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DISFAGIA

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Taís Aparecida TXV 
1 
DISFAGIA 
 
TUTORIA 4 
 OBJETIVO 1-ESTUDAR A EPIDEMIOLOGIA E PRINCIPAIS CAUSAS DE DISFAGIA NO ADULTO ( 
QUEM TEM , QUANDO MAIS É COMUM , OBESIDADE ).
PRINCIPAIS CAUSAS DE DISFAGIA E 
EPIDEMIOLOGIA : 
- Acalásia ( Cardioespasmo , 
Aperistalse esofágica , Megaesôfago) : 
É o distúrbio motor primário mais 
comum do esôfago. 
A maior frequência é em pacientes de 
25 a 60 anos, especialmente antes dos 
40 anos . 
E é caracterizado por : 
• Déficit de relaxamento 
fisiológico do Esfíncter 
Esofagiano Inferior ( EEI) 
durante a deglutição ( principal 
característica ). 
• Graus variados de hipertonia do 
EEI ( incluindo tônus normal em 
alguns casos ). 
• Substituição total da peristalse 
normal no corpo esofagiano por 
contrações anormais ( as 
peristalses anormais podem ser 
fracas). 
Principal sintoma de acalasia é a 
disfagia de condução , que é tanto pra 
sólidos quanto pra líquidos . 
Surge insidiosamente e se desenvolve 
ao longo de meses ou anos. 
E acontece por uma disfunção no 
esfíncter esofagiano inferior que o 
corpo do esôfago obstrui a passagem 
do bolo alimentar , que vai originar esse 
sintoma. 
Os pacientes c/ acalasia comem 
devagar , bebem grandes quantidades 
de água para empurrar o alimento para 
o estômago e podem até contorcer o 
corpo para ajudar o alimento a descer . 
A obstrução da passagem do bolo 
alimentar faz com que o esôfago 
retenha materiais não digeridos , e 
pode ter dilatação no seu corpo , dai 
geralmente o paciente além de referir a 
disfagia , tem sintomas de regurgitação 
e broncoaspiração e a maioria dos 
pacientes c acalasia em estágios 
avançados desenvolvem halitose. 
A acalasia é uma lesão pré- maligna ( 
carcinoma escamoso é o mais comum) , 
que complica entre 1 a 10% dos 
pacientes em um período de 15 a 25 
anos . 
A acalasia pode ser dividida em: 
 
Taís Aparecida TXV 
2 
• Primária ( idiopática ) = é a 
forma mais comum 
• Secundária ( que é a doença de 
chagas) = que é mais comum no 
interior de minas gerais então 
sempre que chegar um paciente 
c/ acalasia suspeitar de doença 
de chagas . 
É mais comum nos homens e 
tem o mesmo quadro da 
acalasia idiopática , conhecida 
como ‘’engasgo’’. 
- Espasmo Esofagiano Difuso 
(Pseudodiverticulose espástica , 
Esôfago em contas de rosário ): 
É um distúrbio da motilidade esofágica 
que tem etiologia neurogênica 
É bem incomum 
E é difícil de ser diagnosticada e tratada 
A maioria dos pacientes são do sexo 
feminino 
E tem ansiedade e depressão em 80% 
dos pacientes 
- Esôfago em quebra – nozes : 
Contração generalizada do esôfago 
- Esclerodermia : 
Tem distúrbios da motilidade esofágica 
E que cursa com atrofia e fibrose da 
musculatura lisa nos 2/3 inferiores do 
órgão. 
- Doença do Refluxo Gastroesofágico : 
É o distúrbio mais comum do trato 
gastrointestinal 
Corresponde a 75% das esofagopatias 
Pode existir em qualquer faixa etária 
inclusive nas crianças 
Não existe preferência por sexo 
Os sintomas são mais frequentes 
quando o paciente é obeso 
Em gestantes também é bem comum 
- Tumores esofagianos benignos ( 
leiomioma , cistos e pólipos 
fibrovasculares ) 
- Úlcera esofágica 
- Asma relacionada a DRGE 
- Esôfago de Barret 
 
OBJETIVO 2-ELUCIDAR A FISIOPATOLOGIA DO MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO E CA DE ESÔFAGO . 
- Megaesôfago Chagásico : 
É mais comum no interior de minas 
gerais 
A invasão do plexo mioentérico ( plexos 
de Auerbach e Meissner ) pelo 
protozoário Trypanossoma Cruzi causa 
disfunção e depois necrose dos 
interneurônios que são responsáveis 
 
