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Objetivos OBJETIVO 1: Compreender a etiologia, fisiopatologia, epidemiologia, manifestações clinicas, diagnostico e tratamneto da giardíase e amebíase OBJETIVO 2: Entender o ciclo de vida e a forma de transmissao desses protozoários OBJETIVO 3: Analisar as politicsa publicas de saneamento basico e sua influencia na prevenção de protozoários CARACTERÍSTICAS GERAIS: • Protozoário capaz de causar doenças diarreicas esporádicas ou epidêmicas • Causa importante de doenças transmitidas pela água e alimentos, surtos em creches e doenças internacionais. EPIDEMIOLOGIA: • Ocorre em todo mundo • Comum em regiões com condições sanitárias precárias e instalações de tratamento de água limitadas • Em ambientes com recursos limitados, a giardíase foi relatada como sendo de 30 a 40%. Nesses ambientes, a taxa de infecção é mais recorrente nas crianças <5anos. • Grupos de alto risco: bebês, crianças pequenas, adotados internacionais, viajantes, indivíduos imunocomprometidos e pacientes com fibrose cística • A giárdia foi incluída desde 2006 na Iniciativa de Doenças Negligenciadas da OMS. • É o 3º agente mais comum de doença diarreica em crianças <5 anos no mundo (depois de rotavírus e cryptosporidium spp • >300 milhões de casos notificados anualmente • Muitos indivíduos são assintomáticos FATORES DE RISCO: • Viagens internacionais • Beber água de rio/lago/córrego • Nadar em água natural • Comportamento sexual masculino • Contato com crianças de fralda • Uso de antibióticos • Doença crônica do TGI CICLO DE VIDA: Existem duas formas morfológicas: ➢ Cistos: forma infectante do parasita ➢ Trofozoítos: forma reprodutiva; realizam divisão binaria, localizam-se no intestino delgado proximal. Um disco adesivo em sua superfície ventral facilita a fixação à superfície da mucosa do duodeno e jejuno, embora o trofozoíto não invada o epitélio da mucosa Os trofozoítos que não aderem o intestino delgado migram para o intestino grosso, onde se revertem para a forma de cisto infeccioso e são devolvidos ao ambiente pelas fezes Resumo: Ingestão de cisto (ovos) ➜ período de incubação (1sem) ➜ cistos chegam ao intestino delgado proximal (duodeno e jejuno) ➜ se fixam a mucosa ➜ aqueles que não se fixam a mucosa vão em direção ao intestino grosso ➜ se revertem em cistos ➜ liberados nas fezes Giardíase e Amebíase ROTAS DE TRANSMISSÃO: A transmissão para humanos pode ocorrer por: • Água: principal fonte de transmissão, pois os cistos são resistentes a água fria; mamíferos que vivem na água podem ser infectados e servir como fontes contínuas de contaminação da água. • Alimentos: ingestão de alimentos crus/malcozidos (vegetais, frutas, verduras frescas), contaminados com cistos. • Fecal-oral: ambientes com incontinência fecal (creches); o risco de aquisição é maior em crianças que ainda não conseguem ir ao banheiro; essas crianças podem servir como fonte para casos secundários dentro das famílias MICROBIOLOGIA E PATOGÊNESE: Espécies do gênero giárdia infectam muitos hospedeiros, desde mamíferos a anfíbios e aves. A espécie giárdia duodenalis é composta por oito grupos, 2 são encontrados em humanos e 6 em não humanos (caninos, felinos, roedores e focas) Acredita-se que a ingestão de 10 a 25 cistos seja o suficiente para causar giardíase sintomática. A patogênese dos sintomas não é totalmente compreendida Os trofozoítos podem se ligar as células epiteliais que revestem o TGI (delgado proximal principalmente) levando a anormalidades estruturais e funcionais. A microscopia de luz pode não demostrar anormalidades, atrofia vilosa parcial leve e moderada ou atrofia vilosa subtotal em casos graves. As junções epiteliais intestinais podem ser rompidas levando ao aumento da permeabilidade e a sobrevivência das células epiteliais alteradas. Algumas deficiências de enzimas da borda em escova do epitélio podem acontecer, como dissacaridades (lactase). Essas deficiências enzimáticas epiteliais locais contribuem para sintomas como má absorção (giardíase aguda e crônica) e demandam de tempo para que ocorra recuperação. A perda da função da barreira intestinal e ruptura da microbiota também contribuem para a sintomatologia. Além de afetar a composição da microbiota intestinal, a giárdia pode levar a mudanças metabólicas entre a comunidade microbiana, implicando na virulência de outros micróbios. IMUNIDADE: A imunidade humoral parece ser importante para a defesa do hospedeiro com giardíase. Os anticorpos IgA são uma importante resposta humoral a infecção, uma vez que os trofozoítos estão localizados no lúmen intestinal. Pacientes com imunodeficiência (fibrose cística ou deficiência de imunoglobulinas) tendem a ter doença mais grave, devido a deficiências de IgA e imunidade mediada por células. Também existem respostas do hospedeiro sem anticorpos, que são cada vez mais reconhecidas, em partículas a IL-17. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: A gravidade das manifestações é variável, 15% dos indivíduos eliminam os cistos de forma assintomática e os 35-45% restantes manifestam sintomas. Infecção assintomática: Pode ocorrer tanto em crianças quanto em adultos, e a eliminação dos cistos pode durar 6 meses ou mais. Em ambientes com recursos limitados, a maioria das crianças terá encontrado Giárdia aos dois anos de idade sem estar associada à diarreia, mas as crianças infectadas podem ter um crescimento prejudicado Giardíase Aguda: • Diarreia (mais comum – 90%) • Mal-estar (86%) • Fezes fétidas e gordurosas (esteatorréia – 75%) • Cólicas abdominais e inchaço (71%) • Flatulência (75%) • Náusea (69%) • Perda de peso (66%) • Vômitos – (23%) • Febre – (15%) • Constipação – (13%) • Urticária – (10%) Giardíase Crônica: A giardíase crônica pode seguir a fase aguda da doença ou pode se desenvolver na ausência de uma doença aguda antecedente. Sintomas crônicos podem se desenvolver em até metade dos indivíduos sintomáticos Os sintomas da giardíase crônica podem incluir: • Fezes moles, mas geralmente não diarreia • Esteatorréia • Perda de peso profunda (10 a 20 por cento do peso corporal) • Má absorção • Crescimento atrofiado • Mal-estar • Fadiga • Depressão • Cólica abdominal • Borborigmo (rugido estomacal) • Flatulência • Arroto As manifestações podem aumentar e diminuir ao longo de muitos meses. COMPLICAÇÕES: • Afeta crescimento e desenvolvimento pois é um forte preditor de crescimento atrofiado • Fenômenos de hipersensibilidade como erupção cutânea, urticária, ulceração aftosa e artrite reativa ou sinovite, embora essas manifestações sejam raras • Indivíduos previamente infectados podem relatar sintomas mesmo anos após o tratamento eficaz • Outro estudo nos Estados Unidos observou que indivíduos diagnosticados com giardíase eram mais propensos a ter um diagnóstico subsequente de síndrome do intestino irritável DIAGNÓSTICO: Microscopia de fezes: Os cistos de Giárdia são de forma oval, com 8 a 12 mícrons de comprimento e contêm quatro núcleos. Os trofozoítos contêm dois núcleos e possuem quatro pares de flagelos e um disco adesivo para fixação às células epiteliais intestinais. A microscopia de fezes para detectar Giárdia é específica e pode ser útil para detectar outras possíveis causas parasitárias de sintomas gastrointestinais. Ensaios de detecção de antígenos: vários imunoensaios usando anticorpos contra antígenos de cistos ou trofozoítos foram desenvolvidos para análise de fezes. Os kits disponíveis incluem ensaios imunofluorescentes diretos (DFAs) que usam anticorpos monoclonais marcados com fluoresceína, ensaios imunocromatográficos e ensaios imunossorventes ligados a enzimas (ELISAs). Em geral, esses métodos têm maior sensibilidade e tempo de resposta mais rápido do que os métodos convencionais de microscopia de fezes. Especificidade e custo geralmentesão relativamente comparáveis. TRATAMENTO: Indivíduos assintomáticos: tem a intenção de prevenir a disseminação da infecção para outras populações mais vulneráveis. A abordagem é a mesma dos pacientes sintomáticos Sintomáticos: uso de antimicrobianos Antimicrobianos: Metronidazol: tratamento de escolha, via oral, 5 dias. Tinidazol: alternativo ao metronidazol, via oral e dose simples. Nitazoxanida: derivado do nitrotiazol, 3 dias, via oral. Outros fármacos alternaticos sao albendazol e paromomicina (não encontrado comumente no Brasil) CARACTERÍSTICAS GERAIS: • Causada pelo protozoário entamoeba histolytica • Maioria das infecções é assintomática • Manifestações incluem disenteria amebiana e doença extra-intestinal • 50 milhoes de pessoal desenvolvem colite ou doença extra-intestinal com mais de 100.000 mortes anualmente • Existem quatro espécies de amebas intestinais com características morfológicas idênticas: E. histolytica , E. dispar , E. moshkovskii e E. Bangladeshi. • A maioria das doenças sintomáticas é causada por E. histolytica ; • E. dispar é geralmente considerado não patogênico. • Infecções relatadas com E. moshkovskii estão se