível, a linguagem utilizada é objetiva, recorrendo a conceitos gerais, vocabulário simples e claro ou, dependendo do público-alvo, vocabulário mais adequado a ele. Há objetividade nas informações e clareza nas ideias. Prevalece o uso da terceira pessoa, o que torna o texto ainda mais impessoal. Os textos que normalmente fazem uso dessa função são os jornalísticos e os científicos. Ex.: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes.” (Jornal O Popular, 16 out. 2008) Função Apelativa / Conativa Como sugere o nome, essa função serve para fazer apelos, pedidos, para comover ou convencer alguém a respeito do que se diz. Centralizada no receptor, procura influenciá-lo em seus pensamentos ou ações. É bastante frequente o uso da segunda pessoa, dos vocativos e dos imperativos. Essa função é aplicada particularmente nas propagandas ou outros textos publicitários, e também em campanhas sociais. Ex.: “Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos.” (Propaganda do ItaúCard) Função fática Centraliza-senocanal. Tem o objetivo de estabelecer um contato ou comunicação, não necessariamente com uma carga semântica aparente. É utilizada em saudações, cumprimentos do dia a dia, expressões idiomáticas, marcas orais, etc. Ex.: “Alô!” (ao atender o telefone) “Entendeu?” (durante um diálogo) Função poética Caracteriza-se basicamente pelo uso de linguagem figurada, metáforas e demais figuras de linguagem, rima, métrica, etc. É semelhante à linguagem emotiva, sendo que não necessariamente revela sentimentos ou impressões a respeito do mundo. Essa função é aplicada em poesias, músicas e em algumas obras literárias, centralizando a própria mensagem. Ex.: “Sou um mulato nato/ no sentido lato / mulato democrático do litoral...” (Caetano Veloso) Função metalinguística Caracteriza-se por utilizar a metalinguagem, ou seja, o código explicando o próprio código. Está presente principalmente em dicionários e gramáticas, mas podeocorrer também em poesias, obras literárias, etc. Ex. “A poesia é incomunicável/ Fique torto no seu canto / Não ame” (Carlos Drummond de Andrade) Denotação e Conotação Sabe-se que não há associação necessária entre significante (expressão gráfica, palavra) e significado, pois essa ligação representa uma convenção. É baseado nesse conceito de signo linguístico (significante + significado) que se constroem as noções de denotação e conotação. O sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o chamado sentido verdadeiro, real. (Ex. O gato tinha o pelo macio e branco.) Já o uso conotativo das palavras é a atribuição de um sentido figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto. Sendo assim, estabelece-se, numa determinada construção frasal, uma nova relação entre significante e significado. (Ex. O vizinho fez um gato no poste de luz.) O sentido conotativo também é chamado de linguagem figurada. Os textos literários exploram bastante as construções de base conotativa, numa tentativa de extrapolar o espaço do texto e provocar reações diferenciadas em seus leitores. Ainda com base no signo linguístico, encontra-se o conceito de polissemia (possibilidade que a palavra tem de apresentar várias significações). Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados, como, por exemplo, a palavra ponto: ponto de ônibus, ponto de vista, ponto final, ponto de cruz... Nesse caso, não se está atribuindo um sentido figurado à palavra ponto, e sim ampliando sua significação através de expressões que lhe completem e esclareçam o sentido. Discurso Direto e Indireto Em uma narrativa, o narrador pode apresentar a fala das personagens através do discurso direto ou do discurso indireto. No discurso direto, o narrador coloca os personagens em cena e cede-lhes a palavra; isto é, o próprio personagem fala. Para construir o discurso direto, usa-se o travessão e certos verbos especiais, que chamamos de verbos de elocução ou verbos dicendi. São exemplo de verbos de elocução os verbos falar, dizer, responder, retrucar, indagar, declarar, exclamar, etc. Na seguinte passagem do romance "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, ficamos sabendo do sofrimento e da rudeza de Fabiano, o protagonista, através da forma como ele se dirige ao filho: "Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiram- se. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. _ Anda, condenado do diabo_ gritou-lhe o pai." No discurso indireto, o narrador "conta" o que o personagem disse. Conhecemos suas palavras indiretamente. A passagem mencionada acima ficaria assim: "O pai gritou-lhe que andasse, chamando-o de condenado do diabo." Há, ainda, uma terceira forma de conhecer o que as personagens dizem. É o discurso indireto livre. Nesse caso o narrador passa do discurso indireto para o direto sem usar nenhum verbo dicendi ou travessão. Por exemplo, numa outra passagem de Vidas Secas, o narrador usa o discurso indireto livre para caracterizar a personagem de seu Tomé: "Seu Tomé da bolandeira falava bem, estragava os olhos em cima de jornais e livros, mas não sabia mandar: pedia. Esquisitice de um homem remediado ser cortês. Até o povo censurava aquelas maneiras. Mas todos obedeciam a ele. Ah! Quem disse que não obedeciam?" Podemos observar que a última reflexão não é do narrador, mas sim do personagem, pensando sobre a questão. Modos de Organização Textual: Descrição, Narração e Dissertação Descrição: é o tipo de texto no qual se apresentam as características que compõem um determinado objeto, pessoa, ambiente ou paisagem. Observe um exemplo de descrição: Sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados demonstravam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura. Narração: é a modalidade de texto no qual se conta um ou mais fatos que ocorrem em determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Veja o exemplo abaixo: Em uma noite chuvosa do mês de agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar o caminho de casa. Dissertação: é o tipo de composição na qual se expõe uma tese (ideia principal), seguida da apresentação de argumentos que a comprovem. Segue adiante um trecho dissertativo: Tem havido muitos debates sobre a eficiência do sistema educacional brasileiro. Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos problemas socioeconômicos e que despertasse no aluno a curiosidade científica seria desejável. Como Ler e Entender Bem um Texto Basicamente, deve-se alcançar a dois níveis de leitura: a informativa e de reconhecimento e a interpretativa. A primeira deve ser feita de maneira cautelosa, por ser o primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-chave, passagens importantes, bem como usar uma frase para resumir a ideia central de cada parágrafo. Esse tipo de procedimento aguça a memória visual, favorecendo o entendimento. Não se pode desconsiderar que, embora a interpretação seja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a captação da essência do texto, a fim de responder às interpretações que a banca considerou pertinentes. No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação daquele texto com outras formas de cultura, outros textos e manifestações de arte da época em que o autor viveu. Se não houver essa visão global dos momentos literários e dos escritores, a interpretação pode ficar comprometida. Não se podem dispensar as dicas que aparecem na referência bibliográfica da fonte e na identificação do autor. A última fase da interpretação concentra-se nas perguntas e opções de resposta. Nesse momento, são fundamentais marcações de palavras como não, exceto, errada, respectivamente, etc., que fazem diferença na escolha adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se com o conceito do "mais adequado", isto é, o que responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, uma resposta pode estar certa para responder à pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela banca examinadora por haver uma outra alternativa mais completa. Cabe ressaltar que algumas questões apresentam um fragmento do texto transcrito para ser a base de análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que aparentemente pareça ser perda de tempo. A descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, é também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Dessa maneira, a resposta será mais consciente e segura. Alguns Conceitos Importantes É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a preocupação com a interpretação de textos. Isso acontece porque lhes faltam informações específicas a respeito dessa tarefa constante em provas de concursos públicos. Por isso, vão aqui alguns conceitos que poderão ajudar no momento de responder as questões relacionadas a textos: INTERTEXTUALIDADE - comumente, os textos apresentam referências diretas ou indiretas a outros autores e a outros textos por meio de citação, alusão, paráfrase, etc. Esse tipo de recurso denomina-se intertextualidade. COESÃO - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras palavras, a coesão se dá quando, através de um pronome relativo, uma conjunção (conectivo), um pronomepessoal ou outro vocábulo, há uma relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo da interpretação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias e as argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na prova. Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a: 1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais de uma argumentação, de um processo, de uma época (nesse caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo). 2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou de diferenças entre as situações apresentadas no texto. 3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com uma realidade, opinando a respeito. 4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias em um só parágrafo. 5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras palavras, mantendo seu sentido original. Para interpretar de forma adequada, dependendo do texto, fazem-se necessários: a) Conhecimento histórico – literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), leitura eprática; b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e semântico; c) Capacidade de observação e de síntese; e d) Capacidade de raciocínio. INTERPRETAR x COMPREENDER INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA - EXPLICAR, COMENTAR, JULGAR, - INTELECÇÃO, TIRAR CONCLUSÕES, ENTENDIMENTO, DEDUZIR. ATENÇÃO AO QUE - TIPOS DE REALMENTE ESTÁ ENUNCIADOS ESCRITO. • Através do texto, - TIPOS DE ENUNCIADOS: INFERE-SE que... • O texto DIZ que... • É possível DEDUZIR • É SUGERIDO pelo autor que... que... • O autor permite • De acordo com o texto, é CONCLUIR que... CORRETA ou ERRADA a • Qual é a INTENÇÃO afirmação... do autor ao afirmar • O narrador AFIRMA... que... TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação comunicativa (capacidade de codificar e decodificar). CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e analisada separadamente, poderá ter um significado diferente daquele inicial. ERROS DE INTERPRETAÇÃO MAIS COMUNS a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do tema, quer pela imaginação. b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, ou a um trecho do texto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que pode ser insuficiente para o total entendimento do tema desenvolvido. c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequentemente, errando a questão. Dicas para interpretação de texto 1. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; 2. Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 3. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 4. Voltar ao texto tantas vezes quantas precisar; 5. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as ideias do autor; 6. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; 07. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; 08. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; 09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de ...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, podem confundir o candidato; 10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; 12. Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; 13. Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; 14. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; 15. Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e amensagem. REDAÇÃO – O TEXTO DISSERTATIVO/ARGUMENTATIVO Além da narração e da descrição, há um terceiro tipo de redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO. Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem argumentadas (argumentar = convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação. Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa (de prestígio, famosa, especialista no assunto...), ou seja, de maneira impessoal, objetiva e sem prolixidade (sem “encher linguiça”). Para alcançar a impessoalidade, é importante que a dissertação seja elaborada com verbos e pronomes na terceira pessoa. O texto impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta. Na dissertação, as ideias devem ser colocadas de maneira clara, coerente e organizadas de maneira lógica: a) o elo entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das conjunções (=conectivos). É por isso que as conjunções são chamadas de marcadores argumentativos. b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um conceito ou de questionamento(s) que ele sugere. A seguir, apresenta-se um ponto de vista e seu argumento principal. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos: 1. Transforme o tema numa pergunta; 2. Responda a pergunta (e obtém-se o ponto de vista); 3. Coloque o porquê da resposta (e obtém-se o argumento). O desenvolvimento contém as ideias que reforçam o argumento principal, ou seja, os argumentos auxiliares e os fatos-exemplos (verdadeiros, reconhecidos publicamente). O desenvolvimento deve dar sustentação à tese, que é a ideia principal defendida pelo autor. A conclusão é a parte final da redação dissertativa, em que o autor deve "amarrar" resumidamente (se possível, numa frase) todas as ideias do texto para que o ponto de vista inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro. Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda bem o tema; 2. Reflita a respeito dele; 3. Passe para o papel as ideias que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização textual (o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de ideias sugeridas pelo tema é igual à quantidade de parágrafos que a dissertação terá no desenvolvimento do texto. Como fazer uma dissertação argumentativa Vamos supor que o tema proposto seja Nenhum homem é uma ilha. Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento. Vamos sugerir alguns passos para a elaboração do rascunho de sua redação. 1.Transforme o tema em uma pergunta: Nenhum homem é uma ilha? 2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro, concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em parte): essa resposta é o seu ponto de vista. 3. Pergunte a você mesmo o porquê de sua resposta, uma causa, um motivo, uma razão para justificarsua posição: aí estará o seu argumento principal. 4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu ponto de vista, a fundamentar sua posição. Esses serão argumentos auxiliares. 5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a sua posição. Este fato- exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica, social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto: como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação. 6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na sequência que foi sugerida: Os passos 1) interrogar o tema; 2) responder, com a opinião; 3) apresentar argumento básico; 4) apresentar argumentos auxiliares; 5) apresentar fato- exemplo; 6) concluir. Como ficaria o esquema 1º parágrafo: a tese 2º parágrafo: argumento 1 3º parágrafo: argumento 2 4º parágrafo: fato-exemplo 5º parágrafo: conclusão Exemplo de redação com esse esquema: Tema: Como encarar a questão do erro Título: Buscar o sucesso Tese: 1º§ O homem nunca pôde conhecer acertos sem lidar com seus erros. Argumentação 2º§ O erro pressupõe a falta de conhecimento ou experiência, a deficiência de sintonia entre o que se propõe a fazer e os meios para a realização do ato. Deriva-se de inúmeras causas, que incluem tanto a falta de informação, como a inabilidade em lidar com elas. 3º§ Já acertar, obter sucesso, constitui-se na exata coordenação entre informação e execução de qualquer atividade. É o alinhamento preciso entre o que fazer e como fazer, sendo esses dois pontos indispensáveis e inseparáveis. Fato-exemplo 4º§ Como atingir o acerto? A experiência é fundamental e, na maioria das vezes, é alicerçada em erros anteriores, que ensinarão os caminhos para que cada experiência ruim não mais ocorra. Assim, um jovem que presta seu primeiro vestibular e fracassa pode, a partir do erro, descobrir seus pontos falhos e, aos poucos, aliar seus conhecimentos