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ANESTESIA GERAL: Promove a depressão do SNC, sem a manutenção do nível de consciência. Principais objetivos: 1. Bloqueio ou insensibilidade a dor 2. Promover a inconsciência 3. Bloquear e evitar os reflexos autonômicos (neurovegetativos) indesejáveis 4. Promover amnésia anterógrada 5. Promover o relaxamento muscular Para tanto, os anestésicos gerais tem o auxílio de fármacos coadjuvantes, para realizar a Anestesia Balanceada Pode ser alcançada por meio de agentes inalatórios e/ou endovenosos. O paciente perde a capacidade de respirar espontaneamente, sendo necessário o suporte ventilatório. AS 4 ETAPAS DA ANESTESIA GERAL: 1º. pré-medicação – ansiolítico de curta duração 2º. Indução – transição de acordado para o estado de inconsciência, utiliza um medicamento com propriedades de manter em coma induzido, mas ainda sente dor, então associa um analgésico opióide potente, assegura as vias aéreas seja por intubação endotraqueal ou máscara laríngea 3º. Manutenção – anestésico de longa duração, via inalatória e/ou endovenosa, em geral dá preferência a anestesia balanceada. – nessa fase monitora-se o nível de consciência para manter a anestesia, a sedação tem influencia direta no intra e pós- operatório. 4º. 5º. A analgesia também e importante para evitar complicações (comum usar anestésicos inalatórios). 6º. Recuperação/despertar- retirada dos anestésicos e reversão de medicamentos relaxantes com o uso de antídotos, aguarda os estímulos protetores das vias respiratórias retornarem para retirar o tubo endotraqueal, faz-se medicação 7º. 8º. (antagonistas) para o paciente acordar sem dor. FATORES DE RISCO NA ANESTESIA GERAL: 1. Histórico prévio de reação anafilática; 2. Alergias alimentares e/ou medicamentosa; 3. Consumo frequente de bebidas alcoólicas, drogas (especialmente cocaína) e medicamentos; 4. Histórico de tabagismo; 5. Apnéia do sono; 6. Obesidade. AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA: Vantagens da consulta pré-anestésica feita em doncições ideais: aumentar a segurança do paciente, reduzir os custos, a lista de espera para cirurgia, reduzir o tempo de internação, previsão e viabilização de unidades de terapia intensiva e outros recursos. Promove maior informação ao paciente, reduzindo a ansiedade e aumentando o grau de satisfação do mesmo. Objetivo: avaliar previamente e otimizar a condição clínica dos pacientes, indicar a melhor técnica anestésica (amenizando Clínica Cirúrgica - Anestesiologia riscos de acordo com a clínica do paciente e evitar complicações) Meta: diminuir a morbidade/mortalidade,por isso o anestesista deve avaliar o paciente previamente a um procedimento eletivo ou emergencial. Quando fazer: se cirurgia eletiva realizar mais próximo dela, 1 a 2 semanas antes, para dar tempo de receber os exame/avalizações de especialistas... na urgência será feito momentos antes da cirurgia. ROTEIRO: Anamnese: direcionada e obejetiva (cardiorrespiratória, hematológica e endocrinológica) Exame físico. Avaliação clínica: de todos os sistemas, verificação das informações fornecidas Solicitação dos exames pré-operatórios pertinentes, encaminhamento para avaliação especializada se necessário. Estabilização do paciente, correção de doenças. Definição do plano anestésico e a instrução detalhada do ato anestésico, Medicação pré-anestésica, Analgesia pós-operatória Fornecer ao paciente informações quanto ao procedimento. Consentimento informado por escrito deve ser assinado pelo paciente e anexado ao seu prontuário que deve ser mantido preciso, atualizado e confidencial. Se eventual internação em UTI após a cirurgia. Todas as informações colhidas durante a consulta pré-anestésica e a concordância do paciente devem ser registradas em prontuário. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES: Identificação: nome, idade ( <10 anos e > de 60 anos tem maior risco de sofrer os efeitos adversos da anestesia) Dados antropométricos: peso, altura e IMC/ o peso para calcular as doses, (o obeso em geral tem maior dificuldade ao manipular as vias aéreas, desnutrido tem maior risco de sofrer lesões durante o posicionamento) Cirurgia proposta: intensidade do trauma cirúrgico, sangramentos, tempo de duração, dor pós-op. Medicamentos de uso contínuo: mesmo fitoterápicos (anticoagulantes, anti-hipertensivos e hipoglicemiantes, devem ter sua dose ajustada) (antidepressivos interferem com o metabolismo da dopamina e serotonina e podem interagir com determinadas drogas utilizadas na anestesia.) História familiar: doenças genéticas (anemia falciforme, hipertermia maligna, anafilaxia como exemplos) Alergias: medicamentos, látex, etc,( na dúvida o risco deve ser tratado como real) Cirurgias e anestesias já realizadas Infecções: febre, abscessos, dentes, sinusites, gripes, resfriados, unhas encravadas (Pneumonia, asma e bronquite são exemplos de alterações do aparelho respiratório que influenciam negativamente o ato anestésico e demandam manejo e tratamento cuidadosos antes da cirurgia.) AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS: • Cardiovascular : hipertensão, angina, infarto, arritmias, síncopes, tonturas • Fumo, Alcool, Drogas, Medicamentos • Sistema respiratório: tosse, secreção pulmonar, asma, expansibilidade pulmonar, presença de processo infeccioso de vias aéreas • Figado e Vias Biliares – metabolismo de anestésicos, presença de doença hepática, alcoolismo e cirrose • Endócrino : tireoide (hipertireoidismo ou hipotireodismo, pode ser fatal, se não controlado)// Supra-renal : secreção excessiva de catecolaminas// S. de Cushing// Uso de corticóides • Pancreas : Diabetes, tumores produtores de insulina • Renal: doenças prévias, Insufic. Renal, avaliar função renal • Trato Gastrointestinal: jejum, náusas, vomitos, refluxo gatroesofágico, diarréia, sinais de obstrução intestinal • S. Hematológico: anemia. Hemograma e Coagulograma, presença de AIDS e hepatite C. AVALIAÇAO PRÉ-OPERATÓRIA DA VIA AÉRREA: Histórico Anestésico Prévio Anatomia Atual massas cervicais , orofaringe Abertura Boca (06-08cm) MobilidadeCervical Distância TíreoMentoniana Doenças Coexistentes ESCALA DE MALLAMPATI: CLASSIFICAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO: MONITORIZAÇÃO ANESTÉSICA: ROTINA: PA Não Invasiva Oximetria Pulso FC FR ECG Capnografia Analisador O2 Monitorização Pressão Vias Aéreas Temperatura ESPECIALIZADOS: Cateter Vesical (Foley) Pressão Arterial Pressão Venosa Central Pressão Artéria Pulmonar Ecocardiograma Transesofágico Estetoscópio Transesofágico EEG BIS (Índice Biespectral) Bloqueio NeuroMuscular PRINCÍPIOS GERAIS DA ANESTESIA: → Reduzir os efeitos deletérios dos agentes e técnicas anestésicas → Manutenção da Homeostase fisiológica durante a cirurgia que pode envolver perda de sangue, isquemia tecidual, reperfusão de tec. isquêmico, , exposição ao ambiente frio, desvio de líquidos corporais → Melhora do resultado pós-operatório, através da escolha de técnicas que bloqueiam ou tratam os componentes do estresse cirúrgico. MECASNIMOS DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS → Não se tem certeza dos mecanismos moleculares e celulares pelos quais produzem seus efeitos. → Um anestésico geral ideal deve produzir indução e recuperação rápida, permitindo um ajuste do nível de anestesia de acordo com a necessidade durante o curso da cirurgia Locais de ação: receptores GABAa no núcleo tuberomamilar