tornando mais frequentes, com crescente evidência de seu potencial patogenicidade emergente EPIDEMIOLOGIA: • A prevalência em países com recursos limitados devido às más condições socioeconômicas e níveis de saneamento • A infecção por E. dispar ocorre aproximadamente 10 vezes mais frequentemente do que a infecção por E. Histolytica • Áreas com altas taxas de infecção amebiana incluem Índia, África, México e partes da América Central e do Sul. A prevalência geral de infecção amebiana pode chegar a 50% em algumas áreas • A E. histolytica não é uma causa comum de diarreia em viajantes CICLO DE VIDA: • O parasita existe em duas formas: Cisto: forma infecciosa Trofozoíto: a forma que causa a doença invasiva Resumo: Ingestão de cistos maduros (alimento, água, mãos contaminadas com fezes) ➜ migram até o intestino delgado e pela excistação se transformam em trofozoítos ➜ migram para o intestino grosso ➜ podem permanecer no lúmen (infecção não invasiva), invadir a mucosa intestinal (doença intestinal), invadir locais extraintestinais (fígado cérebro e pulmões – doença extraintestinal) ➜ trofozoítos se multiplicam por fissão binaria e produzem cistos ➜ ambos os estágios (cistos e trofozoítos) são liberados nas fezes Cistos são encontrados nas fezes normais; trofozoítos são encontrados nas fezes diarreicas juntamente com sangue TRANSMISSÃO: • Água ou alimentos contaminados • Oral ou fecal Os cistos podem permanecer viáveis no ambiente por semanas a meses, e a ingestão de um único cisto é suficiente para causar a doença. Os cistos passam pelo estômago para o intestino delgado, onde se excisam para formar trofozoítos. Os trofozoítos podem invadir e penetrar a barreira mucosa do cólon, causando destruição tecidual e aumento da secreção intestinal, podendo levar a diarreia sanguinolenta. PATOGÊNESE: A interação parasita-hospedeiro é complexa, e a virulência de diferentes cepas de E. histolytica é variável. A colite ocorre após a penetração do trofozoíto através da camada mucosa intestinal, que de outra forma atua como uma barreira à invasão O trofozoíto é capaz de matar células epiteliais e células inflamatórias, o que se acredita ocorrer através de vários mecanismos diferentes, incluindo: • Secreção de proteinases pelos trofozoítos • Lise de células-alvo através de um mecanismo dependente de contato • Morte de células de mamíferos por apoptose (morte celular programada) • Formação de amebapores, uma família de pequenos peptídeos que podem formar poros em bicamadas lipídicas, resultando na citólise de células infectadas A citólise resulta em úlceras que são de caráter discreto • Alterações na permeabilidade intestinal, provavelmente através da ruptura de proteínas de junção estreita (esse aumento na permeabilidade auxilia a proliferação da ameba para outros órgãos – fígado, cérebro) A patogenicidade dos trofozoítos amebianos é facilitada pela adesão às células epiteliais do cólon através de uma lectina específica (a lectina galactose-N-acetilgalactosamina) As células de mamíferos sem resíduos de galactose N-terminal ou N-acetilgalactosamina são resistentes à adesão por trofozoítos amebianos, o que é consistente com um papel importante da lectina na adesão. Esta lectina também desempenha um papel na imunidade, uma vez que a imunidade da mucosa contra a lectina parece mediar algum grau de proteção contra doenças invasivas após a colonização. crianças com resposta de IgA da mucosa contra a lectina tiveram 86% menos novas infecções durante um período de um ano do que crianças sem essa resposta MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Maioria assintomático (90% das infecções por E. Histolytica Os fatores que influenciam se a infecção leva à doença assintomática ou invasiva incluem a cepa de E. histolytica e fatores do hospedeiro, como suscetibilidade genética, idade e estado imunológico Os fatores de risco para doença grave e aumento da mortalidade incluem idade jovem, gravidez, tratamento com corticosteroides, malignidade, desnutrição e alcoolismo A amebíase tem inicia subagudo, de uma a três semanas • Diarreia leve a disenteria grave acompanhada de dor abdominal (12-80%) • Diarreia (94-100%) • Fezes com sangue (94-100%) • Colite amebiana fulminante • Colite amebiana necrosante fulminante (raramente) • Perda ponderal e febre (38%) Sinal te Torres-homem: dor no hipocôndrio direito durante percussão A disenteria amebiana consiste em diarreia com sangue e muco visiceis nas fezes e presença de trofozoítos