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Psicologia Escolar

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Psicologia Escolar
Contexto Educacional
Brasileiro:
Atualmente o Brasil possui quase 180
mil escolas de educação básica
(creche, ensino fundamental e
médio), das quais aproximadamente
80% são escolas públicas.
Entre os estudantes, há um alto
índice de evasão, por não ter
interesse em estudar, por precisar
fazer tarefas domésticas ou cuidar de
alguém (muito comum entre as
meninas) ou por estarem
trabalhando (muito comum entre os
meninos).
Para aqueles que permanecem na
escola e chegam a se formar no
ensino médio, apenas 10% possuem o
conhecimento adequado em
matemática.
Escolas Públicas e Escolas
Particulares
De acordo com dados divulgados
pelo PISA (Programa Internacional
de Avaliação de Alunos), que avalia o
desempenho escolar de alunos de 79
países, em 2019 o Brasil estava entre
58º e 60º no ranking de leitura.
Isolando os resultados apenas para
escolas particulares o país subiria
para 5º.
Fica muito claro que uma educação
de qualidade, uma escola com itens
básicos de higiene e que seja capaz de
transformar é um privilégio restrito a
colégios particulares. As escolas
públicas tem função apenas de
preparar para o mercado de trabalho.
O autor Libâneo (2012, p. 13), observa 
um dualismo perverso no sistema de
ensino brasileiro, onde existe uma
escola do conhecimento, destinada
ao atendimento dos ricos e uma
escola do acolhimento social,
destinada aos pobres. 
Pandemia
Com a pandemia da COVID-19,
nenhum problema novo surgiu,
porém os problemas já existentes
foram muito agravados. Atualmente
40% das crianças entre 6 e 7 anos não
sabem ler e escrever e 80% das
crianças que se formam no
fundamental I são incapazes de
comrpeender um texto simples, antes
do ensino remoto esse número era de
50%.
Objetivos da Educação
Leis como a LDB e a BNCC deixam
claro que o objetivo da educação no
país é preparar para o mercado de
trabalho, e não trasformar o
indivíduo dando a ele a possibilidade
de se tornar autor de sua prórpia
história.
Apesar de planos de educação para
todos, o país ainda conta com
aproxiamadamente 11 milhões de
analfabetos e 30% dos brasileiros
entre 15 e 64 anos são incapazes de
compreender textos, os denominados
analfabetos funcionais
História da Psicologia
Escolar
Durante o século XX houve um
aumento dos testes psicológicos, o
que separava alunos "bons" e "ruins",
colocam então o psicólogo dentro
das escolas para testar os alunos,
separar os inteligentes dos não
inteligentes e individualmente
identificar a "origem do problema"
dos alunos ruins para "cura-los".
Linha do tempo no Brasil
1990 - fundação da ABRAPEE
2000 - o CFP reconhece a psicologia
escolar como especialidade
2008 - considerado o ano da
educação pelo CFP
2019 - aprovada a lei 13.935, que
prevê a atuação de psicólogos na
rede pública de ensino
Na prática
Apenas 6,5% das escolas públicas tem
um psicólogo pois não há verba para
mantê-los.
Atualmente há a necessidade de um
moviemento atualizador, pois a
inspiração em modelos de outros
países não se aplicou à nossa
realidade, tirando a credibilidade e a
importância da área.
Colabora com a escola no
planejamento de programas
educacionais para os alunos
Faz intervenções diretas junto
aos alunos em questões como
orientação psicopedagógica,
sexual, profissional, programas
de desenvolvimento da
criatividade e de competências
sociais e cognitivas
Colabora com o corpo docente
para a avaliação e reformulação
de currículos, realizando um
trabalho interdisciplinar.
Funções e Atuações do
Psicólogo Escolar
De onde parte a psicologia escolar e
os conhecimentos que ela utiliza?
Diferente de outras áreas, essa não se
forma a partir de um conhecimento à
parte, um recorte e sim é formada
por toda a psicologia aplicada no
contexto escolar.
O que faz um psicólogo escolar?
A psicologia escolar deve afastar-se
da ideia de aluno problema que deve
ser corrigido, uma prática
individualista derivada da clínica e
focar em melhorar a escola e a
comunidade em torno dela.
Apesar de parecer inovador, mudar o
enfoque da área é um tema discutido
há decádas, porém pouco é feito.
Tem-se a ideia de que a escola não é
o campo de atuação de um psicólogo,
muitos professores e diretores
acreditam que o psicólgo está lá para
lhes dizer que as causas dos
problemas são eles, por não terem
conhecimento do que faz esse
profissional muitos tem medo.
A interação social é, então, de
extrema importância, conversar com
os professores para entender suas
demandas e não apenas dizer "faça
isso."
Capacidades de um psicólogo escolar
São necessárias algumas habilidades,
entre elas as habilidades analíticas,
onde através de uma observação
crítica e ativa o profissional é capaz
de entender as necessidades da
escola e as habilidades instrumentais,
os aprendizados em observação,
entrevista, testagem e habilidades
interpessoais como falar em público,
liderar grupos, respeito e integração.
