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Artigo Pedagogia Utilização de jogos no processo da alfabetização

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A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS DURANTE O PROCESSO DA ALFABETIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Pâmela Pagadigorria Holz
Resumo: O presente trabalho faz parte da leitura, análise e discussão teórica-metodológica de autores que lidaram com a temática de jogos durante o processo da alfabetização na educação infantil. Deste modo, procurei apresentá-los e identificar como foram importantes para a construção desta pesquisa. Além disso, desenvolvi na metodologia a perspectiva de autoras que entenderam a importância do caráter prático de suas pesquisas. Sendo assim, solicitei a professores e professoras que já trabalharam na educação infantil que escrevessem sobre suas percepções na utilização dos jogos em sala de aula, em específico com as turmas de alfabetização. Por isso, a segunda parte da metodologia consiste em a partir dos fichamentos realizados e da análise dos questionários, a proposta de três jogos como maneira de intervenção que busque auxiliar os docentes durante este processo. Ademais, concluo a pesquisa a partir de evidências de que os jogos podem ser fundamentais no auxílio do trabalho docente. 
Palavras-chave: Jogos; Alfabetização; Educação Infantil. 
1. INTRODUÇÃO
	Neste artigo dediquei-me para pesquisar como a utilização de jogos e brincadeiras podem ser consideradas estratégias eficazes de mediação no trabalho pedagógico, em específico, em turmas de alfabetização. 
No decorrer de minha trajetória ao estudar licenciatura em Pedagogia, pensava em qual tema seria imprescindível para pesquisar e colaborar com os estudos sobre educação. Deste modo, foram várias as questões em que refleti sobre como a existência de materiais didáticos podem ser fundamentais nos mais variados processos cognitivos dos alunos. Por isso, considero o processo da alfabetização um dos temas mais relevantes para o ensino, pois, é estruturante nas experiências de vida da maioria das pessoas.
	As aulas oferecidas pelo curso, as leituras indicadas e o convívio diário com professores (as), me fizeram entender que a temática sobre a utilização de jogos é pesquisada desde séculos passados por estudiosos como Piaget (1971), Vygotsky (2007), mas ainda hoje não há um consenso sobre a efetividade desta prática nas salas de aula. Interessante pontuar que, não busco apresentar uma opinião apenas, sobre os jogos. Todavia, direcionei minhas pesquisas àqueles pesquisadores que investigaram em longo prazo as eficiências disponíveis ao utilizar estes materiais didáticos. Sendo assim, algo que perpassa todo este artigo são semelhanças nas concepções dos referenciais teóricos de que usar jogo em sala de aula não se trata de mera “perda de tempo”. 
	Alguns dos principais questionamentos na temática sobre jogos durante a alfabetização, são as seguintes: “Será que os jogos são realmente eficientes em sala de aula?” “Ensinar com jogos não é deixar de lado a base curricular e deixar a seriedade do ensino?” 
Essas são algumas das perguntas que viso responder neste artigo. Partindo de referenciais metodológicos que entendem que para a educação é necessário mais do que a reprodução de técnicas e memorização de fatos, estes pesquisadores escreveram que os jogos durante o processo de alfabetização facilita não apenas o processo cognitivo envolvendo a escrita e a linguagem, mas sobremaneira formas de lidar com assuntos cotidianos envolvendo as próprias crianças. 
Deste modo, como objetivos específicos selecionei dois que estarão presentes ao longo do texto: 1) Identificar a partir da bibliografia escolhida, experiências relatadas de professores da educação infantil que utilizaram jogos durante o processo de alfabetização e suas variadas constatações. 2) Apresentar elementos importantes do desenvolvimento cognitivo a partir da utilização de jogos, de modo a destacar não apenas a condição lúdica deste recurso, mas principalmente sua função pedagógica. 
Para discutir tais problemáticas, realizei a leitura, fichamento e análise de textos de autores de contextos distintos que possuíam como semelhantes a constatação de que os jogos influenciam positivamente no processo de ensino-aprendizagem. 
Kishimoto (2003) identifica que a alfabetização é o início de um período de descobertas, por isso, incluir nas aulas os jogos como material didático, possibilita a contribuição não apenas para a junção de letras com palavras, mas para estabelecer possibilidades de maneiras de se interpretar o mundo. 