hematófagos (trofozoítos com glóbulos vermelhos ingeridos) nas fezes ou tecidos Raramente, a amebíase intestinal pode se apresentar como uma síndrome crônica de diarreia, perda de peso e dor abdominal sem disenteria, com duração de anos e mimetizando doença inflamatória intestinal. DIAGNÓSTICO: Microscopia fecal: A demonstração de cistos ou trofozoítos nas fezes sugere amebíase intestinal, mas a microscopia não consegue diferenciar entre cepas de E. histolytica e E. dispar ou E. moshkovskii . Além disso, a microscopia requer conhecimento especializado e está sujeita a erros do operador. Pouco específico. Detecção de antígeno fecal: A detecção de antígeno é sensível, específica, rápida, fácil de realizar e pode distinguir entre E. histolytica e E. Díspar. Kits de detecção de antígeno usando ensaio imunoenzimático (ELISA), radioimunoensaio ou imunofluorescência foram desenvolvidos. A detecção de antígenos tem muitas vantagens, incluindo facilidade e rapidez dos testes, capacidade de diferenciação entre cepas, maior sensibilidade do que a microscopia e potencial para diagnóstico na infecção precoce e em áreas endêmicas (onde a sorologia é menos útil). PCR (reação da cadeia da polimerase fecal): A detecção de DNA ou RNA parasita nas fezes por meio de sondas também pode ser usada para diagnosticar a infecção amebiana e diferenciar as três cepas diferentes. Vários testes comerciais de PCR que podem detectar E. histolytica em amostras de fezes estão disponíveis. Estes incluem PCR convencional, PCR nested, PCR em tempo real, PCR multiplex e ensaio de amplificação isotérmica mediada por loop. A maioria dos ensaios de PCR comerciais tem 100 por cento de sensibilidade e especificidade, e a PCR é cerca de 100 vezes mais sensível do que os testes de antígeno fecal. Além disso, a PCR pode diferenciar entre amebas patogênicas e não patogênicas, e muitos dos testes de PCR permitem a detecção simultânea de múltiplos patógenos. Sorologia: A infecção por E. histolytica resulta no desenvolvimento de anticorpos; E. dispar infecção não. Os anticorpos são detectáveis dentro de cinco a setedias da infecção aguda e podem persistir por anos. Aproximadamente 10 a 35 por cento dos indivíduos não infectados em áreas endêmicas têm anticorpos antiamebicos devido a infecção prévia com E. histolytica [ 4 ]. Portanto, a sorologia negativa é útil para a exclusão da doença, mas a sorologia positiva não pode distinguir entre infecção aguda e anterior. A hemaglutinação indireta (IHA) é o teste sorológico mais sensível; é positivo em aproximadamente 90 por cento dos pacientes com infecção intestinal sintomática Um ELISA disponível comercialmente que tem uma sensibilidade de 93% em comparação com IHA também foi desenvolvido. Colonoscopia: Pode ser realizada para fazer o diagnóstico de amebíase e excluir outras causas de sintomas. No entanto, a colonoscopia não é apropriada como ferramenta diagnóstica de rotina, uma vez que a presença de ulcerações amebianas aumenta a probabilidade de perfuração durante a instilação de ar para expandir o cólon. Ceco e cólon são os locais mais comuns de envolvimento TRATAMENTO: Os objetivos são eliminar os trofozoítos invasores e erradicar o transporte intestinal do organismo • Inicialmente metronidazol ou tinidazol • Iodoquinol, paromomicina, ou furoato de diloxanida subsequentemente para erradicação de cistos Infecção assintomática: mesmo manejo de infecções com sintomas. AMEBICIDAS MISTOS: São uteis na erradicação das formas luminais e sistêmica da doença Metronidazol: forma compostos citotóxicos que se ligam as proteínas do DNA resultando em morte dos trofozoítos; em geral é associado a um amebicida luminal para melhores taxas de cura Tinidazol: tão eficaz quanto o metronidazol, com duração de tratamento mais curta.. sua atividade de ação farmacológica é similar ao metronidazol. AMEBICIDAS LUMINAIS: Eliminação dos estágios de colonização assintomáticos. Atuam nos parasitas do lumen do intestino. Iodoquinol: eficaz contra trofozoítos e cistos Paramomicina: antimicrobiano, única eficaz contra formas intestinais (luminais) pois não é absorvido no TGI. Reduz a população da flora intestinal. AMEBICIDAS SISTÊMICOS: Uteis no tratamento de abcessos hepáticos e infecções da parede intestinal https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis/abstract/4 Cloroquina: em associação com metronidazol para tratamento de abcessos hepáticos, mas não e útil na amebíase luminal. O tratamento deve ser seguido com