ou nos canais de potássio AÇÃO ANESTÉSICOS GERAIS: → Redução na liberação de transmissores excitatórios. → Redução da resposta pós-sináptica por hiperpolarização da membrana através da ativação dos canais de K+ → Ativação direta dos receptores GABAa, aumentando o fluxo de cloretos → Núcleos de transmissão sensoriais talâmicos→ Córtex- camada mais profunda À medida que aumenta a concentração do anestésico, todas as funções cerebrais são afetadas: motoras e nocicepetivas ANESTÉSICOS GERAIS VENOSOS: Nenhum deles consegue soinho garantir todos os princípios da anestesia, são usados em combinação ou somente para aindução, sendo substituídos depois por agente inalatórios. 1. Barbitúricos: inconsciência ex: tiopental, utilizado na indução, pouco utilizado hoje 2. Propofol: hipnótico de ultra-curta duração 1 a 3 min, utilizado na indução ou na manutenção de procedimentos rápidos (vasodilatação e depressão miocárdica) 3. Cetamina (ketalar): indução/ manutenção. também tem efeito curto. Única droga que eleva PA, FC e dilata brônquios, indicada em pacientes com hipovelemia/choque.pouca depressão respiratória. 4. Etomidato: indução de paciente hipotenso ou com risco de hipotensão. Neutro e seguro. Porem tem potencial de supressão adrenal – contraindicado em caso de sedação continua ou pacientes séptico. ANESTÉSIA GERAL INALATÓRIA: → Baixa margem de segurança e muitos efeitos colaterais. A janela terapêutica é pequena. 1. Halotano – pouco usado hoje, muita potencia mas muitos efeitos cardiovasculares e hepatotoxidade. 2. Enflurano: pouco usado 3. Sevoflurano: rápido perfil de sedação e despertar - recuperação anestésica. Comum em cirurgia pediátrica 4. Óxido Nitroso: fraco, sendo usado como adjuvante a outro anestésico inalatório Éter – não mais utilizado Isoflurano: mais utilizado, boa relação custo-benefício, forte odor, necessita de anestésico venososo durante indução. COAFJUVANTES ANESTÉSICOS: → São substâncias que aumentam a ação da anestesia, permitindo doses menores de anestésicos gerais, reduzindo os efeitos colaterais. 1. Anticolinérgicos (ex: atropina)- bloqueador muscarínico que protege o coração de uma eventual parada cardíaca na indução 2. Antieméticos – inibe náusea/vômito na indução 3. Anti-histamínicos 4. Benzodiazepícos: trata a ansiedade e promove a amnésia anterógrada (midazolam oral é o mais usado, efeito máximo em 2 min e desaparece em 30 min) o flumazenil é o antídoto. 5. Opióides: efeito anestésico – fentanil é o de maior potencia. (naxolane é o antagonista) 6. Relaxantes musculares: relaxa a musculatura na indução/ intubação e para relaxar musculatura durante a cirurgia 7. Analgésicos: indução para reduzir rapidamente aos estímulos (intubação e incisão cirúrgica). são mais eficazes como analgésicos do que a maioria dos anestésicos IV e inalatórios, exceto a cetamina e o óxido nitroso Fentanila(100x), Sufentanila 1000x), Alfentanila,Remifentanila (300x) mais potentes que a morfina, meperidina– todos opiáceos. Cada um com duração maior ou menor, sendo o remifentanil de duração ultracurta BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES: → Na indução e às vezes durante a cirurgia para relaxamento → Para relaxar os músculos da mandíbula, pescoço, para facilitar a laringoscopia e colocação do tubo endotraqueal. 1. Suxametônio (succinilcolina) - Despolarizantes (não competitivos): início rápido e curta duração. 