Buscar

COMUNICACAO-EFETIVA-Unidade4---Newton

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ética, direito à 
comunicação e crimes
Unidade 4
Comunicação 
efetiva
Unidade 4
Comunicação 
efetiva
Ética, direito à 
comunicação e crimes
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
3
Unidade 4 Ética, direito à comunicação e crimes
Objetivos de aprendizagem:
• Compreender e buscar os valores de uma comunicação ética;
• Distinguir liberdade de comunicação de liberdade de expressão;
• Identificar os direitos individuais no âmbito da comunicação;
• Conhecer os crimes de comunicação;
• Refletir sobre a responsabilidade social da comunicação do indivíduo.
Tópicos de estudo:
• A ética como princípio comunicacional do cidadão;
• O direito à comunicação;
• Os crimes contra a honra a partir de atos comunicativos.
Iniciando os estudos:
A comunicação eficiente, além de todos os elementos já estudados até aqui, deve ser pautada também 
nos princípios legais e morais que envolvem a ética nos direitos, no conhecimento dos possíveis crimes 
dessa área e no senso de responsabilidade de todos os cidadãos.
Quando você se comunica, como pensa em transparecer neste processo sua integridade para que seu 
discurso seja aceito com confiança e prestígio pelos outros, de forma que sua reputação e seriedade se 
fortaleçam nos âmbitos sociais e profissionais? A escrita, a fala e todas as ações comunicacionais por 
mais técnicas e teorias que sejam aplicadas não serão assertivas se não forem questionadas do ponto 
de vista filosófico e constitucional.
Filosófico porque emergem de reflexões sobre o que na comunicação que construímos é, por exemplo, 
certo ou errado, verdadeiro ou mentiroso, legítimo ou ilegítimo, justo ou injusto, justificável ou injustifi-
cável. Assim, a ética se integra no campo das Ciências Sociais tornando transparentes e compreensíveis 
os fatos morais no alinhamento das expectativas sociais.
Constitucional porque vivendo em sociedade é inevitável que se siga um conjunto de leis, normas e 
regras do país, estruturados como princípios e diretrizes que organizam e garantem o desenvolvimento 
nacional e a dignidade humana. A comunicação está conferenciada nesse contexto, assegurando ao 
povo a liberdade de expressão, mas também compromissos que visam o bem-estar coletivo.
A comunicação efetiva deve afetar as pessoas com efeitos positivos e, nesse sentido, a intenção desta 
unidade é aflorar o seu conhecimento sobre esses tópicos, gerando repertório para debates e posturas 
mais conscientes.
Bom estudo!
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
4
ED
+ 
Co
nt
en
t H
ub
 ©
 2
01
9
Figura 1 - A ética proporciona dilemas entre os quais 
você deve se posicionar e fazer uma opção com 
responsabilidade.
1 A ÉTICA COMO PRINCÍPIO 
COMUNICACIONAL DO CIDADÃO
Os debates sobre ética são pautas constantes com início na antiguidade clássica e que se entenderam 
em todos os momentos da história até a sociedade contemporânea.
O dicionário de Língua Portuguesa (FERREIRA, 1999, p. 848) esclarece que ética é “o estudo dos juízos de 
apreciação que se referem à conduta humana susceptível de qualificação, do ponto de vista do bem e do 
mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”.
ÉTICA
Muitos pensadores contribuíram para a profundidade em que chega hoje o tema:
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
5
Sócrates (470 a.C. - 399 a.C.) e as explanações sobre 
virtude, sabedoria e conhecimento como fundamentos 
de que ninguém pratica voluntariamente o mal;
Platão (427 a.C. - 347 a. C.) com o olhar sobre a razão, 
a vontade, o desejo e a justiça;
Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.), que deixou três obras 
muito significativas como a “Ética a Nicômaco”, “Ética
a Eudemo” e “A Grande Ética”;
Marco Túlio Cícero (106 a.C. - 43 a.C.) com a moral e
o conjunto de deveres dos homens;
São Tomás de Aquino (1225 - 1274), que unia a fé e a 
razão, o corpo e a alma como dignidade da pessoa;
Jean-Jacques Rousseau (1712 - 1778) com a obra 
“Emílio” e a defesa de que todo homem nasce puro e 
bom e a sociedade que o corrompe;
Immanuel Kant (1727 - 1804) com o encaminhamento 
da autonomia da ética e o dever como ponto central da 
moralidade;
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831) com o 
coletivo estabelecendo padrões de conduta e 
comportamento.
