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Palestra 7 - Tratamento das ITU

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Carla Bertelli – 4° Período 
▪ Aminoglicosídeos 
▪ Quinolonas 
▪ Antagonistas do Ácido Fólico 
▪ Antissépticos do Trato Urinário 
 
Mulheres são mais acometidas 
 -> Uretra -> Bexiga -> Rins -> Sepse 
ê -> Infecções em outros locais do corpo 
Características Epidemiológica e Classificação – Infecções 
comunitárias e Infecções hospitalares (tem uma 
associação em pacientes submetidos a cateterismo) 
E. coli, enterobactérias variadas, (origem hospitalar - 
Klebsiella, Pseudomonas) – bactérias gram negativas 
Bactérias Gram + Staphylococcus, Streptococcus 
 Infecção de Repetição – Urocultura e resistência a 
antimicrobianos devem ser investigados. 
 
á – Gentamicina, 
Tobramicina, Amicacina*, Canamicina, Estreptomicina*, 
Paramomicina, Neomicina – 
São ativos principalmente contra bactérias gram 
negativas e aeróbias 
*Amicacina e Estreptomicina – Também tem espectro 
sobre à mico bactérias 
Tem atividade concentração-dependente, 
faz a inibição da síntese de proteínas. 
Possuem a presença de aminoaçúcares ligados por 
ligações glicosídicas 
 
Essa ação bactericida é dependente da 
concentração/dose do medicamento – para ela poder 
ter eficácia, precisa ser superior a 8/10x do nível da 
concentração inibitória mínima. Deve atingir esses valores 
maiores para se ter uma efetividade de morte bacteriana. 
É concentração-dependente 
. Se deve por conta 
dessa eficácia concentração-dependente quando se faz 
a suspensão do fármaco, pois permanecem ativos, 
mesmo quando a concentração cai 
–
Atuam em bactérias gram negativas (possuem uma 
membrana externa na sua constituição, se tornando mais 
espessa). Nessas membranas há porinas (canais aquosos) 
pode onde o aminoglicosídeo passa para entrar na célula 
bacteriana – onde vai atuar nos ribossomos bacterianos 
Sistemas de Transporte Dependentes de O2 
Dentro da bactéria, eles vão se ligar nos polissomos no 
ribossomo (subunidade 30s) e interrompem a síntese de 
proteína – com objetivo de promover erros de leitura e 
terminação precoce que faz com que ocorra a produção 
de proteínas aberrantes 
Objetivo é fazer com que ocorra erro e terminação 
precoce – formam proteínas não funcionais 
é – Enterobacter, 
eschrichia coli, 
 – Gentamicina, Tobramicina e Amicacina 
Fraca atividade a bactérias anaeróbicas devido aos 
mecanismos de transporte dependente de O2 e 
bactérias facultativas 
é – Tem uma característica hidrofílica, 
não são utilizadas por via oral por ser muito baixa, estão 
disponíveis para aplicação injetável. Aplicação por via 
tópica no caso da neomicina. Via inalatória em casos de 
fibrose cística 
Se acumulam no córtex renal e na endolinfa/perilinfa – 
dois efeitos tóxicos principais: Nefrotoxicidade e 
Ototoxicidade 
Possuem capacidade de atravessar a placenta – 
toxicidade fetal 
Excretado por via renal – necessário fazer 
monitoramento do rim durante o uso do medicamento 
ê – Tratamento contra Gram Negativos 
(Pseudomonas, enterobacter, Klebsiella, Serratia). Pode 
ser usado com outro antibiótico para atuar contra Gram 
Positivos, aumentando o espectro, fazer sinergismo e 
impedir resistência 
Carla Bertelli – 4° Período 
ê – Costuma ser mediada por plasmídeos. Pode 
ocorrer através do desencadeamento a enzimas que 
inativam o aminoglicosídeo, falha em penetrar na bactéria 
(diminuição das porinas) e baixa afinidade pelo ribossomo 
(mutação em sítio de ação) 
 
Ciprofloxacino, Levofloxacino, Norfloxacino, Ofloxacino, 
Ácido Nalidíxico – 
4 quinolonas fluoradas – ampla atividade antimicrobiana 
 – Elas inibem a DNA-girase e a 
Topoisomerase IV (essas enzimas estão envolvidas na 
formação de supertorções) 
Isso resulta em relaxamento do DNA (DNA frouxo é 
vulnerável), ficando vulnerável a ser quebrado. Ao inibir a 
topoisomerase há um impacto na estabilização 
cromossomal – promove ação 
Atuam em gram – e + 
É dependente de concentração sérica – é importante 
que seja maior que 30x da quantidade inibitória mínima, 
tendo uma atividade maior. 
São divididas por gerações 
▪ Quinolonas de primeira geração – não fluoradas 
(espectro estreito de ação) 
▪ Fluorquinolonas de segunda geração – espectro de 
ação mais amplo 
▪ Levofloxacino – atividade contra gram negativas e 
positivas 
▪ Moxifloxacino – aeróbios e gram positivos 
 
