Buscar

Biodisponibilidade de Nutrientes 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 36 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
Importância do conhecimento da biodisponibilidade dos nutrientes para a recomendação nutricional.
PROPÓSITO
Compreender os conceitos de biodisponibilidade e bioacessibilidade, além das particularidades da absorção de
nutrientes, para o norteamento da prescrição nutricional com a adequada utilização das recomendações
internacionais vigentes.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha à mão as recomendações nutricionais vigentes.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer as recomendações nutricionais no processo de prescrição dietética
MÓDULO 2
Identificar o conceito de biodisponibilidade e sua importância na recomendação nutricional
INTRODUÇÃO
Uma das atribuições do profissional nutricionista é a prescrição dietética. Mesmo sendo considerada uma atividade
individualizada, existem recomendações nutricionais mínimas e máximas de nutrientes reconhecidas mundialmente.
As recomendações baseadas em estudos científicos auxiliam no equilíbrio de uma prescrição individualizada.
Diversos fatores são levados em consideração na determinação das recomendações nutricionais, dentre eles, a
biodisponibilidade dos nutrientes. Desse modo, serão abordados os principais fatores que influenciam na
biodisponibilidade dos nutrientes e, consequentemente, em sua recomendação.
MÓDULO 1
 Reconhecer as recomendações nutricionais no processo de prescrição dietética
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
O estado nutricional do indivíduo e o atendimento às necessidades fisiológicas estão diretamente relacionados.
Informações como história clínica, consumo dietético, hábitos sociais, dados antropométricos e bioquímicos
permitem, juntos, a elaboração do diagnóstico nutricional, servindo de base para o planejamento e a orientação
dietética.
A avaliação nutricional tem por objetivo avaliar os hábitos alimentares do indivíduo e identificar problemas
nutricionais, o que irá proporcionar uma melhoria na qualidade de vida. A classificação e a quantificação da ingestão
de alimentos é parte importante da avaliação nutricional, sendo utilizada para a tomada de decisão quanto à
adequação do consumo alimentar do indivíduo e indicando a melhor conduta dietoterápica.
RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL
Existem padrões estipulados para recomendação de ingestão alimentar. Esses valores de referência são estimados
objetivando atender às necessidades energéticas e fisiológicas de indivíduos ou grupos de semelhantes.
Denominadas recomendações nutricionais passam por atualizações frequentes em relação a diferentes
necessidades, de acordo com o estágio de vida, carência ou efeito tóxico relacionado ao consumo em excesso de
nutrientes (MOREIRA et al., 2012).
A primeira recomendação nutricional registrada foi definida em 1941 pela Food and Nutrition Board, sendo
denominada como: Recommended Dietary Allowance ((RDA)) . O documento tinha por objetivo definir metas
para uma boa nutrição. Com o tempo, ficou claro que as avaliações deveriam ser revistas de acordo com a
regionalidade e as modernidades. Portanto, diversos países fizeram alterações específicas, por exemplo o Canadá,
que fez uma última atualização em 1990, e, no mesmo ano, o Brasil, por meio da: Sociedade Brasileira de
Alimentação e Nutrição ((SBAN)) , publicou Aplicações das recomendações nutricionais adaptadas à população
brasileira. Veja, a seguir, a recomendação nutricional de acordo com sexo e estágio de vida, publicada em 1989 e
conhecida como RDA:
 
Fonte: SBAN, 1990.
 
Fonte: Shutterstock.com.
No período de 1997 a 2004, os EUA e o Canadá fizeram uma atualização das recomendações baseados nos seus
perfis populacionais. Estas foram publicadas e seu uso extrapolado para toda população mundial. Hoje, as Dietary
Reference Intakes (DRI) são o conjunto de recomendações mais utilizadas na elaboração da prescrição dietética. Os
nutrientes são recomendados de acordo com a necessidade do organismo e níveis de segurança para que haja uma
adequada ingestão sem risco de uma intoxicação, determinando, portanto, níveis máximos e mínimos. Nas DRIs, são
indicados níveis de macronutrientes e micronutrientes com base em quatro referências, sendo, portanto, mais
abrangentes que as RDAs.
Para determinação das DRIs, consideraram-se:
A informação disponível sobre o balanço de nutriente no organismo.
O metabolismo nas diferentes faixas etárias.
A diminuição de risco de doenças.
As variações individuais nas necessidades de cada nutriente.
A biodisponibilidade dos nutrientes.
Os erros associados aos métodos de avaliação do consumo dietético.
Veja, a seguir, as definições dos níveis de referência utilizados como base para formulação das DRIs de acordo com
a NRC:
Nível de referência Definição
Necessidade Média
Estimada (Estimated
Average
Requirement – EAR)
Valor de ingestão diária de um nutriente que se estima suprir a necessidade de
metade (50%) dos indivíduos saudáveis de um grupo de mesmo gênero e idade.
Corresponde à mediana da distribuição de necessidade de um nutriente.
Ingestão Diária
Recomendada
(Recommended
Dietary Allowance –
RDA)
Nível de ingestão dietética diária suficiente para atender às necessidades de um
nutriente de todos os indivíduos saudáveis de um grupo de mesmo gênero e idade.
Ingestão Adequada
(Adequate Intake –
AI)
Utilizada quando não há dados suficientes para a determinação da EAR ou RDA.
Considerado um valor estimado, baseado em níveis ajustados experimentalmente
ou em aproximação da ingestão observada de nutrientes de um grupo de indivíduos
saudáveis.
Limite Superior
Tolerável de
Ingestão (Tolerable
Upper Intake – UL)
Valor máximo de ingestão diária continuada de um nutriente que, aparentemente,
não oferece risco de efeito adverso à saúde para a maioria dos indivíduos em
determinado estágio de vida ou gênero.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
A utilização de cada uma das recomendações deve ocorrer de acordo com a ingestão do indivíduo ou de acordo com
a informação disponível para o nutriente em questão. Caso um indivíduo esteja com ingestão abaixo da
recomendada pela EAR, deve-se adequar ao que é sugerido na própria EAR. Porém, existem alguns nutrientes que
ainda não têm determinação de EAR ou RDA, como vitamina K, cromo, manganês, cálcio, ácido pantotênico, biotina,
colina, ácido linoleico, ácido linolênico, fibras, água, potássio, sódio e cloro. Nesses casos, a AI deverá ser utilizada
como base para recomendação (VIEIRA et al., 2008).
Por fim, o Limite Superior Tolerável de Ingestão (UL) foi necessário quando se observou um crescimento no processo
de fortificação de alimentos e na suplementação de nutrientes.
A maior parte da população não apresenta qualquer reação quando exposta a altas concentrações de nutrientes.
Existe, porém, uma parcela da população que pode apresentar características fisiológicas mais suscetíveis a
processos adversos quando exposta a altas concentrações de algum elemento químico. Essa distribuição pode ser
observada na figura a seguir, na qual a maior distribuição populacional consome uma ingestão média de
suplementos, enquanto uma pequena parcela ingere acima dos limites máximos, o que pode desencadear danos à
saúde.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Relação entre a frequência de ingestão e a quantidade de suplemento ingerida.
 
