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Protozooses em cães e gatos

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Aula 2 - Protozooses em cães e gatos 
Hepatozoon 
Espécies: 
♥ Hepatozoon canis e H. americanum (nos EUA): cães 
♥ Hosp. Definitivos: invertebrados hematófagos, como carrapatos, ácaros e insetos. 
♥ Na infecção de cães, estão envolvidos os carrapatos Rhipicephalus sanguineus (ninfas e adultos) e algumas espécies 
de Amblyomma (A. maculatum, A. ovale, A. aureolatum e ninfas de A. cajennense) 
♥ Hosp. Intermediários: anfíbios, répteis, aves e mamíferos; nessa classe, a infecção é comum em roedores e 
carnívoros. Entre os animais domésticos, os cães são comumente infectados. 
♥ A maioria das espécies de Hepatozoon apresenta baixa especificidade, tanto pelo hospedeiro intermediário como 
pelo definitivo. 
Ciclo biológico: 
♥ Após os cães ingerirem carrapatos infectados, os esporozoítos são liberados dos oocistos, entram na circulação e 
atingem vários órgãos, como a medula óssea, baço, fígado, rins, pulmões, intestino e linfonodos. 
♥ Há sizígia durante o desenvolvimento dos gametas. 
♥ O macrogameta e o microgamonte estão associados e em uma mesma célula hospedeira. 
♥ Oocistos: possuem de 7 a 14 esporozoítos 
Localização: 
♥ Em geral, os gamontes parasitam eritrócitos, mas, em mamíferos e aves, é comum as espécies de Hepatozoon serem 
encontradas em leucócitos. 
♥ O desenvolvimento merogônico de H. americanum ocorre nos músculos cardíaco e esquelético; já os gamontes de 
H. canis e H. americanum são encontrados nos neutrófilos e monócitos dos cães. 
♥ Nos hospedeiros invertebrados, os oocistos estão localizados na hemocele, envolvidos pela hemolinfa. 
♥ Sinais clínicos: anorexia, perda de peso, membranas mucosas pálidas, dor, diarreia, vômito, febre, poliúria e 
polidipsia 
 
Diagnóstico, Profilaxia e Tratamento 
♥ Esfregaço sanguíneo por Giemsa; obs de neutrófilos e monócitos; presença de gamontes 
♥ Aspirados de medula óssea 
♥ Diagnóstico molecular: PCR 
♥ Testes sorológicos (IgM), ELISA 
♥ Profilaxia: Controle de ectoparasitas, uso de repelentes 
♥ Tratamento: 
♥ Dipropionato de Imidocarb 
♥ Doxiciclina 
♥ Meningoencefalomielite: DI+ Prednisona 
Isospora 
Hospedeiros, espécies e ciclo biológico 
♥ Mamíferos e aves 
♥ Complexo I. ohioensis, I. rivolta e I. felis 
♥ A infecção ocorre por meio de alimentos ou água contaminados com oocistos esporulados. 
♥ Tubo digestivo: os esporozoítos saem do oocisto e penetram nas células epiteliais do intestino, onde se arredondam, 
passando a ser chamados de trofozoítos 
 
♥ Fase assexuada: várias meioses: merontes ou esquizontes, que contém os merozoítos. 
♥ 2ª geração: fase proliferativa de merozoítos; 
♥ Fase sexuada (diferenciação): macrogametas+microgametas; Gametogonia: epitélio intersticial 
♥ Zigotos ou oocistos imaturos nas fezes (esporulação no ambiente: esporogonia) 
Sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e controle 
♥ Sinais clínicos: 
o Diarreia, perda de peso 
o Canários: dificuldade respiratória, queda e palidez de penas, morte 
♥ Diagnóstico: 
o Exame parasitológico de fezes, pelo método de flutuação 
♥ Tratamento: 
o Sulfadimetoxina+Ormetoprim (Trissulfin®) 
♥ Profilaxia: 
o Boa higiene, boa alimentação e adequação de lotação adequadamente 
 
 
 
 
 
 
 