à capacidade de enfrentar uma situação de nova prova e pressão. Esse mesmo jovem, no mercado de trabalho, poderá estar envolvido em situações semelhantes: seus momentos de fracasso estimularão sua criatividade e maior empenho, o que fatalmente levará a posteriores acertos fundamentais em seu trabalho. Conclusão 5º§ Assim, a ocorrência dos erros nos atos humanos é inevitável. Porém, é preciso, acima de tudo, saber lidar com eles, conscientizar-se de cada ato falho e tomá-los como desafio, nunca se conformando, sempre buscando a superação e o sucesso. Antes do alcance da luz, será sempre preciso percorrer o túnel. Outro esquema interessante O texto abaixo, de Bertrand Russel, revela uma estrutura que o candidato poderá usar em sua redação. Leia o texto: Aquilo por que vivi Três paixões, simples, mas irresistivelmente fortes, governaram-me a vida: o anseio de amor, a busca do conhecimento e a dolorosa piedade pelo sofrimento da humanidade. Tais paixões, como grandes vendavais, impeliram-me para aqui e acolá, em curso, instável, por sobre o profundo oceano de angústia, chegando às raias do desespero. Busquei, primeiro, o amor, porque ele produz êxtase – um êxtase tão grande que, não raro, eu sacrificava todo o resto da minha vida por umas poucas horas dessa alegria. Ambicionava-o, ainda, porque o amor nos liberta da solidão – essa solidão terrível através da qual nossa trêmula percepção observa, além dos limites do mundo, esse abismo frio e exânime. Busquei-o, finalmente, porque vi na união do amor, numa miniatura mística, algo que prefigurava a visão que os santos e os poetas imaginavam. Eis o que busquei e, embora isso possa parecer demasiado bom para a vida humana, foi isso que – afinal – encontrei. Com paixão igual, busquei o conhecimento. Eu queria compreender o coração dos homens. Gostaria de saber por que cintilam as estrelas. E procurei apreender a força pitagórica pela qual o número permanece acima do fluxo dos acontecimentos. Um pouco disto, mas não muito, eu o consegui. Amor e conhecimento, até ao ponto em que são possíveis, conduzem para o alto, rumo ao céu. Mas a piedade sempre me trazia de volta à terra. Ecos de gritos de dor ecoavam em meu coração. Crianças famintas, vítimas torturadas por opressores, velhos desvalidos a construir um fardo para seus filhos, e todo o mundo de solidão, pobreza e sofrimentos, convertem numa irrisão o que deveria ser a vida humana. Anseio por avaliar o mal, mas não posso, e também sofro. Eis o que tem sido a minha vida. Tenho-a considerado digna de ser vivida e, de bom grado, tornaria a vivê-la, se me fosse dada tal oportunidade. (Bertrand Russel, Autobiografia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967.) O texto, cujo tema está explícito no título – os motivos fundamentais da vida do autor – apresenta cinco parágrafos. No primeiro parágrafo, o autor revela as suas “três paixões”: amor, conhecimento e piedade. Em seguida, dedica três parágrafos, um para cada uma dessas paixões. O segundo parágrafo fala sobre a busca do amor; o terceiro, sobre a procura do conhecimento; e o quarto, sobre a importância do sentimento piedade diante do sofrimento. O quinto e último parágrafo realiza a conclusão do texto. Eis o esquema: 1º§ - a, b, c; 2º§ - a; 3º§ - b; 4º§ - c; 5º§ - a, b, c. Observar a estrutura dos textos dissertativos é um bom momento de aprendizagem. Recomenda-se tal exercício aos concursandos: ler editoriais e artigos de jornais. Características do Texto Dissertativo 1) Impessoalidade: Procure se distanciar do assunto abordado, tratando os fatos com objetividade. A impessoalidade confere maior credibilidade ao texto, como se ele contivesse verdades universais e inquestionáveis. Para alcançar a impessoalidade no texto, substitua expressões como “eu acho”, “no meu ponto de vista”, etc. por “É importante destacar...”, “Convém ressaltar...”, “Percebe-se...”, etc. 2) Objetividade: Vá direto ao tema, não faça rodeios nem digressões. Não coloque emoções nem subjetividade no texto e utilize os adjetivos com moderação. Faça um texto conciso, “enxuto”: releia-o ao passar a limpo e retire tudo o que fordesnecessário. 3) Clareza: O texto dissertativo deve ser claro, de fácil entendimento. Para dar clareza ao texto, evite palavras rebuscadas, períodos muito longos e inversões na ordem da oração. A linguagem deve ser adequada e simples. Cuidado com ambiguidades no texto. 4) Correção: Escreva conforme a norma culta da língua, respeitando as regras gramaticais. Fique atento à ortografia, pontuação, regência e concordância. 5) Elegância: Não utilize expressões coloquiais, chavões, gírias, frases feitas. Evite a redundância, que é a repetição de uma ideia por meio de palavras diferentes (Ex. outra alternativa). Cuidado com a cacofonia, isto é, a formação de palavras chulas ou obscenas no encadeamento de vocábulos ou na separação de sílabas (Ex. Vou-me já). 6) Coerência: A coerência é a correspondência entre as ideias do texto de forma lógica. Para que a coerência ocorra, as ideias devem se completar. Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocorra uma concatenação de ideiasentre as frases, elas acabarão por se contradizer ou por quebrar a linha de raciocínio. A coerência é resultado da não contradição entre as partes do texto e do texto com relação ao mundo. 7) Informatividade: O texto não pode apenas reproduzir o senso comum; é preciso que ofereça informações relevantes ao leitor. Evite afirmações óbvias, como “o homem depende da natureza para viver” ou “as crianças são o futuro do país”. Assim, para produzir um texto realmente informativo, é necessário pesquisar e confrontar diversas fontes sobre amesma temática, a fim de que o texto apresente argumentos suficientes para levar o leitor a compreender seu raciocínio lógico e a aceitar seu ponto de vista. Dicas de redação - Leia muito, a leitura enriquece o vocabulário, você olha visualmente as palavras e envia para a sua memória a forma correta de escrita delas; - Escreva muito. Escreva em diários, faça poemas, copie receitas, utilize o recurso da escrita até mesmo para tornar a letra mais legível e bonita; - Treine fazer redação com temas que poderão ser relacionados com prova de concurso que irá fazer. Ou faça com temas da atualidade, notícias constantes nos meios de comunicação; - Seja crítico de si mesmo, revise os textos de treino, retire os excessos, deixe seu texto “enxuto”. - Cronometre o tempo que é gasto nas suas redações de treino e tente sempre diminuir o tempo gasto na próxima; - Não faça parágrafos prolongados; - Não ultrapasse as margens nem o limite de linhas estabelecidas na prova; - Seja objetivo: o que você gastaria três parágrafos para escrever tente colocar apenas em um; - Mantenha o mesmo padrão de letra do início ao fim do texto. Não inicie com letra legível e arredondada, por exemplo, e termine com ela ilegível e “apressada”, isso dará uma péssima impressão para o examinador da banca quando for ler; - Não faça marcas, rabiscos, não suje e nem amasse sua redação; tenha o máximo de asseio possível; - Faça as redações de provas anteriores do concurso que você prestará; - Fique focado no enunciado do que a banca está pedindo, não redija um texto lindo, mas que está totalmente fora do tema. Nunca fuja do temaproposto; - Na introdução faça uma pequena abordagem, apresentação inicial, no desenvolvimento exponha suas ideias de forma clara, argumente e, por fim, na conclusão, feche o texto retomando o foco. Nunca inverta as ordens entre introdução, desenvolvimento e conclusão; - Use sinônimos, evite repetir as mesmas palavras; - Tenha seus argumentos fundamentados. Seja coeso e coerente; - Tenha domínio sobre pontuação, concordância, regência e ortografia; - Saiba colocar suas ideias no papel de forma que outros possam ler e entender realmente o que você quis dizer. Adequação Conceitual: Pertinência, Relevância e Articulação dos Argumentos A questão da pertinência: Para convencer o leitor de que nossa posição sobre um assunto é razoável, necessitamos muito mais do que emitir uma opinião pessoal. É preciso justificar, reunir dados ou exemplos que tenham credibilidade, ou seja, apresentar uma série de evidências que deem sustentação aos argumentos elaborados. As evidências indicam a pertinência dos argumentos expostos. Elas são apresentadas por meio de estratégias discursivas, isto é, de recursos que procuram fundamentar os argumentos. As estratégias podem ser a ênfase na objetividade, a utilização do testemunho de autoridade, o uso intenso de