ED
+ 
Co
nt
en
t H
ub
 ©
 2
01
9
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
6
ED+ Content Hub © 2019
Outros do Modernismo para frente impulsionaram para um quadro complexo nos debates acadêmicos 
e públicos. Cortella (2015, p. 18) explica que ética e moral:
São conceitos correlatos e conectados, mas não têm sentido idêntico, pois, enquanto ética é o 
conjunto de valores e princípios que orientam a minha conduta em sociedade, a moral é a prática 
desses valores na ação cotidiana. Exemplo: tenho como princípio ético que “o que não é meu não 
é meu”; encontro um celular no chão da sala de aula, logo, devolvê-lo ao dono é um ato moral. A 
razão para fazê-lo é um princípio ético (CORTELLA, 2015, p. 18).
Vasquez (1992, p. 20) observa que:
Certamente, muitas éticas tradicionais partem da ideia de que a missão do teórico, neste campo, 
é dizer aos homens o que devem fazer, ditando-lhes as normas ou princípios pelos quais pautar 
seu comportamento. O ético transforma-se assim numa espécie de legislador do comportamento 
moral dos indivíduos ou da comunidade. Mas a função fundamental da ética é a mesma de toda 
teoria: explicar, esclarecer ou investigar numa determinada realidade, elaborando os conceitos 
correspondentes (VASQUEZ, 1992, p. 20).
Portanto, enquanto a ética é a percepção, reflexão e escolhas traçadas sobre os princípios da moral, a 
moral são as regras de conduta reconhecidas e aplicadas em uma sociedade de acordo com sua cultura. 
Ética: do grego ethos, que significa 
"conduta, "modo de ser" e “caráter”.
Moral: do latim moralis, que
significa "costume".
Figura 2 - Conceitos de ética e moral.
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
7
Reflita
A ética pode ser pensada também sobre o eixo “quero, devo e posso”. Como sugere o 
filósofo Mario Sérgio Cortella em suas palestras, “tem coisas que eu quero, mas não devo. 
Tem coisas que eu devo, mas não posso. E tem coisas que eu posso, mas não quero”. 
Baseado nesse pensamento, reflita sobre como você tem exercitado sua comunicação por 
meio da fala. Tem coisas que você quer dizer, mas não deve? Tem coisas que você deve 
dizer, mas não pode? Tem coisas que você pode dizer, mas não quer?
Aprofunde-se
Título: Programa Café Filosófico: “Ética do Cotidiano” com Mário Sergio Cortella e Clóvis 
de Barros Filho.
Acesso em: 04/01/2020.
Disponível em: https://youtu.be/9_YnlPXKlLU
O modo como as pessoas argumentam, debatem, dialogam e negociam suas semelhanças e diferenças, 
seus pontos de vista e suas necessidades individuais e coletivas também é cercado pelos valores ético e 
moral. Você já pensou sobre o quanto pode ser lamentável quando interlocutores, por exemplo, ocultam 
suas verdadeiras intenções e não justificam suas razões, transformando toda a comunicação em um 
processo sem clareza ou tumultuado? Você já imaginou a comunicação humana distante da sensatez, 
prudência, respeito e tantas outras questões que já estudamos? Assim, seria difícil a relação com muitos 
daqueles que convivemos, acompanhamos e construímos algo em conjunto.
Um discurso só é eficaz se for legitimado diante de um espaço social, pelos agentes presentes, de acordo 
com sua história e cultura. Para Habermas (2004), a dimensão ética da discussão encontra-se nos prin-
cípios de não coerção, da igualdade, da cooperação e da reciprocidade, os quais nos debates auxiliam 
um a se colocar no lugar do outro, rompendo a dimensão individual. Assim, o autor proporciona aos 
cidadãos um convite para ampliação de seus horizontes éticos por meio da elaboração de:
Princípios normativos e procedimentais que norteiem debates coletivos entre sujeitosplurais (e 
autônomos em decidir como melhor viver suas vidas), em uma tentativa de solução de conflitos 
morais por meio da troca argumentativa (sem coerções de violência e poder), na qual os interlo-
cutores são vistos como igualmente dignos de serem considerados como parceiros de diálogo. A 
discussão reflexiva nos possibilitaria expressar nossos desejos, interesses, sentimentos e necessi-
dades, explicitando as fronteiras e vias de solidariedade com o ”outro“, de modo a reconhecer quais 
são aqueles que pertencem ao domínio do julgamento pessoal e quais são aqueles que deveriam 
ser compartilhados e entendidos como pertencentes ao âmbito coletivo da justiça, das normas e 
dos direitos (HABERMAS, 2004, apud MARTINO; MARQUES, p. 148).