Acerca da metodologia desta pesquisa, como procedimento inicial será abordado discussões referentes a professores/ pesquisadores que escreveram sobre jogos e brincadeiras para a educação infantil. Desta forma, apresentarei as principais percepções acerca das experiências pesquisadas.
Ao ler constatações variadas de autores de períodos, localidades e contextos distintos, tais como: Piaget (1971), Vygotsky (2007), Kishimoto (2008), Rodrigues (2013), Souza (2013), Araújo (2020), entre outros autores (as) que aparecerão ao longo desta pesquisa, procurei organizar sistematicamente as principais ideias defendidas por eles, com o intuito de aprimorar a discussão sobre como os jogos podem ser considerados como imprescindíveis no processo de alfabetização. 
Algo que perpassa todas as análises referem-se principalmente aos dois focos centrais dessa pesquisa: i) a formação dos docentes da educação infantil e ii) as crianças que frequentam o ambiente escolar e que vivenciam a alfabetização. No entanto, é importante ressaltar que muitas são as pessoas envolvidas durante este processo, tais como: os familiares das crianças, diretores, demais professores da educação infantil, zeladores (as), enfim, toda a comunidade escolar. 
Assim, entendi que seria impossível realizar uma pesquisa de levantamento bibliográfico sem considerar o papel fundamental dos professores e professoras, dos familiares, enfim, de todos aqueles envolvidos direta ou indiretamente nesta etapa. Dessa forma, espero que esta pesquisa possa servir de inspiração para futuros trabalhos e que acima de tudo, auxilie a resolver indagações presentes no ofício docente e aponte caminhos para melhorias na educação. 
2. JOGOS E O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
	Neste tópico, busco detalhar a partir do referencial teórico como o processo cognitivo envolvendo a alfabetização não somente como o desenvolvimento da linguagem e junção de letras para a formação de palavras e frases, mas como uma situação mais ampla, deve ser intepretado não apenas como uma atividade lúdica da sala de aula, mas como auxiliar na compreensão da realidade vivida pelas crianças. 
Kishimoto (2008) identificou que Froebel foi o primeiro autor a entender a importância pedagógica dos jogos. Para ele, as brincadeiras tinham um significativo sentido, tal como um valor simbólico. Froebel acreditava que as crianças que iam para o jardim de infância e que aprendiam mediante a utilização de jogos, estariam melhores preparadas para os demais contextos da vida na juventude e fase adulta. 
Em consonância com as ideias de Froebel apresentadas por Kishimoto (2008), outro autor importante foi Piaget (1971) que escreveu que os jogos não são meios de gastar esforços das crianças, mas sim, aspectos para ampliar o desenvolvimento intelectual.
Deste modo, trata-se de um processo educativo que deve ser composto por diversas pessoas e que precisam estar em contínua sintonia. 
Sendo assim: 
As crianças de seis anos constroem seu conhecimento utilizando procedimentos lúdicos como suporte para a aprendizagem. O lúdico não se refere somente às brincadeiras livres, como as do recreio, ou planejadas como as elaboradas por professores com fins didáticos; ele é utilizado como suporte pelas crianças: a imaginação é um processo que possibilita a construção do conhecimento de forma diferenciada e é um instrumento de aprendizagem das crianças menores. (BARBATO, 2008, p. 21)
A partir da análise proposta pela autora e compreendendo a realidade no Brasil, em que a maioria dos pais e mães trabalham para gerar o sustento de suas famílias, a presença cotidiana na vida dosfilhos é quase interpretado como um “luxo” em que é negado para muitos. Desta forma, as atividades lúdicas não apenas ajudam no desenvolvimento da criança para a alfabetização dentro do espaço escolar, mas pode facilitar encontros com os familiares que mesmo diante da dificuldade do tempo, podem auxiliar cantando músicas ou realizando brincadeiras com seus filhos (as). 
Ao realizar atividades que contenham experiências, por exemplo, de objetos que as crianças observam em suas casas em relação com a introdução do Abecedário, as brincadeiras e jogos podem se tornar aliadas para a presença dos pais na construção da educação dos filhos. Brougère (1998) escreveu que “o jogo é considerado como uma atividade que imita ou simula uma parte do real; depois, chega-se a pensar que o próprio real deve ser compreendido a partir da ideia que se faz do jogo” (p.18).
Por uma educação que faça sentido na vida das crianças, é necessário que os professores (as) relevem ao máximo suas experiências. O processo de alfabetização de crianças indígenas que vivem no campo, por exemplo, exige-se trabalhar com elementos que lhes são visíveis cotidianamente para facilitar o processo de aprendizagem, pois, não se trata de algo externo de suas vidas. Além disso, os próprios traços culturais, costumes e tradições devem ser valorizados. É interessante pontuar para as crianças que o ambiente em que vivem não está desconexo da educação. 
	Sendo assim, concordo com Vygotsky:
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras (VYGOTSKY, 2007, p. 134). 
 Vygotsky busca deixar claro o papel do professor como aquele que deve organizar o contexto para que os jogos possam fazer sentido na vida dos alunos (as). Todavia, podemos nos questionar: “será que isso se trata de um trabalho extra para os docentes?” Encontramos a resposta no decorrer do trecho, quando identificamos que não, pois, os jogos não são algo que está para além da docência e nem devem ser compreendidos como uma exigência a mais. Na realidade, trata-se de complementos para auxiliar em tarefas difíceis como a da alfabetização. 
Por isso, é necessário rompermos com a ideia de que usar jogos sugere mais trabalho do que propor atividades e técnicas de memorização, não apenas porque os jogos serão importantes para além do ambiente da escola, mas também porque como pontuou Vygotsky (2007) são fundamentais na construção da linguagem escrita e interpretativa do mundo.
Vygotsky tornou-se um estudioso da educação conhecido por definir que o ambiente em que a criança vive se manifesta de forma crucial em seu processo educativo. Sendo assim, é necessário que os professores insiram em suas metodologias de ensino, experiências que reflitam na existência das crianças. 
Em contrapartida, também é necessário que haja uma percepção docente de que os alunos (as) podem nos ensinar com suas experiências, aspecto do qual parece passar despercebido às vezes quando se trata do ensino à educação infantil. No entanto, quem convive com crianças sabe da imensidão de valores, de práticas, costumes e identidades que são possíveis de aprendermos ao observá-las, por isso, não seria pretencioso acreditar que no processo da utilização de jogos, poderíamos conhecê-los melhor e aprender muito sobre suas vidas, suas famílias e também sobre o mundo.
Partindo da sugestão do autor, o papel do professor não é apenas o de mediador, mas daquele que prepara sujeitos históricos para a sociedade, compreendedo que novos caminhos são possíveis. Deste modo, não podemos deixar de compreender que autores como Vygotsky (2007), dentre outros que buscarei relacionar neste texto, acreditavam na importância da seriedade do trabalho docente. Não apenas na formação do curso de graduação, mas em uma formação continuada. 
Além disso, há uma outra problemática que merece atenção que atinge não apenas os docentes da educação infantil, mas todos os demais professores e professoras em que vivenciam as exigências de adequação à uma sociedade que está em constante transformação. 
Sobre esta temática: 
Nos últimos tempos, com tantas transformações, também tivemos que mudar nossa visão de ensinar-aprender e é nítido que precisamos estar abertos a novas formas de trabalho em sala de aula, pois enquanto ficamos apenas nas “exposições de conteúdo”, a turma está nos vendo como professores “chatos à sua frente”, ensinando (ou tentando ensinar) algo que não lhes têm valor algum; é difícil incutir em sua cabeça o porquê de aprender o que estamos lhes passando por uma questão de “maturidade”, e outras razões que nos cabe refletir. (ALMEIDA, 2010, p. 9) 
	
	Na sociedade contemporânea os objetos mudam constantemente. As crianças têm facilidade no acesso aos celulares, tablets e computadores. O que pode dificultar para que os docentes consigam chamar atenção tanto quanto uma exposição midiática que envolve mecanismos dos quais não fazem parte de sua profissão. 
No entanto, acredito ser necessário elencar dois pontos importantes: as atividades lúdicas envolvendo jogos na sala de aula, por mais simples que possam parecer, marcam a vida das crianças. Se retomarmos em nossas memórias, há um espaço especial da recordação acerca das brincadeiras que aprendemos nas escolas quando éramos crianças. Inclusive, mesmo com tamanha sofisticação, ainda há jogos do passado que permanecem vivos no presente como as cirandas, jogos com bola, jogos de adivinhação, entre tantos outros que fizeram e fazem a alegria das crianças. 
	Por seguinte, a educação não deve disputar um espaço do qual não cabe-nos ocupar. A criança terá os seus momentos dispostos por sua família em que os pais decidirão quando seus filhos poderão ter acesso a músicas e jogos nos meios de comunicação, mas não serão essas atitudes que farão com que as brincadeiras em sala de aula tornem-se desinteressantes. 
Sobre o trabalho docente, os jogos possibilitam aulas mais interativas e atrativas para a educação infantil, “sabemos que as experiências positivas nos dão segurança e estímulo para o desenvolvimento” (KISHIMOTO, 1994, p. 26) e o professor ao observar o êxito de seus alunos insere-se como um agente de transformação social, entendendo que a prática docente é condição indispensável para a emancipação humana. 
Todavia, para que atividades lúdicas possam ser desenvolvidas na educação infantil, alguns cuidados são indispensáveis e devem ser observaods pelos docentes. Entre eles, destaca-se a compreensão de que mais importante do que a quantidade de palavras memorizadas é a qualidade da escrita, da linguagem e da concepção crítica iniciada no processo da alfabetização. 
Para que isso aconteça é fundamental que o (a) professor (a), em primeiro lugar, reconheça nas brincadeiras e jogos infantis um espaço de investigação e construção de diferentes aspectos do meio social e cultural em que as crianças vivem. É importante também que ele (a) veja a criança como sujeito ativo e criador no seu processo de construção de conhecimento e planeje para sua classe atividades a partir de conteúdos significativos para as crianças. Isso quer dizer que é preciso que o (a) professor (a) coloque as crianças em situações de aprendizagem de aspectos da realidade que elas estão buscando conhecer. (SAVELI, TENREIRO, 2011, p. 130)
	
	Sendo assim, o papel do professor (a) não é apenas o de reprodutor de jogos, mas de: i) pesquisador (a) – para entender inicialmente quais os principais materiais lúdicos que auxiliarão no contexto de sua sala de aula; ii) incentivador (a) – paraque as crianças não desanimem e insistam no processo de alfabetização; iii) acolhedor (a) – entendendo que cada criança possui uma história de vida distinta e portanto, é normal que obtenham resultados diferenciados; iv) educador (a) – mais do que técnicas, são necessárias metodologias ativas que permitam que o professor (a) demonstre a utilidade prática na vida cotidiana para além do espaço da sala de aula em que a linguagem (escrita e oral) é uma das principais maneiras das quais nos relacionamos com o restante das pessoas.
	Mesmo diante de tais normas que possam auxiliar na estrutura de aulas dinâmicas com a utilização de jogos, é natural que hajam dúvidas acerca do resultado do ensino. Porém, o próprio trabalho docente deve ser reafirmado sobre questionamentos independente da opção metodológica do ensino. Desta forma, a avaliação periódica acerca da aprendizagem dos alunos pode ser um elemento fundamental para diagnosticar a alfabetização a partir de jogos. 
	Paradoxalmente, não se trata meramente de uma avaliação técnica, pois, o aporte teórico-metodológico de jogos não se insere em um caráter mecanicista, por isso, avaliar a aprendizagem dos alunos em tal circunstância equivale à oferecer uma resposta aos meios adotados pelo professor (a) à sua maneira de ensinar. Sendo assim, a própria avaliação do processo de ensino-aprendizagem pode ser elaborada com jogos, como por exemplo: quando o professor resgata a figura de um animal, neste caso uma arara azul, e pede para que a turma discuta em voz alta sobre o que sabem sobre o animal e quais suas características, como a cor e em seguida, explica as letras envolvidas que formam a palavra e discute a importância deste animal para o meio ambiente e para o desempenho do ecossistema. 
	Interessante destacar que um dos procedimentos fundamentais do trabalho docente que é a avaliação, deixa o aspecto hierárquico e passa a ser compreendida como elemento crucial na experiência de desempenho dos alunos. Além de que, torna-se um momento descontraído em que os próprios alunos constroem mecanismos para se auxiliarem no coletivo, quando um equivocadamente erra a letra, os demais poderão auxiliá-lo, relembrando o próprio alfabeto. 
Dessa forma, a importância do convívio em sociedade é apresentado como importante e o ensino deixa de ser algo apenas entre o professor – aquele que ensina e o aluno – aquele que aprende, para tornar-se um espaço de debate e reflexão. Afinal, não se trata de aprender apenas a escrita da palavra, mais de entendê-la no contexto da sociedade, como por exemplo, a da preservação das araras azuis que estão em extinção no Brasil. 