fatos-exemplo, etc. A seguir, são apresentados exemplos de como a argumentação pode ser desenvolvida com pertinência, a partir do tema “O papel social da televisão no Brasil” Argumentação por exemplificação Já foi criada até uma campanha – "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" – para que sejam divulgados os nomes das empresas que anunciam nos programas que mais recebem denúncias de desrespeito aos direitos humanos. Eis algumas palavras e expressões que cumprem essa função, contribuindo para a construção da coerência textual: Palavras ou expressões que: Exemplos: Anunciam a posição do autor diante do que está sendo enunciado “Observa-se que”, “Convém ressaltar”, “É importante destacar” “indubitavelmente”, “provavelmente”, “infelizmente”; Introduzem argumentos, estabelecendo relações lógicas entre as partes dos enunciados (orações, períodos) “porque”, “pois”, “por isso”, “embora”, “apesar de”, “para”, “a fim de”, “portanto”, “então”; Apresentam o fechamento, a conclusão do texto “consequentemente”, “por conseguinte”, “assim”, “então”, “desse modo”; Articulam o texto como um todo (grupos de períodos, parágrafos, partes maiores do texto) “em primeiro lugar (...) em segundo lugar (...) finalmente”, “afinal” “por um lado (...) por outro lado” ORTOGRAFIA - FONOLOGIA A fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da língua. É a fonologia que se ocupa com a ortoépia (correta pronúncia das palavras) e com a prosódia (correta acentuação das palavras). O objeto de estudo da fonologia é o fonema. Fonema é a menor unidade sonora da língua, capaz de estabelecer distinção entre as palavras. Há três tipos de fonemas: vogal, semivogal e consoante. OBS.: Não confunda fonema com letra. Fonema é o som; letra é a representação gráfica (escrita) do fonema. Por exemplo, o fonema /z/ pode ser representado pela letra z (batizar), pela letra s (casa) e pela letra x (exame). Vogal: É o fonema resultante da livre passagem do ar pela boca. A vogal é a base da sílaba, ou seja, não existe sílaba sem vogal, bem como não há duas vogais na mesma sílaba. São elas: a, e, i, o, u. Semivogal: É representada pelas letras e, i, o, u, quando estiverem na mesma sílaba com uma vogal. Portanto, só existe semivogal nos encontros vocálicos (ditongo e tritongo). Consoante: É o fonema produzido quando o ar, ao passar pela boca, encontra algum obstáculo. São consoantes: b, d, f, g (ga, go, gu), j (ge, gi, j) k (c ou qu), l, m (antes de vogal), n (antes de vogal), p, r, s (s, c, ç, ss, sc, sç, xc), t, v, x (inclusive ch), z (s, z), nh, lh, rr. O mais importante nessa iniciativa é a participação da sociedade, que pode abandonar a passividade e interferir na qualidade da programação que chega às casas dos brasileiros. Argumentação histórica Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando chegou ao País, há pouco mais de meio século, fosse com educação, informação e entretenimento. Não se pode negar que ela evoluiu: transformou- se na maior representante da mídia, mas em contrapartida esqueceu-se de educar, informa relativamente e entretém de maneira discutível. Argumentação por constatação Para além daquilo que a televisão exibe, deve-se levar em conta também seu papel social. Quem nunca renunciou a um encontro com um amigo ou a um passeio com a família para não perder a novela ou a participação de algum artista num programa de auditório? Ao que tudo indica, muitos têm elegido a tevêcomo companhia favorita. Argumentação por comparação Enquanto países como Inglaterra e Canadá têm leis que protegem as crianças da exposição ao sexo e à violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle efetivo sobre a programação. Não é de surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma forma de censura sobre a TV aberta. Argumentação por testemunho Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o que a televisão tem de mais fascinante para quem a faz é justamente o que ela tem de mais nocivo para quem a vê: sua capacidade aparentemente infinita de massificação". De fato, mais de 80% da população brasileira têm esse veículo como principal fonte de informação e referência. A questão da relevância A ordem em que os argumentos são apresentados, sem dúvida, influencia na forma como são recebidos pelo leitor. Os argumentos devem ser apresentados, de preferência, em ordem crescente de relevância, ou seja, do argumento mais fraco para o mais forte. Isso prende a atenção do leitor, cada vez mais, às razões apresentadas. A questão da articulação Além de todos os aspectos gramaticais relevantes para a escrita de qualquer gênero textual, no texto dissertativo é extremamente importante a questão da articulação. Por não se caracterizar como uma lista de argumentos, esse texto pressupõe uma ligação entre suas diferentes partes, encaminhando-o a uma conclusão. OBS.: A letra a sempre é vogal; i e u geralmente são semivogais. Já as letras e e o ora são vogais, ora semivogais (quando soarem como i e u, respectivamente). Encontros Vocálicos: É o agrupamento de vogais e semivogais. Há três tipos de encontros vocálicos:Hiato = É a sequência de duas vogais, cada qual em uma sílaba diferente. Ex. Lu-a-na a-fi-a-do pi-a-da Ditongo = É a sequência de dois sons vocálicos na mesma sílaba. Quando a vogal estiver antes da semivogal, chama-se de Ditongo Decrescente e, quando a vogal estiver depois da semivogal, de Ditongo Crescente. Os ditongos são classificados ainda em oral e nasal, conforme ocorrer a saída do ar pelas narinas ou somente pela boca. Ex. Cai-xa = Ditongo decrescente oral. Cin-quen-ta = Ditongo crescente nasal. Tritongo = É a sequência de três sons vocálicos na mesma sílaba. Também pode ser oral ou nasal. Ex. A-guei = Tritongo oral. Sa-guão = Tritongo nasal. OBS.: As letras am e em, quando estiverem no fim da palavra, formam ditongo nasal. Ex. casaram (pronuncia-se ãu) querem (pronuncia-se ~ei) Encontros Consonantais: É o agrupamento de consoantes. Há três tipos: Puro ou Perfeito = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, na mesma sílaba. Ex. Bra-sil, pla-ne-ta, a-dre-na-li-na. Disjunto ou Imperfeito = É o agrupamento de consoantes, lado a lado, em sílabas diferentes. Ex. ap-to, cac-to, as-pec-to. Fonético = É a letra x com som de ks. Ex. nexo - axila (pronuncia-se nekso, aksila) Dígrafos: É o agrupamento de duas letras representando um único som. Os principais dígrafos são rr, ss, sc, sç, xc, xs, lh, nh, ch, qu, gu. Ex. arroz, assar, nascer, desço, exceção, exsudar, alho, banho, cacho, querida, sangue. Dígrafo Vocálico: Também chamado Ressôo Nasal, são duas letras representando um único fonema vocálico. É representado pelas letras am, an, em, en, im, in, om, on, um, un, quando estiverem no final da sílaba. (am e em são dígrafos só no interior do vocábulo. Ex. tampa (pronuncia-se tãpa) canto (pronuncia-se kãtu) bomba (pronuncia-se bõba) ORTOGRAFIA SEPARAÇÃO SILÁBICA A divisão silábica deve ser feita a partir da soletração, ou seja, dando o som total das letras que formam cada sílaba, respeitando-se a pronúncia. Usa-se o hífen para marcar a separação silábica. Não se separam os ditongos e tritongos: Ex. cai-xa, má-goa, re-ló-gio, Pa-ra-guai, en-xa- guei. Separam-se as vogais dos hiatos: Ex. sa-ú-de, hi-a-to, le-em, en-jo-o. Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, qu, gu: Ex. chu-va, te-lha, ba-nha, que-da, guei-xa. Separam-se os dígrafos rr, ss, sc, sç, xc e xs: Ex. car-ro, pas-sar, nas-ce, cres-ço, ex-ce-to ex- su-dar. Separam-se os encontros consonantais impuros: Ex. es-co-la, des-cas-car, res-to, e-ner-gia. Prefixos terminados em consoante: Ligados a palavras iniciadas por consoante: Cada consoante fica em uma sílaba, pois haverá a formação de encontro consonantal impuro. Ex. des-te-mi-do, trans-pa-ren-te, hi-per-mer-ca- do, sub-ter-râ-neo. Ligados a palavras iniciadas por vogal: A consoante do prefixo liga-se à vogal da palavra. Ex. su-ben-ten-di-do, tran-sal-pi-no, hi-pe-ra-mi-go, su-bal-ter-no. OBS.: Lembre-se de que não existe sílaba sem vogal. Por essa razão, a palavra pneu, por exemplo, não pode ser separada, já que o p, sozinho, não forma sílaba. Ex.: psi-co-lo-gia, mne-mô-ni-ca. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Sílaba tônica: É a sílaba pronunciada com maior intensidade em uma palavra. Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras se classificam em: Oxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a última. Ex. angu, crachá Paroxítona: Palavra cuja sílaba tônica é a penúltima. Ex. aluno, fácil Proparoxítona: Palavra cuja sílaba tônica é antepenúltima. Ex. elétrico, lâmpada OBS.: Palavras formadas por uma só sílaba são chamadas monossílabas. As monossílabas se dividem em: átonas (me, o, a, de, lhe, em, se) e tônicas (dor, mim, sol, ver, ti, luz) 11 Sílaba subtônica: Só existe em palavras derivadas. Coincide com a tônica da palavraprimitiva. Ex. cafezinho - A sílaba tônica é zi, e a subtônica, fe. taxímetro - A sílaba tônica é xí, e a subtônica, ta. Atenção: As sílabas que não são tônicas nem subtônicas são chamadas átonas. REGRAS DE ACENTUAÇÃO (Atualizadas conforme o Acordo Ortográfico de 2008) Monossílabos Tônicos: Serão acentuados quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s. Ex. pá, más, fé, Jês, dó, cós. Oxítonas: Serão acentuadas quando terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS. Ex. Corumbá, maracujás, rapé, massapê, filó, vovô, amém, parabéns. Paroxítonas: Serão acentuadas quandoterminarem em L, I(S), N, U(S), R, X, Ã, ÃO, UM, UNS, PS, EI(S), ditongo crescente (s). Ex: fácil, táxi, pólen, bônus, caráter, fênix, ímã, órgão, álbum, médiuns, tríceps, vôlei, relógio. Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são acentuadas. Ex. síndrome, ínterim, lêvedo, médico, árvore, sândalo. Ditongos abertos EI e OI : São acentuados, exceto em palavras paroxítonas. Ex. réis, anéis, ideia, dói, herói, jiboia. Ditongo aberto EU: Sempre é acentuado. Ex. véu, chapéu, fogaréu. Hiato: As letras I e U, quando formarem hiato com outra vogal e estiverem sozinhas na sílaba, ou seguidas de S, receberão acento. Ex. puída, país, construí-la, baú, ataúde, balaústre. OBS. 1: Há algumas exceções para a regra do hiato de I e U. Não são acentuados: 1ª) Hiato de vogais idênticas _ xiita, sucuuba 2ª) Hiato seguido pelo dígrafo NH _ rainha, bainha 3ª) Hiato precedido de ditongo _ feiura, cauila, bocaiúva. Verbos TER e VIR: Recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo. Ex. Ele tem / Eles têm Ele vem / Eles vêm. Já os verbos derivados de Ter e Vir recebem acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural. Ex. Ele detém / Eles detêm Ele intervém / Eles intervêm. Verbos CRER/DAR/LER/VER e seus derivados: Recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do singular e têm E dobrado na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo (sem acento). Ex. Ele crê / Eles creem Ele vê / Eles veem Ele relê / Eles releem Ele descrê / Eles descreem Acento diferencial: A palavra pôde (pretérito perfeito) recebe acento para diferenciar de pode (presente). O verbo pôr recebe acento para diferenciar da preposição por. OBS.1: O acento diferencial foi eliminado nas palavras PARA, PERA, PELA, PELO, POLO. OBS.2: O trema também foi extinto em todas as palavras (Ex. frequente, cinquenta, linguiça). EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1- Assinale a sequência em que todas as palavras estão separadas corretamente: a) trans-a-tlân-ti-co, fi-el, sub-ro-gar b) bis-a-vô, du-e-lo, fo-ga-réu c) sub-lin-gual, bis-ne-to, de-ses-pe-rar d) des-li-gar, sub-ju-gar, sub-scre-ver e) cis-an-di-no, es-pé-cie, a-teu 2- No trecho "Quanto ao morro do Curvelo, o meu apartamento, o andar mais alto de um velho casarão em ruína..." temos: a) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongoscrescentes, 1 hiato. b) 4 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 2 hiatos. c) 3 ditongos decrescentes, 1 ditongo crescente, 1 hiato. d) 2 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato. e) 5 ditongos decrescentes, 2 ditongos crescentes, 1 hiato. 3- Assinale a opção em que a divisão de sílaba não está corretamente feita: b) si-me-tria d) ba-i-nhas a) a-bai-xa-do c) es-fi-a-pa-da e) ca-a-tin-ga 4- As palavras seguintes apresentam-se sem o acento gráfico, seja ele necessário ou não. Aponte a alternativa em que todas sejam paroxítonas: a) textil - condor - mister - zenite – crisântemo b) luzidio - latex - inaudito - primata – libido c) exodo - fagocito - bramane - obus – refem d) novel - sutil - inclito - improbo - interim e) tulipa - refrega - filantropo - especime – notívago 5- Em que conjunto a letra x representa o mesmo fonema? a) tóxico - taxativo b) defluxado - taxar c) têxtil - êxtase d) enxame – inexaurível e) intoxicado - exceto 6- Aponte o único conjunto onde há erro de divisão silábica: a) flui-do, sa-guão, dig-no b) cir-cuns-cre-ver, trans-cen-den-tal, tran-sal-pi-no c) con-vic-ção, tung-stê-nio, rit-mo d) ins-tru-ir, an-te-pas-sa-do, se-cre-ta-ri-a e) co-o-pe-rar, dis-tân-cia, bi-sa-vô 7- Devem ser acentuadas todas as palavras da opção: a) taxi - hifen– gas b) ritmo - amor – lapis c) chines - ruim - jovem d) juriti - gratis – traz e) açucar - abacaxi - molestia 8- A única alternativa em que nenhuma palavra deve ser acentuada graficamente é: a) preto - orgão – seres b) atras - medo – garoa c) item - nuvem - erro d) juri - governo –odio e) tatu - cores - carater 9- Assinale a opção cujas palavras seguem a mesma regra de acentuação: a) atrás - haverá - também –após b) insônia - nível - pólen - película c) pés - lá - já – troféu d) centímetros - escrúpulos - fósseis e) elétrico - táxi - fácil - tirá-lo 10- Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó - avô - pajé - café – jiló b) parabéns - vêm - hífen - saí - oásis c) vovô - capilé - Paraná - lápis – régua d) amém - amável - filó - porém - além e) caí - aí - ímã - ipê - abricó Gabarito: ORTOGRAFIA Emprego do Ç 01) Utilizamos o sufixo -ção nas palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos derivados de verbos: Ex. erudito = erudição exceto = exceção setor = seção intuitivo = intuição educar = educação exportar = exportação repartir = repartição 02) Emprega-se -tenção nos substantivos correspondentesaos verbos derivados doverboter. Ex. manter = manutenção reter = retenção deter = detenção conter = contenção Emprego do S 01) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -nder e –ndir. Ex. pretender = pretensão defender = defesa, defensivo compreender = compreensão fundir = fusão expandir = expansão 02) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir. Ex. perverter = perversão converter = conversão divertir = diversão imergir = imersão 03) Emprega-se -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em –pelir; e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr. Ex. expelir = expulsão impelir = impulso compelir = compulsório concorrer = concurso discorrer = discurso percorrer = percurso 4) Nas palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo. Ex. gostosa, saboroso, gasoso 5) Nas palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize. Ex. fase, crase, tese, osmose, análise. 6)Nas palavras femininas terminadas em -isa. Ex. poetisa, papisa, Marisa. 7) Em toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar. Ex. Eu pus Ele quis Nós usamos 8) Nas palavras terminadas em -ês e -esa, que indicarem nacionalidade, origem e títulos de nobreza. Ex. português, dinamarquesa, tailandesa, duquesa, marquês. 9) Nos verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. Ex. análise = analisar liso = alisar pesquisa = pesquisar paralisia = paralisar 10) Nos diminutivos de palavras escritas com -s-. Ex.: casinha, asinha, portuguesinho, Inesita. OBS.: Ç ou S? Após ditongo, emprega-se -ç-, quando houver som de ss, e escreve-se com -s-, quando houver som de z. Ex. eleição, traição,lousa, coisa. Emprego do Z 1) Nas palavras terminadas em -ez e -eza, que são substantivos derivados de adjetivos: Ex. limpo = limpeza lúcido = lucidez nobre = nobreza pobre = pobreza belo = beleza 01- C 02- C 03- B 04- B 05- C 06- C 07- A 08- C 09- A 10- A 2) Nos verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-. Ex. economia = economizar terror = aterrorizar frágil = fragilizar OBS.: Cuidado, pois há algumas exceções! Ex. catequese = catequizar síntese = sintetizar hipnose = hipnotizar batismo = batizar 3) Nos diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- . Ex. mulherzinha, arvorezinha, alemãozinho, aviãozinho, pezinho Emprego de SS 01) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -ceder. Ex. anteceder = antecessor exceder = excesso conceder = concessão 02) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -primir. Ex. imprimir = impressão comprimir = compressa deprimir = depressivo 03) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -gredir. Ex. agredir = agressão progredir = progresso transgredir = transgressor 04) Nas palavras derivadas de verbos terminados em -meter. Ex. comprometer = compromisso intrometer = intromissão prometer = promessa Emprego do J 01) Nas palavras derivadas dos verbos terminados em -jar. Ex. trajar = traje, eu trajei encorajar = que eles encorajem viajar = que eles viajem 02) Nas palavras derivadas terminados em -ja. Ex. loja = lojista gorja = gorjeta, gorjeio canja = canjica de vocábulos 03) Nas palavras de origem tupi, africana ou popular. Ex. jeca, jiló, pajé, jiboia, jirau Emprego do G 01) Em todas as palavras terminadas em -ágio, - égio, -ígio, -ógio, -úgio. Ex. pedágio, colégio, sacrilégio, prestígio, relógio, refúgio 02) Nas palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem e lambujem: Ex. viagem (subst.), coragem, personagem, ferrugem, penugem Emprego do X 1) Nas palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha. Ex. mexilhão, mexerica, mexer 2) Nas palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Ex. enxada, enxerto, enxerido, enxurrada. 