Cryptosporidium 
Hospedeiros, espécies e ciclo biológico 
♥ Cryptosporidium parvum: mamíferos com vários genótipos 
♥ C. muris: mamíferos com vários genótipos; C. meleagridis: aves; C. baileyi: aves; C. felis: gatos; C. canis: cães; C. 
nasorum: peixes 
♥ Adere-se às microvilosidades das células gastrintestinais e do epitélio respiratório. 
♥ A infecção é oral-fecal, por meio da ingestão dos oocistos esporulados e possivelmente por inalação. 
♥ Ocorrem a merogonia na superfície das células intestinais, com duas gerações de merontes (que contêm de quatro 
a oito merozoítos), e a gametogonia com formação de macro e microgametócitos. 
♥ Oocistos com 4 esporozoítos. 
Sinais clínicos, controle e tratamento 
♥ Indivíduos jovens e imunocomprometidos 
♥ Os oocistos são resistentes a desinfetantes comumente utilizados no tratamento da água de abastecimento e de 
recreação. 
♥ Boa Higiene, qualidade da água (filtrada ou fervida) 
♥ Bebedouros e comedouros em altura adequada, isolar os animais infectados, destino adequado de fezes, insetos 
podem ter oocistos em suas patas (residência, restaurantes). 
♥ Tratamento: Ainda não existe terapia eficaz disponível, sendo realizados o tratamento sintomático e a associação de 
drogas antibióticas e coccidiostáticas. 
Diagnóstico e Tratamento 
♥ Exames parasitológicos de fezes, com o emprego de método de flutuação 
♥ Ziehl-Neelsen, auramina e safranina-azul de metileno. 
♥ PCR 
♥ ELISA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sarcocystis 
Espécies, hospedeiros e ciclo biológico 
♥ Sarcocystis cruzi: cães e bovinos; S. hirsuta: gatos e bovinos; S. hominis: primatas (inclusive humanos) e bovinos; S. 
miescheriana: cães e suínos; S. bertrami: cães e equinos. 
♥ Hosp. definitivos: os carnívoros são os hospedeiros finais ou definitivos (predadores); homem 
♥ Hosp. Intermediários: herbívoros e onívoros (presas): ingerem os oocistos contendo os esporozoítos 
♥ Trofozoítos- células endoteliais das artérias de médio calibre de vários órgãos, principalmente dos rins: 1ª geração 
merogônica: 1ª geração de merozoítos (merogonia) início da fase aguda- 2ª geração de merozoítos 
Ciclo biológico 
♥ Cistos (m. cardíaca, estriada e SN): metrócitos – bradizoítos (3ª geração de merontes ou sarcocistos) 
♥ O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir carne crua procedente de animais infectados contendo cistos maduros. 
♥ Na lâmina própria do intestino delgado, ocorrem a gametogonia e a singamia. 
♥ Os oocistos esporulados contêm dois esporocistos com quatro esporozoítos (fezes) 
 
Sinais clínicos e diagnóstico 
♥ No hospedeiro intermediário: febre intermitente, dispneia, caquexia, anorexia, abortos e redução na produção de 
leite (principalmente em bovinos). 
o Hemorragia, necrose e edema estão associados à maturação da segunda geração de merontes. 
♥ Nos hospedeiros definitivos: inclusive humanos, é relatada a presença de anorexia, desconforto abdominal, náuseas 
e diarreia, sintomas que cessam em poucos dias, uma vez que a infecção é autolimitante. 
o Desidratação, fezes fétidas (cães) 
♥ Diagnóstico laboratorial: Em cortes histológicos, é possível visualizar os cistos septados imaturos ou não. 
♥ O exame de fezes de cães ou gatos para a presença de esporocistos pode ser útil no diagnóstico 
Controle 
♥ Não dar carne crua aos animais, não permitir que tenham acesso a carcaças. 
♥ Os humanos também não devem ingerir carne crua ou mal passada. 
♥ Educação sanitária e destino adequado das fezes (uso de banheiros, casos em humanos). 
Tratamento 
♥ Clindamicina oral; 
♥ Sufadiazina+ pirimetamina 
Toxoplasma 
Hospedeiros, espécies e ciclo biológico 
♥ Hosp. definitivos: felídeos, principalmente o gato 
♥ OBS: principalmente em felídeos não imunes recém-infectados 
♥ Hosp. intermediários: mamíferos e aves 
 