https://youtu.be/9_YnlPXKlLU
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
8
Aprofunde-se
Leia este artigo para complementar as discussões da unidade. O material fala sobre os 
processos comunicativos ético-morais em três âmbitos da experiência intersubjetiva: 
a troca argumentativa voltada para o entendimento e/ou solução de problemas 
coletivos; a demanda por reconhecimento social dos sujeitos; e a produção mediática de 
representações que estimulam continuamente sentimentos morais voltados ao outro.
Título do artigo: As relações entre ética, moral e comunicação em três âmbitos da 
experiência intersubjetiva
Link: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/viewFile/338/295
A ética do discurso nos processos de comunicação tem hoje um grande campo de exploração diante 
das mídias sociais. Tanto figuras públicas que são formadoras de opinião, como as empresas e qualquer 
cidadão, têm espaço livre para produção de conteúdo, no entanto todos devem questionar-se sobre 
suas contribuições nesses meios. Seja de forma recreativa, institucional, política ou artística, a responsa-
bilidade social e cívica deve ser foco da comunicação compartilhada.
Além de conduta ética, todos devem proceder de acordo com a lei, que será o assunto no próximo tópico 
desta unidade. Afinal, pode-se ter sérias consequências quando você comunica o que quer, quando quer 
e como quer sem fazer uso do conhecimento, da razão e assim da assertividade.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Códigos de ética para comunicação em mídias sociais – 
Parte 1
2 O DIREITO À COMUNICAÇÃO
O direito humano à comunicação no Brasil tem duas vertentes relevantes no que tange à liberdade de 
expressão e ao direito à informação.
A primeira proclamação sobre a questão com relevância mundial foi emitida pela Organização das Nações 
Unidas (ONU) e criada em 1945, por meio do artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos 
(DUDH), de 1948, que diz que “todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este 
direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informa-
ções e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/viewFile/338/295
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
9
Porém, antes desse salto, tanto a França quanto os Estados Unidos contribuíram para o desenrolar mais 
amplo dessa pauta. Em 1789, durante a Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão propagou os direitos individuais e coletivos dos indivíduos fundamentados nos pilares da liber-
dade, igualdade e fraternidade. Em 1787, a Constituição americana afirmava que não cabia ao congresso 
leis que restringissem a liberdade de expressão, fosse da imprensa ou de qualquer pessoa que dese-
jasse pacificamente fazer pedidos ao governo para que fossem realizadas reparações de queixas.
No Brasil, a liberdade de expressão nos é assegurada desde a Constituição de 1967, no entanto, dispo-
sitivos legais e autoritários restringiram esse direito ao impor censura política, ideológica e artística em 
grande escala durante o período ditatorial, que se findou em 1985.
Hoje a liberdade de expressão está garantida na Constituição Federal de 1988, no princípio da dignidade 
da pessoa humana presente no artigo 1º, inciso III, que declara que é livre a manifestação do pensa-
mento, sendo vedado o anonimato, assim como é livre a expressão de atividade intelectual, artística, 
científica e de comunicação, independente de censura ou licença.
Figura 3 - Primeira proclamação sobre a questão com relevância 
mundial foi emitida pela Organização das Nações Unidas.
Fonte: disponível em: https://www.conectas.org/noticias/declaracao-universal-
dos-direitos-humanos-completa-70-anos Acesso em: 30 jan. 2020.
https://www.conectas.org/noticias/declaracao-universal-dos-direitos-humanos-completa-70-anos
https://www.conectas.org/noticias/declaracao-universal-dos-direitos-humanos-completa-70-anos
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
10
Aprofunde-se
Aprofunde-se no tema de estudo com a leitura deste pequeno caderno que fala sobre o 
direito humano à comunicação: o direito de todas as pessoas de produzirem, distribuírem e 
acessarem informação e cultura em condições iguais, garantindo os valores democráticos.
Título do artigo: Direito à comunicação
Link: http://flacso.org.br/files/2017/06/DIREITO-A-COMUNICA%C3%87%C3%83O.pdf
Desde a implementação do estado democrático, é fato que a liberdade de expressão ganhou força. Com 
o crescimento das novas tecnologias de informação e comunicação, proporcionando a todos um lugar 
de fala por meio dos espaços virtuais, essa liberdade ampliou ainda mais seus alcances e debates éticos.
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Códigos de ética para comunicação em mídias sociais – 
Parte 2
Embora a liberdade de expressão tenha sido uma vitória progressiva, é preciso considerar também que 
a liberdade de expressão é fomentada pelo direto ao acesso à informação.
A primeira não se faz em potencialidade sem a segunda, ou seja, procurar, acessar e receber informa-
ções, de qualquer canal ou fonte que se desejar, é essencial para a maturidade da exteriorização de 
qualquer pensamento. Enquanto esse acesso se faz um direito consagrado do cidadão, também é um 
dever do Estado por meio da sua administração pública facilitar e possibilitar esse movimento por meio 
de transparência e incentivo.
Figura 4 - A livre manifestação do pensamento, 
assegurada pela Constituição brasileira, mobiliza 
constantemente a sociedade.
http://flacso.org.br/files/2017/06/DIREITO-A-COMUNICA%C3%87%C3%83O.pdf
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
11
Assim, em 2011, foi aprovado o projeto de lei número 12.527, conhecido como LAI, Lei de Acesso à Infor-
mação, que entrou em vigor em maio de 2012.
Conheça as principais estruturas da LAI
Entenda o que é a Lei de Acesso à Informação, quais são suas propostas e o impacto social nos processos 
de comunicação do brasileiro.
• Publicidade como preceito geral;
• Sigilo como exceção;
• Divulgação de todas as informações de interesse 
público, independente de solicitações, com 
disponibilidade, autenticidade e integridade;
• Utilização dos meios de comunicação e 
tecnologias como canais de acesso para 
essas informações;
• Fomento ao desenvolvimento da cultura 
e gestão de transparência.
3
5
A Lei número 12.527 é de 2012.
Quando entrou em vigor?
A administração direta (poder central, federal, 
estadual e municipal), a administração indireta 
(entidades que realizam atividades do governo de 
forma descentralizada) e entidades privadas sem 
fins lucrativos que
recebam recursos públicos.
Quem a lei atinge? 
Informações que coloquem em risco a segurança 
da sociedade (vida, segurança, saúde da
população) ou do Estado (soberania
nacional, relações internacionais,
atividades de inteligência).
Quais são os principais
objetivos da lei?
O que não deve ser divulgado? 
1
2
4 O que deve ser divulgado?
• Estrutura e competências dos órgãos, além 
dos endereços e telefones de suas unidades e 
horários de atendimentoao público;
• Programas, projetos, ações, obras e atividades, 
indicando a unidade responsável, principais 
metas e resultados;
• Repasses ou transferências de recursos financeiros;
• Execução orçamentária e financeira detalhada;
• Procedimentos licitatórios, com os contratos 
celebrados e notas de empenho emitidas; 
• Remuneração recebida por servidores 
e empregados públicos de maneira 
individualizada;
• Respostas às perguntas mais
frequentes da sociedade.
Infográfico 1 - Lei de Acesso à Informação (LAI).
Fonte: adaptado de http://www.acessoainformacao.gov.br/perguntas-
frequentes/aspectos-gerais-da-lei#10 Acesso em: 30 jan. 2020.
ED+ Content Hub © 2019
http://www.acessoainformacao.gov.br/perguntas-frequentes/aspectos-gerais-da-lei#10
http://www.acessoainformacao.gov.br/perguntas-frequentes/aspectos-gerais-da-lei#10
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
12
Aprofunde-se
Aqui você encontra tudo o que precisa saber sobre a LAI. A publicação tem por proposta 
disseminar, por meio de uma linguagem simples e acessível, os principais conteúdos da 
Lei, seus propósitos e interferências na vida do brasileiro.