03) Após ditongo, com exceção de recauchutar e guache. Ex. ameixa, deixar, queixa, feixe, peixe UIR e OER Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-. Ex. tu possuis, ele possui, tu constróis, ele constrói, tu móis, ele mói UAR e OAR Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritas com - e-. Ex. Que eu efetue, Que tu efetues, Que vós entoeis , Que eles entoem EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam grafados corretamente: 01) X ouCH: a) xingar, xisto,enxaqueca b) mochila, flexa,mexilhão c) cachumba, mecha, enchurrada d) encharcado, echertado, enxotado 02) E ouI: a) femenino, sequer, periquito b) impecilho, mimeógrafo, digladiar c) intimorato, discrição, privilégio d) penico, despêndio , selvícola 03) S ouZ: a) ananás, logaz, vorás, lilaz b) maciez, altivez, pequenez, tez c) clareza, duqueza, princesa, rez d) guizo, granizo siso, rizo 04) G ouJ: a) sarjeta, argila b) pajem, monje c) tigela lage d) gesto, geito 05) SS, C, Ç: a) massiço, sucinto b) à beça, craço c) procissão, pretencioso d) assessoria, possessão 06) O ouU: a) muela, bulir, taboada b) borbulhar, mágoa, regurgitar c) cortume, goela, tabuleta d) entupir, tussir, polir 07) S ouZ: a) rês, extaziar b) ourivez, cutizar c) bazar, azia d) induzir, tranzir 08) X ouCH: a) michórdia, ancho b) archote, faxada c) tocha, coxilo d) xenofobia, chilique 09) SS ouÇ: a) endosso, alvíssaras, grassar b) lassidão, palissada,massapê c) chalassa, escasso,massarico d) arruassa, obsessão, sossobrar 10) X ou CH: a) chafariz, pixe, pecha b) xeque, salsixa, esquixo c) xuxu, puxar, cochichar d) muxoxo, chispa, xangô 11) G ouJ: a) agiota, beringela, canjica b) jeito, algibeira, tigela c) estranjeiro, gorjeito, jibóia d) enjeitar, magestade,gíria Gabarito 01. A 07. C 02. C 03. B 04. A 05. D 08. D 09. A 10. D 11. B 06. B EMPREGO DO HÍFEN As regras a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc. 1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Ex. anti-higiênico, anti- histórico, co-herdeiro, macro-história,super-homem. Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h). 2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Ex. aeroespacial, agroindustrial, anteontem, semianual, infraestrutura, plurianual. Exceção: o prefixoco geralmente aglutina-se, com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar. 3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Ex. anteprojeto, antipedagógico, coprodução, semideus, ultramoderno. 4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Ex. antirrábico, antissocial, contrarregra, cosseno, infrassom. 5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Ex. anti-ibérico, auto-observação, contra-atacar, micro-ondas, semi-interno. 6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Ex. inter-racial, sub-base, super-realista. Atenção: Nos demais casos, não se usa o hífen. Ex. hipermercado, intermunicipal, superproteção. OBS.: Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r (sub-região). Já com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal (circum-navegação, pan- americano). 7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Ex. hiperacidez, interescolar, superinteressante. 8. Com os prefixos vice, ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Ex. vice-prefeito, além-túmulo, aquém-mar, ex- aluno, pós-graduação, pré-história, pró-europeu, recém-casado, sem-terra. 9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Ex. amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. Além de ser empregado com os prefixos nos casos citados acima, o hífen também é utilizado na separação silábica (e-le-fan-te), serve para ligar pronome pessoal oblíquo a verbo (ofereço-lhe) e une os elementos nas palavras compostas (Ex. guarda-roupa, beija-flor, corre-corre, greco- latino). PONTUAÇÃO Os sinais de pontuação são recursos gráficos próprios da linguagem escrita. Embora não consigam reproduzir toda a riqueza melódica da linguagem oral, eles estruturam os textos e procuram estabelecer as pausas e as entonações da fala. São eles: Vírgula ( , ) A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continuação do período. Geralmente é usada: 1) nas datas, para separar o nome da localidade. Ex. Brasília, 25 de agosto de 2011. 2) após o uso dos advérbios "sim" ou "não", usados como resposta, no início da frase. Ex. _ Você gostou da festa? _ Sim, eu adorei. 3) após a saudação em correspondência (social e comercial). Ex. Atenciosamente, 4) para separar termos de uma mesma função sintática. Ex. Comprei banana, maçã, laranja. 5) para destacar elementos intercalados na oração, tais como: A – uma conjunção Ex. Ele estudou, não alcançou, porém, um bom resultado. B – um adjunto adverbial Ex. Essas crianças, com certeza, serão aprovadas. C – um vocativo vocês, meus amigos, estãoEx. Todos convidados D – um aposto Ex. Juliana, irmã de Maria, passou no vestibular. E – uma expressão explicativa ou corretiva (isto é, a saber, ou melhor, aliás, etc,) Ex. O amor, ou seja, o mais sublime sentimento humano, inicia-se em Deus. 6) para separar termos deslocados de sua posição normal na frase. Ex. O documento, você trouxe? 7) para separar elementos paralelos de um provérbio. Ex. Tal pai, tal filho. 8) para indicar a elipse (omissão) de um termo. Ex. Daniel ficou alegre e eu, chateado. 9) para separa oraçõesintercaladas. Ex. O importante, disse ela, era a segurança da escola. 10) para separar as orações coordenadas, exceto as aditivas. Ex. Vá devagar, que a rua é perigosa. 11) para separar orações subordinadas substantivas e adverbiais, principalmente quando vêm antes da principal. Ex. Quando José encontrar o livro, vai comprá-lo para mim. 12) para isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas. Ex. A professora, que ainda estava na faculdade, dominava todo o conteúdo. Ponto-e-vírgula (;) O ponto-e-vírgula indica uma pausa um pouco mais longa que a vírgula e um pouco mais breve que o ponto. O emprego do ponto-e-vírgula depende muito do contexto em que ele aparece. Podem-se seguir as seguintes orientações para empregar o ponto-e- vírgula: 1) Para separar duas orações coordenadas que já contenham vírgulas. Ex. Estive a pensar, durante toda a noite, em Diana, minha antiga namorada; no entanto, desde o último verão, estamos sem nos ver. 2) Para separar enumeração após doispontos: Ex. Os alunos devem respeitar as seguintes regras: - não fumar dentro do colégio; - não fazer algazarras na hora do intervalo; - respeitar os funcionários e os colegas; - trazersempreomaterialescolar. Dois-pontos (:) 1) Para iniciar umaenumeração: Ex. Compramos para a casa o seguinte: mesa, cadeiras, tapetes e sofás. 2) Para introduzir a fala de uma personagem: Ex. Sempre que o professor Luís entra em sala- de-aula diz: Essa moleza vai acabar! 3) Para esclarecer ou concluir algo que já foi dito: Ex. Subjetividade e Nacionalismo: essas são as características do Romantismo. Reticências ( ... ) 1) Para indicar uma certa indecisão, surpresa ou dúvida na fala da personagem: Ex. João Antônio! Diga-me... você... me traiu? 2) Para indicar que, num diálogo, a fala de uma personagem foi interrompida: Ex. Como todos já deram sua opinião, creio que... 3) Quando a conjunção "e" assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade, consequência) Ex. Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada. ATENÇÃO! Embora a conjunção "e" seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes dela: 1) Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes. Ex. O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. 2) Quando a conjunção "e" vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto). Ex. E chora, e ri, e grita, e pula de alegria. 