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Doenças entéricas em suínos

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Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
DOENÇAS DO SISTEMA GASTROINTESTINAL 
Grande número de agentes que causam doenças do TGI 
Vários atingem a fase da maternidade (grande maioria) 
Outros o plantel todo 
Apatia, prostração – sinais clínicos que aparecem primeiro 
Desidratação 
ID – pode ter alimento não digerido, Ph ácido → quando 
observamos esse alimento não digerido pode ser indicativo de 
Intestino Delgado 
IG – pode ter PH alcalino 
Na fase de maternidade a imunidade é mais lenta e é 
indispensável a ingestão do colostro. Na saída da maternidade 
tem o fator desmame 
Quantidade de colostro deve ser correta 
Em suínos causa perdas econômicas (direta – morte do animal 
e indireta – quando ele traz perdas econômicas) 
Refugo = quando o animal não atinge o peso estipulado 
(considerado normal) – se diferencia do resto da leitegada 
Emagrecimento + retardo no crescimento = sinais mais 
frequentes 
Doenças de TGI podem ser infecciosas – precisa de 
intervenção rápida ou não infeciosas 
Agentes: virais, bacterianos, protozoários 
E. coli – prejuízos em animais jovens e toda vez que há 
mudança de ração pode haver um aumento delas 
Helmintos em animais adultos 
Problemas com leite materno pode causar diarreia e 
hipoglicemia em leitões 
Menos comum: problemas de intoxicação alimentar (aflatoxina) 
Os efeitos da doença podem ser influenciados pela imunidade 
Quando o animal não explora muito o ambiente, fica muito 
apático é sinal de estresse social, por exemplo 
A mudança de ração sempre deve ser gradual se for muito 
abrupta pode causar diarreia em qualquer idade 
No desmame acontecem alguns estresses: 
 Separação materna 
 Troca de alimento 
 Hierarquia – estresse social 
O grande desafio quando temos leitegadas grandes é a 
amamentação – precisa por exemplo, de um funcionário para 
monitorar como está a distribuição da amamentação 
ESCORE DAS FEZES DE SUÍNOS 
Característica pode ser usada para apoiar o diagnóstico de 
enfermidades, como no caso da colibacilose neonatal (diarreias 
com consistência líquida) e da cistoisosporose (pastosa) 
O escore de consistência das fezes pode ser classificado em: 
1. Normais 
2. Pastosas 
3. Líquidas (fezes diarreicas) 
O lote é considerado com diarreia quando pelo menos 20% 
dos animais apresentarem esse sintoma 
Pode-se classificar a severidade em: 
- Lote sem diarreia: nenhum dia/semana com diarreia 
- Lote com pouca diarreia: 1 a 3 dias por semana com diarreia 
- Lote com bastante diarreia: 4 ou + dias com diarreia 
 
Principais agentes: 
 
 
 
 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
COLIBACILOSE NEONATAL 
Agente: E. coli 
Raramente afeta animais mais velhos 
Afeta com frequência leitões recém nascidos 
E. coli → comensal ID 
A colibacilose precisa ter uma fimbria (F4) adere a mucosa 
intestinal e produz uma toxina que causa hemólise 
Fatores predisponentes: 
 Má desinfeção da baia de maternidade 
 Má higienização das baias 
 Dejetos 
 Má higienização durante o parto 
 Contaminação de baia para baia 
 Períneo, vulva e tetos sujos 
 Dificuldade de ingestão do colostro 
 Deficiência imunológica da porca 
 Baixa temperatura do ambiente para os leitões 
Patogenia: 
 
Sinais clínicos: 
- Diarreia líquida logo após o nascimento: amarelada ou 
amarronzada. Pode estar branca por associação de outros 
agentes 
- Depressão e apatia 
- Param de mamar 
- Vários animais afetados 
- Ficam muito aglomerados devido ao quadro de hipotermia que 
entram → o aquecimento deve ser feito de maneira correta 
 
