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Biotecnologia Engenharia Genética Terapia Genética Alimentos Transgénicos Microrganismos Transgénicos Plantas Transgénicas Animais Transgénicos Biotecnologia e Ética Biotecnologia: Conceitos • Biotecnologia é tecnologia baseada na biologia, especialmente quando usada na agricultura, ciência dos alimentos e medicina. • Biotecnologia: conjunto de actividades baseadas em conhecimentos multidisciplinares que utiliza agentes biológicos (organismos, células, moléculas) para o desenvolvimento de produtos úteis ou para a resolução de problemas. • Biotecnologia é o uso de organismos vivos ou parte deles, para a produção de bens e serviços. Nesta definição se enquadram um conjunto de actividades que o homem vem desenvolvendo há milhares de anos, como a produção de alimentos fermentados (pão, vinho, iogurte, cerveja, e outros). Por outro lado a biotecnologia moderna se considera aquela que faz uso da informação genética, incorporando técnicas de DNA recombinante. http://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_recombinante A biotecnologia abrange os seguintes processos: • obter ou modificar produtos para uso em saúde humana ou animal; • melhorar plantas e animais ou desenvolver microrganismos para usos específicos; • aplicar as capacidades de microrganismos, células cultivadas de animais ou vegetais ou parte deles na indústria, na saúde e nos processos relativos ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável; • modificar e desenvolver novos processos industriais. Engenharia genética • Na engenharia genética, um gene ou, mais comumente, um conjunto de alguns genes, é retirado do genoma de um organismo e introduzido no ADN de outro organismo. • Tecnicamente a engenharia genética é a inserção artificial de uma sequência estranha de código genético no meio de uma sequência ordenada do código genético de um receptor, que levou milhões de anos para evoluir. Além disso, construções genéticas artificiais poderosas são adicionadas tendo potencialmente efeitos problemáticos. Isto é uma profunda intervenção com consequências imprevisíveis. • Engenharia genética e modificação genética são termos para o processo de manipulação dos genes num organismo, geralmente fora do processo normal reprodutivo deste. • O objectivo é de introduzir novas características num ser vivo para aumentar a sua utilidade, introduzindo uma nova característica, ou produzindo uma nova proteína ou enzima. • Exemplos: produção de insulina humana através do uso modificado de bactérias e da produção de novos tipos de ratos como o OncoMouse (rato cancro) para pesquisa, através de re-estruturamento genético. • Já que uma proteína é codificada por um segmento específico de ADN chamado gene, versões futuras podem ser modificadas mudando o ADN de um gene. Uma maneira de o fazer é isolando o pedaço de ADN contendo o gene, cortando-o com precisão, e reintroduzindo o gene em um segmento de ADN diferente. • Os vectores que são responsáveis por este processo (clonagem), podem ser plasmídios, vírus e outros, também manipulados geneticamente. Como os plasmídios são sequências circulares de DNA, que se reproduzem de forma autónoma e são elementos genéticos extracromossómicos, tornaram-se portanto, ideais para a transmissão de informação genética. Terapia génica • A terapia génica (TG) é um tratamento para doenças hereditárias que se caracteriza pela inserção de um gene funcional dentro da célula humana a fim de conferir uma nova função ou melhorar os efeitos de um gene anormal. • Actualmente, 5% das crianças no mundo nascem com uma doença hereditária ou congênita e quase 40% dos adultos são geneticamente predispostos a desenvolver doenças comuns, como câncer, diabetes, doenças do coração, entre outras. • Há dois tipos de técnicas utilizadas na terapia gênica: a germinativa, que se caracteriza pela introdução do material genético nos espermatozóides ou óvulos (células germinativas), e a somática, pela qual se introduz o material genético