Boa distribuição pelos tecidos – níveis séricos alcançados 
são melhores 
Atua em microrganismos intracelulares 
 – Diarreia, náuseas, efeitos a nível de 
SNC, cefaleias e tonturas. 
Tem capacidade de quelar com cálcio, ferro ou alumínio 
ê – ITU, prostatite, ISTs, infecções 
gastrointestinais e abdominais, infecções respiratórias. 
Resistência – Associada a degradação enzimática. 
Resistência cruzada, ocorre devido alteração no local de 
ligação e diminuição do acúmulo 
 
São Bacteriostáticos 
Enzimas que precisam de cofatores derivados do folato 
são essenciais para a síntese de purinas e pirimidinas 
(precursores de RNA e DNA) e outros compostos 
necessários para o crescimento e a multiplicação celular. 
Portanto, na falta de folato, as células não crescem nem 
se dividem. Para sintetizar o derivado crítico do folato, o 
ácido tetra-hidrofólico, os humanos precisam obter da 
dieta o folato pré-formado na forma de ácido fólico. Em 
contraste, várias bactérias são impermeáveis ao ácido 
fólico e outros folatos e, por isso, dependem da sua 
capacidade de sintetizar folato próprio. As sulfonamidas 
(sulfas) são uma família de antimicrobianos que inibem 
essa síntese de folato. Um segundo tipo de antagonista 
do folato – a trimetoprima – impede que os 
microrganismos convertam o ácido di-hidrofólico em 
ácido tetra-hidrofólico com efeitos mínimos nas células 
humanas capazes de fazer essa conversão. Assim, 
sulfonamidas e trimetoprima interferem na capacidade de 
uma bactéria infectante de sintetizar o DNA. A associação 
de sulfametoxazol + trimetoprima (a denominação 
genérica para a associação é cotrimoxazol) resulta em 
uma combinação sinérgica. 
Medicamentos com – Afeta a produção de 
purina, proteínas e timidina 
Em vários microrganismos, o ácido di-hidrofólico é sintetizado de 
ácido paraminobenzoico (PABA), pteridina e glutamato. Todas as 
sulfonamidas usadas atualmente na clínica são análogos sintéticos do 
PABA. Devido à sua semelhança estrutural com o PABA, elas 
competem com esse substrato pela enzima bacteriana, a di-
hidropteroato sintetase. Assim, elas inibem a síntese bacteriana de 
ácido di-hidrofólico e, por isso, a formação dos cofatores essenciais. 
As sulfas, incluindo o cotrimoxazol, são bacteriostáticas. 
As Sulfas fazem a inibição da síntese bacteriana de ácido 
di-hidrofólico (inibe a primeira enzima da via) e cofatores 
essenciais 
Timetoprima – faz efeitos sinérgico (inibe a segunda 
enzima da via) São usados simultaneamente 
çã á ó
▪ Atuam contra Gram – e + 
▪ Administração por VO, VI 
Carla Bertelli – 4° Período 
Farmacocinética variável, ultrapassa barreira 
hematoencefálica, mas não é tão útil para tratamentos 
de meningites, não pode ser utilizado durante gestações 
 – Cristalúria, Hipersensibilidade, Anemia 
hemolítica e icterícia nuclear 
 – Rápida absorção, altas concentrações, 
mais efetiva quando utilizada em conjunto com as Sulfas. 
A trimetoprima, um inibidor potente da di-hidrofolato redutase 
bacteriana, tem espectro antibacteriano similar ao das sulfonamidas. 
Ela é associada com mais frequência a sulfametoxazol, produzindo a 
combinação denominada cotrimoxazol. 
 
Servem para eliminar microrganismos concentrados na 
urina – não vai ter ação sistêmica 
Metenamina, Nitrofurantoína, Fenazopiridina (este é um 
analgésico urinário para amenizar desconfortos) 
 – Medicamento que não pode ser 
associado com a Sulfa porque favorece o 
desenvolvimento de cristais e diminui a eficácia. É um 
pró-fármaco que se ativa em pH ácido, que favorece a 
conversão da metenamina em formaldeído que tem 
ação tóxica contra as bactérias. Não éeficaz contra 
bactérias como Proteus pela alteração no pH (deixa 
alcalino) e isso não ativa o medicamento. Usadas em 
infecções do trato urinário baixo que tem certa 
cronicidade 
 – Antibacteriano. Ação através da 
redução enzimática, ocorrendo a formação de 
intermediários reativos que vão causar danos ao DNA 
(causam toxicidade) e com isso vão promover a 
destruição bacteriana local. Pode ocorrer resistências. Não 
são efetivos em pH alcalino, dependem de pH ácido. 
Efetividade contra ITU inferior e infecções urinárias altas 
ou insuficiência renal não se recomenda seu uso 
(ineficácia e agravamento)

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