3) Para indicar, numa citação, que certos trechos do texto foram exclusos: Ex. "No momento em que a tia foi pagar a conta, Joana pegou o livro..." (Clarice Lispector) Aspas ( " " ) As aspas têm como função destacar uma parte do texto. São empregadas: 1) antes e depois de citações ou transcrições textuais. Ex. Como disse Machado de Assis: “A melhor definição de amor não vale um beijo.” 2) para assinalar estrangeirismo, neologismos, gírias, expressões populares, ironia. Ex. O "lobby" dos fabricantes de pneus está cada vez mais explícito. Com a chegada da polícia, os três suspeitos "vazaram". Que "maravilha": Felipe tirou zero na prova! OBS.: Em trechos que já estiverem entre aspas, se necessário usá-las novamente, empregam-se aspas simples. Ex. "Tinha-me lembrado da definição que JoséDias dera deles, 'olhos de cigana oblíqua e dissimulada'. Eu não sabia o que era oblíqua.” (Machado de Assis) Travessão ( – ) O travessão é um traço maior que o hífen e costuma ser empregado: 1) no discurso direto, para indicar a fala da personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos. Ex. _ O que isso, mãe? _ É seu presente de Natal, minha filha. 2) para separar expressões ou frase explicativas, intercaladas. Ex. "E logo me apresentou à mulher – uma estimável senhora – e à filha." (Machado de Assis) 3) para destacar algum elemento no interior da frase, podendo também realçar o aposto. Ex. "Junto do leito meus poetas dormem – Dante, a Bíblia, Shakespeare e Byron – na mesa confundidos." (Álvares de Azevedo) EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01) Assinale a letra que corresponde ao único período de pontuação correta: a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada. b) Pouco depois quando chagaram outras pessoas a reunião ficou mais animada. c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoa, a reunião ficou mais animada. d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada. 2) Marque a alternativa que não apresentaerro de pontuação: a) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho. b) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone, que eu venho. c) Precisando de mim procure-me, ou, telefone, melhor que eu venho. d) Precisando, de mim, telefone-me, ou melhor, procure-me que eu venho. 03) Assinale a pontuaçãoerrada: a) Falei com ele com tanta segurança, que nem discordou de mim. b) Porque falei com ela, para mim não há mais dúvidas. c) Falei com ela que eu, estaria aqui cedo hoje se tudo corresse bem. d) Falei ao chefe que, se o plano corresse bem, estaríamos salvos. 04) Dadas assentenças: 1. Quase todos os habitantes daquela região pantanosa e afastada da civilização morrem de malária. 2. Pedra, que rola, não cria limo. 3. Muitas pessoas observavam com interesse, o eclipse solar. - Deduzimos que: a) apenas a nº 1 está correta b) apenas a nº 2 está correta c) apenas a nº 3 estácorreta d) todas estão corretas 05) Em um dos períodos abaixo, há uma vírgula usada erradamente no lugar do ponto-e-vírgula. Assinale-o: a) Avançamos pela praia, que já não era como a outra. Os pés afundavam na arei fofa, canavial não se via, só coqueiro. b) As crianças estavam alvoroçadas e correram para o jardim, o palhaço já tinha chegado e, alegremente, pusera-se a cantar. c) Às vezes, eu quero chamar sua atenção para esse problema, ele, porém, não permite que se toque no assunto. d) Sempre fiel a seus princípios, o velho indígena recusou a ajuda dos missionários, convocou os guerreiros e decidiram partir dali. 06) Assinale a alternativa em que a segunda frase não corrige adequadamente a primeira: a) 1. A Volkswagen do Brasil está concedendo férias coletivas, de vinte dias a funcionários de suas fábricas. 2. A Volkswagen do Brasil está concedendo férias coletivas de vinte dias a funcionários de suas fábricas. b) 1. A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood adiou para hoje à noite, a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar. 2. A Academia de Artes e Ciências Cinematográfica de Hollywood, adiou para hoje à noite, a cerimônia de entrega dos prêmios Oscar. c) 1. A entidade internacional promove a cada dois anos, um congresso. 2. A entidade internacional promove, a cada dois anos, um congresso d) 1. Os soldados da Polícia Militar da Bahia, voltam hoje aos quartéis. 2. Os soldados da Polícia Militar da Bahia voltam hoje aos quartéis. Gabarito: 01) C 02) A 03) C 04) A 05) C 06) B SEMÂNTICA A semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Esse campo de estudo analisa, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. Ambiguidade: Possibilidade de dupla interpretação para um mesmo enunciado. Polissemia: É a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado nos múltiplos contextos em que aparece. Ex. cabo (posto militar, acidente geográfico, parte da vassoura) Sinônimos: São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. Ex. triste = melancólico resgatar = recuperar maciço = compacto ratificar = confirmar digno = decente, honesto reminiscências = lembranças insipiente = ignorante. Antônimos: São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. Ex. bom x mau bem x mal condenar x absolver simplificar x complicar Homônimos: São palavras iguais na forma e diferentes na significação. Há três tipos de homônimos: 1) Homônimos Perfeitos _ Têm a mesma grafia e a mesma pronúncia. Ex. cedo (advérbio) e cedo (verbo ceder) meio (numeral) e meio (substantivo) 2) Homônimos Homófonos _ Têm a mesma pronúncia e grafias diferentes. Ex. sessão (reunião) seção (repartição) e cessão (ato de ceder) 3) Homônimos Homógrafos _ Têm a mesma grafia e pronúncias diferentes. Ex. almoço (refeição) e almoço (verbo almoçar) sede (vontade de beber) e sede (residência). Parônimos: São palavras de significação diferente, mas de forma parecida, semelhante. Ex. retificar e ratificar inflação e infração tráfico e tráfego eminente e iminente Segue abaixo uma lista com alguns homônimos e parônimos: - acender = atearfogo ascender = subir - acerca de = a respeito de, sobre há cerca de = faz aproximadamente, existe aproximadamente - afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de - amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devasso - apreçar = marcar o preço apressar = acelerar - arrear = pôr arreios arriar = abaixar - bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental - caçar = abater a caça cassar = anular - cela = aposento sela = arreio - censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar - seção = corte,divisão sessão = reunião - chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros - cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo dexadrez - comprimento = extensão cumprimento = saudação - concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar - conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância - deferir = conceder diferir = adiar - descrição = representação discrição = ato de serdiscreto - descriminar = inocentar discriminar = diferençar,distinguir - despensa = compartimento dispensa = desobrigação - despercebido = sem ser notado desapercebido = desprevenido - eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer - esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido - espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo - estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo - flagrante = evidente fragrante = aromático - incerto = duvidoso inserto = inserido, incluso - incipiente = iniciante insipiente = ignorante - infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitar - intercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas - ratificar = confirmar retificar = corrigir - soar = produzir som suar = transpirar - sortir = abastecer surtir = originar - tacha = pequeno prego taxa = tributo - tachar = censurar, notar defeito em taxar = estabelecer o preço Hipônimo: É a palavra que indica uma parte, um item específico de um todo. Ex. sabiá, curió, gavião, águia (pertencem ao grupo das aves, portanto são hipônimos da palavra AVE). Hiperônimo: É a palavra que indica o todo, do qual se originam várias partes ou ramificações. Ex. Calçado (Hiperônimo de sandália, tênis, sapato, etc.) Animal (Hiperônimo de vaca, zebra, gato, etc.) OBS.: A Hiponímia particulariza, enquanto a Hiperonímia generaliza. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01) Indique a alternativaerrada: a) As pessoas mal-educadas sempre se dão mal com os outros. b) Os meus ensinamentos foram mal interpretados. c) Vivi maus momentos naquela época. d) Temos que esclarecer os mau-entendidos. e) Os homens maus sempre prejudicam os bons. 02) os sinônimos de exilado, assustado, sustentar e expulsão são, respectivamente: a) degredado, espavorido, suster eproscrição. b) degradado, esbaforido, sustar eprescrição. c) degredado, espavorido, sustar eproscrição. d) degradado, esbaforido, sustar eproscrição. e) degradado, espavorido, suster eprescrição. 03) Trate de arrumar o aparelho que você quebrou e costurar a roupa que você rasgou, do contrário não saíra de casa neste final de semana. As palavras destacadas podem ser substituídas por: a) concertar, coser e se não. b) consertar, coser e senão. c) consertar, cozer e senão. d) concertar, cozer e senão. e) consertar, coser e se não. 04) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase abaixo: Da mesma forma que os italianos e japoneses para os brasileiros o Brasil no século passado,hoje para a Europa e para oJapão, à busca de uma vida melhor; internamente, os nordestinos para o Sul, pelo mesmo motivo. a) imigraram - emigram –migram b) migraram - imigram- emigram c) emigraram - migram - imigram. d) emigraram - imigram -migram. e) imigraram - migram - emigram. 05) Há erro de grafiaem: a) Eucláudia trabalha na seção de roupas. b) Hoje haverá uma sessão extraordinária na Câmara de Vereadores. c) O prefeito da cidade resolveu fazer a cessão de seus rendimentos à creche municipal. d) Voto na 48ª sessão, da 191ª zona eleitoral. e) Ontem, fui ao cinema na sessão das dez. 06) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. A da greve era , mas o líder dos trabalhadores iria o aumento. a) deflagração - eminente - reivindicar. b) defragração - iminente - reinvidicar. c) deflagração - iminente - reivindicar. d) defragração - eminente - reinvindicar. e) defragração - eminente - reivindicar 07) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. Apesar de em mecânica de automóveis, ele foi de . a) esperto - tachado - incipiente. b) experto - tachado - insipiente. c) experto - taxado - insipiente. d) esperto - taxado - incipiente. e) esperto - taxado - incipiente. 08) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O ladrão foi pego em , quando tentava levar quantia, devido a uma de caminhões bem em frente ao banco. a) flagrante - vultosa - coalizão. b) fragrante - vultuosa - colisão. c) flagrante - vultosa - colisão. d) fragrante - vultuosa -coalizão. e) flagrante - vultuosa - coalizão. 09) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. O rapaz que se sentiu pela diretora do colégio fez uma até Brasília para tentar uma pena a ela. a) descriminado - viajem - inflingir. b) discriminado - viagem - infligir. c) discriminado - viajem - infringir. d) descriminado - viagem - infligir. e) discrimando - viagem - infringir. 10) Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas. , a verdade e, apesar de todos os protestos dos deputados, o governador os direitos do secretário. a) De repente - emergiu - iminente - cassou. b) Derrepente - imergiu - iminente - caçou. c) De repente - emergiu - eminente - cassou. d) De repente - imergiu - eminente - caçou. e) Derrepente - emergiu - iminente - cassou. Gabarito: 1) D 2) A 3) B 4) A 5) D 6) C 7) B 8) C 9) B 10) C MORFOLOGIA Morfologia é o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. A peculiaridade da morfologia é estudar as palavras analisando-as isoladamente, independentes de contexto. ESTRUTURA DAS PALAVRAS Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, compreendemos melhor o significado de cada uma delas. As palavras podem ser divididas em unidades menores, a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. Os elementos mórficos são os seguintes: 1) Radical : É o elemento que contém o sentido básico do vocábulo. Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. Palavras que apresentam o mesmo radical são chamadas de palavras cognatas e constituem uma família etimológica. Ex. árvore, arborizado, arvorismo, arbóreo. OBS.: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR. 2) Vogal Temática : É uma vogal colocada após o radical, que o prepara para receber os demais elementos. Ex. cadeira, livro, casa. Os verbos apresentam as vogais temáticas A, E ou I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence: - 1ª conjugação = vogal temática A (comprar, amar) - 2ª conjugação = vogal temática E (viver, beber) - 3ª conjugação = vogal temática I (dormir, sentir) OBS.: O verbo pôr e seus derivados (supor, compor, repor, etc.) pertencem à 2ª conjugação, já que se originam do antigo verbo poer. 3) Tema: É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento. Ex. estuda = estud+a ferro = ferr+o leal = leal (radical e tema coincidem) 4) Desinências: É o elemento que indica a flexão da palavra. Existem dois tipos de desinências: a) Desinências verbais - Modo-temporais = indicam o modo e o tempo. Ex. cantava (pretérito imperfeito do indicativo) - Número-pessoais = indicam a pessoa e o número. Ex. cantaram (3ª pessoa do plural) b) Desinências nominais - de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero, quando houver a oposição masculino - feminino. Ex. cabeleireiro - cabeleireira. A vogal a será desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. Ex. crua, ela, traidora. - de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar plural. Ex. cadeiras, macacos 5) Afixos: São elementos que se juntam ao radical para formar novas palavras. São eles: -Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Ex. destampar, incapaz, amoral. - Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical ou do tema. Ex. pensamento, acusação Vogais e consoantes de ligação: São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Ex. flores, bambuzal, gasômetro. As vogais e consoantes de ligação não são consideradas morfemas, mas simples elementos utilizados, principalmente, em palavras derivadas e compostas. PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Haverá derivação quando, a partir de uma palavra primitiva na Língua Portuguesa, formar-se uma nova palavra, a derivada. Há seis tipos de derivação: Derivação Prefixal: a palavra derivada é obtida pela anexação de um prefixo à palavra primitiva. Ex. conceder, imoral, transplantar Derivação Sufixal: A palavra nova é obtida por acréscimo de sufixo. Ex. felizmente, moralidade Derivação Prefixal e Sufixal: A palavra nova recebe prefixo e sufixo. Ex. imoralidade, transplantado Derivação Parassintética: a palavra nova é obtida pelo acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo. Por parassíntese, formam-se principalmente verbos. Ex. entristecer, enevoar OBS.: Não confunda a derivação parassintética com a prefixal e sufixal. No caso da parassíntese, a nova palavra só existe com ambos os afixos, pois o acréscimo é simultâneo. No caso de entristecer, por exemplo, não existe “entriste” (sem o sufixo) e nem “tristecer” (sem o prefixo). Há dois casos em que a palavra derivada é formada sem que haja a presença de afixos. São eles: Derivação regressiva: a palavra nova é obtida por redução da palavra primitiva. Ocorre, sobretudo, na formação de substantivos derivados de verbos. Ex. pesca (subst. deriv. do verbo pescar) Derivação imprópria: a palavra nova é obtida pela mudança de categoria gramatical da palavra primitiva. Não ocorre, pois, alteração na forma, mas tão-somente na classe gramatical. Ex. o porquê Haverá composição quando se juntarem dois ou mais radicais para formar uma nova palavra. A composição pode ocorrer por: Justaposição: os elementos que formam o composto são postos lado a lado, sem que haja alteração fonética (a pronúncia não muda). Ex. passatempo, guarda-roupa, segunda-feira, girassol. Aglutinação: os elementos que formam o composto se aglutinam, havendo alteração fonética. Ex. aguardente (água+ardente), alvinegro (alvo+negro), pernalta (perna+alta) Além da derivação e da composição, há alguns outros processos de formação de palavras: Hibridismo: É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Ex. automóvel (grego+latim), sociologia (latim+grego), burocracia (francês+grego) Onomatopeia: Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza ou barulhos de máquinas. Ex. zunzum, cricri, tique-taque, pingue- pongue. Abreviação ou Redução Vocabular: Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Ex. extra (de extraordinário), fone (de telefone) Siglas: São formadas pela combinação das letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome: Ex. IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e