Fonte: Instituto de Medicina. 2000.
A relação do agravamento dos efeitos produzidos pelo excesso de nutrientes é diretamente proporcional à
quantidade que foi excedida, ou seja, quanto maior a quantidade do elemento consumido, mais graves os sintomas.
 ATENÇÃO
É importante lembrar que não há UL definido para todos os nutrientes, já que a definição desse limite é baseada em
estudos onde há exposição a um agente e a avaliação do risco, associado com estudos epidemiológicos e
toxicológicos. Porém, nenhum risco é esperado caso o limiar predeterminado não seja ultrapassado. Os limiares são
definidos de acordo com particularidades dos indivíduos dentro de uma população.
A comissão da Foodand Agriculture Organization (FAO) da World Health Organization (WHO) para aditivos
alimentares tem identificado fatores que influenciam nessas diferenças entre indivíduos. Para tais determinações, são
utilizados índices como o No Observed Adverse Effect Level (NOAEL) e o Lowest Observed Adverse Effect Level
(LOAEL), como indicado na figura a seguir (FAO/WHO, 2005).
Relação entre o risco de inadequação de ingestão dos nutrientes e o risco de aparecimento de efeitos adversos com
os níveis de ingestão.
 
Fonte: Brian Lindshield, 2015.
 
Fonte: Shutterstock.com.
UTILIZAÇÃO DE EAR E RDA PARA INDIVÍDUOS
A RDA pode ser definida como a ingestão diária de um nutriente que se considera suficiente para atender os
indivíduos saudáveis de um grupo etário de mesmo sexo. A RDA só poderá ser estabelecida após a definição de
EAR. Ambas serão utilizadas para guiar a recomendação de ingestão realizada no processo de prescrição dietética.
A primeira etapa recomendada para prescrição é a obtenção de informação sobre a ingestão alimentar de acordo
com o relato do indivíduo, considerando variedades e monotonia da alimentação, dias da semana, estação do ano,
férias e ocasiões especiais, apetite, que pode variar de acordo com condições físicas, como períodos menstruais e
mudança na intensidade de atividade física.
Quanto mais dias puderem ser avaliados, melhor o parâmetro do perfil do indivíduo. Para obtenção dessas
informações, várias ferramentas podem ser utilizadas, como recordatório 24h e lista de frequência alimentar. Porém,
deve-se levar em consideração que a estimativa dos hábitos alimentares e das quantidades consumidas pelos
indivíduos pode levar a uma sub ou superestimação.
UTILIZAÇÃO DE EAR E RDA PARA GRUPOS
A determinação do ajustamento de ingestão de um nutriente por um grupo é baseada na relação entre o número de
indivíduos que ingerem uma quantidade usual do nutriente e o número de indivíduos que ingerem menos que a
quantidade usual. Para a saúde pública, essa relação é determinante para traçar um perfil alimentar da população e
direciona os programas públicos para a melhoria da qualidade da ingestão alimentar desses grupos. O desafio maior
é a identificação do consumo alimentar em um grupo, desse modo, a determinação acaba sendo estimada e uma
média é utilizada. Uma prescrição dietética adequada deve levar em consideração a recomendação estipulada para o
nutriente e a ingestão relatada pelo indivíduo.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Considere como exemplo as recomendações dos micronutrientes para um adulto listadas no quadro a seguir:
Recomendações e limites de micronutrientes.
Recomendações/limites
Micronutrientes (mg)*
Cálcio Ferro Tiamina Riboflavina Niacina Vitamina C
EAR - 8,1 0,9 0,9 11 60
RDA - 18 1,1 1,1 14 90
AI 1.000 - - - - -
UL 2.500 45 ND ND 35 2.000
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Valores de micronutrientes em miligrama por dia para um adulto.
Ao utilizar o quadro acima, pode-se observar que os valores dos micronutrientes que precisam ser ingeridos por um
indivíduo adulto saudável devem se encontrar na quantidade recomendada em EAR ou AI, e no limite máximo
determinado por UL, quando informado. Por exemplo, a ingestão recomendada de ferro deve ser de 8,1 mg a 45 mg,
para, desse modo, atender às necessidades nutricionais e evitar efeitos prejudiciais causados pelo excesso desse
mineral. A partir dessa comparação, podemos determinar se a ingestão de nutrientes de um indivíduo está adequada
ou não.
Observe o exemplo no quadro a seguir:
Adequação entre recomendações e limites de ingestão, e um exemplo de ingestão de micronutrientes.
Recomendações
/ Limites /
Ingestão
Micronutrientes (mg)*
Cálcio Ferro Tiamina Riboflavina Niacina
Vitamina
C
EAR - 8,1 0,9 0,9 11 60
RDA - 18 1,1 1,1 14 90
AI 1000 - - - - -
UL 2500 45 ND ND 35 2000
Ingestão 820 0,78 1,2 1,1 16 85
Avaliação Inadequado Inadequado Adequado Adequado Adequado Adequado
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Valores de micronutrientes em miligrama por dia para um adulto.
A partir do quadro, podemos observar que a ingestão de tiamina, riboflavina, niacina e vitamina C estão adequadas,
porém, os valores de ferro e cálcio estão abaixo dos recomendados pelas definições de EAR e de AI.
Observa-se, portanto, a necessidade de ajuste na dieta, para que haja melhor adequação aos micronutrientes em
questão. Ambos, EAR e AI, têm por objetivo promover uma alimentação saudável ao indivíduo. Contudo, os valores
de AI são menos acurados que os de EAR, já que são determinados por uma estimativa, necessitando de muitas
amostras para uma avaliação correta. Portanto, os valores de AI costumam ser numericamente maior que os de EAR
e, consequentemente, de RDA, sendo necessário um uso cuidadoso dessa recomendação (NIH, 1998).
Além dos micronutrientes, há recomendação para os macronutrientes que são necessários em maiores quantidades,
conferindo ao organismo a energia que os alimentos fornecem. A recomendação mais utilizada mundialmente é a da
FAO/OMS de 2003, exposta de forma resumida no quadro a seguir:
Nutrientes Quantidade recomendada
Gordura total 15 – 30% do total de energia diária
Carboidrato total 55 – 75% do total de energia diária
Açúcares < 10%
Proteínas 10 – 15% do total de energia diária
Colesterol < 300mg por dia
Cloreto de sódio < 2g por dia
Fibras alimentares >25g por dia
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
 Recomendação de macronutrientes da FAO/OMS, de 2003.
 COMENTÁRIO
Um fator que deve ser considerado quando há adaptações nas recomendações é a digestibilidade e a
biodisponibilidade do nutriente em questão. A SBAN considerou que a digestibilidade da proteína consumida na dieta
do povo brasileiro era de 80 a 85%, ou seja, grande parte da proteína consumida era facilmente digerida e absorvida.
Portanto, a recomendação da SBAN é de que o consumo de proteína para mulheres e homens acima dos 18 anos
deve ser de 1g/kg/dia.
À medida em que mais estudos populacionais são realizados, os valores de recomendação podem ser alterados. As
DRIs apresentam valores de referência mais completos que os estabelecidos pela RDA e pela SBAN, por terem
como objetivos não só prevenir deficiências nutricionais e doenças crônicas, mas também evitar riscos de toxicidade.
Para um adequado planejamento alimentar e uma avaliação de dietas para grupos ou indivíduos, a melhor
ferramenta ainda é as DRIs, que também são preconizadas em pesquisas e práticas clínicas (MOREIRA et al., 2012).
Desse modo, é fundamental compreender o que são as DRIs e quais os seus objetivos, para que o diagnóstico e a
orientação dietética sejam realizados com objetivo de melhor atender às necessidades dos indivíduos.
Há uma exceção entre as recomendações: os compostos bioativos não apresentam recomendação de ingestão, pois
não atendem aos conceitos convencionais de nutrientes, apesar de haver evidências de que, quando consumidos
regularmente, promovem benefícios à saúde.
Nesse grupo, são incluídos os elementos com propriedades antioxidantes, como:
Flavonoides
Vitamina C
Vitamina E
Selênio
Betacaroteno
Outros carotenoides (α-caroteno, β-criptoxantina, licopeno e zeaxantina)
A ação benéfica desses nutrientes é inegável, porém, seu caráter antioxidante ainda necessita de maiores estudos
exploratórios. Desse modo, a recomendação para tal finalidade ainda é indefinida.
Alguns avanços foram observados em relação à inclusão de recomendações de quantidades desses elementos nas
DRIs, como:
1
Inclusão da definição de antioxidante alimentar.
Determinação de que a recomendação para vitamina E e selênio não deve variar com a idade ou gênero após os 14
anos.
2
3
Determinação de que a vitamina E deve ser recomendada de acordo com os níveis de α-tocoferol.
Estabelecimento de UL para vitamina C, vitamina E e selênio (AMAYA-FARFAN; DOMENE; PADOVANI, 2001).
4
Essas ratificaçõessugerem que os estudos sobre a recomendação de compostos bioativos caminham para que haja
também uma determinação quantitativa desses elementos.
 COMENTÁRIO
A cautela para determinações de recomendações para esses elementos se justifica aparentemente pela forma
variável com que certos componentes agem, por exemplo, os carotenoides, que podem agir como antioxidantes em
baixas concentrações, e como pró-oxidantes em altas concentrações. Desse modo, faz-se necessária a
recomendação de pesquisas sobre os potenciais efeitos preventivos de doenças pelos antioxidantes, inclusive, o
betacaroteno e os outros carotenoides, para que se possa elaborar as recomendações pertinentes.
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre a importância das recomendações nutricionais na prática clínica.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A RESPONSABILIDADE DA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA PELO NUTRICIONISTA É
BASEADA NA AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE E NA INGESTÃO DE ALIMENTOS
PELO INDIVÍDUO. SÃO USADAS RECOMENDAÇÕES BASEADAS EM MÉTRICAS
INTERNACIONAIS PARA A ELABORAÇÃO DESSA PRESCRIÇÃO. ASSINALE A
ALTERNATIVA QUE NÃO INDICA UMA RECOMENDAÇÃO DE PRESCRIÇÃO DIETÉTICA:
A) RDA
B) EAR
C) IA
D) UL
E) RDC
2. ALGUNS ELEMENTOS NUTRICIONAIS, APESAR DE SEREM CONHECIDOS COMO
BENÉFICOS À SAÚDE, NÃO APRESENTAM RECOMENDAÇÃO, JÁ QUE OS ESTUDOS
COMPROBATÓRIOS AINDA SÃO INSUFICIENTES. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA
QUAIS SÃO ESSES COMPONENTES.
A) Aminoácidos essenciais
B) Fibras
C) Compostos bioativos
D) Minerais
E) Vitaminas
GABARITO
1. A responsabilidade da prescrição dietética pelo nutricionista é baseada na avaliação da condição de saúde
e na ingestão de alimentos pelo indivíduo. São usadas recomendações baseadas em métricas internacionais
para a elaboração dessa prescrição. Assinale a alternativa que não indica uma recomendação de prescrição
dietética:
A alternativa "E " está correta.
 
