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OFTALMOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 1 Herpes ocular FAMILIA DOS HERPES VÍRUS Herpes simplex DNA vírus que infecciona gânglios neurais (HSV1-HSV2) Varicela zoster DNA vírus; Virus da catapora, vírus da varicela, vírus zoster e herpesvirus humano tipo 3 (HHV-3) Citomegalovírus Epstein-Barr Herpes vírus humano 6,7,8 HERPES SIMPLES EPIDEMIOLOGIA Fontes de infecções: crianças com primo- infecção, adultos com doença recorrente e portadores assintomáticos Transmissão: contato direto com secreções (principalmente saliva), pele ou mucosas de indivíduos que apresenta episódios de herpes ativa O IgG materno garante imunidade nos 6 primeiros meses de vida das crianças O nervo trigêmeo é o principal nervo acometido a nível ocular. - São 3 ramos: oftálmico, mandibular e maxilar. Como o oftálmico vai até a ponta do nariz é bom avaliar. Estímulos como febre, infecção sistêmica, exposição a radiação UV, imunossupressão, dano tissular, alteração hormonal, estresse físico ou emocional, causam replicação viral e doença recorrente Pacientes atópicos possuem maior chance de doença bilateral e disseminada - por responderem ao antígeno do HSV primariamente com as células T helper 2 produtoras de citocinas (principalmente IL-4), que suprimem respostas eficaz das células T helper 1 e reduzindo a resposta ao VSH Envolvimento bilateral é incomum, ocorrendo em cerca de 5% dos casos. Na criança é mais comum a primo-infecção (blefaroconjuntivite), porem a doença ocular herpética tende a ser mais grave pois frequentemente não é diagnosticada APRESENTAÇÃO CLINICA SIMPLIFICADA BLEFAROCONJUNTIVITE: Infecção primaria ou recorrente. Lesão vesicular em área focal da pálpebra com eritema circundante que progride para ulceração e crostas. Cura sem cicatriz (exceto se houver infecção secundária). Conjuntivite folicular (muitas vezes recorrente- entre no diagnostico diferencial). Alguns pacientes com conjuntivite recorrente do HSV podem desenvolver uma úlcera dendrítica conjuntival. CERATITE: Variedade de manifestações. Podem afetar todos níveis de córnea. Recorrente costuma ser unilateral. Bilateral em historia de atopia, pacientes jovens. A ceratite herpética tende a tomar um curso mais grave quanto maior for o número de recidivas Erosões dendríticas ou geográficas na córnea (ceratite epitelial ativa), coradas pela fluoresceína ou rosa-bengala OFTALMOLOGIA – ESTEFFANE SEITZ TXVI 2 CERATO-UVEITE: menos comum, mesmo na ausência de história prévia de ceratite. Sintomas como dor, fotofobia e BAV. Quando a inflamação está associada a trabeculite causa hipertensão ocular. A infecção provoca lise celular, causando atrofia setorial da íris pelo acometimento do estroma da íris. CORIORETINITE: Quando a lesão atinge a retina/coroide, geralmente é unilateral e deve ser tratada com medicação endovenosa em ambiente hospitalar DIAGNOSTICO Clínico Sorologia: serve só na exclusão da hipótese da herpes se vier negativo Cultura do vírus é especifica, mas é pouco sensível Citologia de impressão apresenta células epiteliais multinucleadas sendo sensíveis e pouco especifica Teste de imunodetecção (imunoflorescencia e imunoperozidade) e o PCR com amplificação da cadeira de DNA são os mais específicos e indicados em casos atípicos e de diagnostico dificil, mas nem sempre estão disponíveis TRATAMENTO Aciclovir: pomada ou VO, 10-14 dias HERPES ZOSTER VZV causa infecção primaria conhecida como catapora Fator desencadeante: idade avançada, imunossupressão, trauma, irradiação Acomete qualquer parte do corpo Acomete mesmo nervo trigêmeo SINAL DE HUTCHINSON: Significa que acometeu nervo nasociliar do ramo oftálmico do trigemio com maior chance de ter acometido o olho QUADRO OCULAR-qualquer parte do olho Conjuntivite Episclerite/Esclerite Ceratite Perda da sensibilidade da córnea Irite Retinite Neurite optica Paralisia de nervos cranianos VACINA: Indicada após 50 anos. Virus atenuado. Existe 2 tipos: Shingrix e Zostavax TRATAMENTO: Aciclovir (pomada ou VO), dose dobrada de 10-14 dias + opioide
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