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Noções de Anestesiologia

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PER-OPERATÓRIO CIRURGIA 2 Eduardo Siqueira
Noções de Anestesiologia 
Anestesia 
Atos da Anestesia 
Atuar na consciência, dor e movimento. 
- Analgesia 
- Relaxamento muscular 
- Rebaixamento de consciência (hipnose + amné-
sia). 
- Bloqueio neurovegetativo 
Em que consiste cada Ato? 
Analgesia 
Opioide 
Relaxamento Muscular 
Bloqueio neuromuscular 
Ex: 
- Atracúrio 
- Rocurônio 
- Succinilcolina 
Rebaixamento da Consciência 
Halogenados e Hipnóticos 
Halotano → É mais forte, pode dar hipertermia ma-
ligna. 
Ex: 
- Isofluorano: Muito usado, odor horrível 
- Sevoflurano: Cheiro mais de boa 
- Tiopental: Hipnose 
- Midazolam: Sedação consciente (amnésia + 
relaxamento + acordado). 
- Opioides: Analgesia (Fentanil) 
- Quetamina: Hipnose + Analgesia (só a queta-
mina faz os dois juntos. Não tão usado, pois causa 
pesadelos. “Anestesia dissociativa = Quetamina” 
Curares 
Bloqueadores neuromusculares 
Ex: 
- Succinilcolina: Mais importante pra prova, por-
que causa hipertermia maligna. 
Bloqueio Neurovegetativo 
Opioides e Anestésico locais 
Ex: 
- Bupivacaina 
- Ropivacaina 
- Agem bloqueando a propagação do impulso 
neuronal. 
Anestesia Local (AL) 
Formas de Anestesia Local 
Infiltra localmente anestésico local 
Cirurgia ambulatorial + Sedação consciente (mida-
zolam). 
Lidocaína + Propofol em doses baixas (se quiser 
que o paciente durma). 
Dose tóxica da lidocaína → 5 mg/kg sem adrenali-
na e com adrenalina → 7 mg/kg. 
A ropivacaina é bem parecida com bupivacaina, 
mas, a primeira é melhor porque tem menos cardio-
toxicidade e vasoconstrição. 
Bloqueio de Nervo Periférico 
Infiltra anestésico local no trajeto do nervo periféri-
co, bloqueio de toda a região infiltrada por aquele 
nervo. 
Raquianestesia 
Agulha chega no liquor, no espaço subaracnóideo 
Anestésico entra em contato físico com todas as 
fibras que descem no canal naquele nível → Dali 
para baixo estará tudo bloqueado. 
Lidocaína Bupivacaína Ropivacaína
Intermediária Alta Alta
1-2 horas 2-8 horas 2-8 horas
Sem adrenalina 
4-5 mg/kg
Sem adrenalina 
2 mg/kg
Sem adrenalina 
2 mg/kg
Com adrenalina 
7 mg/kg
Com adrenalina 
3 mg/kg
Com adrenalina 
3 mg/kg 
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PER-OPERATÓRIO CIRURGIA 2 Eduardo Siqueira
Preciso de menor quantidade de droga, tem conta-
to direto com todas as fibras. 
Tem menor duração 
Efeitos Colaterais 
Quedas são o principal efeito colateral 
Hipotensão (é o principal efeito adverso) 
Aumento da pressão intracraniana 
Cefaleia 
Contraindicações 
Sempre que paciente vai ser operador e estiver 
com instabilidade hemodinâmica é contraindicação 
para raqui ou peri, tem que fazer anestesia geral. 
- Exemplo: paciente vítima de trauma com insta-
bilidade que vai operar, vai para anestesia geral. 
Lesão local 
Aumento da PIC 
Anticoagulação plena 
Peridural 
Agulha não chega ao liquor, não chega ao espaço 
subaracnóideo. 
Infiltra anestésico na peridural 
Só entra em contato com fibras que saem daquele 
nível. 
Não é um bloqueio de tudo dali para baixo, é blo-
queio segmentar. 
Vou usar mais anestésico para tentar bloquear 
Tem maior duração 
Efeito Colateral 
Quedas continuam sendo o principal efeito colate-
ral. 
Hipotensão (é o principal efeito adverso). 
Anestesia Geral 
Faz analgesia, retira consciência, faz bloqueio 
muscular e faz bloqueio neurovegetativo. 
As fases da anestesia geral são 3: 
- Indução 
- Manutenção 
- Despertar (emergência). 
Indução 
“Hipnótico EV e/ou Halogenado (gás)” 
Venosa total: só hipnótico venoso 
Inalatória: só halogenado 
Balanceada: venosa e halogenado. 
Inalatória é bom em crianças, por exemplo. 
Depois dessas drogas vamos começar a ventilar 
esse paciente com máscara → Opioide (bloqueio 
neurovegetativo) e bloqueador neuromuscular → IOT 
Obs: Paciente estômago cheio, não faz jejum 
adequado…vamos pular parte da ventilação com 
máscara, vamos fazer sequência rápida. 
Hipnótico → BNM → Opioide → Intubação 
Ex: Paciente vítima de trauma com indicação ci-
rúrgica, não fez jejum, quando for para cirurgia a téc-
nica de indução será indução por sequência rápida. 
Manutenção 
Repique de doses → “Manter o plano” 
Despertar e Recuperação 
Monitorização 
Observar na sala de recuperação pós-anestésica. 
Observações p/ Gravar 
A) O tempo que deve administrar ATB antes da 
incisão para termos nível sérico de ATB adequado 
circulando é de 60 minutos (p/ Cefazolina). 
B) Na raquianestesia: 
I- A agulha deve perfurar na sequência: 
- Pele → Tecido Subcutâneo → Ligamento supra-
espinhoso → Ligamento interespinhoso → Liga-
mento amarelo → Espaço peridural → Dura-mater 
→ Aracnóide. 
II- A punção é paramediana ou lombrossacral 
Anestésico Local Mesclar 
Inalatórios Intravenosos Curares
Efeito isolado Efeito combinado Relaxamento muscular
Doses elevadas Doses menores Flacidez 
Maior Menor risco Imobilidade
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PER-OPERATÓRIO CIRURGIA 2 Eduardo Siqueira
III- A anestesia peridural tem maior risco de intoxi-
cação por anestésico porque tem mais facilidade de 
pegar um vaso, pela localização anatômica. 
C) A capnografia é eficiente para ver intubação 
esofágica. 
- Visualiza que o nível de CO2 está alterado, 
sabe que não está no pulmão. 
D) A ATB profilática deve ser realizada momento 
antes da indução anestésica. 
E) Paciente com menos de 50.000 de plaquetas 
deve receber transfusão antes da cirurgia. 
F) A OMS fez um check-list de cirurgia segura que 
é dividida em 3 momentos: 
1- Antes da indução anestésica 
2- Antes da incisão cirúrgica 
3- Antes da saída da sala de operação. 
HIPERTERMIA 
MALIGNA
BLOQUEIO RESIDUAL 
NEUROMUSCULAR
Músculo esquelético Retorno lento da consciência
Autossômica dominante Hipoventição/hipercapnia 
Succinilcolina e inalatóri-
os
Fraqueza muscular
Espasmo do masseter e 
T > 42ºC
Excreção dificultada
30 min até 24 horas Manter ventilação mecânica 
Dantrolene Neostigmina e Atropina
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	Atos da Anestesia
	Em que consiste cada Ato?
	Formas de Anestesia Local
	Efeitos Colaterais
	Contraindicações
	Efeito Colateral
	Indução
	Manutenção
	Despertar e Recuperação

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