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Ana Aparecida Braga da Silva – 3008971 Elida Oliveira Ramos Fernandes – 3295786 Laura Samara Santos Santana Sfeir – 4274608 Niedna Benvindo da Silva Cabral – 2720167 Tutor: Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (FLC3893PED) – Prática do Módulo V-30/05/22 1. INTRODUÇÃO A abordagem deste artigo contempla a respeito das linguagens na Infância. Sabemos que, na Educação Infantil, além de ser importante para a formação do sujeito, o trabalho com a linguagem é essencial para a interação das crianças, tanto na orientação das suas ações cotidianas como na construção de conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. Cada criança em suas especificidades transforma sua rotina num verdadeiro espaço, num mundo imaginário, querendo sempre transpor o que sente em um emaranhado de fantasias. O criar, o brincar, o sonhar, o estar com o outro, e tantas outras expressões contínuas das crianças esbarram em muitas ideologias do adulto: "agora não pode", "agora não é hora", "este não é um lugar para isto", no entanto elas persistem. Querer que as crianças esqueçam que são crianças, que o seu universo é rodeado de "inocências", é querer que sejam pensantes como adultos, é queimar suas fases, no objetivo de substituir o mundo delas pelo mundo próprio de adultos. Segundo a Proposta Curricular da Educação Infantil, (MEC, 2010). Trabalhar com a criança pequena é pensar nas diferentes linguagens, no choro, na birra, nas expressões, no balbucio, nos gestos, no movimento, na arte, na música, no desenho, na escrita, no brincar e em muitas outras... é compreender o que querem dizer os pequenos. A aquisição tem lugar durante o período da infância e ocorre de forma natural e espontânea, bastando apenas que a criança esteja exposta e conviva com falantes dessa língua. A língua adquirida pela criança é a sua língua materna. INFÂNCIA E SUAS LINGUAGENS Segundo Fillipini (2009), a escola é vista como espaço de vida, acredita no potencial das crianças e tem dela uma imagem positiva: “Cada um de nós tem o direito de ser protagonista,de ter papel ativo na aprendizagem na relação com os outros. Esse é o motor da Educação. 2 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Conforme Reggio Emília, as crianças pequenas são encorajadas a explorar seu ambiente e a expressar a si mesmas através de todas as suas “linguagens” naturais ou de modos de expressão, incluindo palavras, movimentos, desenhos, pinturas, montagens, escultura, teatro de sombras, colagens, dramatizações e música. Levando- as a níveis surpreendentes de habilidades simbólicas e de ensino oferecido pela educação particular, mas, em vez disso, apresenta-se como um sistema municipal de cuidados infantis, operando em dois turnos, aberto a todos, incluindo as crianças com necessidades especiais. As escolas para crianças pequenas em Reggio Emília demonstram sensações de hospitalidade, tornando-se uma atmosfera de descoberta e serenidade. Há riqueza na qualidade e nos tipos de atividades das crianças, com altos padrões dos profissionais. Nossas escolas são o objeto mais visível de nosso trabalho; creio que oferecem múltiplas preocupações e mensagens. Têm décadas de experiência apoiando-as e conheceram três gerações de professores. Cada creche e cada pré-escola têm seu próprio passado e evolução, suas próprias camadas de experiência e sua própria mescla peculiar de estilos e níveis culturais. Jamais houve de nossa parte qualquer desejo de torná-las iguais (MALAGUZZI, 1999, p. 156). O programa para a primeira infância realizado em Reggio Emila (Itália) tornou se reconhecido como uns dos melhores sistemas educacionais no mundo. Esta abordagem inovadora incrementa o desenvolvimento intelectual das crianças através da focalização sistemática na representação simbólica, levando as crianças pequenas (0-6 anos) a um nível surpreendente de habilidades simbólicas e a criatividade. O sistema não é privativo e elitista; pelo contrário, oferece atendimento integral à criança e está aberto para todas elas, inclusive aquelas portadoras de alguma deficiência. Nos Centros de Educação de Reggio Emília destaca-se a importância da organização do ambiente como algo que influencia as propostas pedagógicas. O ambiente, segundo Malaguzzi, deve ser organizado tendo o envolvimento das crianças, professores e famílias que movem a escola, e, portanto, cada escola se torna única. No momento em que emergem, as discussões sobre a educação na infância, a necessidade de nos "alfabetizarmos" nas múltiplas linguagens das crianças, para podermos então pensar numa educação voltada para elas, que respeite seu direito de viver sua infância plenamente; nessas discussões também