em quaisquer outras células. • Quando os genes estão alterados, as proteínas codificadas por eles são incapazes de desenvolver sua função biológica normal, dando origem às “desordens genéticas”. A TG é o meio de colocar a informação correta de volta nas células. De certa forma, funciona como um transplante de genes. • A chave do sucesso da terapia génica é a entrega do gene correcto para as células que dele necessitam. • Na maioria dos estudos de TG, um gene normal é colocado dentro do genoma para substituir um gene anormal, causador de alguma doença. A molécula carregadora, denominada vector, é usada para levar o gene terapêutico para as células-alvo do paciente. • Actualmente, o vector mais comum é o vírus, alterado geneticamente para carregar o DNA humano normal. Os cientistas têm tentado tirar vantagem da capacidade do vírus de infectar a célula humana, porém, no caso da terapia gênica, o genoma do vírus é modificado para remover os genes causadores de doença e inserir os de interesse terapêutico. • O vector viral, portanto, leva o material contendo o gene humano terapêutico para dentro da célula-alvo. A produção de uma proteína funcional, produto do gene terapêutico, restabelece a célula-alvo, o que pode representar a cura da doença. • Infelizmente, desordens multigênicas ou multifatoriais, tais como doenças do coração, pressão alta, mal de Alzheimer, artrite e diabetes, seriam especialmente difíceis de serem tratadas usando essa terapia, pois são causadas por efeitos combinados de variações em muitos genes. • Um dos principais fatores que ainda mantém a TG fora dos tratamentos de escolha para doenças genéticas é a possível resposta imune desencadeada por um objecto estranho introduzido no organismo. Há sempre a insegurança de que o vector viral atenuado, sem os genes responsáveis pela sua própria replicação, poderia readquirir a habilidade de se replicar e causar a enfermidade no paciente. Animais transgénicos • Genes exógenos sintécticos, modificados podem ser introduzidos em plantas ou animais e os organismos transgénicos resultantes podem ser usados para estudar as funções dos genes, para produzir novos produtos ou pra servir como modelos animais de estudos sobre doenças humanas hereditárias. • Para produzir animais transgénicos, é usado método de microinjecção de DNA em zigotos. • Os ovócitos são cirurgicamente removitos do genitor feminino e são fertilizados in vitro. • O DNA é microinjectado no pronucleo masculino do ovocito fertilizado. • Algumas células da linhagem germinativa podem levar o transgene. Plantas transgénicas • Manipulação agrícola. • Um procedimento usado é o bombardeio de microprojecteis que envolve disparar partículas de tungsténio ou ouro revestidas com DNA em células vegetais. • Outro procedimento é a electroporação, que usa um choque eléctrico para introduzir o DNA na célula. • O método mais comum em dicotiledóneas é a transformação mediada por Agrobacterium tumifaciens. É uma bactéria do solo que contém um segmento de DNA que é transferido da bactéria para células vegetais. • O Plasmídeo Ti de Agrobacterium tumifaciens é uma ferramenta importante de transferência de genes de plantas. ANÁLISE E MANIPULAÇÃO DE DNA Tecnologias da Informação com Base no DNA Genes podem ser isolados por clonagem do DNA Um clone é uma cópia idêntica. Esse termo foi originalmente aplicado a células de um único tipo, isoladas e cultivadas para criar uma população de células idênticas. Quando aplicado ao DNA, um clone representa muitas cópias idênticas de um segmento particular do gene. O gene é cortado de um cromossomo maior, anexá-lo a uma porção muito menor de DNA transportador e permitir que microrganismos façam muitas cópias dessa porção para ela. Esse é o processo de clonagem de DNA. O resultado é a amplificação selectiva de um determinado gene ou segmento de DNA, facilitando seu isolamento e estudo. Etapas da Clonagem 1. Cortar o DNA-alvo em locais precisos. Endonucleases específicas de sequência (endonucleases derestrição) fornecem as tesouras moleculares necessárias. 