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ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS

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PACIENTES ONCOLÓGICOS
Atendimento de pacientes em pré-tratamento, durante e posterior tratamento
para o câncer.
Câncer:
- Crescimento desordenado de células (disformes) que invadem tecidos e
órgãos, podendo espalhar-se (metástase - tumor secundário) para outras
regiões do corpo.
- Células mais agressivas
- Células - divisão desordenada - agressivas e incontroláveis - tumores ou
neoplasias malignas.
Para o atendimento odontológico:
- Anamnese:
1. Quando foi diagnosticado:
● Recente: impacto da notícia, pensamento mais direcionado a sobrevida;
conversa franca sobre a manutenção da higiene oral - sensibilizar o
paciente;
2. Tipo de tratamento: dependendo do tipo de tratamento, pode haver
diferentes repercussões na cavidade bucal
3. Quando foi o tratamento: as condutas variam de acordo com o tempo -
quando mais recente o tratamento, mais riscos
- Na infância os tipos mais comuns: linfomas, leucemias, tumores ósseos e
tumores cerebrais - observar bem a cavidade bucal, as mucosas,
elevações, andar correto, sangramento exagerado gengival sem biofilme
(leucemia), ao observar alterações suspeitas, deve-se encaminhar
paciente para médico a fim de estabelecer um correto diagnóstico
Tratamento do Câncer:
1. Cirurgia:
- Retirada completa ou parcial do tumor;
- Pode ser a única intervenção ou pode ser acompanhada de outros
procedimentos
2. Quimioterapia:
- Morte celular
- Protocolos de acordo com o tipo do câncer
- Matam células neoplásicas e saudáveis - debilitação
3. Radioterapia:
- Localizada: menos efeitos colaterais
- Abrangente: mais riscos
- Região da cavidade oral: repercussões significativas
4. Braquiterapia:
- Inserção de agulhas radioativas no interior do tumor
- Língua: diminuição do tamanho de tumor e posterior cirurgia
5. Terapia com anticorpos monoclonais:
- Medicamentos que não causam efeitos colaterais como os
quimioterápicos
- Fortalecimento do organismo
A quimioterapia e a radioterapia atuam pela destruição ou pela inibição do
crescimento das células que se multiplicam rapidamente, não diferenciando as
células neoplásicas das células normais.
Complicações do tratamento do Câncer:
● Xerostomia: diminuição do fluxo salivar
- Provocada pela quimioterapia: transitória, cessando logo após o término
do tratamento.
- Provocada por radioterapia na região de cabeça e pescoço:
comprometimento glandular e a xerostomia poderá tornar-se permanente
- (Cabrerizo et al.,1998).
- Prejuízo na mastigação: a saliva fica espessa e viscosa
- Susceptibilidade à colonização de micro-organismos oportunistas: fungos
e vírus
- Mudança qualitativa da saliva, com diminuição da capacidade tampão:
maior risco de cárie
- Desenvolvimento de uma microbiota altamente cariogênica: aumento do
índice de cárie e desequilíbrio do organismo
- Alterações nos padrões de consumo alimentar: dificuldade em deglutir, em
mastigar - escolher alimentos mais pastosos, líquidos e com maior
quantidade de açúcar de adição
- Tratamento:
a. Diminuição branda e capacidade de mastigar:
>Estimulantes de fluxo salivar: gomas de mascar, pedaços de plástico;
b. Diminuição mais significativa:
>Saliva artificial: lubrificante formulado a partir de rinses bucais à base de
carboximetilcelulose (pode ser comprado pronto ou manipulado)
>Maior ingestão de água
>Prescrição de fármacos para aumentar o fluxo salivar: prilocarpina e amifostine
(United States Food and Drugs Administration)
>OralBalance: gel de estimulação salivar - aplicar na ponta do contonete e
aplicar na cavidade bucal (valor mais elevado)
>Enxaguantes bucais à base de bicarbonato de sódio
Infecções oportunistas:
● Candidíase:
- Quimioterapia
- Miconazol gel 20mg aplicado na boca ou comissuras labiais, 4 vezes ao
dia
- Nistatina a 100.000 Ui: bochechos 4 vezes ao dia, e em seguida, deglutida
- Crianças: cotonete na região retromolar, balançar a cabeça e deglutir em
seguida
Alterações dentárias:
- Odontogênese: encurtamento radicular em pré-molares, raízes conóides
em molares, pré molares e caninos - radioterapia no período formativo
dos dentes
- Coroas pequenas
- Hipoplasia: associada a infecções - quimio ou radio
- Hipocalcificação do esmalte: associada a infecções - quimio ou radio
- Anodontias
Radioterapia com 1 ano e 6 meses: dentes formados de forma incompleta
Futuro: implante, os dentes ficam em boca até terem estabilidade
Alterações no paladar:
- Radioterapia na região de cabeça e pescoço: corpúsculos gustativos
- Disgeusia: alteração no paladar - em todos os alimentos ou alimentos
específicos
- Disfagia: dificuldade de deglutição
- A redução do fluxo salivar diminui a umidificação dos alimentos, enquanto
que a irritação da mucosa faz com que a mastigação seja dolorosa
- A alimentação se torna algo não-prazeroso pro paciente
- (Caielli et al., 1995).