♥ Taquizoíto: na fase aguda extracelular e macrófago; no vacúolo parasitofóro (fase aguda) 
♥ Cistos com bradizoítos em tecido muscular (fase crônica) 
♥ Oocistos: é a forma de resistência que possui uma parede dupla bastante resistente, presente nas células intestinais 
dos felídeos não imunes e eliminados juntos com as fezes 
♥ 2 esporocistos com 4 esporozoítos 
Ciclo biológico 
♥ Fase assexuada: em vários tecidos de diferentes hospedeiros 
♥ Alguns parasitas diferenciam-se em bradizoítos para a formação de cistos (fase cística) 
♥ Fase sexuada ou coccidiana: na célula do epitélio intestinal de gatos ou outros felídeos 
♥ Somente nas células epiteliais do intestino delgado de gatos (merogonia (prévia) – gametogonia 
♥ Gato: se infecta oralmente (hospedeiro completo) - fases enteroepitelial e extraintestinal 
♥ Pode haver transmissão transplacentária, e os hospedeiros intermediários também podem se infectar por meioda 
ingestão de carne malcozida ou tecidos de presas com cistos ou pseudocistos do parasito. 
Transmissão 
♥ Hospedeiro suscetível: 
o Ingere oocitos maduros esporulados, contendo esporozoítos encontrados em alimento ou água 
contaminada; 
o Cistos contendo bradizoítos na carne crua 
o A maior fonte de infecção para humanos são carnes com cistos ou pseudocistos e ingeridas cruas ou 
malcozidas. 
Sinais clínicos 
♥ A maioria das infecções é assintomática e ocorrem relativamente poucos casos clínicos. 
♥ Febre, anorexia, prostração, adenopatias, fortes dores musculares, secreção ocular bilateral, distúrbios pulmonares 
e abortamento em humanos e ovinos. 
♥ Em humanos: hidrocefalia ou microcefalia fetal e complicações visuais. 
Diagnóstico: 
♥ Oocistos nas fezes 
♥ Necropsia: inflamação, necrose, pneumonite e 
encefalomielite fetal 
♥ Cistos em cortes histológicos 
♥ Testes sorológicos 
Controle 
♥ Limpeza diária de gatis; remoção adequada e 
diária das fezes; 
♥ Lavar as mãos antes das refeições; 
♥ Usar luvas para a prática de jardinagem; 
♥ Limpar caixas de higiênicas de gatos 
♥ Não dar carne crua aos felinos; 
♥ Combater os insetos (moscas, baratas e formigas); 
♥ Manter a ração dos animais em recipientes ou 
sacos bem vedados. 
Tratamento 
♥ Animais: 
o Clindamicina (cães e gatos) 
o Uveíte em gatos: Prednisona a 1% 
o Uma combinação da droga pirimetamina com a 
sulfadiazina foi descrita como eficaz contra 
taquizoítos, mas não contra bradizoítos, porém é 
bastante tóxica em gatos 
♥ Humanos: 
o clindamicina, pirimetamina, sulfadiazina, 
sulfametoxazol-trimetoprima 
 
 
 
Neospora 
Hospedeiros e Ciclo biológico 
♥ Hospedeiros def.: cães; hosp. intermediários: 
bovinos, caprinos, ovinos, equinos, caninos, 
cervídeos e outros animais silvestres. 
♥ Oocistos são subesféricos e, quando esporulados, 
apresentam dois esporocistos com quatro 
esporozoítos; medem aproximadamente 12 μm. 
♥ Os taquizoítos podem ser ovoides ou ter forma de 
“meia-lua” e ficam envolvidos por um vacúolo 
parasitóforo. Podem ser encontrados em muitos 
tipos celulares. 
♥ Ingestão de água ou alimentos contaminados. 
♥ Os taquizoítos e cistos intracelulares são 
encontrados nos tecidos dos hospedeiros, 
principalmente no cérebro. Nessa fase assexuada 
da reprodução do coccídio, pode ocorrer a 
transmissão transplacentária. 
Ciclo biológico 
♥ O cão se infecta ao ingerir os tecidos dos animais 
(hospedeiros intermediários) com cistos de N. 
caninum, embora a infecção também possa 
ocorrer por meio da ingestão de oocistos 
esporulados. 
♥ Assim, o cão pode ser considerado o hospedeiro 
completo dessa espécie de coccídio; no entanto, o 
ciclo enteroepitelial (que inclui a gametogonia) 
até a formação de oocistos ainda é desconhecido 
 