- Morte em 4 a 24h 
Vários animais ficam acometidos 
Alguns animais nem chegam a apresentar diarreia vem a óbito 
rapidamente chamado de “colibacilose neonatal hiperaguda” – 
Logo, tem mortalidade alta 
Podemos ver os sinais de diarreia na própria instalação 
Diagnóstico: 
 Quadro clínico 
 Idade 
 Tipo de diarreia 
 Isolamento 
 Sorológico 
 PCR 
Necrópsia: 
 Líquido amarelado no intestino, principalmente ID 
 Alças intestinais edemaciadas pela presença de 
inflamação 
Controle: 
 Corrigir falhas de manejo (observar bem o manejo) 
 Vacinas: para controle e profilaxia de infecções que 
afetam animais nos primeiros dias ou semanas de 
vida, por exemplo, diarreias neonatais, é importante 
a realização da vacinação das matrizes no período 
final da gestação para incrementar os títulos de 
anticorpos no colostro e consequentemente a 
transferência de IGGs aos leitões 
Porcas: 90 dias de gestação 
Leitoas: 60 a 90 ias de gestação 
Tratamento: 
 Antibióticos: gentamicina, enrofloxacina e sulfas 
 Hidratação: VO ou IV 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
Obs: existe a colibacilose de 3 semana é mais branda, 
associada a mudança de alimentação + E. coli. Acontece 
entre 5 e 25 dias de idade → alguns casos necessitam 
de antibióticos, igual da colibacilose 
Obs: os leitões neonatos nascem desprovidos de 
anticorpos, devido a característica da placenta das 
matrizes suínas, sendo imprescindível a absorção do 
colostro pelos leitões nas primeiras horas de vida 
COLOSTRO 
A quantidade mínima de colostro é de 200-250ml por leitão, 
o que é um desafio já que cada vez mais com os avanços da 
genética nascem cada vez mais leitões 
 
ENTEROPATIA PROLIFERATIVA (ILEÍTE) 
Não necessariamente ocorre apenas na região de íleo, no 
momento do diagnóstico é bom avaliar todo o trato 
Enterite suina 
Transmissível, infectocontagiosa 
Bactéria resistente no ambiente 
Fatores associados: 
 Transporte de animais 
 Trocas de ração 
 Variações na temperatura do ambiente 
 Fluxo de animais no ambiente 
Agente: Lawsonia intracellularis 
- Intracelular obrigatória (gram -) 
- Espessamento da mucosa intestinal, em especial ID 
É uma patologia considerada silenciosa 
Etiologia: 
Infecção via fecal-oral 
2 formas: aguda ou hemorrágica (acomete principalmente 
animais de terminação – gerando um prejuízo em tudo que foi 
investido na vida dos leitões) 
Crônica (leitões em crescimento) 
Sinais clínicos: 
Leitões e jovens adultos 
Diarreia marrom aquosa crônica 
Perda de peso sem anorexia 
Hemorrágica aguda: 
Reprodutores jovens 
Diarreia sanguinolenta 
Morte súbita – anêmicos 
Diagnóstico: 
Necropsia – íleo hiperemia e hemorragia formol + fragmentos 
de fígado, linfonodo, jejuno, ceco e cólon 
ID espessado, edema e congestão do mesentério conteúdo 
hemorrágico no lúmen 
Todos os segmentos são susceptíveis a infecção – examinar 
todos os seguimentos 
Histopatologia 
Imuno-histoquímica 
PCR fezes de 10 a 20 animais direto da ampola retal 
 
 
 
Tratamento – controle de forma crônica: 
Clortetraciclina – ração → 2 semanas 
Tilosina 100 ppm/ Tiamulina 50 a 150 ppm – ração → 14 
dias 
Valnemulina 25, 50 e 75 ppm 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
Leucomicina 90 a 180 ppm 
Aivlosina 50 ppm 
Alguns desses antibióticos ficam com resíduos na carne deve 
respeitar o tempo de dosagem 
 