Relação Alunos, Família e Escola
"[...] escola e família são instituições
diferentes e que apresentam
objetivos distintos, todavia,
compartilham a importante tarefa de
preparar crianças e adolescentes para
a inserção na sociedade [...]" (Oliveira
e Marinho-Araújo, 2010)
A relação escola-família,
normalmente, envolve resistência de
ambos os lados, é esporádica e não é
dada muita atenção, mas é de
extrema importância.
A comunicação de sucessos deve
ser, no mínimo, tão enfatizada
quanto a comunicação de
fracassos
Cuidado com a forma de falar,
termos técnicos não devem ser
utilizados e não se deve dar a
entender que você sabe o que é
melhor para o aluno
Não assuma coisas ou culpe
automaticamente os pais pelos
problemas enfrentados
A tendência é que a participação dos
pais seja mais ativa com crianças
pequenas e decaia ao longo dos anos,
no ensino médio a participação é
baixíssima, tem relação com a ideia
do imaginário coletivo de que uma
criança pequena tem mais
necessidade de proteção do que um
adolescente.
Ao se comunicar com os pais
atenção:
Em caso de necessidade de
intervenção projetos que contam
com a participação ativa dos pais,
como rodas de conversa, são mais
eficazes do que palestras por
exemplo.
Atualidades
A psicologia é um campo de saúde,
devendo então pensar em como
trazer o contexto da saúde para o
meio escolar?
Projetos de promoção de saúde como
o PROERD, campanhas de vacinação
e campanhas contra a cárie por
exemplo devem ser incentivadas.
Temos por definição que a escola
deve ser um espaço para a promoção
de saúde, com ações que devem
ocorrer de forma multidisciplinar.
A atuação do psicólogo escolar não
se restringe apenas à promoção da
saúde mental, pode ser estendida
para a promoção da saúde física,
como o "Vamos acabar com essa
fera", projeto onde os alunos da
educação infantil foram levados, de
forma lúdica, a entender sobre
piolhos e formas de combate-lo.
De acordo com a literatura, noções
de saúde estão relacionadas à
autonomia e autocuidado, questões
fundamentais no desenvolvimento e
que se relacionam diretamente com a
autoestima.
Especificamente para a saúde mental,
pensamos em ações remediativas
para pessoas doentes, mas deve-se
pensar também em ações para
manter o estado de bem estar, a
capacidade de enfrentar dificuldades
do dia a dia, trabalhar de forma
produtiva e adequada, ciência das
qualidades e defeitos e a capacidade
de contribuir para a comunidade.
Diagnóstico
Psicoeducacional
A palavra diagnóstico traz a ideia de
buscar respostas para um problema,
no conceito psicoeducacional o
conceito é ligeiramente diferente,
não é apenas sobre buscar
problemas, mas também sobre
reforçar as qualidades da escola.
O diagnóstico psicoeducacional
também nada tem a ver com o
diagnóstico médico, individualizado.
Em nenhum momento relaciona-se com
a possibilidade de diagnosticar
transtornos ou patologias em alunos,
professores, funcionários etc.
Como conhecer a escola em que se
está inserido?
Não é possível chegar em uma escola
com ideias prontas, cada escola tem
suas características e
particularidades, sendo de extrema
importância que o psicólogo conheça
a escola em que vai atuar. Para isso
são definidosalguns "passos", porém
não é um após o outro, em uma
ordem lógica, todos devem ser
realizados constantemente e em
conjunto.
Mapeamento Institucional:
Responder perguntas como: quantas
salas a escola tem? Tem biblioteca?
Tem parque? É bem ventilada?
Quantos funcionários tem? Como as
aulas acontecem? Existem atividades
extracurriculares? Como é o entorno
da escola? Qual o público que ela
atende?
Escuta Psicológica:
Entrevistas com professores, alunos,
pais, gestores etc, observação e
análise documental com o objetivo
de ouvir e compreender.
Tudo que é acessado é sempre em
um sentido de investigação e
questionamento.
Acessoria ao trabalho coletivo
A intervenção pode parecer o "passo
final", mas não é. Antes, durante e
depois dela é necessária a
convivência com a escola, essa
parceria é fundamental para garantir
o sucesso do projeto e evitar a ideia
de que o psicólgo só está ali para
corrigir erros.
Pontos práticos
Não é possível interferir na rotina da
escola, pedir para um professor ou
aluno sair da aula mais cedo não é
cabível.
Apesar do processo de diagnóstico
ser um processo de avaliação
psicológica, testes são muito raros e
preferencialmente devem ser
evitados uma vez que diagnósticos
não são dados dentro do ambiente
escolar.
Automutilação: O que a escola pode
fazer?
Lembrar que não é por que acontece
na escola que a escola
necessariamente é o problema, a
automutilação é um fênomeno
multideterminado, altamente
complexo, nada deve ser assumido ou
diagnosticado.

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