2. Pancurônio Não despolarizante (competitivo)- possuem ação mais longa. Rocuronio é o único que possui antagonista especifico (sugammadex) TÉCNICA ANESTÉSICA: A técnica anestésica varia e depende do tipo de cirurgia ou intervenção diagnóstica, EX. : procedimentos pequenos e rápidos, utilizamos sedativos IV e anestésicos locais, a analgesia é profunda, mas o paciente mantém a capacidade de manter as vias aéreas desobstruídas e respondem às solicitações verbais. Ex: Procedimentos extensos requerem a administração de um benzodiazepinico pré-operatória, indução com propofol e manutenção da anestesia com anestésicos intravenosos e inalatórios. ANESTESIA BALANCEADA: É o uso concomitante de agentes anestésicos inalatórios e endovenosos.É o mais empregado atualmente. EFEITOS DOS ANESTÉSICOS GERAIS: EFEITOS CARDIOVASCULARES: → Redução da Pressão Arterial Média → Bradicardia → Depressão do Miocárdio EFEITOS RESPIRATÓRIOS: → todos os anestésicos inalatórios provocam redução do volume corrente e da frequência respiratória portanto são depressores respiratórios- exceto o óxido nitroso. → Deprimem também a função mucociliar nas vias aéreas, leva ao acúmulo de muco e atelectasia → Reduzem ou eliminam o estímulo respiratorio e os reflexos protetores que mantém a permeabilidade das vias aéreas → O reflexo do vômito é perdido e o da tosse é reduzido Manejo: intubação orotraqueal, uso de relaxante muscular durante a indução e intubação, ventilação assistida ou controlada, uso de sonda gástrica, Alternativas ao tubo endotraqueal: máscara laríngea(veda ao redor da glote). EFEITOS METABÓLICOS: Reduzem: Taxa metabólica do cérebro, Taxa de filtração glomerular, Fluxo sanguineo hepático. TOXICIDADE Tem uma estreita janela terapêutica Níveis altos podem matar Podem causar hepatite tóxica (halotano) Nefrotóxicos Hipertermia maligna: distúrbio genético autossômico dominante, dos canais de CA+ dos retículos sarcoplasmáticos da musculatura esquelética que afeta indivíduos suscetíveis a agentes inalatórios e relaxantes musculares. (ocorre saída descontrolada de íons de cálcio dos retículos, levando à taquicardia, hipertensão, rigidez muscular, hipetermia, hipercalemia e acidose) pode ocorrer principalmente com a succinilcolina. Tratamento da HM: dantralene (impede saída de cálcio) + medidas para reduzir a temperatura do paciente líquidos aquecidos, aumentar a temperatura da sala) JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO IDADE SÓLIDOS LIQUIDOS CLAROS < de 6 meses 4 horas 2 horas > de 6 a 36 meses 6 horas 3 horas > De 36 meses, (incluindo adultos) 8 horas 3 horas OBS: • leite e leite materno são considerados sólidos. • Fórmulas infantis: 6 horas • Líquidos claros = água, chá, café e sucos sem resíduos (volume 4mlkg) • Evita a aspiração do conteúdo gástrico que é devastadora (causa atelectasia e pneumonia química) • Cuidado: obesidade, gestação a termo para os jejuns de alimentos sólidos • Cuidado: diabéticos e emergências para os líquidos claros. SEQUÊNCIA RÁPIDA: Para paciente na emergência considerar que ele como ‘estomago cheio’. A indução se faz por seqüência rápida: 1- oxigena com máscara 3 a 5 mins 2- decúbito dorsal horizontal com 30º de inclinação no dorso 3- sonda nasogástrica aberta 4- manobra de Sellick ( compressão da cartilagem cricóide para evitar o refluxo do conteúdo gástrico) 5- analgesia, hipnose, bloqueio neuromuscular → Alfentanil (30 μg/kg), fentanil (2-10 μg/kg) associado ao propofol (2,5 mg/kg) ou tiopental tem permitido boas condições de intubação orotraqueal com bom controle de resposta hemodinâmica. → Ou succinilcolina (1 mg/kg) também pode ser associada com a técnica de propofol (2,5 mg/kg) e alfentanil (10 μg/kg) 6. Intubação. ANESTESIA LOCAL 1. Diferença dos anestésicos gerais e locais é o local de atuação, enquanto que os gerais atuam a nível de SNC os locais atuam no SNP. MECANISMO DE AÇÃO: Definição: bloqueio reversível da condução nervosa, determinando perda das sensações a nível local, sem alteração do nível de consciência. Os anestésicos locais bloqueiam fisicamente por interações lipofílicas (ocluindo o poro) os canais de sódio das membranas e dos terminais dos neurônios. Logo não haveráfluxo de sódio nem potencial de ação. Sequencia do bloqueio: 1º. Bloqueio das fibras simpáticas + vasodilação periférica e aumento da temperatura 2º. Perda da sensibilidade térmica e dolorosa 3º. Perda da sensilbilidade e pressão 4º. Paralisia motora 5º. Perda da propriocepção profunda ABSORÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Absorção: tradicionalmente aplicados localmente em membranas mucosas, tecidos ou compartimentos Tipo de administração:1. Tópica: mucosa e pele, oral, nasal, arvore traqueobrônquica, vias urinárias - gel, spray, pomada 2. Infiltrativa: direta nos tecidos, em pequenas ciurgias 3. Troncular: raquianestesia, peridural, peridural sacral, plexo. ANESTÉSICOS LOCAIS: 1. AMINOÉSTERES: prilocáina geralmente em associação (odonto, dermatologista) – no passado usava-se cocaína. 2. AMINOAMIDAS MAIS UTILIZADAS: LIDOCAÍNA 1 e 2 %: → anestésico e antiarritmico//uso tópico ou spray ou infiltração local Características: → Ph próximo da neutralidade- baixa reação tecidual, → Baixa latência (1 a 2 mins) → Média duração (1a 2 horas) → Toxicidade sistêmica ( Convulsões / Bradicardia e depressão do miocárdio/cefaléia pós-raquianestesia). BUPIVACAÍNA- 0,5% anestésico e analgésico: → Uso em infiltração local e bloqueio peridural- alta potência → Média latência e duração prolongada → Toxicidade ( SNC e Cardiovascular) ROPIVACAÍNA – 0,5%, 0,7%, 2%: → Semelhante À bupivacaína. → Média potencia → Longa latência e duração → Média e baixa toxicidade AGENTES ASSOCIADOS – VASOCONTRITOR → Prolongar o efeito anestésico → Reduzir a toxicidade – eficácia e segurança – limita os efeitos colaterais. → Não deve usar em extremidades, devido a isquemia – dedos, nariz, orelha. Efeitos colaterais do vasoconstritor: • Reação alérgica Cardiovasculares: • Arritmias benignas • Arritmias ventriculares graves • Parada cardiorrespiratória Neurológicas • Parestesia perioral • Zumbidos e escotomas • Abalos musculares • Convulsões • Coma Eficácia dos anestésicos locais depende de: volume injetado (quanto mais melhor), alta concentração (menos latência), alta solubilidade lipídica, menor pKa (normalmente os anestésicos locais possuem pka alto, o que significa que quando em ambientes de ph neutro se apresentam mais na forma ionizada – inativa, do que a ionizada- ativa, assim quanto menor o pka do anestésico maior a potencia – por isso os anestésicos possuem pouca influencia em ambientes inflamados/abscesso por que são ambientes de ph baixo – a diluição do anestésico em solução de bicarbonato de sódio reduz a dor durante a infusão) ANESTÉSICO IDEAL: → Ação em área delimitada → Baixa agressão tecidual → Ação reversível → Início rápido e tempo de duração suficiente → Baixo grau de toxicidade → Boa penetração tecidual TÉCNICAS DE ANESTESIA LOCAL: Tópica – Mucosa , ex: trato respiratório superior, conjuntiva, ouvido, ânus, TGI, crioterapia, punções, tatuagens - Lidocaína e Prilocaína Infiltrativa: antissepsia → colocação de campo cirúrgico estéril→ botão anestésico próximo a lesão (com agulha fina) → infiltração de anestésico sob a lesão estéril • Lidocaína, Bupivacaína • Duração curta do procedimento em geral, • Superficial (pele, tecido subcutâneo, mucosas • Superficial – pele, tecido subcutâneo, mucosas • Duração curta, o tempo do procedimento, em Bloqueio de Campo: antissepsia → colocação de campo cirúrgico estéril → botão anestésico próximo a lesão (com agulha final), infiltração sob a lesão em área delimitada (com agulha maior) Indicações ideais: procedimentos cirúrgicos superficiciais e profundos de