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Principais Afecções Respiratórias de Ruminantes I

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Principais Afecções Respiratórias de Ruminantes I 
EXAME CLÍNICO – 
Em bovinos falamos de sistema respiratório anterior e 
posterior; em afecções de respiratório anterior temos 
pouca coisa relevante para ruminantes; vemos pouco 
pois a espécie não faz exercícios físicos intensos 
Identificação do animal – 
• Inclua referencias definitivas 
-Espécie animal, raça, nome, número, idade e 
peso, uso, produção... 
*importante saber dessas informações pois, 
por exemplo, a idade influencia algumas 
doenças a aparecerem mais em animais mais 
jovens / bezerros 
*temos que ter em mente quando atendemos animais 
de grande e porte e produção, que aquele animal 
representa uma parcela do rebanho, ás vezes você 
identifica um animal para saber o que está 
acontecendo com o rebanho 
 
 
 
Histórico / Anamnese – 
• Do rebanho ao indivíduo 
• Desempenho produtivo 
• Condições sanitárias de rebanho (TB) – 
tuberculose em bovinos não tem vacina !! 
• Profilaxia de parasitas 
• Sistemas de criação 
• Início das manifestações 
• Duração e progressão do quadro 
• Sinais em outros sistemas 
Exame físico geral – 
• Frequência e característica da respiração 
pulmonar (padrão normal = toraco-abdominal; 
padrão alterado = abdominal 
• Frequência e característica dos movimentos 
ruminais 
• Frequência e característica da auscultação 
cardíaca 
• Temperatura interna 
• Apetite 
• Micção e defecação 
Exame especial do Sistema Respiratório – 
 
 
 
INSPEÇÃO GERAL – 
➤ECC Baixo 
➤Posição de cabeça e membros: (posição 
ortopnéica); salivação excessiva 
INSPEÇÃO DIRETA – 
➤Secreção nasal bilateral: geralmente se trata de vias 
posteriores, mas não pode excluir de ser anterior 
➤Secreção nasal unilateral: geralmente se trata de 
vias anteriores 
➤Olfação do ar exalado: tomar cuidado com a 
procedência do animal; sentir o odor
 
Auscultação (traqueal + pulmonar) = o ruminante tem 
13 costelas e metade do gradil costal é rúmen; o 
pulmão, dependendo da posição do animal pode ir até 
o 10°. 
➤Saco respiratório: usamos quando não conseguimos 
auscultar e ver a frequência respiratória; você coloca o 
esteto e pede para alguém colocar o saco, assim você 
consegue escutar os ruídos
 
 
Frêmito = ruído palpável 
Característica do pulmão de ruminantes = lobulado; por 
ter essa divisão o patógeno tem dificuldade em se 
espalhar, então na grande maioria das vezes, quando 
temos uma pneumonia que entrou por via aerógena, a 
localização dessa pneumonia vai ser crânio (por conta 
da dificuldade de se espalhar) e ventral por conta da 
gravidade; se for via hematógena, os lobos acometidos 
vão ser os mediastinos e caudais 
INSPEÇÃO INDIRETA – 
➤Broncoscopia: rinolaringotraqueobroncoscopia 
➤Abre-boca = olhar a laringe do animal 
➤RX / US (ultrassom de tórax em bezerros = 
pneumonia) 
AFECÇÕES – 
Vias aéreas anteriores – 
Sinusite pós descorna: 
 
Quando fazemos a descorna, fica um buraco aberto na 
cabeça do animal, se a descorna não é feita 
adequadamente, com a assepsia correta e o pós 
procedimento com limpeza adequada e curativo, ou se 
houve muito sangramento sem estacamento desse 
sangramento ➜ tudo isso acumula em seio nasal e 
causa um processo infeccioso 
O animal pode apresentar: 
• Secreção ocular 
• Dor em seio 
• Relutância em abaixar a cabeça 
Tratamento: 
➔ Trepanação do seio frontal (ou maxilar) e fixação de 
sonda para realização de lavagens com agentes 
antissépticos (iodóforos suaves) e atb (0,5 a 1g amplo 
espectro). 
➔Descorna se houver lesão no chifre 
➔Terapia de suporte 
 