As recomendações que devem ser utilizadas em conjunto são: RDA, EAR, IA e UL.
2. Alguns elementos nutricionais, apesar de serem conhecidos como benéficos à saúde, não apresentam
recomendação, já que os estudos comprobatórios ainda são insuficientes. Assinale a alternativa que indica
quais são esses componentes.
A alternativa "C " está correta.
 
A maioria dos compostos bioativos está relacionada com sua atividade antioxidante, porém, os estudos nessa área
ainda são insuficientes para que haja determinação de recomendação nutricional mínima e máxima.
MÓDULO 2
 Identificar o conceito de biodisponibilidade e sua importância na recomendação nutricional
BIODISPONIBILIDADE
Os estudos relacionados à biodisponibilidade começaram na área da Farmacologia, visando determinar o
comportamento do princípio ativo medicamentoso no indivíduo, ou seja, como o composto circulava no organismo, a
proporção de sua absorção e sua consequente metabolização.
O termo biodisponibilidade foi proposto pela Food and Drug Administration dos EUA. No setor farmacológico, a
biodisponibilidade do medicamento é estudada principalmente para medicamentos que são administrados de forma
oral. Essa via apresenta vantagens, como: fácil administração, melhor custo-benefício, menor necessidade de
método de esterilização e maior flexibilidade na dosagem. Porém, o maior obstáculo para essa via de admissão de
fármacos é a baixa biodisponibilidade, que pode ser influenciada pela solubilidade do componente, pelo tamanho da
partícula, pela forma química da substância, pela permeabilidade e pela suscetibilidade frente a mecanismos de
exclusão metabólica (KRISHNAIAH, 2010).
Aproximadamente 40 anos depois de o termo biodisponibilidade ter sido utilizado para medicamentos, o setor de
alimentos também percebeu a necessidade de avaliar a biodisponibilidade de nutrientes, já que a ingestão de uma
quantidade de alimentos não é garantia de que todo o nutriente será absorvido pelo organismo.
Para um completo entendimento da biodisponibilidade de nutrientes, é importante definir a diferença entre três
termos: biodisponibilidade, bioacessibilidade e bioatividade.
BIOACESSIBILIDADE
Definida como a quantidade de nutriente liberada na matriz alimentar no trato gastrointestinal, e se torna disponível
para absorção. Essa liberação pode ser realizada de acordo com as transformações digestivas. Alguns nutrientes
apresentam ação benéfica no lúmen do trato gastrointestinal, como as fibras e alguns minerais.
BIODISPONIBILIDADE
Outros nutrientes devem ser absorvidos pela parede celular e alcançar a circulação sistêmica para, então, promover
sua ação frente ao organismo.
BIOATIVIDADE
Consiste na determinação do benefício celular e na resposta fisiológica obtida pela interação entre o componente
alimentar e a célula do indivíduo propriamente dita. Resumidamente, a interação entre esses fatores pode ser
descrita como na figura abaixo, onde a bioatividade depende da biodisponibilidade dos alimentos, que é realizada
quando o nutriente está bioacessível no interior do trato gastrointestinal (CARBONELL-CAPELLA et al., 2014).
 
Fonte: Carolina Beres.
 Relação entre as etapas de avaliação do nutriente do indivíduo.
MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO
 
Fonte: Shutterstock.com.
A determinação de cada uma dessas etapas difere nos seus princípios e nas técnicas que podem ser utilizadas. É
importante diferenciar alguns conceitos para tornar a compreensão das técnicas mais clara. Algumas definições
estão listadas a seguir (COZZOLINO, 2006):
ABSORÇÃO
Fração do alimento que ultrapassa a parede do trato gastrointestinal.
METABOLIZAÇÃO
Quantidade de nutriente que é utilizada a nível celular.
BIOCONVERSÃO
Proporção do nutriente ingerido que estará biodisponível para a conversão em sua forma ativa.
BIOEFICÁCIA
Eficiência com a qual os nutrientes ingeridos são absorvidos e convertidos à forma ativa do nutriente.
BIOEFICIÊNCIA
Proporção da forma ativa convertida do nutriente absorvido que atingirá o tecido-alvo.
O resultado da determinação da biodisponibilidade na Farmacologia é caracterizado de acordo com a via de acesso
do medicamento. Se a via é intravenosa, considera-se o máximo de biodisponibilidade, denominada
biodisponibilidade absoluta. Caso a via de administração do medicamento seja outra, este deve ser metabolizado,
convertido e, por fim, absorvido pela corrente sanguínea. Nesse caso, a denominação é de biodisponibilidade
relativa, já que se subentende que a absorção não será de 100%.
Para alimentos, a melhor denominação é a biodisponibilidade quantitativa, ou seja, é calculado o percentual do
nutriente-alvo na matriz alimentar, quanto desse nutriente está disponível no lúmen do trato gastrointestinal
(bioacessibilidade) e quanto é absorvido pelas células do epitélio de superfície do trato (biodisponibilidade). Fatores
tais quais a maneira como o nutriente é ingerido, a forma química do nutriente, como ele é encontrado no alimento,
métodos de cocção, a quantidade ingerida, a presença de agentes ligantes e de outros nutrientes, o estado
nutricional do indivíduo e a composição da sua dieta influenciarão na bioacessibilidade e biodisponibilidade do
nutriente.
 
Fonte: Shutterstock.com.
 ATENÇÃO
A determinação da biodisponibilidade de um nutriente influencia diretamente os teores de recomendação vistos
anteriormente e são influenciados pelos hábitos e culturas de cada localidade. Desse modo, estudos que possam
avaliar o desempenho da biodisponibilidade são de extrema relevância científica para relacionar a quantidade de
nutrientes com o estado de saúde do indivíduo.
No quadro a seguir, estão listados os principais métodos utilizados para a determinação da bioacessibilidade e
biodisponibilidade dos nutrientes, assim como as vantagens e desvantagens:
Métodos in
vitro
Resultado Vantagens Desvantagens
Solubilidade Bioacessibilidade
• Simples.
• Baixo custo.
• Fácil reprodução e
execução laboratorial.
• Não é confiável.
• Não fornece
informações sobre
ingestão, absorção e
cinética;
• Não informa sobre
competição do
nutriente no sítio deabsorção.
Diálise Bioacessibilidade • Simples. • Não fornece
• Baixo custo.
• Fácil reprodução e
execução laboratorial.
informações sobre
ingestão, absorção e
cinética.
• Não informa sobre
competição do
nutriente no sítio de
absorção.
Modelos
gastrointestinais
Bioacessibilidade (se
interligado com células
intestinais, indica
biodisponibilidade)
• É possível observar vários
parâmetros digestivos, tais
como peristalse e
temperatura corporal.
• Permite retirada de amostra
em qualquer etapa do
processo.
• Alto custo.
• Muitos modelos
ainda sem validação.
Cultura de
células Caco-2
Biodisponibilidade
• Permite analisar o nutriente
no local de absorção.
• Necessidade de
equipe treinada na
manipulação de
cultura de células.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Outra metodologia amplamente utilizada é a marcação de um nutriente com um isótopo radioativo, ou seja, um
elemento químico que apresenta a propriedade física de tornar o núcleo instável, causando desintegração radioativa,
o que leva à emissão de partículas subatômicas que emitem radioatividade e, portanto, podem ser quantificadas e
acompanhadas ao longo do sistema gastrointestinal do indivíduo. Consideradas inofensivas aos indivíduos
saudáveis, podem ter ampla utilização, mas apresentam como limitação o fato de não poderem ser testadas em
crianças, gestantes e nutrizes, além de alguns isótopos terem meia vida curta, o que pode encurtar o estudo
(HEANEY, 2001).
 
Fonte: Shutterstock.com.
BIODISPONIBILIDADE DE MACRONUTRIENTES
Macronutrientes são aqueles que necessitam ser consumidos em maior quantidade pelos indivíduos, como proteínas,
lipídios e carboidratos. Alguns fatores podem influenciar a biodisponibilidade de macronutrientes, como estrutura
química, presença de componentes antinutricionais, processamento industrial e método de cocção, além da ligação
com outros nutrientes.
As proteínas são os macronutrientes mais estudados em relação à sua biodisponibilidade, já que são alimentos de
alto valor agregado, e sua ingestão está diretamente relacionada à constituição do indivíduo.
As proteínas estão relacionadas com a formação de estruturas de controle, defesa e transporte, sendo atuantes na
maioria das reações do indivíduo.
Dentre os fatores que influenciam a biodisponibilidade de proteínas, a presença dos antinutricionais é relevante
principalmente para indivíduos veganos e vegetarianos. Em alimentos como soja, são encontrados compostos
conhecidos como inibidores enzimáticos. Eles atuam nas enzimas digestivas (tripsina e quimiotripsina) e acabam por
reduzir a digestibilidade das proteínas. Por terem natureza proteica, uma maneira de reduzir a ação desses inibidores
é a utilização de processamento térmico. Porém, este pode levar ao desencadeamento da Reação de Mailard,
também conhecida como escurecimento não enzimático. Por muitas vezes desejável, por alterar de forma benéfica
as características sensoriais do produto, levando à formação de melanoidinas, a reação entre açúcares e o
grupamento amino dos aminoácidos reduz a digestibilidade das moléculas de lisina.
Escurecimento não enzimático observado antes (Imagem A) e após (Imagem B) exposição da carne a um
processamento térmico.
 
Fonte: Shutterstock.com.
IMAGEM A
 
Fonte: Shutterstock.com.
IMAGEM B
Outros componentes que podem influenciar de forma negativa a biodisponibilidade de proteínas são a presença de
compostos como radicais livres, compostos fenólicos, solventes halogênicos e nitritos. O nitrito (NO2) é classificado
pela legislação como um aditivo químico que pode ser utilizado dentro de uma faixa de segurança, para potencializar
a cor vermelha de carnes, principalmente, embutidos. Porém, quando em excesso, esse componente pode interagir
com aminas secundárias formando estruturas denominadas N-nitrosaminas, que apresentam ação carcinogênica.
Os radicais livres que podem ser formados quando há o fenômeno de oxidação lipídica nos ácidos graxos
insaturados dos alimentos levam à formação de ligações cruzadas e polimerização, que geram substâncias
denominadas quinonas, que são altamente reativas e reagem com o grupamento amino dos aminoácidos.
Lecitinas são glicoproteínas que podem se ligar à mucosa intestinal interferindo na absorção de aminoácidos. Por
serem termolábeis, o tratamento térmico pode reduzir o impacto dessa molécula na digestibilidade da proteína.
Dentre os compostos fenólicos, os taninos se destacam como um componente que pode influenciar na
biodisponibilidade de proteínas. Eles se ligam covalentemente com o grupamento amino dos resíduos de lisina e
impedem a quebra da ligação peptídica pela enzima tripsina, reduzindo a biodisponibilidade de proteínas.
De acordo com Silva et al. (2002), a principal característica que permite elevar o grau de biodisponibilidade das
proteínas é o processo de digestibilidade. Desse modo, é necessário que haja ação das enzimas proteolíticas
promovendo a hidrólise da cadeia peptídica e liberando aminoácidos para melhorar a digestibilidade das proteínas,
determinada pela proporção de nitrogênio ingerido.
O tamanho do resíduo produzido após a hidrólise interfere na digestibilidade, já que aminoácidos, dipeptídios e
tripeptídios conseguem penetrar na mucosa intestinal, enquanto peptídios com mais de três aminoácidos não são
absorvidos na mesma intensidade. Desse modo, o processo de hidrólise é primordial para que haja uma boa
absorção dos aminoácidos, e este é facilitado quando há um melhor acesso das enzimas digestivas à cadeia
polipeptídica. Portanto, proteínas desnaturadas pelo calor, irradiação, pressão, pH ou solventes orgânicos permitem
maior acesso das enzimas e, consequentemente, melhor digestibilidade das moléculas proteicas.
BIODISPONIBILIDADE DE MICRONUTRIENTES
Ao consultar a RDC 269 do Ministério da Saúde, de 2005, pode-se observar a recomendação de micronutrientes
para diferentes estágios de vida. Porém, há uma observação de que haja ao menos 10% de biodisponibilidade.
Atender à quantidade adequada de micronutrientes em uma dieta é sempre um desafio, já que esses elementos são
influenciados por diversas interações que podem reduzir sua absorção pelo organismo.
Veja, a seguir, o quadro de recomendação nutricional de micronutrientes para um adulto saudável, de acordo com a
RDC 269 de 2005:
Nutriente Unidade Valor
Proteína (1) g 50
Vitamina A (2) (a) micrograma RE 600
Vitamina D (2) (b) micrograma 5
Vitamina C (2) mg 45
Vitamina E (2) (c) mg 10
Tiamina (2) mg 1,2
Riboflavina (2) mg 1,3
Niacina (2) mg 16
Vitamina B6 (2) mg 1,3
Ácido fólico (2) micrograma 240
Vitamina B12 (2) micrograma 2,4
Biotina (2) micrograma 30
Ácido pantotênico (2) mg 5
Vitamina K (2) micrograma 65
Colina (1) mg 550
Cálcio (2) mg 1000
Ferro (2) (d) mg 14
Magnésio (2) mg 260
Zinco (2) (e) mg 7
Iodo (2) micrograma 130
Fósforo (1) mg 700
Flúor (1) mg 4
Cobre (1) micrograma 900
Selênio (2) micrograma 34
Molibdênio (1) micrograma 45
Cromo (1) micrograma 35
Manganês (1) mg 2,3
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Um fator que influencia no processo de absorção de micronutrientes é o local ou sítio de absorção, que varia de
acordo com a vitamina ou mineral ao longo do trato gastrointestinal. A maior parte dos micronutrientes é absorvida na
porção duodenal do intestino delgado, porém, alguns minerais, como cobre e selênio, podem ser absorvidos também
no estômago. No cólon, é concentrada a absorção de sódio, potássio, cloro, cálcio, fósforo e magnésio.
 
Fonte: Shutterstock.com.
 ATENÇÃO
Fatores intrínsecos (idade, sexo, saúde e gravidez) e extrínsecos (dieta) também atuam de forma negativa ou
positiva na absorção de micronutrientes. Por exemplo, dietas ricas em fibras alimentares, fitatos, polifenóis, oxalatos,
taninos e flavonoides prejudicam a absorção de micronutrientes, enquanto dietas com fibras solúveis, ácido
ascórbico, ácido cítrico, lactosee frutose atuam de forma positiva.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Sobre as fibras alimentares, é importante destacar que estas são formadas por um conjunto de fibras solúveis e
insolúveis, e atuam de forma diferente no intestino. As fibras insolúveis podem levar à diminuição do tempo de
trânsito no lúmen intestinal, que, por sua vez, pode levar ao aumento da absorção de minerais. Por outro lado,
podem levar à formação de quelatos, que diminuem a biodisponibilidade dos micronutrientes. As fibras solúveis que
podem ser fermentadas pela microbiota intestinal geram como subproduto moléculas de ácidos graxos de cadeia
curta, como, por exemplo, o butirato, que acidifica o pH do meio e aumenta a ionização dos minerais permitindo que
sejam mais solúveis e, consequentemente, mais absorvíveis.
Veja, no quadro a seguir, os fatores que influenciam de forma positiva ou negativa a biodisponibilidade dos
micronutrientes:
Micronutrientes Fatores que influenciam a biodisponibilidade
Vitamina A, D, E
e K
Por serem vitaminas lipossolúveis, a presença de lipídio aumenta a biodisponibilidade.
Vitamina B1 Alto consumo de álcool prejudica absorção de tiamina.
Sódio Excesso de potássio e cálcio aumenta a excreção do sódio.
Zinco Cálcio, ferro, fitato e fibra diminuem a absorção.
Cálcio
Sódio, cafeína, oxalatos e fósforo diminuem a absorção de cálcio, e proteínas
aumentam a excreção de cálcio.
Ferro
Ferro-heme não sofre influência na sua absorção. Ferro-não heme tem
biodisponibilidade aumentada pelo consumo de ácido fítico e vitamina C. Oxalatos,
fosfatos e polifenóis diminuem a absorção do ferro.
Magnésio
Sódio, cálcio, cafeína e fitatos podem reduzir a excreção do magnésio. O processo de
refinamento remove o mineral de cereais.
Cobre
Processamento a quente e alta ingestão de zinco e ferro podem reduzir
biodisponibilidade devido à Reação de Maillard.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
MICROBIOTA INTESTINAL E A INFLUÊNCIA NA
BIODISPONIBILIDADE
Nos estudos mais recentes sobre o processo de absorção dos nutrientes e, consequentemente, sua
biodisponibilidade, há enfoque maior na influência do papel da microbiota intestinal. Essa linha de pesquisa ganhou
importância quando houve uma crescente valorização do uso de compostos bioativos na alimentação e suplementos
alimentares e seus efeitos benéficos no indivíduo. Diversos estudos mostraram os efeitos in vitro dos compostos
bioativos, porém, o mesmo efeito não era percebido in vivo. Desse modo, observou-se que havia necessidade de
ajuste nas quantidades e nas formas de administração de alguns desses compostos.
A microbiota intestinal é formada por uma diversidade de microrganismos, conhecida como microbial pool, que pode
conter até 1.000 espécies diferentes. Em adultos saudáveis, há uma prevalência dos filos Bacteroidetes, Firmicutes,
Actinobacteria, Proteobacteria e Verrucomicrobia. As diferenças genéticas encontradas entre as espécies sugerem
uma diversidade de ações maior que o próprio material genético do indivíduo. De forma comparativa com o genoma
do humano, a união dos materiais genéticos da microbiota é denominada microbioma. Assim como há variabilidade
entre os indivíduos, também há entre as microbiotas intestinais. Desse modo, existe uma dificuldade em realizar
estudos e intervenções terapêuticas que tenham como alvo ou como produto de tratamento a microbiota intestinal
(ARIAS et al., 2020).
Veja, na figura a seguir, exemplos de espécies formadoras da microbiota intestinal de adultos saudáveis:
 
Fonte: Shutterstock.com.
A influência no metabolismo de um fármaco foi testada em camundongos germfree, em comparação com
camundongos colonizados com bactérias do gênero Bacteroides, comuns à microbiota intestinal. O estudo revela a
melhor eficácia do medicamento em camundongos colonizados, provando a participação da microbiota na
biodisponibilidade e exposição do composto ativo.
A maneira como a microbiota interage com o composto farmacológico ou o alimento ainda não é totalmente
elucidada, porém, existem algumas interpretações:
1
Os microrganismos da microbiota intestinal transformam os compostos alimentares ou farmacológicos em compostos
com atividades.
A microbiota é estimulada pela presença do componente ingerido a produzir compostos que apresentam benefícios à
saúde.
2
3
A microbiota produz compostos que impedem a inibição dos compostos ativos ingeridos.
De modo geral, todas as possibilidades são baseadas na capacidade da microbiota em secretar substâncias. A esses
componentes, é dado o nome de metabólitos.
MICROBIOTA INTESTINAL 
Para a manutenção da boa qualidade da microbiota intestinal, diferentes condutas podem ser tomadas, dentre elas, a
prescrição de fibras alimentares. Como foi visto no módulo anterior, a recomendação para fibras dietéticas é de
aproximadamente 25g por dia para adultos saudáveis. As fibras alimentares direcionadas para o beneficiamento da
microbiota intestinal são classificadas como prebióticos, já que têm ação direta em microrganismos que são também
conhecidos como probióticos (VAMANU; GATEA, 2020).
FIBRAS ALIMENTARES
As fibras alimentares são constituídas majoritariamente por polissacarídeos não digeríveis ao longo do trato
gastrointestinal, que alcançam o intestino grosso quase intactos, sendo, então, fermentados pela microbiota
intestinal. Nessa fermentação, são produzidos compostos, ou metabólitos, como os ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC), como o ácido butírico, o ácido propiônico e o ácido acético. Os AGCC, por si, já apresentam efeitos
benéficos comprovados controlando a obesidade e a diabetes, além de beneficiar o crescimento de Lactobacillus e
Bifidobacterium, gêneros bacterianos importantes na microbiota intestinal (ZHANG et al., 2020).
Os estudos mais aprofundados na área de biodisponibilidade foram necessários quando houve uma crescente
aplicação de compostos fenólicos como suplementos alimentares. Os compostos fenólicos são, naturalmente,
encontrados nos vegetais, conhecidos como metabólitos secundários, não sendo essenciais à sobrevida dos
vegetais, mas têm função como mecanismo de defesa ou pigmento. Podem ser encontrados em diferentes partes do
vegetal, como flores, folhas, frutas, caules e raízes. Existem aproximadamente mais de 8.000 compostos fenólicos
identificados no reino vegetal, podendo ser classificados como flavonoides ou não flavonoides. Possuem atividade
antioxidante, responsável por promover efeitos benéficos na célula, atuando no sequestro de radicais livres
(KAWABATA, YOSHIOKA, TERAO, 2019).
 