pele, tecido celular. Subcutâneo e mucosas Drogas utilizadas- agente: lidocaína - bupivacaina Bloqueio locorregional: epidural, raquidiano, plexos e nervos especfificos. Objetiva anestesiar uma região delimitada por um plexo ou nervo especifico Bloqueio de nervos periféricos: • Cabeça e pescoço-Trigêmio, oftálmico, maxilar, mandibular, frontal • Bloqueio cotovelo, punho e nervos digitais • Fossa poplítea e tornozelo... Bloqueio de extremidades: Bloqueio de região inguinal: nervo íleo- inguinal e íleo hipogástrico. ANESTESIA PERIDURAL: → O anestésico é depositado no espaço peridural – não perfura a dura-máter, o anestésico de difunde nesse espaço, fixa-se no tecido nervoso e bloqueia as raízes nervosas. → A anestesia peridural, também pode ser contínua, com a introdução de um cateter no local da punção, para infusão de anestésicos e analgésicos, não só durante o período intra- operatório, como também no pós operatório, para alívio da dor. → Neste tipo de anestesia, é necessário volume maior de anestésico. → a mudança de decúbito não causa deslocamento do anestésico. → Os anestésicos locais mais utilizados são derivados da xilocaína, que geralmente são associados à adrenalina (ação vasoconstritora), aumentando o tempo de ação do anestésico. → Dependendo da concentração do agente anestésico, o efeito pode variar desde a perda da capacidade sensitiva até um completo bloqueio motor → Complicações: formação de abscessos e sangramentos locais. ANESTESIA RAQUIDIANA: → É indicada para as cirurgias na região abdominal e de membros inferiores, porque o anestésico é depositado no espaço subaracnóideo da região lombar, produzindo insensibilidade aos estímulos dolorosos por bloqueio da condução nervosa. → Anestésico local em pequenas quantidades → Este procedimento leva ao bloqueio nervoso reversível das raízes anteriores e posteriores, dos gânglios das raízes posteriores e de parte da medula espinhal, resulta em perda da atividade autônoma, sensitiva e motora As anestesias peridurais e raquidianas são indicada para operações nas pernas abdômen inferior (apendicite, útero, ovário, bexiga) e cesarianas. Nos dois procedimentos, o paciente pode receber a aplicação deitado, de lado ou sentado. COMPLICAÇÕES: Raqui total: perfuração da dura-mater com injeção subaracnóidea de altas doses. Cefaleia pós-punção: holocraniana ou ociptal, não pulsátil que piora ao se levantar/melhora deitado. tto com tampão sanguíneo se grave. Se leve fazer repouso DD horizontal + hidratação + analgesia. Tto assistência ventilatória Peridural: fistula liquórica tto: repouso no leito e acetolamida FARMACOLOGIA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS: • Absorção • Distribuição • Metabolização • Eliminação • Toxicidade; lembrar que tem dose terapêutica e tóxica TOXICIDADE DOS ANESTESICOS LOCAIS: Decorrente de infusão vascular inadvertida ou superdosagem. Principais sintomas: neurológicos e cardiovasculares Sintomas mais precoses: formigamento da língua, lábios e gosto metálico. Distúrbios visuais, cefaleia, alterações na fala e convulsão podem ocorrer em casos mais graves não há antídoto – o tratamento sera de suporte. DOSES: ANESTESICO mg/Kg DOSE MÁXIMA Bupivacaína 1,3 90 Lidocaína sem VC Lidocaína com VC 4,4 6,6 300 500 Mepivacaína sem VC Mepivacaina com VC 6,6 6,6 400 400 Prilocaína sem VC Prilocaína com VC 6 6 400 400 ANESTESIA GERAL: AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA: Clínica Cirúrgica - Anestesiologia MONITORIZAÇÃO ANESTÉSICA: PRINCÍPIOS GERAIS DA ANESTESIA: MECASNIMOS DE AÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS TÉCNICA ANESTÉSICA: EFEITOS DOS ANESTÉSICOS GERAIS: TOXICIDADE JEJUM PRÉ-OPERATÓRIO SEQUÊNCIA RÁPIDA: ANESTESIA LOCAL