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VALVOPATIAS

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HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ REVISANDO 
→ Válvula = folhetos 
→ Valva = conjunto de folhetos 
→ Estenose = falha na abertura 
→ Insuficiência = falha no fechamento 
❖ ESTENOSE AÓRTICA 
→ Defeito na ABERTURA da valva aórtica (Ao); 
→ Possui alta prevalência; 
→ Ocorre geralmente entre 60-70 anos (degenerativa), mas 
pode ocorrer em pacientes jovens, principalmente, na forma 
congênita ou reumática; 
→ Possui diversas etiologias, dentre elas as principais são: 
1) Reumática (lesão mitral associada) 
2) Degenerativa (+ comum) 
3) Congênita (Ao bicúspide) 
 
➢ SINTOMAS 
→ A doença valvar estenótica tem um curso indolente. 
→ Pode levar cerca de 10-15 anos para começar a apresentar 
sintomas, porém, quando eles surgem são sinais de gravidade 
da lesão valvar. É MAIS SILENCIOSA! 
→ Lembrar de ISA: 
 
→ ANGINA: 
✓ Desequilíbrio entre oferta e demanda de fluxo de O2.; 
✓ No paciente com EAo há um aumento da tensão parietal 
de forma que o paciente possua uma pressão 
intraventricular sempre muito elevada, ou seja, aumenta o 
esforço ventricular para ejetar o sangue; 
✓ Ocorre uma redução do fluxo coronariano levando à angina. 
→ SÍNCOPE: 
✓ Ocorre frequentemente em situações de vasodilatação 
periférica – principalmente com a atividade física. 
✓ PA = DC x RVP – na atividade física há uma queda da RVP 
e o DC não acompanha essa queda com um aumento 
adequado de volume ofertado devido à uma obstrução 
valvar. 
✓ Há uma queda brusca de pressão durante o esforço. 
✓ Também podem ocorrer arritmias gerando desmaios. 
✓ Se o paciente fez síncope durante o esforço físico 
sempre pensar em uma etiologia grave. 
→ DISPNÉIA: 
✓ Causada pela disfunção diastólica, a dispneia é por 
sobrecarga de VE; 
✓ Há uma HVE com redução de complacência aumento de 
PD2 do VE e hipertensão venocapilar pulmonar. 
✓ Podem ter casos que evoluem para disfunção sistólica 
também piorando o prognóstico do paciente. 
 
➢ EXAME FÍSICO 
→ A alteração de pulso arterial seria o parvus tarvus (amplitude 
e duração aumentada), é típico da EAo; 
→ A EAo importante pode causar uma redução da pressão de 
pulso aproximando, sistólica de diastólica. Ao exame vamos 
notar uma pressão arterial convergente. Ex.: 80x70, 80x60, 
90x80 mmHg 
→ A EAo não costuma alterar o ictus cordis (a morfologia não 
altera). 
→ A EAo pode causar desdobramento fisiológico, fixo ou amplo ou 
paradoxal. 
→ A EAo pode causar Hipofonese de A2 – 90% das vezes, devido 
a valvar estar estenosada, ou seja, pouco aberta, sendo assim, 
ao fechar ela faz menos barulho. 
→ EAo costuma causar geralmente B4 (sobrecarga de pressão e 
acontece no final da diástole). 
 
 
 
Valvopatias 
A- Valva Ao normal 
B- Estenose Ao bicúspide 
congênita (boca de 
peixe) 
C- Estenose Ao 
reumática 
D- Estenose Ao 
degenerativa 
calcificada 
I – IC (dispneia) 
S – Síncope 
A – Angina 
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
→ TIPO DE SOPRO: 
✓ É um sopro sistólico, acontece entre B1 e B2; 
✓ Em diamante = aumenta de intensidade e depois diminui!!! 
(crescendo-decrescendo); 
✓ Acontece junto com o pulso = B1 (sistólico); 
✓ Sopro ejetivo; 
✓ Mais audível em foco aórtico, mas pode irradiar-se até o 
foco mitral. 
 