 
Sinais clínicos 
♥ Cães: abortos e mumificação ou autólise fetal. ◦ 
Bovinos: aborto (3 e 9 meses de gestação); 
mumificação ou atutólise fetal, natimortos e 
bezerros; 
♥ Em cães jovens, a maioria dos casos de 
neosporose é consequência da infecção 
congênita. São observados distúrbios 
neuromusculares, paralisia dos membros 
posteriores e encefalomielite. 
Diagnóstico 
♥ Imunofluorescência indireta, aglutinação direta e 
o teste imunoenzimático (ELISA); 
♥ Histopatológico, Imunohistoquímica: necropsia 
♥ Isolamento e cultura, biologia molecular 
♥ Exame parasitológico de cães infectados 
Controle 
♥ Evitar a presença de cães em estábulos onde 
localizam-se os bovinos; 
♥ Fontes de água e comedouros devem ser 
protegidos da defecção de cães; 
♥ Silos também devem ser protegidos por lonas 
plásticas; 
♥ Fetos abortados e restos placentários deverão 
obrigatoriamente ser enterrados, para impedir 
que os cães os consumam; 
♥ Evitar que os cães consumam carnes cruas ou 
malcozidas; 
 
 
 
Cystoisospora 
Hospedeiros e Ciclo biológico 
♥ Cystoisospora canis e C. ohioensis: cães; C. felis e 
C. rivolta: gatos; C. suis: suínos; C. belli: humanos. 
 
♥ Hosp. definitivos: cães, gatos, suínos e humanos, 
conforme a espécie em questão 
♥ Hosp. Intermediários: diversos mamíferos, entre 
eles camundongos, cães, gatos, coelhos e suínos 
 
♥ 2 esporocistos com 4 esporozoítos contaminando 
o ambiente 
♥ Ausência de corpo de Stieda na extremidade 
afilada dos esporocistos 
♥ Hipnozoítos: cistos 
Ciclo biológico 
♥ Esporozoíto: chegam ao intestino do hospedeiro 
intermediário: linfonodos mesentéricos e fígado 
♥ Cisto monozoico: contendo o esporozoíto: 
hipnozoíto 
♥ Os cistos infectam apenas hospedeiros 
definitivos, e a infecção ocorre por meio da 
ingestão de tecidos infectados. 
♥ No intestino do hospedeiro final, há merogonia 
seguida de gametogonia e formação de oocistos, 
que são excretados nas fezes. 
Sinais clínicos 
♥ Por meio da circulação linfática, “zoítos” podem 
infectar felinos durante a amamentação. 
♥ Em animais jovens, há suspeita da infecção 
devido à ocorrência de fezes diarreicas 
♥ Apesar de serem pouco patogênicas, causam 
diarreia em filhotes e diminuição no 
desenvolvimento, mas a infecção é autolimitante. 
♥ Suínos: enterite catarral e mortalidade de leitões 
lactentes 
Diagnóstico: 
♥ Exame parasitológico nas fezes; 
♥ Cistos tissulares: necropsia, histopatológico 
Controle 
♥ Higiene 
♥ Boa alimentação 
♥ Evitar a presença de cães e gatos nas criações 
comerciais de suínos e coelhos 
♥ Evitar que os animais comam carne crua, caçam 
♥ Para humanos, é recomendado não ingerir carne 
crua ou malcozida, beber água tratada e filtrada e 
fazer uso de vasos sanitários cujo destino das 
fezes seja fossa ou esgoto sanitário
 
 
Giardia
Características: 
♥ Protozoários parasitas do intestino delgado. 
♥ Hospedeiros: Humanos, cães, caprinos, bovinos. 
♥ FORMAS EVOLUTIVAS: 
o TROFOZOÍTO: encontrado no intestino 
delgado, sendo responsável pelas 
manifestações clínicas da infecção. 
▪ Disco adesivo: microtúbulos e 
microfilamentos (proteínas 
Giardina) que permitem à adesão 
do parasito à mucosa intestinal. 
o CISTO TETRANUCLEADO: forma da 
transmissão (oval ou elipsoide). 
▪ No citoplasma, podem ser 
visualizados 2 ou 4 núcleos 
Ciclo biológico 
♥ Após a ingestão, o cisto maduro libera uma forma 
oval, tetranucleada e com 8 flagelos denominado 
excitozoíto. 
♥ Duas divisões nucleares: 4 trofozoítos binucleados 
♥ Os trofozoítos se multiplicam por divisão binária 
longitudinal, colonizando o intestino. 
Sinais clínicos 
♥ DIARREIA, podendo ser intermitente 
♥ Maior frequência em animais jovens 
♥ Desidratação, perda de peso e morte 
Transmissão 
♥ Os cistos são as formas infectantes para o homem 
e os animais 
♥ TRANSMISSÃO FECAL-ORAL 
♥ CISTOS NA ÁGUA OU ALIMENTOS 
♥ Transmissão direta pessoa para pessoa, 
aglomeração 
Diagnóstico 
♥ Identificação de cistos (método de centrífugo-
flutuação com sulfato de zinco) nas fezes; 
♥ Trofozoítos nas fezes diarreicas frescas; 
Profilaxia 
♥ Vacinação 
♥ Manter a limpeza do ambiente, lavar bem os 
alimentos e só beber água filtrada. 
♥ Cistos são resistentes a Cloro, mas são destruídos 
em água fervente 
Tratamento 
♥ Metronidazol 
♥ Derivados de 5-nitroimidazóis 
♥ Metronidazol, Tinidazol, Ornidazol, Albendazol
 
 
Trypanosoma 
Características: 
♥ Hospedeiros 
o Definitivos: humanos, primatas, cães, 
gatos e reservatórios silvestres 
o Intermediários: hemípteras (barbeiros); 
moscas. 
 
♥ Características morfológicas 
♥ Tripomastigota metaciclíco (inoculado pelo 
hospedeiro invertebrado) 
♥ Tripomastigota (em formato de C); extremidades 
pontiagudas; 
♥ Amastigotas: formato arredondado ou ovalado, 
encontrado nos tecidos (musculatura cardíaca) 
o Flagelo não aparente 
Espécies 
♥ T. vivax: bovinos, ovelhas, cabras (moscas: 
Tabanidae) 
♥ T. congolense: bovinos, ovelhas, cavalos, suínos e 
cães 
♥ T. brucei: equinos, bovinos, cães e gatos 
♥ T. evansi (sinonímia: T. equinum) 
o Hospedeiros.Cavalos, burros, bovinos, 
caprinos, suínos, cães, capivaras, entre 
outros. 
o Vetores. Stomoxys sp. e tabanídeos. 
o Morcego hematófago (Desmodes) 
♥ T. Equiperdum: equino 
Ciclo biológico 
♥ O barbeiro ingere as formas circulantes 
(tripomastigotas) ao picar o hospedeiro 
contaminado e, no intestino, o protozoário 
transforma-se em epimastigota, que se multiplica 
e vai ao reto, onde ocorre a forma infectante 
(tripomastigota metacíclico). 
♥ Para infectar o hospedeiro definitivo, o barbeiro, 
ao se alimentar à noite, defeca próximo à picada 
(Trypanosoma da seção Stercoraria – transmissão 
contaminativa). 
♥ Reservatórios silvestres e domésticos (cães, 
capivaras, quatis, morcegos-vampiros) atuam 
como propagadores do ciclo 
♥ Fase aguda x fase crônica 
Sinais clínicos e transmissão 
♥ Humanos: 
o Megaesôfago, Megacólon, Insuficiência 
cardíaca, Hepato e esplenomegalia 
o Sinal de Romanã 
♥ Animais: 
o Emaciação e edema são os sinais clínicos 
mais comuns, e ocorre paralisia 
progressiva dos membros posteriores. 
Causa o “mal das cadeiras” em equinos. 
o Anemia, febre, perda de peso (cães) 
o de produção (bov): anemia, hemorragia, 
morte, perda de peso, aborto. 
Diagnóstico 
♥ Fase Aguda: Alta Parasitemia 
o Anticorpos (Sorologia: Reação de 
Imunofluorescência RIFI ou ELISA) (T. 
vivax); esfregaço sanguíneo; inoculação 
em camundongos; Reação em Cadeia de 
Polimerase PCR. 
o Técnica de centrifugação do hematócrito: 
tripanosomas móveis (Técnica de Woo) 
♥ Fase Crônica: PCR, inoculação em camundongos. 
Profilaxia 
♥ Melhoria de habitações rurais; 
♥ Combate dos hospedeiros invertebrados: barbeiro 
(Triatoma infestans) e moscas; uso de repelentes 
♥ Controle de doador de sangue (humanos); 
controle de transmissão congênita 
Tratamento 
♥ Benzonidazol, Nifurtimose (humanos); 
♥ Diaceturato de diminazeno (Beronal®, Berenil®, 
Ganaseg®) (bovinos, cães); 
♥ Cloreto de isometamídio (Trypamidium®) (cães).
 