Indubitavelmente a alfabetização não deve se tratar apenas do reconhecimento de letras e a formação de palavras, pois, se assim o for, precisamos questionar o nosso próprio papel de professores, afinal, qual o sentido que estamos atribuindo à educação na vida de nossos alunos? Deste modo, os jogos servem também para favorecer demais domínios como por exemplo, a interpretação das frases e seus sentidos. 
Quando ensinamos as primeiras letras e palavras para nossos alunos, muitas vezes não fazemos a reflexão de que o modo como se aprende pode favorecer para que em circunstâncias adversas possuam maior familiaridade, ou seja, a leitura de uma história em quadrinhos e sua dinâmica de ensinar valores morais, por exemplo, pode ser interpretada com maior facilidade quando os alunos reconhecem naquela situação aspectos já explorados pelos professores/professoras em sala de aula através dos jogos. 
Como sendo o estado em que vive o indivíduo que sabe ler e escrever e exercer as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: ler jornais, revistas, livros, saber ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz, telefone, saber escrever e escrever cartas, bilhetes, telegramas, e-mails sem dificuldade, saber preencher um formulário, redigir um ofício, um requerimento, entre outros. A alfabetização e o letramento se somam, são complementos (SOARES, 2010, p. 9) 
É importante salientar a distinção entre o termo “letramento” que surgiu na década de 1990 e que envolve a utilização da linguagem “por meio das práticas sociais, ou seja, não basta apenas ao sujeito ler e escrever, decodificar o código linguístico, é necessário também que adquira o domínio do uso da língua nas diferentes interações e práticas sociais em que vive, ou seja, o uso de uma língua viva e real” (LEÃO, 2015, p. 648). 
Deste modo, o letramento não é oposição, mas complementação do que denominamos por alfabetização que segundo a mesma autora “refere-se à aquisição do código linguístico em um tempo definido com metodologias e estratégias específicas, enquanto letramento engloba o uso contínuo e significativo da língua” (LEÃO, 2015, p. 615). Assim sendo, se houver uma junção de ambos, a condição de aprendizagem se torna completa, facilitando que o aluno tenha melhor compreensão não apenas das técnicas de escrita e de leitura, mas também da interpretação de sua realidade no mundo. 
No que tange respeito sobre a metodologia utilizada, algumas leituras realizadas foram essenciais. Por isso, selecionei algumas pesquisas que foram fundamentais para o desenvolvimento desta pesquisa e que procuro discutir no próximo tópico. 
2.1 METODOLOGIA
O interesse inicial era o de poder frequentar o ambiente escolar e a partir da observação, elencar uma série de elementos para detalhar nesta pesquisa. No entanto, com o vírus do covid 19 que se espalhou tornando-se uma cruel pandemia no Brasil e no mundo, impediu que as aulas acontecessem de maneira presencial. Desta forma, senti a necessidade em adaptar-me para a nova realidade e buscar estruturar um trabalho que levasse em conta tais constatações. 
Dessa forma, busco apresentar na metodologia, textos que discutiram o caráter prático de jogos, ou seja, em como utilizá-los em sala de aula, qual o papel do professor (a) mediante as adversidades, enfim, caminhos e trajetórias possíveis. Além disso, na segunda parte da apresentação desta metodologia, optei por direcionar uma brincadeira prática que viabilizasse com que independentemente de onde, dos recursos disponíveis, ou seja, da realidade vivida, os professores (as) pudessem elaborar tal jogo em sala de aula. 
O texto “A alfabetização e o lúdico: a importância dos jogos na educação fundamental” que corresponde ao Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, do curso de Pedagogia em 2013, na cidade de Lins – São Paulo, da autora Eloá Franco de Souza foi deveras importante para a elaboração desta pesquisa.
Souza (2013) destaca elementos fundamentais que permitiram a reflexão de problemáticas voltadas ao ensino da educação infantil. Como por exemplo, a preocupação dos docentes para que as crianças aprendam a ler e escrever, sem considerar, por vezes, que há um tempo específico para cada um de desenvolvimento cognitivo. Desta forma, os jogos não são vistos para acelerar o processo da alfabetização, mas para reinventar maneiras do ensino, possibilitar novos mecanismos e tornar esta realidade menos dificultosa. 