se inclui as culturas infantis 3 que são vistas como "o desconhecido" ou até mesmo, pouco conhecido, as quais são essenciais aos nossos saberes. Assim sendo, é necessário observarmos como educadores, alguns pontos que são primordiais para que nos tornemos alfabetizados nas múltiplas linguagens das crianças, são elas: Despertar nas crianças a compreensão de suas culturas para que vivenciem a sua infância; Pedagogicamente, sempre avançar para uma educação voltada à infância do que em querer alfabetizar adultocentricamente; A sensibilidade de ouvir e entender as crianças; Transformar o nosso mundo em universo infantil para assim, compreendermos as nossas crianças; Entender as cem linguagens das crianças, não podando suas capacidades de ver um mundo mais harmonioso e sem tantas dificuldades; Momentos de interação, em que possamos viver e reviver a criança existente dentro de nós. Em Reggio Emília o professor aprende a escutar a criança, não apenas o que ela diz com a boca, mas o que ela expressa através de suas diferentes linguagens. “Escutar através da observação, da sensibilidade, da atenção, das diferentes linguagens” (Barbosa e Horn, 2008, p.118). A prática da documentação pedagógica acontece e todas as escolas de Reggio Emilia, é um processo que torna o trabalho pedagógico visível e passível de interpretação, diálogo, argumentação e compreensão. [...] a documentação pedagógica é um instrumento para vários fins. Visualiza os processos de aprendizado das crianças, a busca pelo sentido das coisas e as formas de construir o conhecimento. Permite a conexão entre teoria e prática, no trabalho do dia a dia. É um meio para o desenvolvimento profissional do educador, ao qual Reggio atribui grande importância, em especial pelo fato de o professor ser entendido e tratado tanto como pesquisador quanto como aprendiz (RINALDI, 2014, p. 45). A documentação inclui registros do diálogo das crianças e das atividades que executam, são feitas de várias maneiras – anotações, fotografia, vídeos , gravações em áudio, instrumentos como câmera fotográfica e de vídeo permitem que posteriormente as reflexões sejam mais críticas e com detalhes, trazendo acontecimentos que podem passar despercebidos apenas com a observação momentânea. Garantir escutar e ser 4 escutado é uma função primordial da documentação, ela propicia a reflexão, a acolhida e a abertura ao outro, a seus olhares e a suas ideias. Conforme Rinaldi (2014, p. 135) “ Aquele que documenta enxerga os eventos que acontecerem com um olhar pessoal buscando compreende-los em profundidade e, ao mesmo tempo, almejando clareza de comunicação. ”O objetivo dos professores é colocar a criança como foco de seu registro, para depois refletir sobre o trabalho pedagógico, as relações estabelecidas e sua formação. O registro não deve ser organizado apenas do que o professor observa e pensa, mas principalmente do que fazem e pensam as crianças. Elesveem a documentação como uma ferramenta educacional, mas também como uma grande oportunidade. Segundo Malaguzzi (1999, p. 62), o que desejavam era reconhecer o direito da criança de ser protagonista e a necessidade de manter a curiosidade espontânea de cada uma delas em um nível máximo. Tínhamos de preservar nossa decisão de aprender com as crianças, com os eventos e com as famílias, até o máximo de nossos limites profissionais. De acordo com Malaguzzi (1999, p. 76), apreciamos diferentes contextos, damos uma grande atenção à atividade cognitiva individual dentro das interações sociais e estabelecemos vínculos afetivos. Nas palavras de Rinaldi (1999, p. 114), é uma abordagem que protege a originalidade e a subjetividade, sem criar o isolamento do indivíduo, e oferece às crianças a possibilidade de confrontarem situações especiais e problemas como pequenos grupos de camaradas. Naturalmente, todos esses aspectos são interdependentes. Não pode haver, por exemplo, um planejamento de atividades sem o rapport profissional entre os adultos e sem que o ambiente esteja organizado e enriquecido de modo a manter nossa abordagem educacional. (RINALDI, 1999, p. 118) Segundo Filippini (1990 apud EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 1999, p. 147), os educadores de Reggio Emilia falam do espaço como um container que favorece a interação social, a exploração e a aprendizagem, mas também vêem o espaço como conteúdo educacional, isto é, contendo mensagens educacionais e estando carregado de estímulos para a experiência interativa e a aprendizagem construtiva. 