 
→ Aumentam o sopro da EAo: tudo o que aumenta o volume do 
ventrículo esquerdo = batimento pós ESV (extra-sístole = o 
tempo de relaxamento do VE aumenta e entra mais sangue), 
agachamento (maior retorno venoso, mais sangue no VE), 
vasodilatadores. 
→ Reduzem a intensidade do sopro de EAo: manobra de valsalva 
(aumento da pressão intratorácica com redução do fluxo 
transvalvar Ao pelo aumento da RVP = dificulta a saída do 
sangue no paciente). 
❖ INSUFICIÊNCIA AÓRTICA 
→ Falha no fechamento da valva ocasionando refluxo de sangue 
para o ventrículo esquerdo. 
→ Pode ser causada tanto por doenças no FOLHETO (valva) como 
também por doenças na ARTÉRIA AORTA. 
→ É uma das valvopatias com maiores achados semiológicos ao 
exame físico. 
→ Etiologias: 
1) Reumática; 
2) Calcificação valvar; 
3) Endocardite; 
4) Rotura de músculos 
papilares; 
5) Dissecção de Aorta. 
 
➢ SINTOMAS 
→ Os sintomas são iguais aos de EAo – dispneia, síncope e angina, 
porém aparece de forma mais precoce, porque a insuficiência 
aórtica causa uma disfunção ventricular de forma mais 
precoce. 
✓ DISPNÉIA: sobrecarga de VE com congestão e aumento de 
pressão pulmonar; 
✓ ANGINA: Aumento da tensão parietal e aumento de 
demanda. Geralmente pior durante a noite devido à 
bradicardia. 
✓ SÍNCOPE: paciente com VE mais dilatado e com quadros de 
baixo débito. 
➢ EXAME FÍSICO 
 
→ No exame físico da insuficiência aórtica, é possível observar 
como se o corpo todo do paciente estivesse pulsando, pulso 
rápido, de alta amplitude e com tempo reduzido. 
 
→ . TIPO DE SOPRO: 
✓ É um sopro aspirativo; 
✓ A2 geralmente hipofonética/ausente; 
✓ É um sopro diastólico, fora do pulso, entre B2 e B1; 
✓ Mais audível em foco aórtico ou aórtico acessório. 
 
 
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
→ O que torna o sopro de IAo mais audível: Paciente sentado com 
tórax para frente. Hand-grip (aumento da RVP) aumenta a 
pressão de retorno venoso. Manguito insuflado nos dois braços 
(aumenta a pressão vascular periférica e aumenta o sopro). 
→ Como distinguir se a lesão é na valva aórtica ou na artéria 
aorta? Pelo foco! 
✓ Sopro mais audível do lado E – foco Ao acessório – pensar 
em doença da valva Ao. 
✓ Sopro mais audível do lado D – foco Ao – pensar em 
doenças da artéria Ao. 
→ Causa mais frequentes IAo aguda: 
✓ Dissecção; 
✓ Endocardite infecciosa. 
→ Diferenças entre IAo aguda x crônica: 
✓ Aguda: sopro não é holodiastólico (as pressões aumentam 
rapidamente o que impede a presença de um sopro em 
barra contínuo) – B3 (acontece no início da diástole e 
significa uma sobrecarga de volume) é mais frequente. 
❖ ESTENOSE MITRAL 
→ Falha na abertura da valva mitral ocasionando um fluxo 
turbulento de sangue durante a diástole ventricular com 
dificuldade de enchimento do VE. 
→ A estenose mitral poupa o VE e ocasiona problemas no pulmão 
e coração direito. 
→ A principal etiologia é a febre reumática em mais de 90% dos 
casos. 
→ Outras causas: degenerativas, mucopolissacaridoses, congênita, 
LES/AR, endocardite, síndrome carcinoide. 
→ É um sopro diastólico em ruflar. 
→ É mais audível com a campânula, pois é um sopro de baixa 
frequência. 
→ Os pacientes são jovens com sintomas iniciando na 3 - 4 década 
de vida. 
→ É a principal valvopatia em gestantes!!! 
➢ SINTOMAS 
→ Dispneia é o principal sintoma: sobrecarga no pulmão! 
→ Pode ocorrer: 
✓ Palpitação (FA) = aumenta o átrio esquerdo, dilatação atrial 
✓ Hemoptise = tosse com sangue 
✓ Rouquidão (sd de ortner) 
✓ Disfagia, tosse, sibilos, embolias e sintomas neurológicos. 
→ Sintomas neurológicos em paciente jovem sempre pensar em 
embolia e pensar em EMi como causa outra hipótese seria a 
trombofilia. 
➢ EXAME FÍSICO 
→ No exame físico da estenose mitral teremos 5 componentes: 
✓ B1 hiperfonética = porque a calcificação da valva mitral 
causa muito barulho 
✓ B2 hiperfonética = devido a hipertensão pulmonar 
✓ Estalido de abertura 
✓ Sopro em ruflar = sopro em asa de pombo 
✓ Reforço pré sistólico = contração atrial 
→ Sinais de gravidade da EMi: 
✓ Brevidade do estalido de abertura = quanto mais próximo 
de B2, mais grave; 
✓ Sopro longo; 
✓ P2 hiperfonética; 
✓ Sinais de IVD (insuficiência de VD). 
→ Fatores que podem facilitar a ausculta da EMi (geralmente um 
sopro de baixa intensidade difícil de auscultar): 
✓ Decúbito lateral esquerdo – Passion; 
✓ Colocar campânula; 
✓ Exercício físico; 
✓ Reduçãoda FC (a bradicardia não aumenta o gradiente, 
mas facilita a ausculta do sopro). 
→ Pode-se ainda encontrar as facieis mitralis: paciente com 
bochecha rosada, pelos pelo corpo (mulher) e uma implantação 
baixa das orelhas. Está associada com causa congênita ou 
estenose mitral de forma precoce e mostra um sinal de lesão 
avançada. 
 