2. Selecionar uma pequena molécula transportadora de DNA capaz de autorreplicação. Esses DNAs são chamados vectores de clonagem (vectores são agentes de entrega). São geralmente plasmídeos ou DNAs virais. 3. Juntar dois fragmentos de DNA de modo covalente. A enzima DNA-ligase liga o vector de clonagem e o DNA a ser clonado. Moléculas de DNA compostas por segmentos ligados de modo covalente a partir de duas ou mais fontes são chamadas de DNAs recombinantes. 4. Transportar o DNA recombinante do tubo de ensaio para uma célula hospedeira que irá proporcionar a maquinaria enzimática para a replicação do DNA. 5. Selecionar ou identificar as células hospedeiras que contêm DNA recombinante. Os métodos utilizados para realizar essas e outras tarefas relacionadas são colectivamente chamados de tecnologia do DNA recombinante ou, de modo mais informal, de engenharia genética. Os vetores de clonagem permitem a amplificação dos segmentos de DNA inseridos Plasmídeos: é uma molécula de DNA circular que se replica separadamente do cromossoma hospedeiro. A grande variedade de plasmídeos bacterianos que ocorre naturalmente varia de tamanho de 5.000 a 400.000 pb. Para sobreviver na célula hospedeira, os plasmídeos incorporam várias sequências especializadas que os tornam capazes de utilizar a energia das células para sua própria replicação e expressão génica No laboratório, os pequenos plasmídeos podem ser introduzidos em células bacterianas em um processo chamado de transformação. Bibliotecas de DNA são catálogos especializados de informação genética Uma biblioteca de DNA é uma colecção de clones de DNA reunidos para fins de sequenciamento do genoma, descoberta de genes ou a determinação da função de um gene/proteína. A biblioteca pode ter diversas formas, dependendo da fonte de DNA e do propósito final da biblioteca. Proteínas de fusão e imunofluorescência podem localizar proteínas em células Um marcador particularmente útil é a proteína fluorescente verde (GFP). Um gene-alvo (que codifica a proteína de interesse) fundido ao gene de GFP gera uma proteína de fusão altamente fluorescente – ela literalmente acende quando exposta à luz azul – e pode ser visualizada directamente em uma célula viva. A GFP é uma proteína derivada da água-viva Aequorea victoria O sequenciamento genómico é auxiliado por novas gerações de métodos de sequenciamento de DNA As tecnologias de sequenciamento de DNA continuam a evoluir. Um genoma humano completo pode agora ser sequenciado em um ou dois dias, e um genoma bacteriano, em poucas horas. Esses avanços se tornaram possíveis com métodos chamados de sequenciamento de última geração, ou “nextgen”. Às vezes, a estratégia de sequenciamento é semelhante ou bastante diferente da utilizada no método de Sanger. A eletroforese em gel separa moléculas de DNA de diferentes tamanhos Os fragmentos de DNA maiores migrarão mais lentamente, pois seu progresso e impedido pela matriz do gel. Após algumas horas, os fragmentos de DNA se espalham pelo gel de acordo com seu tamanho, formando bandas individuais, cada uma composta por um conjunto de moléculas de DNA de mesmo comprimento. As bandas de DNA em geis de agarose ou de poliacrilamida são invisíveis, a menos que o DNA seja marcado ou corado de alguma maneira. Um método particularmente sensível para corar DNA e mergulhar o gel no corante brometo de etídio, que fluoresce sob luz ultravioleta quando estiver ligado ao DNA. Genes podem ser clonados in vitro utilizando PCR Um método poderoso e versátil para amplificar DNA, conhecido como reacção em cadeia da polimerase (PCR), fornece uma abordagem mais rápida e directa para clonar DNA, particularmente de organismos cuja sequência genómica complete seja conhecida. Actualmente, uma vez que as sequencias genômicas são abundantes, a maior parte das clonagens e realizada por PCR. Iniciando a partir de um genoma inteiro, a PCR permite a amplificação do DNA de uma região especifica, selecionada pelo pesquisador, “purificando” de