5 3. METODOLOGIA Para se comunicar, transmitir o que está sentindo, interagir, a criança faz uso das múltiplas linguagens. É necessário que essas linguagens sejam contempladas nas práticas docentes escolares, através do planejamento. A pesquisa evidencia que professoras restringem seus planejamentos/práticas ao uso da linguagem oral e do desenho, esquecendo que as explorações de outras linguagens auxiliam um desenvolvimento integral mais harmonioso. O movimento, a dança, a música, o desenho e o brincar são linguagens que aparecem no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Faz-se necessário que um planejamento sério e sistemático, para que espaços significativos de desenvolvimento e aprendizagem sejam construídos para a criança. As várias formas de linguagem, além de mediarem as múltiplas relações que são estabelecidas com as crianças numa Instituição de Educação Infantil, necessitam também ser pensadas e trabalhadas intencionalmente nos currículos dessas instituições, como sistemas simbólicos que têm funções sociais e estruturas específicas, que constituem acervos culturais ricos e importantes e cumprem papéis fundamentais no desenvolvimento das crianças. 6 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES O desenvolvimento desse trabalho tem enfoque qualitativo, possuí como característica principais a utilização de ambiente natural e das tecnologias, como fonte direta dos dados predominantemente descritivos a partir do contato do pesquisador com situação estudada e também a preocupação de trazer e abordar a perspectiva dos autores envolvidos.desenvolvimento desse trabalho tem enfoque qualitativo, possuí como característica principais a utilização de ambiente natural e das tecnologias, como fonte direta dos dados predominantemente descritivos a partir do contato do pesquisador com situação estudada e também a preocupação de trazer e abordar a perspectiva dos autores envolvidos. Para se comunicar, transmitir o que está sentindo, interagir, a criança faz uso das múltiplas linguagens. É necessário que essas linguagens sejam contempladas nas práticas docentes escolares, através do planejamento. A pesquisa evidencia que professoras restringem seus planejamentos/práticas ao uso da linguagem oral e do desenho, esquecendo que as explorações de outras linguagens auxiliam um desenvolvimento integral mais harmonioso. O movimento, a dança, a música, o desenho e o brincar são linguagens que aparecem no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Essas, e outras linguagens, não devem servir, em práticas pedagógicas deste nível de educação, de pretexto para complementar a atividades realizadas, ou espaços da rotina escolar. Faz-se necessário que um planejamento sério e sistemático, para que espaços significativos de desenvolvimento e aprendizagem sejam construídos para a criança. 7 REFERÊNCIAS BRASIL ESCOLA. Educação Infantil: Reggio Emilia Um Novo Olhar Para A Educação. Disponível em: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao- infantil-reggio-emilia-um-novo-olhar-para-educacao.htm. Acesso em: 24 de maio de 2022. EDUCAÇÃO. Portal Educação. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas- linguagens/25526. Acesso em: 22 de maio de 2022. REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Conhecimento de Mundo, PDF. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. Acesso em: 22 de maio de 2022. FERNANDES, Regane M. R.. Um Olhar Sobre A Experiência De Educação Infantil Em Reggio Emília. Rio de Janeiro, 2015. Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/3189/1/RMRFernandes.pdf. Acesso em: 24 de maio de 2022. REVISTA GEPESVIDA. Reggio Emilia: A Criança Como Protagonista Da Aprendizagem, 2018. Disponível em: http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/321. Acesso em: 24 de maio de 2022. SÁ, Alessandra Latalisa. Um olhar sobre a abordagem educacional de Reggio Emilia. Belo Horizonte, 2010. Disponível em: https://trilhaaprendizagem.uniasselvi.com.br/PED101_pratica_interdisciplinar/materiais/reg gio_emilia.pdf. Acesso em: 22 de maio de 2022. https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-infantil-reggio-emilia-um-novo-olhar-para-educacao.htm https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-infantil-reggio-emilia-um-novo-olhar-para-educacao.htm https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas-linguagens/25526. https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/infancia-e-suas-linguagens/25526. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdf. https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/3189/1/RMRFernandes.pdf. http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/321. https://trilhaaprendizagem.uniasselvi.com.br/PED101_pratica_interdisciplinar/materiais/reggio_emilia.pdf https://trilhaaprendizagem.uniasselvi.com.br/PED101_pratica_interdisciplinar/materiais/reggio_emilia.pdf
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