Fonte: Shutterstock.com.
Os radicais livres são produzidos por fatores, como estresse, poluição, má alimentação, sedentarismo, fumo, entre
outros, e promovem um dano celular. Desse modo, a ação do antioxidante de neutralizar esse radical livre protege a
célula de possíveis danos. Além da capacidade antioxidante, os compostos fenólicos apresentam propriedades
imunomodulatórias, anti-inflamatórias, cardioprotetivas e antienvelhecimento, sendo, portanto, foco de diversas
abordagens científicas, como demonstrado no quadro a seguir:
Relação entre os compostos fenólicos, os microrganismos da microbiota intestinal que estão relacionados ao seu
metabolismo e o efeito benéfico no indivíduo.
Compostos fenólicos
Componentes da microbiota
intestinal
Efeito benéfico à
saúde
Curcumina Firmicutes
Atividade
antioxidante
Naringenina
Helicobacter pylori, Escherichia
coli, Salmonella aureus
Modulação do trato
gastrointestinal
Catequina Eubacterium
Melhora na excreção
de fezes
Epicatequina
Bacteroides, Firmicutes e
Bacteroidetes
Modulação da
microbiota
Fenólicos Firmicutes, bacteroidetes
Modulação da
microbiota
Epicatequina e catequina Clostridium, Bifidobacterium,
Escherichia coli
Modulação da
microbiota
Flavonoides Enterococcus
Modulação da
microbiota
Resveratrol Coriobacteriaceae
Redução da
inflamação crônica
Estilbenos
Bifidobacterium, Lactobacillus,
Akkermansia
Modulaçãoda
microbiota
Ácido cafeico, ácido clorogênico, ácido
ferrúlico, ácido coumarico
BIfidobacterium, Lactobacillus
Aumento da
produção de butirato
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
O principal fator observado no quadro é a modulação da microbiota. Desse modo, é possível observar que o
consumo de compostos fenólicos promove uma melhoria da composição da microbiota intestinal. Esta será
responsável por metabolizar os compostos fenólicos, produzindo metabólicos que poderão atuar em nível celular no
indivíduo, promovendo os efeitos citados anteriormente.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Ocorre, portanto, um efeito cascata, em que a ingestão de compostos fenólicos auxilia na manutenção da microbiota,
que produzirá os metabólitos a partir dos compostos fenólicos, que, por sua vez, promoverão os benefícios à saúde.
Porém, a biodisponibilidade dos compostos fenólicos é influenciada por outros fatores, como o tamanho do
composto. Acredita-se que os compostos fenólicos de baixo peso molecular são absorvidos mediante transporte
direto no intestino delgado, enquanto compostos de alto peso molecular, como os taninos, são transportados íntegros
até o intestino grosso, podendo ser excretados nas fezes ou metabolizados pela microbiota.
O estômago é o local de menor absorção dos compostos fenólicos, porém, devido a um transporte ativo, é o local de
absorção de antocianinas, um composto fenólico que atua como pigmento responsável pelas cores vermelha, roxo e
azul de frutas e pétalas, comumente encontrado em frutas como uva e jabuticaba, com conhecido caráter benéfico à
saúde dos indivíduos (KAWABATA; YOSHIOKA; TERAO, 2019).
INFLUÊNCIA DA MATRIZ ALIMENTAR NA
BIODISPONIBILIDADE
A matriz alimentar, ou seja, a composição do alimento, influencia na biodisponibilidade dos nutrientes, já que ocorrem
ligações químicas entre os elementos, o que pode levar a uma diminuição da biodisponibilidade por dificultar o
acesso das enzimas na porção mais interna da matriz alimentar. Ou pode ocorrer uma proteção das moléculas de
interesse, por exemplo, os compostos fenólicos que serão protegidos pela matriz alimentar e alcançarão o intestino
grosso de forma íntegra (UDENIGWE; FOGLIANO, 2017).
O alimento é basicamente composto por macro (proteínas, lipídios e carboidratos) e micronutrientes (vitaminas e
minerais), e ambos formam a matriz alimentar que influencia na bioacessibilidade e biodisponibilidade de compostos
de interesse.
 
Fonte: Shutterstock.com.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Os carboidratos do tipo digeríveis, como açúcares, podem apresentar efeitos benéficos na biodisponibilidade de
alguns compostos bioativos do tipo flavonoides, como pode ser observado em amostras de chocolate, que
apresentam esse componente proveniente do cacau. O aumento da biodisponibilidade de compostos ativos pelo
açúcar também pode ser observado no consumo de chá adoçado com sucralose ou sacarose.
Alguns autores relacionam essa melhoria na biodisponibilidade com uma ação dos açúcares no aumento da
solubilidade de compostos fenólicos, sendo estes, então, mais facilmente absorvíveis.
 COMENTÁRIO
Em contrapartida, lactose, amido e pectina influenciaram de forma negativa na absorção de compostos fenólicos em
chás adoçados com leite ou preparação que envolvessem esses carboidratos.
A vitamina C, que já apresenta efeito antioxidante, aumenta a biodisponibilidade de compostos bioativos, como a
catequina, protegendo esse componente de processos oxidativos que podem ser ocasionados no armazenamento,
processamento ou na própria mistura de componentes do alimento. Por serem de origem vegetal, os compostos
fenólicos estão intimamente ligados à estrutura de parede celular da célula vegetal.
Podemos, dessa forma, encontrar dois grupos mais significativos de compostos fenólicos: os livres e os ligados.
LIVRES
Os compostos fenólicos livres são mais facilmente absorvidos no trato gastrointestinal.
LIGADOS
Os compostos fenólicos ligados a ligninas, celulose e hemicelulose, carboidratos que compõem a parede celular de
vegetais, apresentam ligações fortes, que, dificilmente, são rompidas no processo digestivo. Assim, chegam intactos
no intestino grosso e só serão liberados caso a microbiota intestinal promova a quebra dessas ligações.
Os lipídios apresentam um papel importante na biodisponibilidade de alguns compostos fenólicos, como a quercetina,
aumentando a oferta desse componente lipofílico. Estudos demonstram que a quercetina, comumente encontrada na
cebola, pode ser muito mais facilmente absorvida pelo sistema gastrointestinal quando acompanhada de óleo de
peixe ou de soja.
 
Fonte: Shutterstock.com.
Os fatores relacionados a esse aumento na biodisponibilidade de quercetina são as propriedades físicas de promover
uma emulsão e a capacidade química de formar uma micela. O mesmo efeito pode ser observado em compostos
fenólicos de tomate, como a naringenina, que apresenta um aumento da sua biodisponibilidade quando consumido
junto com azeite de oliva (KAMILOGLU et al., 2021).
Em relação às proteínas, foi determinado que estas e os compostos fenólicos formam complexos que podem ser
considerados solúveis ou insolúveis. Porém, os resultados sobre a influência desses complexos na biodisponibilidade
ainda são inconclusivos. Foi comparado, por exemplo, se havia diferença na biodisponibilidade dos compostos
fenólicos de morango quando este era consumido com e sem creme de leite, e as respostas para essa questão não
foram claras. Desse modo, são necessários mais estudos na interação das moléculas proteicas com a
biodisponibilidade de compostos fenólicos (KAMILOGLU et al., 2021).
Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre os diferentes métodos de determinação da biodisponibilidade em
alimentos.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. É UM MÉTODO DE ESTUDO DA BIODISPONIBILIDADE QUE PODE FAZER USO DE
MARCADORES RADIOATIVOS QUE SÃO OBSERVADOS AO LONGO DO ORGANISMO E
DURANTE TODO O PROCESSO DIGESTIVO. ESSE MÉTODO APRESENTA COMO
LIMITAÇÃO O FATO DE NÃO PODER SER UTILIZADO EM TODOS OS GRUPOS DE
PESSOAS. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A METODOLOGIA A QUAL A
DESCRIÇÃO SE REFERE:
A) Depleção animal
B) Estudos celulares
C) Balanço químico
D) Estudos in vitro
E) Isótopos radioativos
2. A BIODISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES PODE SER INFLUENCIADA DE FORMA
NEGATIVA E POSITIVA. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA UM ELEMENTO QUE
AUXILIA DE FORMA POSITIVA A BIODISPONIBILIDADE DOS NUTRIENTES:
A) Fibra insolúveis
B) Fibras solúveis
C) Água
D) Proteína
E) Açúcares
GABARITO
1. É um método de estudo da biodisponibilidade que pode fazer uso de marcadores radioativos que são
observados ao longo do organismo e durante todo o processo digestivo. Esse método apresenta como
limitação o fato de não poder ser utilizado em todos os grupos de pessoas. Assinale a alternativa que
apresenta a metodologia a qual a descrição se refere:
A alternativa "E " está correta.
 
Isótopos radioativos correspondem a uma metodologia que envolve radiação. Embora inofensiva aos indivíduos
saudáveis, não podem ser testadas em crianças, gestantes e nutrizes.
2. A biodisponibilidade dos nutrientes pode ser influenciada de forma negativa e positiva. Assinale a
alternativa que indica um elemento que auxilia de forma positiva a biodisponibilidade dos nutrientes:
A alternativa "B " está correta.
 
As fibras solúveis podem ser fermentadas pela microbiota colônica, formando ácidos graxos de cadeia curta.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, foram apresentados os conceitos básicos sobre recomendações nutricionais e as principais ferramentas
que devem ser utilizadas para uma prescrição dietética adequada. As recomendações, mesmo sendo baseadas em
informações internacionais, devem ser adaptadas à realidade brasileira, como hábitos, costumes e safra.
Além disso, é importante que o profissional nutricionista saiba que a recomendação é um valor aproximado. A real
absorção dos nutrientes é feita deforma individual e pode ser influenciada por diferentes fatores como a microbiota e
a matriz alimentar, que podem aumentar ou diminuir essa absorção. Portanto, os resultados obtidos em estudos de
biodisponibilidade são essenciais para uma adequada prescrição dietética. Desse modo, o conjunto de informação,
formado pelas recomendações nutricionais e a real absorção dos nutrientes, será a base do direcionamento dado
pelo profissional nutricionista na prescrição dietética e na elaboração de novos produtos.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
AMAYA-FARFAN, J.; DOMENE,S, M. A.; PADOVANI, R. M. DRI: Síntese comentada das novas propostas sobre
recomendações nutricionais para antioxidantes. In: Revista de Nutrição, 2001.
ARIAS, N.; ARBOLEYA, S.; ALLISON, J.; KALISZEWSKA, A.; HIGARZA, S. G.; GUEIMONDE, M.; ARIAS, J. L. The
relationship between choline bioavailability from diet, intestinal microbiota composition, and its modulation
of human diseases. In: Nutrients, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 269, de 22 de setembro de 2005. In
Anvisa, 2005.
CARBONELL-CAPELLA, J. M.; BUNIOWSKA, M.; BARBA, F. J.; ESTEVE, M. J.; FRÍGOLA, A. Analytical methods
for determining bioavailability and bioacessibility of bioactive compounds from fruits and vegetables: a
review. In: Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety, 13, 155-171, 2014.
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes 2. ed. São Paulo: Manole, 2006.
ETCHEVERRY, P.; GRUSAK, M. A.; FLEIGE, L. E. Application of in vitro bioaccessibility and bioavailability
methods for calcium, carotenoids, folate, iron, magnesium, polyphenols, zinc, and vitamins B6, B12, D e E. In:
Frontiers in Physiology, 2012.
FAO/WHO. A Model for establishing upper levels of intake for nutrients and related substances. In: WHO,
2005.
FAO/WHO. Diet, nutrition and the prevention of chronic disease. In: WHO, 2003.
HEANEY, R. P. Factors influencing the measurement of bioavailability, taking calcium as a model. In: American
Society for Nutritional Sciences, 2001.
INSTITUTO DE MEDICINA. Dietary Reference Intakes: Applications in Dietary Assessment. Washington, DC: The
National Academies Press, 2000.
KAMILOGLU, S.; TOMAS, M.; OZDAL, T.; CAPANOGLU, E. Effect of food matrix on the content and
bioavailability of flavonoids. In: Trends in Food Science & Technology, 2021.
KAWABATA, K.; YOSHIOKA, Y.; TERAO, J. Role of intestinal microbiota in the bioavailability and physiological
functions of dietary polyphenols. In: Molecules, 2019.
KRISHNAIAH, Y. S. R. Pharmaceutical technologies for enhancing oral bioavailability of poorly soluble drugs.
In: Journal of Bioequivalence & Bioavailability, 2010.
LINDSHIELD, B. Flexbook de nutrição humana da Kansas State University. In: New Prairie PressM, 2018.
MOREIRA, A. P. B.; ALFENAS, R. C. G.; SANT’ANNA, L. F. R.; PRIORE, S. E.; FRANCESCHINI, S. C. C. Evolução
e interpretação das recomendações nutricionais para os macronutrientes. In: Revista Brasileira de Nutrição
Clínica, 2012.
NIH. NATIONAL INSTITUTE OF HEALTH. Dietary Reference Intakes for Thiamin, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6,
Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline. In: National Academie Press (US), 1998.
NRC (National Academic Press). Dietary Reference intakes: applications in dietary assessment. In: National
Academemic Press, 2001.
SILVA, C.; RIBEIRO, A.; FERREIRA, D.; VEIGA, F. Administração oral de peptídios e proteínas: I. estratégias
gerais para aumento da biodisponibilidade oral. In: Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2002.
UDENIGWE, C. C.; FOGLIANO, V. Food matrix interaction and bioavailability of bioactive peptides: two faces
of the same coin? In: Journal of Functional Food, 2017.
VAMANU, E.; GATEA, F. Correlations between microbiota bioactivity and bioavailability of functional
compounds: a mini-review. In: Biomedicines, 8, 39, 1-14, 2020.
VIEIRA, M. N. C. M.; JAPUR, C. C.; RESENDE, C. M. M.; MONTEIRO, J. P. Valores de referência de ingestão de
nutrientes para avaliação e planejamento de dietas de crianças de 1 a 8 anos. Ribeirão Preto: Medicina, 2008.
ZHANG, F.; HE, F.; LI, L.; GUO, L.; ZHANG, B.; YU, S.; ZHAO, W. Bioavailability based on the gut microbiota: a
new perspective. In: Microbiology and Molecular Biology Reviews, 2020.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema:
Observe a evolução das tabelas de recomendação nutricional na comunicação Dietary reference intakes:
aplicabilidade das tabelas em estudos nutricionais, de Padovani et al., publicada em 2006 na Revista de
Nutrição.
Leia o artigo de Cozzolino, Biodisponibilidade de minerais, publicado em 1997 na Revista de Nutrição, sobre
algumas interações entre minerais que podem afetar a biodisponibilidade no organismo.
CONTEUDISTA
Carolina Beres
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);

Continue navegando