Controle: 
 Higiene 
 Estresse 
 Vacinas – vacina viva Enterisol ileítis: era congelada 
na água, hoje VO sem congelar – leitões 3 semanas 
de idade 
 Vacina atenuada Porcilis ileitis – não congelar, 3 
semanas de idade IM dose única 
DISENTERIA 
Agente: Brachyspira hyodysenteriae 
Resistentes: em baixas temperaturas e matéria orgânica por 
até 112d 
Sensível: em altas temperaturas, morre em 2 dias no 
ambiente seco e quente, alteração de pH 
 
Infecto contagiosa 
Diarreia com muco hemorrágico (nem sempre no inicio) – cor 
acinzentada a escura, com sangue e muco 
Temperatura 39 a 40ºC, hiporexia, rápida perda de peso 
Lesões em ceco e cólon 
Animais com 8 a 16 de vida e ocasionalmente adultos 
 
 
 
Epidemiologia: 
Período de incubação: 7-14 dias 
Todas as idades 
Período de crescimento e terminação – perdas econômicas, 
baixa conversão alimentar e óbitos 
Transmissão: 
Fômites – ex:botas 
Erros de funcionários 
Lâmina d’água 
Fezes 7 dias a 25ºC; 112 a 110ºC 
Ratos, pássaros, moscas 
Fatores estressantes agravam sinais 
Fatores estressantes: 
 Superpopulação 
 Alimentação – rações ricas em carboidratos, pouca 
fibra, rações deficientes em Vit E e Selênio 
 Fluxo de produção contínua – sem descanso de 
instalação 
 Movimentação e mistura de animais 
 Transporte 
 Podem ficar portadores e no estresse desenvolve 
a doença 
 Morbidade 75% 
Patogenia: 
A bactéria sobrevive em acidez estomacal 
 
Sinais clínicos: 
 Superaguda - Morte 24h, rara 
 Aguda: 
- Anorexia 
- Sede intensa 
- Perda peso (flancos retraídos) 
Medicina Veterinária – Mariana de Campos – Clínica de aves e suínos 
- Diarreia com muco, sangue e partículas de ração 
- Odor Fétido 
- Tº 40 
 Crônica 
- Diarreia persistente 
- Retardo desenvolvimento 
Diagnóstico: 
 Sinais clínicos 
 Necropsia – lesões em ID 
 Esfregaço em campo escuro (fezes em salina) – 
espiroquetas móveis 
 Isolamento cultura e imunofluorescência 
 Teste de aglutinação 
 PCR – para diferenciar (fezes ou tecido intestinal) 
Controle: 
 Limpeza e desinfecção 
 Tratamento do grupo (lote) – 6 a 8 semanas 
 Gentamicina 
 Neomicina 
 Tiamulin – água (tiamulina 45-60 mg/L) ou ração 
(20 ppm por 4 semanas) 
 Tilosina 
 Valnemulina 
Eliminação: 
Depopulação total e repovoamento (de granja livre de 
disenteria 
Exame dos animais e eliminação dos positivos 
Depopulação parcial com medicação 
Todos – tratamento por 8 semanas 
Leitões (creche), crescimento e terminação vender 
 
 
 
COLITE ESPIROQUETAL E DIARREIA 
Agente: Espiroquetas Brachyspira pilosicoli 
Semelhante a disenteria, entretanto os ratos são 
carreadores 
Mais comuns nos leitões desmamados e ocasionalmente em 
adultos 
Sinais clínicos: 
• Diarreia 
• Disenteria 
• Temperatura 39-40ºC 
• Pobre ganho de peso 
• Diarreia crônica 
• Muitos se recuperam sem tratamento 
Diagnóstico: 
Exame das fezes 
Tratamento e controle: 
Idem disenteria

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