FINALIZADO - RELATORIO ESTAGIO III - EVELLYN

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III
EVELLYN PRISCILLA VIEIRA RAMOS DE OLIVEIRA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO III
MACEIÓ
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2022
Estágio supervisionado III – Farmácia 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 –Sala de coleta.................................................................................................... 08
Figura 2 –Laboratório de uroanálise...................................................................................09
Figura 3 –Laboratório de hematologia................................................................................11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 CONTEXTUALIZAÇÃO da instituição	5
3 OBJETIVOS E plano de atividades	6
4 atividades desenvolvidas	7
5 cONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERÊNCIAS	14
ANEXOS - DOCUMENTOS	15
 
1 INTRODUÇÃO
O estágio em laboratório de análises clínicas é de grande importância na graduação do profissional farmacêutico, pois é onde o aluno tem a oportunidade de começar a ter contato em direção a essa modalidade, podendo colocar em prática tudo que está sendo visto nas matérias estudadas no período que estão sendo apresentadas de forma concomitantes ao estágio, além de ter a chance de desenvolvimento e, no futuro, poder trabalhar nessa área com segurança e responsabilidade, já que esse é um dos nichos disponíveis para atuação deste profissional. 
Durante o período de estágio pôde ser acompanhado, vivenciado e praticado as habilidades nos setores de coleta, incluindo coleta de citologia oncótica, hematologia, parasitologia e uroanálise, onde esteve de 8 a 9 dias em cada um desses setores. 
Também foi dada a oportunidade de conhecer um pouco da parte administrativa do local, além do gerenciamento de materiais e estoque, limpeza e organização dos matérias usados nos laboratórios, o que se mostrou de enorme importância para o aprendizado e desenvolvimento que são buscados durante a graduação.
Assim, houve a oportunidade de melhorar e expandir os conhecimentos voltados a área de analises clínicas, adquiridos ao longo do curso, podendo colocar em prática pontos como realizar análises, manusear matérias, coletar informações e interpretar os resultados analisados. 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO da instituição 
O referido estágio ocorreu no Laboratório Biolab, localizado na Rua Drº Antonio Crisostomo de Farias, nº 25, no bairro Clima Bom em Maceió-AL, no período de 21/03/2022 a 13/05/2022, nos dias de segunda a sexta feira, no horário de 7:00 as 13:00 com o acompanhamento da profissional Zelma Maria Santos de Melo, biomédica, responsável técnica, CRBM/AL 1709.
O Laboratório é organizado da seguinte maneira: o quadro de funcionários é composto por 09 funcionários, entre eles, 03 biomédicas. O horário de funcionamento é das 07:00 às 18:00 horas de segunda a sexta e das 07:00 as 13:00 horas aos sábados. A área física do laboratório é composta por recepção, sala de espera e descanso (para exames hormonais), sala de coleta de sangue, sala de coleta de citologia oncótica, laboratórios de uroanalise e hematologia, copa, vestiário, depósito e banheiros.
A parte administrativa é informatizada e realizada pelas biomédicas e também sócias do estabelecimento, onde as mesmas se dividem entre os afazeres da parte de administração, como captação e capacitação de recursos humanos, lotação e pagamentos de funcionários.
O estágio ocorreu durante 34 dias, no período de 21 de março a 13 de maio do corrente ano, sendo 6 horas por dia, das 07:00 as 13:00 horas, de segunda a sexta, nos setores de coleta, uroanálise, parasitologia e hematologia, sempre acompanhada e sendo instruída pela preceptora.
3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES
O principal objetivo do estágio no Laboratório Biolab, foi aprender as funções que o farmacêutico pode desempenhar no setor de analises clinicas, considerando as áreas em que ele pode estar presente. O estágio proporcionou a vivência das rotinas desenvolvidas no ambiente do laboratório, buscando a aplicação prática no que for de competência à:- Legislação no âmbito farmacêutico – Código de ética farmacêutica; Código de defesa do consumidor - Lei 8.078 –11/09/90; Lei 5.991-17/12/73; Portaria n°344 –12/05/98; RDC nº 27 -27/03/07 RDC n° 306 –07/12/04 (Resíduos de serviço da saúde), RDC n°214 e suas atualizações. 
Houve a realização de atividades nos setores de coleta, hematologia, parasitologia, uroanalise, estoque de materiais, higienização dos laboratórios, levando em consideração as bancadas, embalagens e materiais, como: vidrarias, espátulas, entre outros, no setor de coleta de citologia oncótica, recepção e rotulagem de tubos.