forma efetiva este DNA a partir do restante do genoma que não é amplificado. Pelo seu poder de amplificar grandes quantidades de ácidos nucleicos, a PCR é notavelmente sensível: o método pode ser utilizado para detectar traços de quantidades de DNA em uma gota de sangue deixada em uma cena de crime ou em algumas copias do genoma viral em uma amostra de sangue do paciente. (1) O DNA de fita dupla é aquecido brevemente para separar as duas fitas. (2) O DNA é exposto a uma quantidade excessiva de um par iniciadores específicos – projetados para limitar a região do DNA a ser amplificada – e a amostra é resfriada para permitir que os iniciadores hibridizem com as sequências complementares nas duas fitas de DNA. (3) Essa mistura é incubada com DNA- polimerase e os quatro desoxirribonucleosídeos trifosfato, de modo que o DNA possa ser sintetizado, a partir dos dois iniciadores. Para amplificar o DNA, o ciclo é repetido muitas vezes por meio do reaquecimento da amostra para separar as fitas de DNA recém-sintetizadas. Breves considerações sobre o projecto do Genoma Humano Sequenciamento de DNA Bioinformática Fingerprints de DNA • Tinha como objectivo: sequenciar todos os 3x109 pares de nucleotideos no genoma humano. • Mapear todos os genes humanos. • Construir um mapa físico detalhado de todo o genoma humano. • Determinar as sequências de nucleotídeos de todos os 24 cromossomas humanos. • Foi iniciado por James Watson e posteriormente dado prosseguimento por Francis Collins. • A disponibilidade da sequência do genoma humano pode gerar polémica relativas a descoberta de doenças genéticas incuráveis em algumas famílias. Bioinformática • É a ciência de reunir, manipular, estocar, recuperar e classificar informacoes biologicas relativas a sequencias de DNA e proteinas registradas. • Como saber por exemplo se alguém já sequenciou um determinado fragmento de DNA? • Pesquisar Bancos de Dados. Sequenciamento de DNA • O sequenciamento de DNA ou sequenciação de ADN é uma série de métodos bioquímicos que têm como finalidade determinar a ordem das bases nitrogenadas adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T) da molécula de DNA. http://pt.wikipedia.org/wiki/Guanina Métodos de sequenciamento • O método tradicional de sequenciamento de DNA (sequenciação didesoxi ou método de sequenciação enzimatico) foi proposto por Frederick Sanger na década de 70 e consiste na adição de nucleotídeos modificados, chamados didesoxirribonucleotídeos, que impedem o crescimento de um fragmento de DNA em replicação pela DNA polimerase após sua adição. • Tem sido largamente utilizado por centros de pesquisa ao redor do globo. • Pelo método de Sanger, uma fita simples de DNA que será sequenciada, é hibridizada com um primer de desoxinucleotídeos marcado na ponta 5´. Quatro misturas de reacção são preparadas onde os primers utilizados serão elongados por uma DNA polimerase. Cada mistura contém os quatro desoxinucleosídeos trifosfato normais mais um dos quatro didesoxinucleosídeos trifosfato em uma razão de aproximadamente 1/100. Uma vez que um didesoxinucleotídeo não tem ponta 3´-OH, não é possível haver elongação a partir do nucleotídeo adicionado, parando a reacção. Desta forma, cada mistura de reação produzirá cadeias prematuramente terminadas de acordo com toda ocorrência de um didesoxinucleotídeo adicionado. • Cada mistura é então separada em um gel de sequenciamento por eletroforese para se detectar cada um dos nucleotídeos presentes na sequência de DNA lida. http://pt.wikipedia.org/wiki/DNA http://pt.wikipedia.org/wiki/Primer http://pt.wikipedia.org/wiki/DNA_polimerase http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletroforese Fingerprints de DNA • Baseado na premissa de que não existem duas pessoas com impressões digitais identicas. • Excepto gémeos idênticos, não existem duas pessoas com genomas de mesmas sequências denucleotideos. • Sequências de DNA que se repetem em muitos locais cromossomicos.
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