→ . TIPO DE SOPRO: 
✓ Em ruflar: ruflar das asas de um pombo; 
✓ Sopro diastólico; 
✓ Inicia-se após o estalido de abertura; 
✓ Melhor audível em decúbito lateral esquerdo; 
✓ Reforço pré-sistólico. 
 
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ INSUFICIÊNCIA MITRAL 
→ Falha no fechamento da valva mitral ocasionando um refluxo 
de sangue para dentro do átrio esquerdo. 
→ Pode ser: 
✓ Primária: lesão direta da valva 
✓ Secundária: valva normal porém com alteração de 
fechamento devido a uma causa externa – por exemplo 
VD dilatado, coronariopatia com alteração de contratilidade 
segmentar, cardiomiopatia hipertrófica. 
→ A FR é a principal etiologia de IMi no Brasil primária, em países 
desenvolvidos a principal causa é o prolapso de valva mitral (no 
Brasil segunda). 
→ Outras causas: 
✓ Endocardite; 
✓ LES – endocardite de Libman Sacks – nodulação 
geralmente de folheto posterior que altera o fechamento 
da valva mitral; 
✓ Marfan. 
 
➢ EXAME FÍSICO 
→ É o principal exemplo de sopro regurgitativo, sendo um sopro 
em barra, holossistólico e geralmente com a B1 hipofonética. 
→ Diferentemente da EMi, a IMi causa danos ao VE com 
sobrecarga e disfunção do mesmo. 
→ Quais os marcadores de gravidade da IMi ao exame físico? 
✓ Ictus alterado = desviado para esquerda, para baixo e tamanho 
aumentado, significando dilatação e sobrecarga de ventrículo 
esquerdo; 
✓ P2 hiperfonética ou palpável = sobrecarga de câmaras direitas; 
✓ Sopros mais intensos principalmente se houver frêmito 
✓ Sinais de IC direita (em barra, sem Rivero Carvallo) = a IMi não 
só danifica o VE, mas como também causa sobrecarga de 
pressão no pulmão e sobrecarga no VD. 
✓ Presença de B3 = sobrecarga de volume VE; 
✓ Frêmito (aparece em sopro a partir de grau IV). 
 
→ TIPO DE SOPRO: 
✓ É um sopro regurgitativo; 
✓ Ocorre na sístole, entre B1 e B2 junto com o pulso; 
✓ Sopro holossistólico ou em barra; 
✓ Com B1 ausente ou hipofonética e B2 hiperfonética. 
 