PLANO DE ATIVIDADE
	Atividades no setor de recepção e rotulagem de tubos
	Atividades no setor de coleta
	Atividades no setor de uroanalise
	Atividades no setor de hematologia
	Atividades no setor de parasitologia
	Atividades no setor de limpeza e organização de laboratórios: bancadas, materiais e vidrarias
4 atividades desenvolvidas
4.1. Atividades no setor de recepção e rotulagem de tubos
	O laboratório conta com um sistema computadorizado, onde, na recepção, são coletados os dados e informações importantes dos pacientes, é preenchida a ficha e são informados os exames a serem realizados, de acordo com a solicitação médica, então são impressas as etiquetas e os tubos rotulados com os dados do paciente e colocados junto com a ficha para entrega dos exames. Então o técnico pega esse material e segue para coleta.
4.2. Atividades no setor de coleta
	Após o cadastro e preparo dos tubos no setor de recepção, o paciente segue para o setor de coleta, onde, se for fazer exames hormonais, precisa ficar em repouso por algum tempo, da mesma forma que se for fazer alguns exames específicos como, por exemplo, de intolerância à lactose, passará por um preparo com a ingestão de um preparo e irá aguardar por alguns minutos para realizar a coleta, a qual será repetida, totalizando três coletas.
	Se não for necessária nenhuma espera ou preparo, o paciente segue direto para a sala de coleta, ondes os técnicos de coleta a realizam. Neste setor veio a oportunidade de realizar algumas punções para coleta de sangue, seguindo os seguintes passos: com o material preparado e o uso dos EPI (equipamentos de proteção individual), acomoda o paciente confortavelmente, procura o melhor local para realizar a punção venosa, garroteia o membro acima do local a ser puncionado, faz a antissepsia do local com álcool a 70%, então punciona com o bisel voltado para cima, encaixa o tubo (já rotulado) para a coleta, após o material ser colhido coloca o algodão no local da punção e logo após um pequeno curativo para evitar que continue a sangrar. 
	
Figura 01: sala de coleta
4.3. Atividades no setor de uroanalise
	O exame de urina está presente na maioria das solicitações que chegam ao laboratório, logo, é um dos mais solicitados no dia a dia do estabelecimento, tanto por rotina, como para confirmar alguma patologia, como infecção do trato urinário (ITU), antes de iniciar o tratamento medicamentoso.
O profissional de saúde, médico ou enfermeiro, pode prescrever o exame de urina como um teste de rotina para pacientes assintomáticos ou para confirmar alguma suspeita de doença. O processo de uroanálise é feito em quatro etapas: coleta, análise física, análise química e sedimentoscopia. O exame de urina é indicado principalmente para examinar e monitorar algumas doenças com acometimento renal, como a hipertensão arterial e o diabetes, investigação de ITU, litíase renal, entre outras.
Um exame de urina envolve um conjunto de medidas, incluindo suas características físicas, bioquímicas e microscópicas. Em cada passo é avaliado uma condição diferente, assim, a análise da urina pode indicar uma desidratação ou até mesmo diabetes.
A coleta deve ser feita em recipientes secos e limpos e descartáveis para reduzir a chance de contaminação, a maioria desses potes de coleta tem a tampa de rosca. Existem também sacos plásticos com adesivo para coletaem crianças. O pote de coleta deve ser identificado por meio de um rótulo que tenha informações como, o nome do paciente, data de nascimento e a data e a hora da coleta. Uma vez coletada, a amostra deve ser enviada imediatamente ao laboratório e analisada em até 1 hora, caso não seja possível é necessário refrigerar e levar em no máximo 2 horas. A coleta adequada é muito importante para evitar contaminação e a necessidade de repetir a coleta e a análise.
Na análise despeja a urina no tubo cônico até o nível desejado, mergulha a fita por 30 segundos, neta estão os reagentes que entram em contato com a urina e provocam reações colorimétricas para quantificar pH, densidade, sangue, leucócitos, nitrito, corpos biliares, proteínas, entre outros. Os cones são levados à centrífuga, que foi programada para 5 minutos. Após a centrifugação, despeja a urina até ficar apenas o sedimento no fundo que é pipetado para uma amostra de 10 ml e coloca na lâmina e a lamínula sobre ela para analisar ao microscópio. Nessa fase geralmente encontramos células de pus, os leucócitos, este quando em grande número, pode indicar uma possível ITU.
 Figura 02: laboratório de uroanálise
4.4. Atividades no setor de hematologia 
	Para fazer o estiraço de sangue, após a coleta sanguínea coloca uma gota de sangue na lâmina identificada, pressiona a mesma com os dedos indicador e polegar, pega uma lâmina virgem, encosta na gota de sangue, faz movimentos para cima e para baixo para homogeneizar o sangue e em um único movimento, com ângulo entre 30° a 45°, desliza a lâmina virgem sobre a lâmina com sangue, espalhando a gota pela superfície da lâmina identificada.
No estágio foi usada a coloração panótica, para preparação das lâminas, foram usados também um fixador de tom verde para manter as células preservadas, uma coloração avermelhada, ácida, usada para impregnar nas células para que possam ser melhor observadas e por último uma coloração azulada para impregnar estruturas básicas. 
De início pega a lâmina com o material seco e faz mergulhos nos líquidos da seguinte forma: 15 vezes no fixador, tira o excesso de material com ajuda de um papel toalha, mais 15 mergulhos no segundo tubo, com a coloração avermelhada, retira o excesso e mergulha por 20 vezes no ultimo tubo, com a coloração azulada, em seguida liga a torneira, não muito forte, e coloca a parte posterior da lamina na água, depois a lâmina é colocada em uma bandeja para secar e em seguida será analisada no microscópio.
Para a análise é importante que a lâmina esteja seca, coloca a mesma no microscópio, centralizando do meio para o final, onde o material vai estar mais espalhado, facilitando a leitura. É importante ter o óleo de imersão para ser usado como deslizante, facilitando o processo. 
Deve ter o contador de células que vai auxiliar na contagem. Após a contagem de 100 células o contador emite um alerta, ao clicar em cada tecla ele vai mostrar quantas células de cada foram contadas. Após essa contagem quantitativa, segue para análise qualitativa, onde vai-se observar as estruturas celulares.
Figura 03: laboratório de hematologia
4.5 Atividades no setor de parasitologia
	O exame de fezes é feito para diagnosticar alterações ou parasitas intestinais que são eliminados nas mesmas. É realizado com amostras de fezes frescas que são examinadas em microscópio, onde podem ser vistos os parasitas. Para análise é colocado em uma lâmina uma gota de lugol e uma pequena quantidade de fezes, mistura os dois, coloca a lamínula e pode observar no microscópio.
Tem também o exame de sangue oculto, que faz a determinação qualitativa de sangue oculto nas fezes. É usado para ajudar a diagnosticar lesões hemorrágicas da mucosa da parte inferior do trato digestivo. Pode ser usado para diagnosticar hemorragias e úlceras gastrointestinais.
5 cONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio no Laboratório Biolab foi de grande valor para o desenvolvimento prático do que foi abordado na teoria, além de ressaltar a importância do farmacêutico como profissional de saúde. Durante o estágio foi possível aplicar conceitos teóricos abordados em diferentes disciplinas do curso de Farmácia, como: Parasitologia Clínica, Citologia Clínica, Hematologia Clínica e Uroanalise, dessa forma exaltando a importância de tais disciplinas. 
Com o auxílio da biomédica responsável, pôde-se desenvolver trabalhos em diferentes áreas das análises clínicas, desde a coleta a análise de resultados, o que foi suficiente para sentir a responsabilidade que este profissional tem perante o paciente e o rumo de seus tratamentos. Além disso, a necessidade de analisar amostras e resultados estimulou a busca de conhecimentos em fontes bibliográficas, o que permite analisar e entender os resultados. 
Durante a análise de materiais, teve-se a oportunidade de praticar e aprender técnicas de análises laboratoriais aprendidas nas aulas teóricas e práticas, além de ter contato com os exames mais solicitados, ditos de rotina, aprendendo não só como analisá-los de forma correta, como também a interpretar seus resultados, aumentando o leque de conhecimento. 
Cada hora de estágio mostrou que se pode aprender muito na prática, sendo assim um complemento imprescindível da teoria, ajudando muito na fixação do conteúdo teórico, além de preparar e dá segurança para desenvolver um trabalho de excelência, enquanto profissional, após a graduação. 
REFERÊNCIAS 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). Disponível em: www.anvisa.gov.br. Acesso em: 01/10/2021. 
DELLALIBERA-JOVILIANO, Renata. Uroanálise: abordagens gerais. Centro de Estudo e Pesquisa do Desenvolvimento Regional das Faculdades Integradas Fafibe, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, Departamento de Cirurgia e Anatomia, São Paulo, 2011.
RESOLUÇÃO RDC Nº 302, DE 13 DE OUTUBRO DE 2005. Dispõe sobre Regulamento Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Disponível em: https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2020/05/RDC-302-2005.pdf. Acesso em: 18 de novembro de 2021. 
RESOLUÇÃO RDC Nº 512, DE 27 DE MAIO DE 2021. Dispõe sobre as Boas Práticas para Laboratórios de Controle de Qualidade. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-512-de-27-de-maio-de-2021- 322975673. Acesso em 180 de novembro de 2021.
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