Leishmania 
Subgêneros e Espécies 
♥ 2 subgêneros: 
♥ Viannia (complexo Leishmania braziliensis) e 
Leishmania (complexos Leishmania mexicana e 
Leishmania donovani). 
 
♥ Leishmania (Viannia) braziliensis: com ampla 
distribuição – leishmaniose cutânea 
frequentemente acompanhada de lesão 
nasofaringiana destrutiva e desfigurante 
♥ L. (Viannia) guyanensis: ulceração simples ou 
múltipla; não ataca a mucosa 
 
♥ L. (Leishmania) amazonensis – complexo 
Mexicana: raramente atinge humanos; quando 
acontece, produz lesões cutâneas únicas ou em 
pequeno número. É encontrada em pequenos 
roedores silvestres 
♥ L. (Leishmania) chagasi ou L. (L.) infantum – 
complexo Donovani: leishmaniose visceral 
Hospedeiros e Ciclo biológico 
♥ Leishmaniose visceral: L. (L.) infatum chagasi 
♥ Hosp. definitivos: humanos, cães e reservatórios 
silvestres 
♥ Hosp. Intermediário: mosquitos do gênero 
Lutzomyia 
♥ Formas amastigotas no fígado, no baço e na 
medula óssea do hospedeiro vertebrado. Formas 
promastigotas no canal alimentar do inseto. 
 
♥ Leishmaniose cutânea: L. (V.) braziliensis 
♥ Hosp. definitivos: humanos, cães e reservatórios 
silvestres 
♥ Hosp. Intermediário: Lutzomyia. 
♥ Formas amastigotas nas células 
reticuloendoteliais. Promastigotas no inseto 
 
 
 
Formas da Leishmania 
Promastigota Amastigota 
◦ Corpo alongado 
◦ Sem membrana 
ondulante 
◦ Cinetoplasto anterior 
◦ Flagelo livre na 
extremidade anterior do 
corpo 
◦ Encontrada no inseto 
vetor. 
◦ Estruturas 
arredondadas ou 
ovaladas e aglomeradas 
◦ Cinetoplasto visível 
◦ Flagelo indistinguível 
◦ Encontrada no 
hospedeiro vertebrado 
 
Sinais clínicos 
♥ Leishmaniose cutânea: formas que provocam 
lesões cutâneas, ulcerosas ou não, em número 
limitado 
♥ Leishmaniose cutaneomucosa ou mucocutânea: 
formas que se complicam com lesões 
desfigurantes e destrutivas das mucosas do nariz, 
da boca e da faringe 
♥ Leishmaniose cutânea difusa: formas 
disseminadas; ocorre pós-calazar e as lesões são 
de difícil tratamento 
♥ Leishmaniose visceral ou calazar: formas viscerais 
(baço, fígado, medula óssea e tecidos linfoides) 
Diagnóstico 
♥ Parasitológico: pele, medula óssea, baço 
♥ Sorológico: ELISA, RIFI 
Controle: 
♥ Diminuição da população dos mosquitos 
Lutzomyia longipalpis; 
♥ Eliminação dos reservatórios infectados (ver o 
grau de evolução da doença e a possibilidade de 
tratamento); 
♥ Educação em saúde: limpeza de quintais e 
terrenos, e descarte de lixos adequadamente; 
♥ Repelente nos animais. 
Tratamento e Profilaxia 
♥ Milteforan (Virbac®): Miltefosina 
♥ Cura parasitológica (?) 
♥ Vacinas

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