Oestrose: sinusite causa pela larva da mosca 
-Oestrus ovis 
Acontece em lugares mais frios (região sul) 
Sinais e sintomas: 
✓ Agitação 
✓ Escondem a cabeça 
✓ Coçando o focinho 
✓ Espirros 
✓ Secreção nasal purulenta 
✓ Lacrimejamentos 
✓ Sinusite 
✓ Dispneia 
✓ Transtornos nervosos e locomotores 
✓ Emagrecimento progressivo 
✓ Morte 
 
-A mosca oestrus ovis coloca larvas ao redor das 
narinas dos animais. As larvas migram até os seios 
paranasais e desenvolvem-se nesta região por várias 
semanas até meses. – podem chegar até o cérebro do 
animal 
-Diagnóstico: 
• Manifestações clínicas 
• Histórico (epidemiologia) 
• Ver a larva na narina do animal a olho nu ou 
com ajuda de uma pinça 
• Endoscopia 
• RX (vermes mineralizados) 
 
 
Tratamento: 
➔Ivermectina – 200 mg/kg, SC no final do verão e 
outra dose no inverno – medicamento ideal 
Vias aéreas posteriores – 
Pneumonias (verminótica): 
Etiologia: 
NEMATÓIDEOS: 
➤Dictyocaulus viviparus em bovinos e cervos, 
➤D. filaria, protostrongylus rufescens e muellerius 
capillaris em ovelhas e cabras 
Epidemiologia: 
•Bezerros jovens – Primeiro ano (animais que não tem 
a imunidade muito bem desenvolvida) 
•Acomete vários animais da mesma idade 
•Adultos introduzidos de regiões livres do agente 
•Climas amenos e úmidos 
•Regiões serranas e vales próximos a serras 
•Região Sudeste – Outono-Inverno 
•Adultos – Fonte de infecção (adultos podem ser 
portadores por terem imunidade sólida, perpetuando o 
ciclo da larva e assim transmitindo a doença para os 
imunossuprimidos.) - adultos contaminados são 
aqueles que nunca tiveram contato com a larva na vida 
•Imunidade sólida – Contato com o agente 
A larva se desenvolve e coloca ovos no pulmão do 
animal, o animal tosse e deglute, o ovo passa por todo 
o estômago e ela defeca a L1 deixando a larva no 
pasto, filhotes vão entrar em contato ao pastar 
ingerindo a L4 pois a larva se desenvolve no pasto, a 
larva chega ao intestino migra em linfonodo 
mesentérico e chega na circulação linfática ou 
hematógena entrando via mediastino no pulmão, 
repetindo o ciclo. 
1. Ingestão de larvas 
2. Linfonodos mesentéricos - Larvas 4º estágio 
3. Pulmão via linfática e sanguínea. Maturidade, 
ovipostura 
4. Deglutição de ovos e defecação 
 
Como interromper o ciclo? – retirar o animal do 
ambiente (fazer troca de pasto / rotação de pasto) e 
vermifugar e tratar todos os animais até os 
assintomáticos 
↪Invernos frios e não excessivamente secos 
↪Regiões serranas – úmidas e frias (pastos de 
baixada) 
Sinais clínicos: 
•Perda de peso (Anorexia); Produção reduzida de leite, 
acompanhadas de diferentes infecções nos bovinos, 
ovinos e caprinos. 
•Infecções subclínicas patentes podem ocorrer em 
todas as espécies. 
•Taquipnéia e tosse, secreção nasal. Inicialmente 
respiração rápida e superficial, acompanhada de tosse 
exacerbada pelo exercício. 
•Dispnéia. Animais infectados maciçamente 
permanecem com suas cabeças estendidas para 
frente, com a boca aberta e com salivação. 
 
•Ruídos pulmonares proeminentes na bifurcação 
bronquial. 
•No gado leiteiro adulto, queda severa na produção 
leiteira e ruídos pulmonares anormais acima dos lobos 
caudais do pulmão. 
•Obstrução das vias aéreas e colapso dos alvéolos 
distais ao bloqueio (por um infiltrado de eosinófilos em 
resposta ao desenvolvimento das larvas) 
•Pneumonia crônica, não supurativa, eosinofílica e 
granulomatosa (resposta aos ovos e às larvas de 
primeiro estágio que são aspiradas no interior de 
alvéolos e bronquíolos). 
•Enfisema intersticial, edema pulmonar e infecção 
secundária são complicações que aumentam as 
probabilidades de um resultado fatal. 
 