Para a autora, “o profissional atento consegue perceber que as crianças demonstram e expressam a sua vida cotidiana, além de aprimorar suas habilidades motoras” (SOUZA, 2013, p. 14). Sendo assim, há um vínculo extremamente importante entre o professor (a) que alfabetizará na educação infantil e que precisa estar presente para auxiliar no processo cognitivo. 
 Ademais, a autora nos recorda que: 
Os jogos e brincadeiras são tão importantes para o desenvolvimento das crianças, tornando-se assim um direito garantido etanto em algumas leis específicas quanto em referenciais para a educação básica: a) a Declaração Universal dos Direitos das crianças, que foi aprovada durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 20 de novembro de 1959. Representantes de centenas de países aprovaram a Declaração dos Direitos da Criança, que foi adaptada da DeclaraçãoUniversal dos Direitos Humanos: Princípio 7 – toda criança tem direito de receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver suas habilidades. Também a criaça deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito. (Declaração Universal dos direitos da Criança, segundo ONU, 1959). (SOUZA, 2013, p. 14)
Sobre a citação, é fundamental retornarmos as principais leis que tangem a sociedade para entendermos que quando for necessário defendermos a utilização de jogos como uma metodologia importante para a construção do conhecimento, basta que recordemos os exemplos dos documentos citados pela autora, pois, em diferentes épocas e contextos, foi avaliado a eficiência de tais recursos. 
Além disso, Souza (2013) cita a própria Constituição de 1988 em que no Artigo 27 elenca os direitos da criança de forma que a educação e o lazer são garantidos institucionalmente. Há também o Estatuto da Criança e do Adolescente que completou seus vinte anos de existência e que embora ainda existam mecanismos para melhorar, acentuam nos artigos 16 e 59 a garantia de eventos culturais, esportivos e de lazer para o desenvolvimento das crianças. Ademais, existem outros documentos federais, estaduais e municipais que definem a importância dos jogos e sua enfatização nas leis. 
Os jogos, no entanto, valem se articulados à ação docente planejada, intencional, na qual o (a) professor (a) escolhe o recurso que melhor se aplica ao conteúdo a ser aprendido e organiza as estratégias didáticas e as formas de mediação que, efetivamente, vão poder ajudar (os) alunos (as) a compreenderem os princípios da notação da língua. É isso que faz com que os jogos se constituam como um recurso didático e não apenas um material lúdico, motivador. (ARAÚJO, 2020, p. 6) 
	A citação acima, faz parte do artigo “Jogos como recursos didáticos na alfabetização: o que dizem e fazem as professoras” (2020) de Liane Castro de Araújo. Por se tratar de um artigo escrito recentemente e abordar problemáticas que se assemelham com as discussões de textos passados, podemos concluir que ainda temos muito o que aprender sobre como a utilização de jogos pode se tornar ainda mais eficiente. 
Segundo a autora, foi apenas a partir da década de 2000 que a prática de jogos durante a alfabetização se tornou parte potencial dos debates referentes a importância da cultura escrita abordar este recurso didático como produtivo. (ARAÚJO, 2020). 
No entanto, conforme a autora cita, estes recursos se forem articulados ao trabalho docente, poderá não apenas ensinar as crianças o abecedário, mas também, incentivá-las acerca da compreensão do mundo. Portanto, não se trata de mera formalidade o papel do professor. 
Afinal, não podemos apenas ensinar a repetição e memorização de letras, mas de como a partir da alfabetização estamos preparando o olhar das crianças para a relação com a sociedade. Se compreenderem desde a educação infantil que o ensino não está desarticulado das demais esferas da vida social, trata-se de uma obviedade que as crianças se tornarão adultos conscientes não apenas do papel da educação em suas vidas, mas de como é fundamental para o convívio coletivo.
Araújo (2020) abordou em seu artigo os resultados parciais de uma análise mais ampla envolvendo a pesquisa realizada entre os anos de 2017 à 2019 em que entrevistou professores (as) e observou as metodologias desenvolvidas em sala de aula por estes profissionais, durante o processo de alfabetização. 
Foi com base teórica e metodológica nesta autora, que havia identificado a possibilidade de observar e entrevistas docentes que tivessem experiência na alfabetização. No entanto, tal metodologia não foi possível por causa da pandemia.
Para Araújo (2020) ainda falta credibilidade disposta sobre os jogos, de que alguns professores (as) persistem em acreditar que é “perda de tempo”, ou que não há espaço perante os conteúdos que precisam ser trabalhados em sala, direcionando novamente esta teoria-metodologia dos jogos e brincadeiras como algo secundário, do qual não se deve levar a sério, ou ainda, que deve apenas ser utilizado em momentos quando os alunos “merecem”, pois, terminaram as atividades.
Sendo assim, dediquei-me a discutir a importância dos jogos, compreendendo que a realidade observada e descrita pela autora não se trata de algo singular, mas de experiências que são compartilhadas por parte da categoria docente. 
Deste modo, pensando em um projeto de intervenção que possa ser utilizado em realidades distintas, mas que tem potencial de alcançar resultados interessantes, seria a utilização da clássica música “Abecedário da Xuxa” em que a cantora ao mencionar a letra, por seguinte, cita uma palavra de maneira que exemplifica e favorece a memória para lembrar. 
Dessa forma, penso nesse jogo como composto por dois momentos distintos. O primeiro trata-se da constituição da relação entre as letras e as palavras. A professora (o) pode colocar no rádio da escola ou em seu celular, para tocar a música e apresentar imagens ou objetos acerca de algumas das palavras mencionadas pela cantora. 
Em seguida, a professora (o) pode repetir a música solicitando que os alunos (a) cantem as partes que se lembrarem, de modo que ao trabalhar com objetos e a própria letra da música, favoreça a memorização das crianças. Por seguinte, a professora (o) escolherá uma letra do alfabeto e cada aluno (a) deverá escrever em seu caderno o máximo de palavras que lembrar que podem ser formadas com aquela letra como a inicial. 
Este jogo demorará mais tempo que os demais, pois, será dividido em muitas partes. Por isso, a professora (o) poderá dedicar a quantidade de aulas que forem necessárias, visto que, não se trata de uma “perda de tempo”, mas da realização de uma tarefa complexa que exige que cada fase seja respeitada sua importância. 
Depois de sortear várias letras, a professora pedirá que os alunos leiam em voz alta, a palavra e soletrem para o restante dos colegas. Quando houver erros, ao invés de um caráter punitivo, caberá à professora (o) solicitar que a turma a auxilie em escrever no quadro a forma correta da palavra. E então, todos poderão copiar e anexar uma palavra a mais em seu vocabulário. 
Ao pensar na elaboração destes jogos que podem parecer simplistas, mas que metodologicamente fazem sentido para aqueles que já estiveram em sala de aula, deparei-me com a maneira como Vygotsky (2007) descreveu a importância das etapas vividas no contexto educacional.
Conforme sugere Vygotsky: 
(...) o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da criança. No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual da sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. Como no foco de lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento (VYGOTSKY, 2007, p. 122)
	Em consonância com o que escreveu o autor, as brincadeiras sugeridas podem ocupar um outro espaço que não seja apenas o da sala de aula. Ao sugerir que o mais importante da relação com os jogos não é em si os objetos, mas sim o objetivo da brincadeira, os professores (as) poderão organizar com que os próprios familiares continuem o processo dos jogos para além da escola. Caso haja dificuldade dos pais em corrigir a escrita das palavras, os docentes poderão estabelecer um momento do dia posterior para que cada criança diga sua experiência de jogar com sua família e relate as palavras que surgiram. 
Deste modo, a turma observará que assim como escreveu Vygotsky, o meio em que vive cada uma das crianças é determinante em suas experiências. Por isso, surgirão palavras diferentes e a exposição se tornará uma grande aliada do jogo, pois, o interessante é que não surjam apenas palavras novas, mas que as próprias criançaspossam explicar o contexto em que vivem e o porquê aquele vocabulário foi escolhido pela família, fazendo da aula, não apenas um período de memorização de técnicas, mas sobre o descobrimento dos sentidos do meio em que cada criança experiencia. 
Para concluir esta parte prática da metodologia, busquei demonstrar como a elaboração não apenas de brincadeiras e jogos é importante, mas como o processo em sua totalidade elaborado em conunto com os próprios alunos, pode ser fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Assim, a falta de recursos didáticos, a escassez do tempo, entre demais dificuldades encontradas, poderão ser repensadas, pois, não deixarão de existir, mas a partir da troca de experiências os obstáculos poderão ser remanejados oferecendo lugar para novas perspectivas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desta pesquisa, dediquei-me em demonstrar como a utilização de jogos e brincadeiras durante a educação infantil, especificamente durante a alfabetização podem contribuir significativamente no ensino-aprendizagem. 