 
*A barra completa é insuficiência mitral crônica, a segunda imagem 
é aguda, para diferenciar é só escutar B2, se a B2 estiver muito 
bem audível e o sopro desaparecer antes da B2 aparecer quer 
dizer que é aguda. 
❖ ESTENOSE PULMONAR 
→ Falha na abertura da valva pulmonar ocasionando dificuldade 
em ejetar o sangue para o pulmão. 
→ A forma congênita é a causa mais comum. 
→ Outras causas: Reumática e degenerativa (incomuns). 
→ Não é muito encontrada em adultos. 
→ TIPO DE SOPRO: 
✓ É um sopro sistólico, em diamante; 
✓ Parecido com o da estenose aórtica, porém o sopro da 
estenose pulmonar é mais audível no foco pulmonar. 
 
→ Sinais de gravidade da EP: 
✓ Sopro rude 
✓ Pico tardio 
✓ P2 hipofonética 
✓ Frêmito 
 
a) Dilatação do anel mitral 
grave 
b) Alteração do tecido 
conjuntivo valvar 
c) Doença reumática 
d) Doença isquêmica com 
flacidez do folheto. 
 
HAM III Emilly Lorena Queiroz Amaral – Medicina/3º Período 
❖ INSUFICIÊNCIA PULMONAR 
→ Falha no fechamento da valva pulmonar ocasionando refluxo de 
sangue para dentro do ventrículo direito. 
→ Causada principalmente por dilatação do anel pulmonar ou por 
hipertensão arterial pulmonar. 
→ Outras causas: Endocardite, congênitas. 
➢ SINTOMAS 
→ Os sintomas surgem principalmente com o desenvolvimento da 
hipertensão pulmonar. 
→ Pacientes podem apresentar: 
✓ Dispneia; 
✓ Tonteira; 
✓ Baixa capacidade funcional. 
➢ EXAME FÍSICO 
→ É um sopro diastólico, regurgitativo; 
→ Hipofonese de B2, como toda insuficiência; 
→ B3 e B4 podem estar presentes, por conta da disfunção do 
lado direito do coração, sendo sobrecarga de volume e pressão 
no VD. 
❖ ESTENOSE TRICÚSPIDE 
→ Falha na abertura da valva tricúspide causando uma dificuldade 
de ejetar o sangue para dentro do ventrículo direito. 
→ Pouco comum na prática. 
→ Poupa o VD da mesma forma que a EMi poupa o VE. 
→ Principal causa é a febre reumática. 
→ Nesses casos é muito comum haver uma dupla lesão valvar 
tricúspide, estenose com insuficiência. 
→ O principal sintoma é a fadiga e NÃO CAUSA DISPNÉIA, pois 
poupa o VD e VE, então não causa sobrecarga no pulmão nem 
no VE. 
→ Exame físico MUITO PARECIDO COM EMI: Estalido de abertura, 
reforço pré sistólico, porém o sopro aumenta com a manobra 
de Rivero-Carvallo. 
✓ A manobra de Rivero-Carvallo é usada principalmente 
para diferenciar sopros de origem tricúspide de sopros 
com origem na insuficiência da válvula mitral. Nessa 
manobra o examinador ausculta o foco tricúspide 
enquanto o paciente realiza inspiração profunda e 
prender o ar, aumentando a intensidade do sopro. 
 
❖ INSUFICIÊNCIA TRICÚSPIDE 
→ Falha no fechamento da valva tricúspide ocasionando 
regurgitação de sangue para dentro do átrio direito. 
→ A principal causa é secundária: 
✓ Geralmente o paciente tem uma valvulopatia esquerda 
com sobrecarga de câmaras direitas e dilatação do anel 
tricúspide. 
→ Causas primárias: 
✓ Reumática (pouco comum); 
✓ Ebstein (alteração congênita com deslocamento inferior do 
anel tricúspide com um AD grande e coaptação 
inadequada); 
✓ Endocardite (drogas); 
✓ Fio de MP ou CDI; 
✓ Sd. Carcinoide; 
✓ Bx endomiocárdica de repetição; 
✓ Anorexigenos. 
→ Principais sintomas: 
✓ Dispneia – Secundária à cardiopatia E; 
✓ Fadiga; 
✓ Edema sistêmico. 
→ Lembrar que para distinguir IMi de IT fazer a manobra de 
Rivero Carvallo, se o sopro aumentar de intensidade com a 
manobra (inspiração), provavelmente uma lesão tricúspide.

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