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Atividade 1- Desenho de Observação

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DESENHO DE OBSERVAÇÃO 
ATIVIDADE 1
Um dos componentes da percepção visual humana que mais usamos para definir objetos é o contraste. Isso é primordial para qualquer observação direta de uma paisagem e/ou desenho. Não é à toa que animais que querem proteção contra seus predadores utilizam da camuflagem, onde disfarçam suas características e ficam com pouco ou nenhum destaque em relação ao ambiente ao redor.
O contraste é a diferenciação entre um objeto/figura de um outro, que pode ser contraste de tom, de cor, de escala e de forma. Dondis (1991, p. 111) afirma que ‘ver significa classificar padrões, com objetivo de compreendê-los ou reconhecê-los” Podemos então, começar a perceber a importância do contraste como um elemento essencial para a representação visual, pois a percepção humana tem maior facilidade de captar a mensagem quando há uma distinção. Segundo Williams (2009), o contraste está entre um dos quatro princípios básicos para o destaque e diferenciação de elementos para um designer. 
Nesse sentido, podemos começar a entender o conceito de figura e fundo. Figura e fundo são identificados de maneira mais precisa e intencional se há o contraste. Conseguimos identificar um objeto quando ele se destaca, seja pela forma, tom, cor e escala, sobre um fundo mais neutro, que tende à indefinição e à indistinção. O contorno e delineado de uma figura também é um elemento importante, quanto mais delineada for a forma, mais clara será a separação entre figura e fundo. Assim, a figura fica evidenciada de maneira proposital e todo o resto, sem grande definição, se transforma em fundo. 
No caso do quadro da Monalisa, de Leonardo da Vinci, percebemos a figura em destaque pela forma, escala e cores, onde o artista posicionou a la Gioconda em primeiro plano. O fundo se caracteriza pelos demais elementos e dão suporte e ajudam no significado da obra. Desta forma, temos a definição claro do que é figura e do que é fundo. Porém, na figura 2, fundo e figura se mesclam. O conhecido ‘Vaso de Rubin” utiliza dos espaços negativos e positivos para compor duas visões distintas, dependendo do seu foco de visão: pode-se perceber um vaso ao centro ou dois rostos de perfil nas laterais da imagem. Nota-se também a importância da cor e dos tons para que esse efeito de duplicidade se dê de maneira mais efetiva. Quando a imagem se encontra colorida, com indicações de volume, sombra e luz no vaso, há maior dificuldade de identificar os rostos de perfil. Quando a imagem está em contraste de negativo e positivo, sem indicações de volume, sombra e luz é mais assertiva a visão dúbia da imagem.
Podemos notar que o contraste como elemento de identificação e compreensão do que enxergamos é essencial para o trabalho que qualquer profissional que lide com imagens. A compreensão de tudo que vemos passa por identificação da figura, que é o elemento principal, e do fundo, o elemento secundário, que muitas vezes dá suporte à figura. A intencionalidade do destaque da figura em relação ao fundo deve obedecer a hierarquias visuais para que o observador comum alcance o resultado esperado pelo artista. Deste modo, o conhecimento técnico e a pesquisa se tornam essenciais para o exercício do trabalho, principalmente quando se refere ao designer, que tem o objetivo de guiar o olhar das pessoas a determinado tipo de informação. 
Referências Bibliográficas
DONDIS, A. D. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: Noções básicas de planejamento visual. 3. ed. São Paulo: Callis Edições, 2009.
MARQUES, S. Desenho de observação. Curso de Design Gráfico. 14 de junho de 2021. Notas de Aula. Faculdade Salvador – UNIFACS.

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