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Hiperaldosteronismo Quais as alterações clínicas e metabólicas esperadas em um paciente portador de hiperaldosteronismo? A característica clínica do hiperaldosteronismo é a hipertensão, a longo prazo que leva a um comprometimento cardiovascular, tais como hipertrofia ventricular esquerda, aumento na prevalência de AVE, infarto agudo do miocárdio, e redução dos volumes sistólicos. A hipocalemia é resultante da perda renal de potássio e quando presente, pode acabar provocando uma variedade de manifestações neuromusculares, como por exemplo fraqueza, parestesias, distúrbios visuais e tetania franca. O primário, também conhecido como síndrome de Conn, caracteriza-se por hipertensão arterial, polidipsia, poliúria, debilidade muscular, paralisia, tetania, câimbras, alcalose hipotassemia, níveis elevados de aldosterona e baixos níveis de renina e entre outros. • Fraqueza muscular • Desanimo • Nictúria • Parestesia • Alcalose hipocalêmica • Arritmias cardíacas • Alteração metabólica no ECG (alargamento de QT, achatamento de T e presença de ondas U) • Glicosúria e/ou hiperglicemia de jejum • Hiposmolaridade urinária • O excesso crônico de aldosterona pode provocar fibrose cardiovascular, independente dos níveis pressóricos. O que diferencia o hiperaldosteronismo primário do secundário? Hiperaldosteronismo primário: é uma síndrome que engloba um grupo de distúrbios que são caracterizados pela produção excessiva e autônoma da aldosterona pela camada glomerular do córtex da suprarrenal, independentemente do SRAA com supressão plasmática de renina, hipertensão arterial e em cerca de 50% dos casos, hipotassemia e alcalose. Ou seja, a zona Glomerulosa produz aldosterona independentemente da renina. É mais frequentemente causado por adenoma produtor de aldosterona ou por hiperplasia adrenal. Normalmente cursa com hipertensão, hipocalemia e alcalose metabólica, onde também pode apresentar fraqueza muscular, miopatia proximal e paralisia. TIC’S Tecnologia de informação e comunicação Hiperaldosteronismo secundário: causado pela redução do fluxo sanguíneo renal, que estimula o sistema renina angiotensina aldosterona, com resultante hipersecreção de aldosterona. As causas de diminuição do fluxo sanguíneo renal são: Níveis plasmáticos aumentados de renina em associação com: • Redução da perfusão renal (nefroesclerose arteriolar, estenose da artéria renal) • Hipovolemia arterial e edema (insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, síndrome nefrótica) • Gravidez, sendo provocada pelos aumentos induzidos de estrogênio pelo substrato plasmático da renina. Referências Bibliográficas Canadas V, Vilar L, Moura E, Machado AC, Castellar E. Manuseio do hiperaldosteronismo primário. In: Vilar L, Castellar E, Moura E, et al. Endocrinologia clínica. Rio de Janeiro: MEDSI; 2001. p. 401-14. KUMAR, V.; ABBAS, A.; FAUSTO, N. Robbins e Cotran – Patologia – Bases Patológicas das Doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 LONGO, Dan L. et al. Medicina interna de Harrison. 18.ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.
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