Trismo:
- Edema, destruição celular e fibrose do tecido muscular, induzida pela
radiação.
- O grau do trismo depende da dose de radiação: compressas mornas
- Utilizar espátulas de madeira para medir a abertura bucal: aumentar as
espátulas aos poucos para exercitar e possibilitar uma maior abertura
- Fisioterapia e fonoaudiologia
Cárie de radiação:
- Ocorre um tempo após a radioterapia
- Radiação - odontoblastos - diminuição da dentina reacional
- Diminuição do fluxo salivar, dificuldades de alimentação, aumento do
número dos microrganismos cariogênicos = aumento do riscocárie
- Região cervical dos dentes: a dentina perde sua capacidade reacional, há
uma perda de estrutura muito rápida = “amputação coronária”
Osteorradionecrose:
- Radioterapia
- A radiação ionizante restringe o fluxo de sangue na região irradiada,
deixando o osso com capacidade mínima de resistir a trauma, e
consequentemente, mais suscetível à infecção
- Ter cuidado com procedimentos após o período de radioterapia
- Antes de iniciar a radioterapia, realizar uma “limpeza completa” na
cavidade bucal em todos os dentes que possam vir a ter problema pós
tratamento
Mucosite:
- Depende do tipo de tratamento e do tipo de medicamento
- Os agentes quimioterápicos não são seletivos: o epitélio não tem
capacidade de neoformar com a mesma velocidade que está sendo
descamado
- Descamação excessiva da mucosa, sem tempo de reação- não há
renovação celular
- Sintomas: eritema, edema, sensação de ardência, aumento da
sensibilidade ao calor e às comidas temperadas.
- Dor, desconforto bucal, dor severa e disfagia: deixa de se nutrir - nutrição
parenteral
- OMS divide em 5 graus:
Grau 0: sem alterações na mucosa
Grau 1: vermelhidão e inchaço da mucosa
Grau 2: pequenas feridas e dificuldade para ingerir sólidos
Grau 3: feridas e capacidade de ingerir apenas líquidos
Grau 4: não é possível se alimentar oralmente, sendo necessário internação
- O médico identifica o grau de mucosite e o CD auxilia no tratamento
- Tratamentos paliativos:
> Anestésicos (bochechos)
> Corticóides tópicos
> Antifúngicos
> Crioterapia (raspas de gelo, picolé de camomila, antes da alimentação)
- Laserterapia X Mucosite: antes/durante
> Efeitos biológicos por meio de processos fotofísicos e bioquímicos que
aumentam o metabolismo celular, estimulando a atividade mitocondrial, atuando
como analgésicos, anti-inflamatórios e reparadores da lesão da mucosa.
> Tratamento excelente, porém tem pouca disponibilidade no serviço público
Protocolo pré-tratamento do Câncer:
1. Avaliação da condição clínica + Solicitação de exames de sangue
(hemograma, glicemia - avaliar condição sistêmica)
2. Tratamento clínico necessário concluído pelo menos oito dias do início da
terapia (exodontias, endodontias, restaurações, periodontia ) - eliminação
de bordas cortantes (todos os dentes que estão em condições duvidosas
devem ser extraídos)
3. Fluoterapia
4. Bochechos com clorexidina sem álcool
5. Bochechos com solução de bicarbonato de sódio
6. Camomila: chás gelados, picolé - hidratação da mucosa (efeitos
anti-inflamatórios, regeneração)
Protocolo durante o tratamento:
- Cuidados bucais no paciente imunodeprimido:
> Avaliação periódica
> Risco de infecções
> Risco de sangramentodevido alterações hematológicas
- Cuidados bucais do paciente em tratamento para o câncer:

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