Diagnóstico: 
•Avaliação dos sinais clínicos, epidemiologia, necrópsia 
•Presença da larva de primeiro estágio nas fezes e 
necropsia dos animais do mesmo grupo ou do mesmo 
rebanho. 
•Broncoscopia e radiografia podem ser úteis em alguns 
casos. 
•As larvas não são encontradas nas fezes de animais 
nos períodos pré ou pós-patente e, usualmente, 
também não o são no fenômeno de reinfecção. 
•Para detectar larvas – método de Baermann; em 
infecções maciças as larvas podem estar presentes 
dentro de 30min. 
 
Tratamento: 
•O levamisol, os benzimidazóis (Fenbendazol, 
Oxifendazol e Albendazol), assim como a ivermectina 
são maisfrequentemente usados em bovinos, e são 
efetivos contra todos os estágios de dictyocaulus. 
Estas drogas são também efetivas contra vermes 
pulmonares em ovinos e caprinos. 
•Animais no pasto devem ser confinados para o 
tratamento, 
•Terapia de suporte pode ser necessária para 
complicações que podem aparecer em todas as 
espécies. 
Controle: 
•Não permitir que bezerros pastem com outros animais; 
impedir seu acesso a pastos com história de infecção 
recente por vermes pulmonares. 
•Combinação de uma prática regular de pastoreio com 
anti-helmínticos estratégicos 
•A vacinação contra os parasitas pulmonares que 
infestam os bovinos é praticada em larga escala no 
noroeste da Europa 
→ A vacina é constituída de larvas infectantes 
atenuadas, irradiadas pelos raios-X, 
administradas por via oral em 2 doses com 
intervalo de 4 semanas. 
 
Tuberculose: 
Conceito: doença infectocontagiosa crônica causada 
por uma bactéria (mycobacterium bovis) estreitamente 
relacionada as formas humana e aviária da tuberculose 
(zoonose). 
Susceptíveis: 
Epidemiologia: 
→ Fonte de infecção: 
-Animais doentes 
-Portadores inaparentes 
→ Eliminação: 
-Fezes 
-Urina 
-Sêmen 
-Leite 
-Colostro 
-Gotículas e secreções respiratórias 
→ Transmissão: 
-Aerossóis 
-Leite contaminado 
 
-Água e alimentos contaminados 
→ Porta de entrada: 
-Via respiratória 
-Via digestória 
Patogenia: 
 
↪O agente é inalado (pode ser ingerido no leite > 
tubérculo no úbere; se dissemina por todo organismo > 
tuberculose miliar). 
↪No pulmão ocorre a formação do foco primário, se o 
animal estiver hígido ocorre calcificação = nodos 
calcificados de mycobacterium. 
↪Caso não ocorra calcificação, o foco primário se 
torna caseoso, que com a evolução do quadro sofre 
liquefação > circulação sanguínea > disseminação pelo 
organismo, podendo desencadear tuberculose em 
diversos locais. 
↪A tuberculose miliar é o quadro de tuberculose 
generalizada. 
Manifestações clínicas: 
 
✓ Tosse 
✓ Corrimento nasal 
✓ Estertores pulmonares 
✓ Emagrecimento crônico progressivo 
Diagnóstico: 
o Prova intradérmica de tuberculina 
o A intensidade da reação à prova não indica a 
gravidade da doença, pelo contrário, indica alta 
imunogenicidade 
Tuberculina é um líquido feito com uma proteína do 
mycobacterium PPD. 
PPD - Derivado proteico purificado 
 
•INOCULAÇÃO DE 0,1ML DE PPD BOVINA E 
AVIÁRIA (MAIS CRANIAL) VIA INTRADÉRMICA 
•LEITURA APÓS 72H ± 6H 
Se o animal teve contato com o antígeno, quando 
injetamos a tuberculina se ele tiver anticorpos contra 
encontramos reação. A intensidade da reação não 
indica a gravidade da infecção. 
 
 
 
 
 
Podemos realizar o teste de dois jeitos: 
→ O teste de tuberculina em gados de corte 
costuma ser realizado na base da cauda do 
animal, se reagir separamos o animal e 
realizamos o comparativo no cervical para não 
termos reação cruzada e descartar a 
possibilidade de ser aviário. 
→ Ou realizamos diretamente no pescoço do 
animal inoculando PPD aviária e bovina, 
realizando leitura após 72 horas 
Qual a realidade do Brasil? 
Notificação oficial: 
-REBANHOS REAGENTES → 7,1% 
-ANIMAIS REAGENTES → 1,3% 
 
 
Atuação veterinária: