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Osteoporose: perda óssea e risco de fraturas

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Osteoporose
-A osteoporose é uma doença óssea metabólica caracterizada por perda de massa óssea mineralizada, causando um aumento na porosidade do esqueleto e predisposição a fraturas. Embora a osteoporose possa ocorrer como resultado de diversos distúrbios, na maior parte das vezes está associada ao processo de envelhecimento.
-A patogênese da osteoporose não é clara, mas a maior parte dos dados sugere um desequilíbrio entre a reabsorção e a formação óssea, de modo que a reabsorção excede a formação óssea (osteopenia).
-Em condições normais, a massa óssea aumenta de modo constante durante a infância, alcançando um pico na idade adulta. O pico de massa óssea, bem como a DMO, é um importante determinante do risco de osteoporose. Ela vai ser determinada por fatores genéticos, níveis de estrogênio, exercício, ingestão e absorção de cálcio, e fatores ambientais.
-Mulheres são mais acometidas, principalmente brancas e asiáticas. Isso se dá, devido que os homens não têm uma perda de meia-idade na produção de hormônios sexuais, o que fornece uma proteção a osteoporose
-Os fatores hormonais: o estrogênio que vai” frear” a ação dos osteoclastos. A osteoporose pós-menopausa, que é causada por deficiência de estrogênio. Como não terá mais estrogênio pra frear a ação do osteoclasto, vai ocorrer uma alta reabsorção e os osteoblasto continuará repondo a quantidade normal, que não é suficiente, tendo perda de osso esponjoso e predisposição a fraturas das vértebras e porção distal do rádio, principalmente. A perda de massa óssea é maior durante o início da menopausa, quando os níveis de estrogênio estão caindo.
-Com isso, terá um aumento do cálcio no sangue, o que acaba gerando a hipercalciúria, podendo até gerar pedras nos rins
-Com a menopausa, os níveis de estrogênios estarão baixos, fazendo com que não tenha a inibição da produção de osteoclasto. E essa diminuição dos níveis de estrogênio está associada a um aumento nas citocinas (p. ex., interleucina1, interleucina6 e TNF) que estimulam a produção de osteoclastos. Ocorre atividade osteoblástica compensatória e neoformação óssea, mas que não equivale ao ritmo da perda óssea.
-Nos idosos e nos obesos tem um aumento de citocinas (p. ex., interleucina1, interleucina6 e TNF) atua sobre os osteoblastos fazendo com que eles secretem RANK (fator inflamatório) que se ligam aos osteoclastos, e terá um aumento da atividade dos osteoclastos. Podendo inibir essa ação através do aumento de leptina (hormônio que controla o apetite, reduz a ingestão de alimentos), interleucina 4 e estrogênio e isso faz com que os osteoblasto produza osteoprotegerina, que ela vai se ligar ao rank, não tendo a ação dos osteclastos. E o treinamento de impacto que aumenta a atividade de osteoblasto, o que faz com que libere mais osteoprotegrina
*Ao aplicar dietas hipocalóricas (para emagrecer) acaba diminuindo a produção de leptina, o que faz com que o osteoblastos diminua a produção de osteoprotegerina, podendo gerar a osteoporose, então aplicar dietas com atividades de impacto.
-Os osteoblastos de idosos têm potencial replicativo e biossintético reduzido em comparação aos de pessoas mais jovens. Os fatores de crescimento que estimulam a atividade osteoblástica também perdem o seu potencial ao longo do tempo. O resultado final é um esqueleto que tem capacidade diminuída de produzir osso. A atividade física reduzida (que acompanha o envelhecimento) aumenta a taxa de perda óssea, porque as forças mecânicas são estímulos importantes para a remodelação óssea normal.
-A osteoporose secundária está associada a várias condições, incluindo distúrbios endócrinos, distúrbios de má absorção, malignidades, alcoolismo e determinados medicamentos. Pessoas com doenças endócrinas como o hipertireoidismo, o hiperparatireoidismo, a síndrome de Cushing ou o diabetes melito são de alto risco para o desenvolvimento de osteoporose. 
-O álcool é um inibidor direto dos osteoblastos e também pode inibir a absorção de cálcio.
-A osteoporose precoce está cada vez mais sendo vista em atletas do sexo feminino, em razão da maior prevalência de distúrbios alimentares e amenorreia. Ela afeta mais frequentemente as mulheres envolvidas em esportes de resistência, como corrida e natação; em atividades em que a aparência é importante, como a patinação artística, o mergulho e a ginástica; ou em esportes com categorias de peso, como as corridas de cavalos, as artes marciais e o remo. A tríade da mulher atleta se refere a um padrão de distúrbio alimentar que leva à amenorreia e, eventualmente, à osteoporose. A má alimentação, combinada com o treinamento intenso, pode diminuir a crítica relação tecido adiposo/músculo necessária para menstruações normais e produção de estrogênio pelo ovário. A diminuição nos níveis de estrogênio em combinação com a falta de cálcio e vitamina D decorrente da deficiência dietética resulta em perda de densidade óssea e aumento do risco de fratura.
Manifestações clinica
- Há perda de trabéculas de osso esponjoso e adelgaçamento do córtex, de modo que o mínimo estresse provoca fraturas.
- Fratura por compressão vertebral
- O colapso da vértebra causa perda na altura da coluna vertebral e cifose, chamada de corcunda de viúva
- Não há dor generalizada à palpação óssea. Quando a dor ocorre, está relacionada com fraturas
- Nos ossos longos, como os ossos dos braços e das pernas, a fratura ocorre normalmente nas extremidades dos ossos, não no meio
Diagnostico
- A absorciometria de duplo feixe de raios X (DXA) da coluna vertebral e quadril. Avalia a densidade da massa óssea. Se tiver um local com baixa pontuação usa como diagnostico.
- A medição em série da altura em idosos é outra maneira simples de rastrear à procura de osteoporose
- Podem ser feitos exames de sangue para medir os níveis de cálcio, vitamina D e hormônios.
- O médico pode suspeitar de osteoporose nas seguintes pessoas:
· Todas as mulheres com 65 anos ou mais
· Mulheres entre a menopausa e 65 anos 
· Todos os homens e mulheres que tiveram uma fratura anterior causada por pouca ou nenhuma força, mesmo que a fratura tenha ocorrido quando jovem
· Adultos com idade a partir de 65 anos com dores nas costas ou perda de, pelo menos, cerca de 3 centímetros de altura do corpo sem explicação
· Pessoas cujos ossos parecem finos na radiografia ou cuja radiografia mostre fraturas por compressão vertebral
· Pessoas com risco de desenvolver osteoporose secundária
Tratamento
- Exercício físico regular e a ingestão adequada de cálcio são fatores importantes na prevenção da osteoporose
- Mulheres na pré-menopausa necessitam de mais de 1.000 mg de cálcio por dia, e as mulheres na pós menopausa devem tomar 1.500 mg de cálcio por dia
- Recomenda-se a ingestão diária de 400 a 800 UI de vitamina D, porque está otimiza a absorção de cálcio e inibe a secreção paratireóidea
- O tratamento farmacológico da osteoporose inclui fármacos antirreabsorção e agentes anabolizantes.
 Antirreabsorção: Estrogênios, bifosfonatos, modulador seletivo do receptor de estrogênio (SERM) e calcitonina
- Em homens, a testosterona parece desempenhar um papel importante na homeostase dos ossos ao estimular os osteoblastos e inibir os osteoclastos. (contra indicado em câncer de próstata)

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