um amebicida luminal. Desidroemetina: fármaco alternativo, inibe a síntese proteica bloqueando o alongamento da cadeia. A Política Nacional de Saneamento, instituída pela Lei Federal nº 11.445, de 20071, define saneamento básico como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem de águas pluviais urbanas. As políticas públicas de saneamento básico são essenciais para a promoção da saúde e da qualidade de vida nas comunidades, pois possibilitam um ambiente livre dos vetores (animais e insetos) que propagam parasitas, bactérias ou agentes patogênicos, o que contribui para a redução e o controle de doenças, como hepatite, dengue, diarreias, cólera, toxoplasmose e outras. A garantia do acesso universal e de qualidade ao saneamento básico no Brasil ainda é um grande desafio. Como outros serviços públicos essenciais, os déficits denunciam o atraso do País na garantia de direitos básicos como acesso à água e ao destino seguro dos dejetos e resíduos sólidos. A exclusão, a desigualdade e a baixa qualidade dos serviços são o produto de um modelo de desenvolvimento vinculado ao modo de produção capitalista e, como tal, promotor de contradições, antagonismo e iniquidades. A atualização do Marco Legal do Saneamento Básico, por meio da Lei Federal nº 14.026, de 2020, teve como principal objetivo universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor. Segundo a norma, os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento deverão definir metas de universalização que garantam o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033, assim como metas quantitativas de não intermitência do abastecimento, de redução de perdas e de melhoria dos processos de tratamento. Caso a prestação dos serviços de saneamento seja regionalizada e inviável economicamente a universalização até a data mencionada, fica permitida a dilação do prazo, desde que não ultrapasse 1º de janeiro de 2040 e haja anuência prévia da agência reguladora. Referências: • https://www.uptodate.com/contents/giardiasis- epidemiology-clinical-manifestations-and- diagnosis/print?search=giardiase&source=search_ result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&d isplay_rank=1 • https://www.uptodate.com/contents/intestinal- entamoeba-histolytica- amebiasis?search=amebiase%20tratamento&sour ce=search_result&selectedTitle=1~131&usage_typ e=default&display_rank=1 • https://www.uptodate.com/contents/giardiasis- treatment-and- prevention?search=tratamento%20parazitooses&s ource=search_result&selectedTitle=1~150&usage _type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis/print?search=giardiase&source=search_result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis/print?search=giardiase&source=search_result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis/print?search=giardiase&source=search_result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis/print?search=giardiase&source=search_result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-epidemiology-clinical-manifestations-and-diagnosis/print?search=giardiase&source=search_result&selectedTitle=1~94&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis?search=amebiase%20tratamento&source=search_result&selectedTitle=1~131&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis?search=amebiase%20tratamento&source=search_result&selectedTitle=1~131&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis?search=amebiase%20tratamento&source=search_result&selectedTitle=1~131&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis?search=amebiase%20tratamento&source=search_result&selectedTitle=1~131&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/intestinal-entamoeba-histolytica-amebiasis?search=amebiase%20tratamento&source=search_result&selectedTitle=1~131&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-treatment-and-prevention?search=tratamento%20parazitooses&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-treatment-and-prevention?search=tratamento%20parazitooses&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-treatment-and-prevention?search=tratamento%20parazitooses&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-treatment-and-prevention?search=tratamento%20parazitooses&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1 https://www.uptodate.com/contents/giardiasis-treatment-and-prevention?search=tratamento%20parazitooses&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1
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