Conforme lia os autores e relacionava suas constatações, percebi que tal temática tornou-se fundamental não apenas atualmente, mas durante séculos. Desta forma, questionava-me em como minha pesquisa poderia auxiliar acerca do debate da eficiência dos jogos, identificando-os como aliados do ensino. Afinal, desde os ancestrais ameríndios, aborígenes, indígenas e africanos, que brincadeiras, jogos e cantigas eram transmitidas oralmente e ressignificam suas histórias até mesmo como resistência. 
Por isso, busquei detalhar que a alfabetização deve ser compreendida e vivenciada enquanto um processo, que se inicia no espaço da escola mas que vai para além deste. Assim, a professora (o) é um dos integrantes desta estrutura mais ampla, complexa de fatores que são fundamentais, como por exemplo a permanência efetiva durante a educação dos familiares auxiliando no desenvolvimento das crianças. 
Iniciei esta pesquisa com a hipótese de que os jogos poderiam facilitar a aprendizagem dos alunos. Após ler autores como Piaget (1971), Moreira (1999), Kishimoto (2003) e Vygotsky (2007), as evidências apontavam que era necessárias reflexões mais complexas, pois, embora de fato os autores acreditem nos jogos como recurso didático indispensável, apresentaram outras reflexões, como por exemplo, as péssimas condições em que alguns docentes são submetidos e que atrapalham indubitavelmente em suas escolhas para o ensino. 
Deste modo, busquei apresentar também o trabalho de professoras pesquisadoras que buscaram discutir experiências práticas docentes em suas pesquisas. Souza (2013), e Araujó (2020) apresentaram como fundamentais incluir suas experiências pessoais e a de demais colegas para que pudessem sugerir que o professor (a) deve ser o mediador (a) de todo o processo de alfabetização, mas que há necessidade de que a realidade seja favorável para que este trabalho possa acontecer.
Assim, a alfabetização não se trata apenas do ensinamento da escrita e leitura de textos, mas do convívio de experiências distintas que se tornam fundamentais para o direcionamento do que é viver em sociedade. 
Sobre as crianças, principais sujeitos envolvidos nesta etapa de alfabetização, é necessário acompanhá-las durante um tempo de longo prazo para identificar quais podem ser considerados como os reais benefícios dos jogos em suas vidas. No entanto, não é incomum que os pais relatem como as crianças gostam e aprendem com maior facilidade a partir de brincadeiras, jogos e músicas. 
Por isso, por mais que pareça um trabalho dificultoso que é necessário que o professor (a) realize repetidamente as brincadeiras, ainda assim, torna-se mais eficiente do que a exigência de memorização de letras, palavras e frases. Segundo Rodrigues (2013) torna-se algo natural que as crianças comecem a brincar e cantar, mesmo no espaço de suas casas, as lições aprendidas em sala de aula. Assim, o espaço da escola não é visto como algo inerte às suas vidas, mas adquire-se gosto por frequentar a escola e tornar-se pertencente àquele lugar. 
Deste modo, gostaria de salientar a importância pessoal e profissional que foi o desenvolvimento desta pesquisa. Por mais que como busquei apresentar no texto, os jogos façam parte de nossas experiências e inclusive sejam tidos como direitos em diferentes documentos como o ECA e a própria Constituição Federal, escrever sobre esta temática possibilitou com que refletisse sobre as principais demandas da educação infantil atualmente em que não se trata apenas de adequarmo-nos à tecnologia e apresentarmos novos jogos, novas músicas, novos meios de comunicação. 
Para além disso, é necessário uma reflexão assídua e constante sobre as práticas docentes e em como podem ter a eficiência de atingir as variadas experiências presentes na sala de aula. O professor (a) pode não ser o ponto final do desenvolvimento da educação, mas com certeza é o mediador fundamental entre o início e o fim. 
Para concluir, entendo que somente a partir de reflexões sérias é que teremos possibilidade de efetivarmos uma educação que esteja para além da memorização de letras, datas e fatos, voltada principalmente para o ensino que proponhe a emancipação dos sujeitos, reconhecendo em suas experiências as questões individuais, mas atribuindo, sobretudo, a importância do coletivo. Dessa maneira, os jogos não se tratam de “perda de tempo”, pois, possibilitam condições reais daquilo que virá a ser a vida das crianças em sociedade no futuro.
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