Título do artigo: Lei de Acesso à Informação no Brasil
Link: https://www12.senado.leg.br/transparencia/arquivos/sobre/cartilha-lai/
3 OS CRIMES CONTRA A HONRA A 
PARTIR DE ATOS COMUNICATIVOS
Compreendendo um pouco sobre ética na comunicação, sobre liberdade de expressão, o direito ao 
acesso à informação como uma alavanca para construção de um pensamento mais crítico diante da 
realidade brasileira, você conhece agora o que pode ser considerado crime pelo ato de comunicação. A 
comunicação não eficiente, carregada por meio do discurso do cidadão, pode gerar responsabilidades 
infringidas que deverão ser respondidas legalmente.
Entre tantos vieses, será resgatado aqui questões que envolvem os crimes contra a honra previstos no 
Código Penal. A escolha se dá pelo desconhecimento de muitos sobre a existência desses princípios e os 
riscos percebidos nas diversas exposições propagadas, principalmente, nas redes sociais pelos usuários.
Aprofunde-se
Esse artigo ampliará seu conhecimento sobre crimes contra a honra em ambiente 
virtual pelos atos comunicativos. Ele descreve, especifica e debate a legislação penal e a 
aplicabilidade na conduta desses crimes. Destaca-se que atualmente é constante a calúnia, 
difamação e a injúria na internet, ocorrendo um crime no que antes poderia ser apenas 
uma simples briga de vizinhos, onde as testemunhas eram apenas aqueles presentes, 
sendo poucos. Contudo, com a publicação em sites com muitas visualizações, esses crimes 
recebem uma repercussão enorme, especialmente pela facilidade de transmissão que a 
internet possui, podendo agravar em muito o crime realizado.
Título do artigo: Os crimes contra a honra nas perspectivas do ambiente virtual
Link: https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_-_dos_crimes_virtuais_-_
ambito_0.pdf
https://www12.senado.leg.br/transparencia/arquivos/sobre/cartilha-lai/
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_-_dos_crimes_virtuais_-_ambito_0.pdf
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/artigo_-_dos_crimes_virtuais_-_ambito_0.pdf
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
13
Dos crimes contra a honra, identifica-se calúnia, injúria e difamação que não são a mesma coisa como 
muitos pensam.
A calúnia ocorre quando alguém é acusado publicamente de um crime não cometido ou ainda não 
julgado pelas instâncias responsáveis. Por exemplo, tudo indica que um pai matou um filho, um político 
roubou um país, mas os fatos e as provas ainda estão em julgamento sem condenação. Assim, se nesse 
momento alguém usa uma rede social, propagando publicamente falas de “assassino” ou “ladrão”, diante 
da absolvição isso poderá ser tratado como calúnia pelos que foram acusados, além de outros crimes.
A difamação compromete dizer publicamente que uma pessoa é autora de um ato desonroso, compro-
metendo assim a reputação. Se você propagar que um colega do seu trabalho não está cumprindo com 
as suas atividades, mesmo que seja verdade e você comprove, o fato é que você interveio na reputação, 
expondo a imagem desse profissional no sentido de uma desconstrução. Outro exemplo é tornar público 
que uma pessoa não paga contas e é devedora. Não sendo isso um crime, assim como casos extraconju-
gais, e não importando se é verdade ou não, o emissor dessa mensagem pode responder por difamação.
Figura 5 - A reputação de um indivíduo 
sendo desconstruída pela difamação.
ED+ Content Hub © 2019
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
14
Aprofunde-se
Assista Aos teus olhos, com direção de 
Carolina Jabor. O filme oferece a reflexão 
que envolve crimes contra a honra 
propagados nos apps de comunicação 
e redes sociais. A acusação de pedofilia 
é um crime e, caso não comprovado, 
muitos envolvidos cometem calúnia, 
difamação e injúria. A reputação do
competente professor é posta em jogo e ele tenta provar inocência todo o tempo, 
sofrendo um linchamento virtual antes de qualquer condenação ou julgamento por vias 
legais e adequadas.
Título: Aos teus olhos.
Ano: 2018.
Sinopse: O longa-metragem tem a direção de Carolina Jabor e conta a história de um 
professor de natação chamado Rubens, interpretado pelo ator Daniel de Oliveira. O 
profissional é acusado na trama pelos pais de um aluno por tê-lo beijado na boca no 
vestiário da escola. A acusação viraliza nos grupos e redes sociais como indicação de crime, 
afetando a reputação de Rubens.
A injúria se dá quando são exaltadas características no sentido negativo de uma pessoa, às vezes até por 
meio de um xingamento, ofendendo a dignidade ou decoro. Pode ser considerada injúria discriminatória 
se envolver elementos relacionados à raça, etnia, religião, sexualidade e outros. Além disso, também há 
enquadramentos possíveis diante dos crimes de racismo e homofobia que em junção com os crimes 
contra a honra podem ter pena aumentada.
Enquanto na calúnia existe imputação de fato definido como crime, na difamação o fato é 
meramente ofensivo à reputação do ofendido. Além disso, o tipo de calúnia exige elemento norma-
tivo da falsidade da imputação, o que é irrelevante no delito da difamação. Enquanto na injúria o 
fato versa sobre qualidade negativa da vítima, ofendendo-lhe a honra subjetiva, na difamação há 
ofensa à reputação do ofendido, versando sobre fato a ela ofensivo (JESUS, 2007, p. 225).
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
15
Então, mesmo todos tendo por garantia o direito à liberdade de expressão, é urgente que se tenha cons-
ciência e responsabilidade do que se comunica ainda mais diante da velocidade, conectividade e alcance 
da internet.
Conheça também as penas previstas no Código Penal, capítulo V, do título I da Parte Especial:
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa [...]
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa [...] 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. [...]
Se você comunicar durante uma entrevista em um programa de televisão que seu vizinho, presente 
nesta gravação, é um “cafetão de menores de idade” é possível que você responda por calúnia (o acusa 
de um crime relacionado à prostituição de crianças e jovens publicamente), difamação (desonra) e injúria 
(faz isso na frente do sujeito). Você tem provas contundentes? Essas provas foram analisadas e julgadas 
pelos profissionais aptos para isso? Tem um veredito de condenação ou você sozinho foi o investigador, 
promotor e juiz que decretou tudo e em sequência resolveu divulgar?
Figura 6 - A ofensa da dignidade e decoro por meio 
de xingamentos afeta a comunicação eficaz gerando 
consequências parao emissor da mensagem.
ED+ Content Hub © 2019
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
16
Assista
Acesse na plataforma o vídeo: Códigos de ética para comunicação em mídias sociais – 
Parte 3
Figura 7 - A sociedade precisa conter os crimes contra a 
honra e discursos de ódio nas redes sociais que infringem 
valores éticos por meio dos atos comunicacionais do cidadão.
ED
+ 
Co
nt
en
t H
ub
 ©
 2
01
9
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
17
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, foram apresentadas reflexões sobre a ética, o direito e os crimes contra a honra a partir 
de atos comunicativos. Você:
• Agregou valores ao pensar ético;
• Percebeu a importância de uma comunicação pautada na responsabilidade social;
• Compreendeu o direito à comunicação pela liberdade de expressão;
• Entendeu a importância do acesso à informação para construção do discurso mais crítico;
• Estudou a calúnia, a injúria e a difamação.
Comunicação efetiva | Unidade 4 - Ética, direito à comunicação e crimes
18
REFERÊNCIAS
BRASIL. [Constituição (1998)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1998.
CORTELLA, Mário Sérgio. Educação, convivência e ética: audácia e esperança. São Paulo: Cortez, 2015.
COSTELLA, Antonio. Legislação da Comunicação Social: curso básico: jornalismo, publicidade, relações 
públicas, rádio e tv, editoração e cinema. Campos do Jordão: Mantiqueira, 2002.
JESUS, Damásio E. de. Direito Penal: parte especial: dos crimes contra a pessoa e dos crimes contra o 
patrimônio. São Paulo: Saraiva, 2007, v. 2, p. 517.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. 3. ed. rev. ampliada. 
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, p. 848.
GUIMARÃES, Arianna Stagni. Direito à comunicação: relação entre os meios de comunicação e o exer-
cício da cidadania. São Paulo: Lex, 2013.
HABERMAS, J. A Inclusão do Outro: estudos de teoria política. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2004.
KOSOVSKI, Ester. Ética na comunicação. Rio de Janeiro: Mauad Ltda, 1995.
MARTINO, L. M; MARQUES, A. A ética da comunicação a partir da abordagem dos conceitos de 
interesse e uso da linguagem. Disponível em https://ken.pucsp.br/galaxia/article/download/5396/7593 
Acesso em: 4 jan. 2020.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 37. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2017.
https://ken.pucsp.br/galaxia/article/download/5396/7593

Outros materiais