Taís Aparecida TXV 
3 
pelo relaxamento do EEI , ao mesmo 
tempo que lesa neurônios importantes 
para a peristalse do corpo esofagiano . 
- CA DE ESÔFAGO : 
Hoje em dia são reconhecidos dois tipos 
histológicos principais de câncer de 
esôfago : 
• Carcinoma escamoso ou 
epidermóide : 
É derivado do epitélio 
estratificado não queratinizado , 
que é característico da mucosa 
normal do esôfago . 
Os casos diminuíram 
O tumor se origina no terço 
médio do órgão em 50 % dos 
casos 
E tem diversos fatores de risco 
para o seu desenvolvimento : 
1- Hábitos de vida ( tabagismo 
, etilismo , consumo de chás 
muito quentes ) 
2- Dieta ( Alimentos com 
compostos como nitratos e 
nitrosaminas ex: produtos 
defumados ) , 
(Contaminação com fungos 
produtores de toxinas ) , ( 
Deficiência de selênio , zinco 
, molibdênio e vitaminas ) 
3- Doenças esofágicas ( 
Acalásia , Síndrome de 
Plummer Vinson , Estenose 
cáustica ) 
4- Genética ( a principal doença 
hereditária que predispõe o 
CA escamoso é a tilose 
palmar e plantar , que é um 
distúrbio genético que causa 
hiperceratose na palma das 
mãos e planta dos pés 
5- Outros ( bulimia , infecções 
fúngicas crônicas , hpv , 
exposição a radiação etc...) 
• Adenocarcinoma : 
É derivado do epitélio de Barrett – 
metaplasia intestinal que complica 
alguns pacientes com DRGE erosiva. 
É localizado no terço distal do 
esôfago 
Fatores de Risco : 
1- O principal é a presença do 
epitélio de Barrett ( 
metaplasia intestinal) 
secundário a forma erosiva 
da esofagite de refluxo. 
As células do epitélio de Barrett 
evoluem para câncer por um 
processo de displasia 
progressiva ( com aneuploidia , 
mutações no gene p53 e etc...) 
Entre 10 a 15 % dos pacientes c/ 
DRGE sintomática desenvolvem 
o esôfago de Barrett e desses 1 
a cada 200 pacientes por ano 
desenvolve o adenocarcinoma 
2- E recentemente propuseram 
que o tabagismo e a 
obesidade também são 
fatores de risco para o 
adenocarcinoma . 
Já o etilismo no caso do vinho 
parece um ‘’fator protetor ‘’ 
reduz a incidência de 
adenocarcinoma de esôfago. 
 
Taís Aparecida TXV 
4 
3- Os bisfosfonados orais como 
ex : o alendronato também 
são um fator de risco . 
 
OBJETIVO 3- DIFERENCIAR O QUADRO CLÍNICO DA DOENÇA DE CHAGAS E CA DE ESÔFAGO , E 
SUAS COMPLICAÇÕES (COMO EVOLUI CADA , SINTOMAS INICIAIS , ANAMNESE , EXAME FÍSICO 
, CLÍNICA E QUEIXAS . 
Doença de Chagas : 
Quadro clínico da acalasia = disfagia e 
perda de peso por meses ou anos , 
associados a regurgitação e tosse 
crônica ( especialmente noturna ). 
CA de Esôfago: 
Os sintomas iniciais podem ser 
inespecíficos como ex : dor 
retroesternal mal definida ou queixas 
de indigestão , mas o principal é a 
disfagia , que se inicia para sólidos e 
depois evolui para líquidos . 
Perda ponderal , de evolução rápida . 
Lesões mais avançadas podem ter 
halitose e as vezes tosse depois da 
ingestão de líquidos . 
Rouquidão e hematêmese são sintomas 
menos comuns . 
Icterícia e dispneia só aparecem quando 
a doença já está em estágio muito 
avançado . 
 
OBJETIVO 4- EXEMPLIFICAR OS EXAMES DIAGNÓSTICOS DA DOENÇA DE CHAGAS E CA DE 
ESÔFAGO . 
Doença de Chagas : 
• Diagnóstico sorológico por ELISA 
. 
• Reação de Machado – Guerreiro 
CA de esôfago : 
• Estadiamento ( que vai se 
basear na escala TNM que 
significa Tumor , Linfonodos e 
Metástase a distância ). 
• Ultrassom endoscópico ( melhor 
exame para definir os 
componentes T e N do 
estadiamento . 
• RX de tórax ( pode mostrar 
adenopatia mediastinal , 
derrame pleural e metástases 
pulmonares ). 
• TC toracoabdominal ( Avalia o 
tamanho do tumor ) 
• Broncofibroscopia ( Mostra a 
invasão traqueobrônquica ) 
• Mediastinoscopia e 
Laparoscopia c/ biópsia 
• PET – scan 
 
OBJETIVO 5- CITAR A CONDUTA TERAPÊUTICA DA DOENÇA DE CHAGAS E CA DE ESÔFAGO . 
Doença de Chagas : Objetivo do tratamento seria promover 
o relaxamento do EEI , mas como não 
 
Taís Aparecida TXV 
5 
existe terapêutica para normalizar a 
contratilidade do corpo esofagiano o 
tratamento vai ser só paliativo . 
• Nitratos ( via sublingual ) ates 
das refeições 
• Antagonistas de cálcio ( 10 mg 
nifedipina VO 6/6 h ) 
Esses dois vão reduzir a pressão do EEI 
e podem ser usados em pacientes com 
sintomas leves a moderados . 
Outro tratamento pode ser com toxina 
botulínica aplicada por injeção 
intramural que pode ser usada quando 
querum resultado imediato e que pode 
ter eficácia de até 90% em um mês . 
Pacientes c/ sintomatologia 
proeminente ou refratária a terapia 
clínica tem que utilizar métodos 
intervencionistas que são : 
• Dilatação endoscópica ( alivia os 
sintomas , mas em 50 % dos 
casos os sintomas voltam ) 
• Cirurgia de miotomia do EEI ( 
miotomia de Heller , aumenta o 
risco de refluxo gastroesofágico) 
• Esofagectomia (Nos casos de 
megaesôfago avançado , 
especialmente no grau 4 e 
protege contra câncer de 
esôfago). 
CA DE ESÔFAGO : 
Em pacientes sem comorbidades como 
cardiopatia , pneumopatia , 
hepatopatia , nefropatia a cirurgia 
curativa pode ser tentada 
(esofagectomia + linfadenectomia 
regional ) , mas só se não tiver 
metástase a distância . 
Em pacientes com CA de esôfago 
precoce pode se optar pela ressecção 
endoscópica da lesão . 
Deve ser realizada uma jejunostomia 
para alimentação enteral no pós – 
operatório. 
Em pacientes desnutridos pela disfagia 
tem que dilatar a estenose com a 
implantação endoscópica de um stent 
esofagiano , e inserir um cateter de 
Dobbhoff p/ garantir aporte nutricional 
de pelo menos 2000 kcal / dia p/ adiar 
a cirurgia até a melhora nutricional . 
 
OBJETIVO 6- EXEMPLIFICAR A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE COM 
DISFAGIA . 
As mudanças fisiológicas associadas 
ao envelhecimento acometem diversos 
mecanismos,incluindo o processo de 
deglutição. 
Podem acontecer de forma gradual , 
porém, a associação destas mudanças 
a outras comorbidades, coloca este 
indivíduo idoso no grupo de risco para 
disfagia e desnutrição. 
São consequências da disfagia: 
desnutrição, desidratação e pneumonia 
aspirativa. 
Como forma de se adequar ao sintoma, 
esses pacientes acabam restringindo 
algumas consistências alimentares 
 
Taís Aparecida TXV 
6 
reduzindo dessa forma a ingestão do 
valor calórico necessário para a 
nutrição adequada, fator de possível e 
direta interferência no processo de 
recuperação pós-cirúrgica. 
O I Consenso Nacional de Nutrição e 
Disfagia enfatiza que a orientação da 
dieta deve ser individualizada, a 
prevenção em relação ao risco de 
aspiração e a escolha adequada da via 
de acesso para alimentação ajudam na 
prevenção da desnutrição no indivíduo 
com disfagia. 
Diversos fatores são considerados sinais 
de risco para desnutrição, um 
instrumento para ser eficaz necessita 
de uma abordagem multifatorial. 
 Para atender a necessidade da 
identificação de risco nutricional em 
idosos e sua complexidade de forma 
simples e aplicável, Guigoz et al. 
Publicaram a Mini Avaliação 
Nutricional (MNA), um questionário 
composto por 18 questões, subdividido 
em 4 domínios: antropometria, 
dietética, avaliação global e auto 
avaliação. 
Cada questão possui um valor 
numérico que varia de 0 a 3 e contribui 
para o escore fnal,que atinge 
pontuação máxima de 30. A 
interpretação é baseada no escore 
total e, quando a MNA é menor que 
17, representa desnutrição; entre 17 e 
23,5, risco nutricional; e maior ou igual 
a 24, eutrofia. 
Pacientes disfágicos apresentam 
redução da ingestão alimentar e 
consequentemente baixa ingestão 
energético-proteica em relação às 
necessidades nutricionais. 
A desnutrição secundária à redução do 
consumo de alimentos provoca perda 
de peso progressiva e depleção de 
massa muscular, com diminuição da 
força dos músculos responsáveis pelo 
processo de deglutição, aumentando 
assim a gravidade da disfagia. 
A desidratação também é um problema 
que pode ocorrer durante o tratamento 
pela necessidade de espessamento dos 
líquidos e suspensão de líquidos ralos a 
fim de reduzir o risco de aspiração. A 
deglutição de líquidos ralos exige maior 
controle e coordenação, pelo que são 
facilmente aspirados. 
A ingestão inadequada de líquidos 
nestes pacientes pode implicar em 
desidratação, com risco para distúrbios 
hidroeletrolíticos, infecções urinárias e 
alteração do nível de consciência, 
comprometendo ainda mais o consumo 
alimentar. 
Os pacientes idosos são mais propensos 
para ocorrência de aspiração como 
resultado de uma debilidade causada 
por alterações musculares e⁄ou 
neurológicas. Além disso, a xerostomia, 
alterações do paladar e do olfato 
relacionadas à idade também podem 
interferir negativamente sobre a 
deglutição. 
 
 
Taís Aparecida TXV 
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